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Onde Izuna está vivo, mas em dias como esse ele queria não estar

QUANDO OBITO TINHA 6 ANOS, SEU AVÔ HASHIRAMA O COLOCOU NO COLO E LHE CONTOU A HISTÓRIA SOBRE OS TRÊS CLÃS FUNDADORES DE KONOHA, os quais ele carregava o nome e, consequentemente, os deveres que lhe cairiam nas costas em alguns anos.

Ele lhe contou sobre como os três cobriam as três bases que levantavam a cidade: Os Senjus governavam na luz, como figuras públicas eles faziam os papéis dos políticos da cidade, aos quais tinham que fazer cumprir suas leis, mas que por isso também estavam presos a elas. Os Uchihas governavam nas sombras, destruindo ameaças antes que elas se tornassem mais problemáticas. Os Uzumakis protegiam as pessoas daquilo que quase ninguém conseguia notar, daquilo que ninguém mais conseguiria conter. De monstros que iam além da imaginação de qualquer um.

Demorou anos para ele entender o que isso significava.

Como as três bases de Konoha, também era papel do clã se manter neutro na maioria dos conflitos que não interferiam diretamente com o papel inicial que carregavam. Eles eram os juízes, e por vezes os carrascos dos problemas maiores apenas. Era uma grande responsabilidade, e por isso um grande risco que não devia ser tratado como brincadeira.

Obito compreendeu a verdade sobre esse risco dois meses depois quando ao se afastar dos limites do território foi emboscado por um grupo de estranhos, que o levaram para longe, além de Konoha e de qualquer lugar que conhecia. Durante três dias ele passou com eles, e muito do que viu sua mente preferiu esquecer, mas de uma coisa ele sempre lembraria: do menino da sua idade de cabelos precocemente brancos que eles estavam arrastando com eles.

Obito lembrava de sentar-se encolhido perto da fogueira na floresta, faminto e tentando não chamar atenção para si mesmo, principalmente porque parte dos homens claramente odiava Uchihas em particular e não se importavam em machucar crianças. Obito lembrava dos dois paralisados um ao lado do outro enquanto os homens montavam equipamento, se encolhendo quando algum deles se aproximava para soltar algum insulto.

O garoto o olhou de lado, o rosto coberto por uma scarf grande demais para ser dele e sorriu com os olhos com tranquilidade, estendendo a mão escondido para lhe entregar um pedaço de chocolate.

E é como dizem, as amizades mais fortes são aquelas criadas nos momentos de maior infortúnio e geralmente envolvendo comida.

Na terceira noite Obito ouviu o som de cães quando passavam perto do país da pedra. Kakashi sorriu e agarrou sua mão em algum sinal que não entendeu, mas obedeceu quando ele o puxou e fez sinal para que se preparasse.

Em segundos os cães invadiram a clareia. E dessa parte ele lembrava mais que tudo, de Canino Branco em sua glória, de Yondaime, que mesmo sendo apenas um adolescente na época lhe pareceu um gigante quando chegou tão rápido até os dois e os pegou nos braços os tirando do meio do massacre que começava.

Os olhos azuis dele o fitaram com sinais de fúria, mas o sorriso e sua voz passavam apenas tranquilidade: Está tudo bem agora, a ajuda chegou.

Naquele dia os Uchihas contraíram uma dívida com Yondaime e Obito uma amizade para a vida inteira.

Naquele dia também sua avó Mito o pegou nos braços e lhe disse, naquela voz sempre misteriosa, que aquele encontro não havia sido em vão. Que o destino deles estava entrelaçado.

Obito acreditava nisso.

Por isso ele correu para Kakashi primeiro quando sua irmã passou o garotinho para seus braços e se preparou para atacar enquanto o homem que ela mutilara a xingava de 'cadela uchiha'. A luta surpreendentemente durou apenas alguns segundos até que todos pararam quando um telefone tocou do nada e seguiram mais xingamentos. Os ignorou, sentindo seu coração acelerado no peito ao fitar o outro tão pálido, a respiração entrecortada. Obito checou os sinais vitais e flexionou o pescoço dele tentando o ajudar a respirar.

Veneno. – Kakashi murmurou e tentou não xingar.

Sabe qual?

Aqui! – Mikoto gritou e virou, vendo que os homens não estavam mais lá. Ela ainda parecia alerta, mesmo quando lhe entregou o frasco. – O antidoto.

Como?

O chefe os chamou de volta, suspendeu o ataque.

Aposto que o maneta não ficou feliz.

Mikoto deu um tabefe na sua nuca e xingou.

Se não se importam...?

Mesmo com o esforço na respiração Kakashi ainda falou de forma divertida. Mikoto o empurrou lhe entregando a Katana para que ficasse alerta e começou o tratamento ali mesmo.

O garotinho deslizou dos seus braços facilmente e se ajoelhou ao lado de Kakashi, olhando os dois de forma alerta, um pouco desconfiada.

Ok. – Kakashi murmurou dando uma batidinha em sua cabeça. Foi o suficiente para o garotinho relaxar, colocando as mãos no rosto de Kakashi suavemente. Obito fitou os dois, notando algo de familiar no garotinho. A cor dos olhos, a expressão. A forma como ele parecia furioso demais para alguém tão pequeno, mas o sorriso parecia tentar acalmar Kakashi.

Mikoto também o fitava com uma expressão distante, como se visse outra pessoa nele.

Está tudo bem agora, a ajuda chegou. – Ele murmurou suavemente.

Obito sentiu os pelos dos seus braços se arrepiarem com isso. Agora ele sabia de onde aquela familiaridade vinha.

Oh Merda.

Obito!

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Shisui tinha que admitir que Yondaime era a pessoa mais determinada que conhecia. Mesmo com os ferimentos que carregava o homem só apagou depois de ver com os próprios olhos que os dois garotos estavam bem.

Pelo menos tão bem quanto poderiam, tendo sido envenenado no caso de Kakashi-san. Os dois foram levados para a enfermaria, onde Tsunade os olhou com um tremor no olho esquerdo que não entendeu. Ela murmurou algo sobre 'de novos esses dois' e começou a trabalhar.

Shisui notou o garotinho parado na sala, se recusando a sair mesmo quando Mikoto-san tentou o levar depois de cuidar dos seus ferimentos. Tsunade o tirou de onde ele estava agarrado na mão de Minato, o homem parecendo tentando o segurar mesmo inconsciente. Ela foi estranhamente gentil, o afastando e falando suavemente, mas ele estancou em alguns metros, alerta e tenso.

Ele parecia perdido, olhando de um para outro na cama, os olhos grandes assustados e o corpo trêmulo, fitando ao redor parecendo temer que algum deles fosse o atacar agora que seus dois guardiães estavam desacordados. Ou talvez temendo que eles fossem atacar os dois.

Era estranho ver uma expressão assim em alguém tão pequeno. Ele era menor que Sasuke!

Ni-san!

E falando em Sasuke.

Ao som alto da voz o garotinho no quarto se encolheu mais, os olhos ainda mais alertas. Sasuke e a trupe surgiram no corredor e Itachi quase caiu quando o irmão mais novo se agarrou nas suas pernas. Tobirama vinha atrás com uma expressão carrancuda. Para quem não gostava das crianças ele sempre estava de olho nelas.

Parecendo ler seu pensamento o homem o olhou de cara feia e revirou os olhos. Shisui considerava uma vitória, ele sempre escapava de alguma tirada venenosa do tio rabugento. Itachi não tinha essa mesma sorte. Ou nenhum outro Uchiha além de seu pai.

Shisui voltou os olhos ao garotinho, que parecia ainda mais nervoso com as vozes altas das crianças ao redor de Itachi.

Tomando uma decisão ele se aproximou e se ajoelhou na frente do outro.

Ele era tão minúsculo. Não devia ser normal para a idade que tinha, e imaginava com pesar o que tinha causado isso. Os olhos o fitaram de forma desconfiada, tentando se aproximar mais da cama onde Minato era tratado com as cortinas fechadas.

Oi, eu sou Shisui.

Os olhos azuis piscaram, tenso, mudo. Shisui franziu o cenho ao perceber a pose dele. Ele pensou que ele estava com medo, mas havia algo de diferente ali.

Ele está pronto para esmurrar sua garganta.

A voz de Tobirama era indiferente atrás de si, e piscou aturdido com isso. Olhou para cima e viu o tio de braços cruzados, olhando o garotinho com escrutínio.

Esse garoto sabe como matar alguém.

O menino tremeu com isso, dando um passo para trás, os olhos grandes fitando os dois.

Tio! – Shisui ralhou, vendo a expressão da criança ficando desolada.

O homem bufou e o afastou o puxando pelo ombro, o fazendo se erguer contra sua vontade.

Tobirama não se ajoelhou, ele apenas fitou o garoto de cima, que o olhou de volta sem piscar. Shisui não sabia o que fazer com o embate silencioso. O menino virou o rosto de lado e pareceu farejar o ar. Os dois homens trocaram um olhar sem saber o que pensar disso, ainda mais quando a criança relaxou os ombros minimamente, dando um passo mais perto de Tobirama e farejando novamente.

O que está fazendo, moleque?!

Olhos azuis se fixaram no rosto de Tobirama, expressão confusa, voz tão inocente que Shisui sentiu que poderia morrer ali.

Você cheira bem. Que nem o Yondaime.

Shisui não esperava por isso.

E nem Tobirama pelo jeito, nunca havia o visto ficar mudo assim.

Yondaime e Ka-nii vão ficar bem?

A vozinha nervosa perguntou aos dois, os lábios, agora notava, estavam levemente trêmulos.

Se eles forem fortes vão sobreviver.

Tio!

Tobirama revirou os olhos de novo e sacudiu a mão como se Shisui fosse uma mosca.

Você. – Ele apontou o garoto. – Seu nome.

Ka-chan disse para não falar a não ser que fosse alguém de confiança. Você cheira ao Yondaime, mas não sei se é de confiança.

Shisui não esperava por isso também. Ao invés de ficar irritado viu um sorriso mínimo e raro na boca do tio e quase teve um surto quando o viu tocar na cabeça da criança em sinal de bom trabalho.

Ao menos uma criança esperta debaixo desse teto. – Ele resmungou e então olhou para Shisui e murmurou. – Se contar isso para qualquer pessoa ninguém vai acreditar.

Você é mau, tio.

Todo mundo, fora da minha sala. – Tsunade resmungou ainda dentro das cortinas. – Levem o chibi daqui.

Shisui esperou um escândalo, mas quando Tobirama estendeu a mão para o menino ele a aceitou hesitante.

Para quem não gostava de crianças Tobirama era o que as crianças mais gostavam, pelo jeito.

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No distrito UchihaSenjuUzumaki havia uma enorme cafeteria e várias mesas, assim como uma cozinha sempre estocada para quem ia e vinha. Mesmo que houvesse pequenas chácaras pelo terreno, todo mundo sempre acabava na casa principal para o jantar. Havia certo conforto ali dentro, e por isso o lugar estava sempre com pessoas sentadas nas almofadas, conversando ou petiscando alguma coisa.

Como agora, onde depois de limpos e com curativos da missão de mais cedo, eles comiam e descansavam tentando ignorar a tensão no ar, a expectativa de que alguma coisa iria acontecer, porque Madara nunca havia se envolvido antes com algo que não dizia respeito ao clã, e até onde sabia, esse era o caso.

Itachi tentava relaxar enquanto comia dangos e Shisui tagarelava sobre todo mundo.

E, claro, Itachi observava a mesa das crianças. Era sempre divertido, de algum modo. Como agora, por exemplo, onde Sasuke não parava de encarar o garotinho. Sakura ao menos disfarçava, e Neji parecia indiferente. Hinata tinha o rosto vermelho vivo, então talvez ela também estivesse olhando, era difícil dizer com ela escondendo a cara no cabelo da irmã mais nova no seu colo, que apenas comia como se nada estivesse acontecendo. Hanabi, aos três anos, era boa em ignorar as coisas até que criasse um juízo sobre elas.

Itachi gostava de pensar que conhecia bem Sasuke. Para tudo que ele pensava ser furtivo, seu irmãozinho era transparente demais. Ou talvez toda criança fosse assim.

Olhou para a outra mesa, onde a vítima do modo stalker de Sasuke cheirava a comida de forma desconfiada, praticamente sentado no colo de Tobirama.

Nem toda criança, pelo jeito.

Shisui havia comentado sobre como o menino estivera prestes a atacar mais cedo, e o fitando com afinco podia notar a tensão que rolava nele, que costumava ver em quem pegava missões com frequência. Aquela não era uma criança normal. Então claro que ele percebeu os olhares de seu irmão e ergueu a cabeça.

Ele tinha que premiar Sasuke nisso, mesmo tendo sido pego no flagra ele não desviou os olhos, apenas continuou fitando o 'intruso' sem piscar. O garotinho virou o rosto em curiosidade e viu Hinata ficar ainda mais vermelha. Sakura largou o disfarce e encarou, a expressão calculista que havia herdado de Tsunade. Logo todas as crianças estavam se encarando.

O que está acontecendo? Shisui sussurrou, excitado demais com a situação. – Drama?

A tensão rolava solta entre as mesas.

Até o garotinho sorrir timidamente, acenando. E fácil assim Sasuke ergueu da mesa e foi até ele levando o prato, sentando-se em frente ao outro com naturalidade que fez Itachi tossir uma risada. Seu irmão era tão dado.

O resto da trupe seguiu Sasuke como um acordo mudo e viu Tobirama grunhir de forma exasperada quando sua mesa foi invadida por crianças. De novo.

O garotinho sorriu para seu irmão e ofereceu a ele um bolinho de arroz.

Por alguma razão, na mesa ao lado Obito se engasgou no que parecia suspeitosamente uma risada.

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Quando Minato acordou, Kakashi estava deitado na cama ao lado, lendo um livro suspeito enquanto fingia ignorar Obito que tagarelava sentado na janela.

As memórias o tomaram aos poucos e tentou acalmar seu coração, seu primeiro pensamento sendo onde Naruto estaria. Sentiu um aperto em seu peito, tentando não entrar em pânico por não ver o garotinho por perto.

Kakashi olhou em sua direção alarmado, vendo o pânico em seu rosto.

Onde...

Foi quando sentiu algo se mover e viu um colombo em seu lençol. Ergueu-o e encontrou Naruto dormindo ali, encolhido do seu lado e com a mão agarrada na camisa que vestia. Ele parecia bem.

Minato suspirou e se deixou cair onde havia começado a levantar. Um cálculo errado e quase havia custado os dois. Minato nunca sentiu tanto medo em sua vida, desde quando ainda era um adolescente e haviam levado Kakashi.

Que bom que acordou, Minato.

A voz idosa o fez finalmente perceber que não estavam sozinhos ali. Sentada em uma poltrona perto da janela, cabelos brancos e pele enrugada, ela tomava chá com Tsunade e o fitava com olhos bondosos e antigos.

Mito-Sama.

A senhora sorriu, e notou que ela segurava a mochila de sapo de Naruto no colo. Provavelmente os dois haviam se dado bem, e imaginava se isso confirmava que o menino era um Uzumaki.

Vocês tiveram uma grande aventura.

Que prefiro não repetir, Mito-Sama.

A mulher riu com isso e Tsunade o fitou de forma nada impressionada. Tentou não se encolher com o olhar dela. Lembrava bem o que ela tinha prometido fazer se ele se machucasse de novo.

Tsuna vai examinar vocês dois, e depois teremos uma longa conversa. – A mulher fitou o garotinho que havia puxado para seu colo, ainda dormindo profundamente, e os olhos dela ficaram afetuosos, mesmo que um tanto tristes. – Há muito a se falar.

Minato esperava e temia essa conversa.

Ele agarrou um pouco mais Naruto contra seu peito e assentiu.

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Izuna Uchiha tinha uma vida estranha, mas tudo bem, ele era uma pessoa estranha também. Não tinha como não ser morando em Konoha, cidade onde um número alarmante da população consistia em vigilantes, assassinos de aluguel, máfia e histórias fantasiosas sobre ocultismo.

Fato que complicava sua vida: ele era delegado da dita cidade.

Fato que complicava sua vida ainda mais: boa parte das pessoas acima citadas, envolvidas nos negócios previamente discutidos, eram da sua família.

Como isso aconteceu? Ele gostava de pensar que sua vida era quase normal até os nove anos. E como de costume, ela deixou de ser por culpa de Madara. Seu irmão mais velho tinha como hábito complicar sua vida, apenas perdendo nas causas mais constantes de sua dor de cabeça para um certo Senju. E até dito Senju era culpa de seu irmão também.

Hora da história de como a vida de Izuna se tornou complicada: Quando Izuna tinha 9 anos ele havia flagrado seu irmão mais velho em uma situação comprometedora não apenas com o herdeiro do clã inimigo, mas também com a então noiva do dito herdeiro. É importante nessa situação dar ênfase que dias antes Tajima Uchiha havia declarado que qualquer Senju que passasse pelo lado oeste de Konoha encontraria o final da sua pistola, e os boatos que Butsuma Senju havia declarado caça aos Uchihas também circulavam livremente de Ame a Kiri.

Izuna era muito jovem para saber o motivo de toda a vendeta, que diz a lenda havia começado ainda na fundação de Konoha e desde então dividido a cidade inteira em dois polos, e levado alguns de seus irmãos no meio do banho de sangue. A confusão que havia começado em brigas de ruas havia evoluído para cunho político, com ambas as famílias tentando tomar conta da cidade. Era tudo muito confuso para Izuna na época, mas ele sabia que não podia sair do seu lado da cidade, fato reforçado diariamente por seu irmão mais velho superprotetor.

Madara, na época, se encaminhava a se tornar líder do clã assumindo os negócios da família não apenas na força policial, mas nos negócios mais do que obscuros que eles faziam por baixo dos anos.

E por isso fora tão confuso encontrar seu amado irmão mais velho como recheio de sanduiche SenjuUzumaki na cama em certa tarde de dezembro. A parte por as regalias que conseguiu com a chantagem, sua vida se tornou ainda mais confusa a partir daí. Quando dois anos depois o pai dos dois entregou a liderança da família a Madara não foi surpresa nenhuma para Izuna que em dois dias Konoha estava unificada.

O pai deles não havia ficado muito feliz, mas nesse ponto seu irmão já tinha conseguido apoio da maioria dos clãs em Konoha, e Mito Uzumaki estava grávida. Gêmeos. Um menino claramente Uchiha, uma menina que sem dúvidas era Senju. Depois disso as coisas não melhoraram em termos de confusão, e Izuna amaldiçoava seu irmão sempre que tinha que explicar sua família para alguém.

Por vezes ele agradecia que seu pai já estava morto quando os três sobreviventes da família Hyuuga se integraram ao clã, porque certamente o homem teria morrido de desgosto com isso. O desgosto de muitos Uchihas seguirem o exemplo de Madara e começaram a casar com Senjus a torto e a direito havia o matado antes. Provavelmente. Ou talvez tivesse sido o fato do seu herdeiro se juntar a dois clãs inimigos intimamente e adotar tantas crianças que Izuna hoje em dia não tinha ideia quem era filho de Madara de sangue ou não.

Ele culpava totalmente os Senjus por isso.

Enfim, Izuna tinha uma razão para evitar os jantares em família já por isso. O fato de Tobirama Senju (aquele maldito Senju, como gostava de citar mentalmente) ter voltado a morar na casa principal era apenas um bônus.

Fato interessante: Izuna odiava Tobirama, sentimento mútuo, desde que se conheceram. Esse ódio não mudou no decorrer dos anos, mesmo com ambos tendo tanto em comum. Lê-se ficar desconfortável com a estranha situação familiar em que foram forçados a estar e por isso tentar em desespero se afastar o máximo possível dos negócios da família e falhando miseravelmente no processo.

Fato ainda mais interessante: Os dois tinham o terrível costume de acordar sem roupa e suspeitosamente acomodados na mesma cama sempre que bebiam tequila.

Não é necessário comentar que ambos se odiavam, mas amavam tequila.

Toda essa explanação serve como o propósito de informar a razão de Izuna se sentir tão desconfortável em ter que visitar a casa principal, lar do irmão que complicou a sua vida e que tinha o terrível costume de perguntar quando ele lhe daria um sobrinho, palco de fenômenos fantasiosos aos quais não acreditava nem um pouco e ainda onde no momento abrigava o recém divorciado Tobirama Senju.

Porém, quando um trem descarrilha e se tem notícias de dois conhecidos Uchihas saindo da cena levando alguém procurado não há muito o que se possa fazer. Izuna havia enrolado a visita por dois dias, mas no fim o resultado havia sido o mesmo.

De volta ao lar.

E claro que a primeira cara que Izuna viu ao descer do carro na entrada foi o 'maldito Senju'. Izuna quase deu meia volta apesar da distância percorrida e da explicação que tinha que apresentar na delegacia (lê-se como encobrir mais uma merda da sua família), mas a cena a sua frente o deixou aturdido o bastante para ser avistado antes de correr dali.

Fato irrelevante: Aos 54 anos, Tobirama Senju continuava odiosamente vistoso. O divórcio terrível com alguma mulher de Ame que não lembrava o nome (apesar de ter a ficha completa dela na sua gaveta) não havia maculado a sua imagem em nada.

Fato relevante: No momento dito Senju tinha uma mini Hyuuga chorosa escondida atrás da sua perna, outro mini Hyuuga agarrado por um braço onde ele tentava o separar de um mini Uchiha ensopado, enquanto carregava uma mini-mini Hyuuga pendurada nas costas rindo adoravelmente da situação. Bônus para uma garotinha de cabelos rosas fazendo beicinho enquanto ele a carregava como um gato desobediente pelo capuz da camisa.

Hn.

Senju ergueu o rosto e fez uma carranca ao o ver, um pouco prejudicada quando ele tinha uma criança de três anos o enforcando.

Uma palavra e eu te mato, Uchiha.

Tobirama quase cuspiu seu sobrenome. Isso que era guardar mágoas. Izuna nunca acreditou tanto em uma ameaça na vida como naquele momento. Pigarreou tentando não rir, porque seria indigno e arriscado diante de tal situação.

Madara está?

A cara feia piorou ao ouvir o nome do seu irmão.

Infelizmente.

Tio Tobirama! – Uma voz terrivelmente animada falou do corredor de onde Obito Uchiha vinha correndo. Suspeitosamente sujo de sangue. Izuna estreitou os olhos para isso, já sentindo uma dor de cabeça se formar. – Oji-san está chamando! Chibi-chan está com ele e com Yondaime-san e Bakashi... Ah, oi tio Izuna!

Obito.

Obito era o filho do primogênito de Madara, se lembrava bem. O garoto sempre pareceu ter um parafuso a menos, sorridente demais. Kagami, terceiro filho de Madara, também era um tanto estranho, e o filho dele ainda mais. Eles demonstravam, como se chama mesmo? Ah é. Sentimentos.

Izuna culpava totalmente o sangue Uzumaki por isso.

O garoto sorriu largo – um tanto maníaco – e coçou a cabeça. Provavelmente tentando esconder mais alguma coisa incriminadora.

Está radiante como sempre. Nova camisa? Ele disse para entrar também depois.

Claro que Madara saberia que viria. Ugh.

Tobirama praticamente jogou as crianças em cima deles dois e marchou pelo corredor, tentando, ao que parecia, manter alguma dignidade mesmo com o que parecia tinta guache e glitter na roupa.

Izuna resolveu não avisar que ele esqueceu a mini-mini Hyuuga nas suas costas.

Quando ela deu tchauzinho em sua direção Izuna respondeu, seria rude não responder.

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