32. Falhas
Jeon Jungkook _ P.O.V
— Então você é uma aluna bagunçeira?
Depois do meu banho tomado e estar devidamente vestido com roupas limpas e um pouco justas demais me encontrava conversando com Nari. A pequena parecia gostar bastante da escola embora não fosse exemplar em relação ao comportamento.
Enquanto seus pais conversavam, minha curiosidade se tornava sem limites afinal eles sempre teriam uma relação. A questão é que não estou acostumado com esse tipo de situação, tendo a estar calmo mas os olhos dele para Dyana demonstravam anos de um amor sem igual.
Esse amor que tinha acabado de descobrir.
— Eu sou calma, Junkook. — Diz ela balançando as pernas dificultando minha vida ao tentar amarrar seu tênis. — Os meninos que são chatos.
— Todos os meninos?
— Não.
— Meninos nessa idade são maldosos as vezes, na próxima vez que puxaram seu cabelo jogue a bolsinha neles. — Comento em um tom mais baixo que o normal. — A de outra colega.
— Por que?
— Pra não ser pega facilmente. — Pisco com um senso protetor bastante aflorado. Deus sabe como algumas crianças podem ser maldosas.
— Mamãe não vai gostar, Junkook.
— Ela não precisa saber, pequena.
Ela concorda sorrindo com o segredo compartilhado. Confesso que minha época na escola teve seus momentos de baderna e de ouvir brincadeiras bobas, sempre pensava no impacto que teria na vida de um filho meu, se um dia tivesse. Provavelmente ganharia um olhar repressivo de Dyana, mas ela estava agora ocupada.
— Junkook?
— Diga, pequena.
— Acho que o papai não gosta muito de você.
— Bem, isso não é muito importante. — Falo suavemente para que não tenha pensamentos demais sobre o assunto. — Você gosta de mim?
— Não sei. Você é legal.
— Talvez eu possa levar você na minha empresa pra passear comigo, o que acha?
Aquela não é uma pergunta que faria para crianças normalmente, mas essa criança com seus olhinhos curiosos e alegres me fazia ter ideias.
— A mamãe não deixa.
— Por que?
— Ela diz que não é um lugar para crianças, olha que eu fico bem quietinha, Junkook. — Eu duvidava que fosse verdade a julgar pelos poucos momentos em sua presença mas, mantive o silêncio para fingir concordância.
— E seu eu convencer ela? O que acha?
— Não vai conseguir. Papai diz que ela é teimosa demais pra desistir.
— Quer apostar?
— Quero um urso, um bem grandão. — Pulando ela comenta como se tivesse ganho se nem mesmo termos começado. Pelos céus eu estava apostando com uma criança.
— Em troca você precisa me ajudar a fazer uma surpresa pra sua mãe, pode ser?
— Fechado, tio. — Aperta minha mão selando nosso acordo.
Nari é esperta em demasia. Existem crianças com um desenvolvimento surrealmente avançado, ela falava como se entendesse sobre tudo. Era uma negociadora mirim com uma infantilidade inquebrável.
Eu gosto dela.
E diga-se de passagem não acontece com frequência, tendo ao máximo fugir de crianças, a falta de hábito não se encontrava nas ocasiões mas em minha falta de interesse pelos pestinhas. Talvez por isso estava incentivando-a a jogar coisas nos colegas e criando apostas escondidas.
Meu Deus, sou uma péssima influência.
— Como conseguiu essa marca? — Aperta com o indicador minha bochecha pressionando minha cicatriz, o contato é breve.
— Estava brigando com meu irmão, ele não queria me deixar jogar com ele e sou bastante insistente. Éramos crianças.
— Eu queria um irmãozinho também.
— Sua mãe não quer ter mais filhos?
— Não sei. Ela sempre sorri quando falo, nunca diz quando a cegonha vai trazer ele, tio. — O coração parece esquentar com a fala infantil repleta de inocência.
— Querida... — Ao longe Jackson chama. Eu ajudo-a a descer do balcão e logo está correndo para ele. — pronta para irmos?
— Sim, papai.
Ele se despede, colocando a mochila no ombro, a visão parece realmente como os filmes, uma família. O beijo dele se demora na bochecha de Dyana, algo que causa certa surpresa a ela porém nenhuma fala sobre.
Existia carinho, não podia negar. Sempre preferia não saber dos relacionamentos anteriores de minhas namoradas, não achava muito importante desde que olhava para o futuro. Nesse caso eu sentia necessidade de compreender como ele olhando-a daquela forma foi capaz de deixá-la ir.
Quatro anos juntos, uma filha maravilhosa. Não tinha sentido na minha mente, se fosse comigo eu a manteria eternamente comigo, amando-a todos os dias; em seus olhos o arrependimento da decisão, Jackson sentia.
— Tenha um bom dia querida, mamãe ama você demais, viu? — Beija-a na testa.
— Te vejo de noite, Dy.
— Papai, espera.
— O que foi? — Com a porta aberta questiona.
— Tenho que dar tchau pro Junkook.
Ele me olha por um tempo. Todos por um intante respiram em silêncio e nenhuma surpresa parece maior que a minha, porque meus limitados contatos não me preparam para momentos adoráveis protagonizados com crianças. Nem mesmo para quando elas nutrem afeto por mim.
A coisa quase me assusta.
É cômico. Jeon Jungkook estar impressionado e desprevenido com a consideração de uma criança. Ela literalmente pula do colo de seu pai correndo para abraçar minhas pernas, eu me abaixo atônito ganhando um risinho e um cumprimento fraco.
Logo depois, a pequena volta sorrindo para Jackson: — Agora sim, podemos ir papai.
Eu me permito parar, boquiaberto. Crianças poderiam ser tão adoráveis quanto essa pequena criatura? Tirando a parte que incito-a para bater nos colegas sem ser pega e uma aposta desavergonhada sobre os olhos da mãe — mesmo que ao longe — eu podia estar perto sem surtar.
Crianças em suma eram a personificação da imprevisibilidade, nunca saberemos o que mãos curiosas e uma fala desimpedida poderia causar. Exatamente por isso, por me ver completo e sem jeito perto delas mantinha distância.
Min Nari Wang foi a primeira exceção, embora, muito seja por sua mãe não chega perto do quanto à menina realmente cativa.
Seja como for, a garota é um pequeno tesouro.
— Sua aparência parece muita mais com o Jeon que conheço. — A fala me retira dos pensamentos enquanto sou observado de longe por seus olhos calmos. — Embora comece a descobrir mais desse homem descontraído, gosto bastante disso.
— Perto de você eu tenho meus momentos.
— Elegante. Mas estava me referindo ao seu comportamento com Nari, vi como paralisou quando ouviu a palavra pai quando chegou.
— Não é sempre que sou chamado assim.
— Você não é chamado assim. Menos ainda parece ser o tipo que compartilha tempo com crianças.
— Bem diferente de Jackson imagino. — Minha fala é carregada por um sentimento desconhecido por mim, não é o costumeiro ciúmes.
É simplesmente uma bola na garganta me fazendo parecer um homem que se ressente quando, na verdade, não há nada para ressentir. Coisas aconteceram eventualmente antes de termos nos conhecido, mas minha compressão torna-se escassa sobre aquele ponto final.
— Por que o deixou ir? — Enfim pergunto.
— Creio que já tivemos essa conversa.
— Isso foi antes. Agora eu olho para ele e não consigo compreender, como ou porque, então diga-me.
— Por que eu o prenderia, Jungkook?
— Não é questão de prender, sabe disso.
— É questão de livre arbítrio, escolhas e prioridades. Não cabe a mim dizer a um homem como algo é importante em sua vida, a capacidade de notar é individual Jungkook. — Começou mastigando a minha notável curiosidade. — Ele escolheu a vida fora daqui em questão de relacionamento, sobre nossa filha não tenho reclamações. Tudo bem ele se mudou para outro país mas se manteve na vida dela.
— Ele voltou pra você, o que significa que tanto o homem como o coração é seu, mas você não quis, por que?
— Quando Jackson voltou eu ainda o amava, não como antes e todas as partes clichês. Antes mesmo dele pensar em voltar eu não era mais a mulher da vida dele, nem desejava ser.
— Como é desistir de quem se ama?
— Você confunde desistir com ação de amor.
— Eu não lhe deixaria ir, Dyana. — Digo. — É um ato de amor entendo mas não me peça para deixar, porque eu passo pelo inferno antes de perder todo sentimento e felicidade que me trouxe.
A intensidade choca, tanto a mim mesmo quanto o espanto em suas expressões imaculaveis. Eu não sou possessivo, menos ainda aprisionador de pessoas, entretanto não conseguiria abrir mão de nós, pode ser egoísmo querer ser a razão de seu sorriso? Eu a reconquistaria todo santo dia antes de perder as esperanças.
Eu a olharia, nada mais que um minuto para enxergar seus detalhes íntimos, e ama-lá novamente.
Mesmo me sentindo como uma pessoa que caminha muito a frente antes de ser acompanhada não havia hesitação. Ali está a mulher que quero na minha vida.
— Eu não pretendia pedir para que me soltasse, mas se não é pedir muito me pegue e não me deixe ir. Faça-me sua.
— Mulher você não sabe o que pede.
— Mas sei como o deseja fazer, eu estou tão envolvida quanto você então se algum de nós pretendesse deixar, seria agora.
Ninguém se move. O silêncio ecoa voltando para nós mas eu ouço meu coração acelerar, queimando minhas boas fibras de realidade, porque não há realidade mais perfeita que esta. Ela consegue me fazer descer do alto para admirar sua beleza, pois a palavra juntos nunca significou tanto.
— Ainda estamos aqui. — Noto.
— Ainda você e eu.
Nesse momento minha língua se contorce para dizer as pequenas três palavras, é como se o impulso fosse maior do que encontrar o momento certo para me declarar.
O momento passa, o sorriso muda.
Mas nada acontece.
Continuo calado, gritando no silêncio.
Eu realmente te amo, Dyana.
— Beije-me. — Pede na outra extremidade da sala esperando que atravesse a distância nos afastando. — Jungkook...
Inerte eu caminho e quando seu calor se envolve ao meu, sua boca toca a minha tenho tantas certezas que nunca antes tive; e pela primeira vez sair para trabalhar parece um pecado real e condenável.
Horas mais tarde, sorrindo como um bobo pelos corredores da minha empresa penso nas possibilidades que a vida carrega para nós. Especificamente para mim, uma mulher notável e uma criança com tato para negociações furtivas.
E é claro nada passava despercebido por olhos atentos e línguas afiadas, de modo que quando Namjoon entrou na minha sala espreitando meu bom humor esperava as boas perguntas.
Mas é esse tipo de felicidade de um homem que ama certo?
— Desembuche, ambos sabemos que você quer perguntar algo.
— Em minha defesa eu tento ser sutil, você apenas não me deixa tomar tempo, cara. — Logo ele sorri muito convincente.
— Vamos fingir que acredito.
— Então, você parece um pouco radiante demais do seu habitual modo profissional de seriedade e gentileza, quase soltando flores eu diria?
— Eu tenho uma pessoa que me faz sentir que é o melhor momento do mundo mesmo quando está perto. Por que não estaria radiante?
Oh céus, já estou suspirando.
— Ela se sente tão radiante quanto você?
— Hoje de manhã estávamos na mesma sintonia, tirando a parte que eu quis um beijo mas aparentemente somente as filhas ganham e...
— Filhas? Calma, você não estava saindo com a Dyana?
— Bem... — A palavra filha tinha escapado tão facilmente por meus lábios que não tinha me dado conta do erro. Ninguém sabia que ela tinha uma filha, ao menos ninguém que estivesse nesse ramo. — Eu estou, tem que prometer ficar de boca calada.
— Ela tem uma filha? — Seu espanto não é de todo infundado, a mulher consegue ser um mistério. Todas as respostas nunca revelavam nada, exceto se estivesse com desejo.
— Sim tem e é melhor essa conversa não se espalhar, não sei se ela quer que saibam.
— Por que ela esconderia?
Eu me pergunto a mesma coisa. Não que haja realmente um segredo desde que ela apenas não compartilha os detalhes da sua vida. Nenhum deles para ser mais preciso.
— Não é como se fosse um segredo, ela não é a pessoa mais aberta do mundo e não deixa Nari vir para empresa. Tipo, nenhuma empresa.
— Isso faz de você o padrasto?
— Eu não parei pra pensar nisso.
Ainda que tentasse não teria tempo suficiente pois um vulcão chamado Dyana entra pela porta sem ao menos bater, embora sua expressão seja calma consigo enxergar as fagulhas saindo dos olhos dela. No momento acredito ser o foco dessa raiva a julgar pela forma como me olha, não poderia ser descrita como agradável.
Ela exibe uma calça jeans apertando as belas pernas, uma blusa social azul masculina — que tenho certeza ser minha — mas fica muito melhor nela com os três primeiros botões apertos me permitindo ver o contorno dos seios. Os saltos batem no piso com sua aproximação calma.
Sutil, quase perigosa demais.
— Boa tarde, Nam. — Fala sorrindo amigavelmente e abraçando-o para trocar breves palavras. Então ela me olha, toda amizade some. — Oi, Jungkook.
— Algum motivo especial para me visitar, amor? — Tento com meu melhor sorriso sedutor.
— Sim. Mas você provavelmente não vai gostar dessa conversa.
— Essa é minha deixa. — Namjoon fala se encarregando de sair.
— Namjoon. — Ela chama. — Posso passar na sua sala depois para conversarmos? Não vou tomar muito do seu tempo, prometo.
Sorrindo abertamente ele confirma como se ter seu tempo tomado por ela fosse um grande privilégio. Eu achava que aquele ar doce e decidido tivesse efeito somente comigo, mas ela consegue encantar a todos com seu jeito cativante.
O que me deixa feliz por saber que em meio a tantas opções fui o homem por quem se apaixonou, sou a pessoa que ela deixou participar de sua família e conhecer cada traço dela. Mesmo com uma expressão nada feliz ainda é a mulher que amo.
— Achei que não fosse te ver tão cedo. Passamos a manhã juntos e você sabe...
— Me ligaram da escola da Nari hoje. — Ela interrompe passeando os dedos nos papéis a frente, sem me olhar. — Não que seja a primeira vez, ela tem uma tendência a ser bastante parecida comigo, em teimosia.
Convenhamos se fosse julgar pela metade das coisas que conheço da pequena é, com toda certeza, uma aluna inquieta. As histórias que me contava faziam jus a tudo que a criança exalava, animação, agitação e um senso de teimosia que deixava claro seu parentesco com a mulher a minha frente.
Nari era muito esperta para sua idade, com uma inteligência e entendimento acima do normal. Tinha feito uma aposta com ela e parecia bastante convicta sobre seu desejo, mesmo que tenha trocado o urso por dinheiro.
— Tudo bem na escola? Nari está bem?
A preocupação faz algo lampejar nos olhos dela, mas não demora muito para voltar ao seu estado fervente de indignação.
— Depende do seu ponto de vista. Aparentemente ela jogou a bolsinha da colega em um menino pra não ficar com a culpa, resistiu muito pra não admitir que tinha sido ela. Mas conheço a filha que tenho.
Eu estava muito ferrado.
— Uh. O que o menino fez pra ela?
— Esse não é o ponto da conversa, Jungkook e você sabe bem disso.
Eu faço minha melhor expressão desentendida, arqueando as sobrancelhas esperando milagrosamente que ela desista, mas não acontece como era de se prever.
Os olhos dela continuam pegando fogo, os braços cruzados e a postura indicam um desagrado muito grande. Ela estava realmente estressada, como bom homem sem opção que sou agora apenas dou de ombros, causando um barulho de frustração de seus lábios antes de finalmente explodir.
— Não acredito que disse pra minha filha pegar material alheio para bater nos colegas, quantos anos você tem Jungkook?
— Querida...
— Não. Estou falando sério, eu saio da minha empresa pra lidar com uma coisa que nem sequer deveria ter acontecido. Ainda tenho que aturar o Jackson gritando o quão ruim você é para Nari, porque sim ele estava lá antes de mim amenizando situação.
— Como eu poderia prever que ela realmente seguiria meu conselho? — Tento agora realmente sentido da situação.
— Será que é porque você altruistamente comentou que eu não precisava saber? — Retruca. — Isso clareia sua memória um pouco?
— Desculpe.
— Quer ir pedir desculpa pro Jackson, ou para o menino em que ela jogou a bolsinha?
— Tudo bem, eu vou. Desculpa não sabia que causaria tantos problemas, posso falar com Nari depois quando for buscar ela na escola.
— Ela não está na escola, está com a minha mãe.
— Ótimo momento para conhecer minha sogra, não acha?
As coisas não melhoram, o sorriso que esperava não chega e tudo exala a frustração, mas essa é uma versão diferente da mulher que conheço. Algo mais perto a uma sensação de falha que não é comum aos seus olhos.
Dyana é sempre decidida e segura. Tudo nela é feito para criar uma sensação de conforto, de segurança. Não importa o quanto seja ruim ela nos oferece uma calmaria de que tudo pode dar certo, e era sempre dessa forma que desejei que falasse sobre nós, mas, ainda que tenha acontecido parece uma linha fina.
Eu acredito muito em tudo que somos, como igualmente ela o faz.
— Jackson acha que você não é bom pra ela, a gente brigou é claro porque você é uma escolha minha não dele.
— Por isso que você está tão irritada?
— Ele levemente sugeriu que você é o mais perto que vou chegar de falhar com a minha filha.
Algo brilhou nos olhos dela, não foi incerteza sobre nosso relacionamento ainda indefinido e sim um medo de que o desejo dela de me ter em sua vida estragasse a outra parte. Como aquele homem poderia dizer que a amava se trazia esse olhar para ela?
Entretanto a culpa era minha. Não achei que fosse trazer tantos problemas com um segredo inocente — ou quase isso. Mesmo a criança carregando habilidades bem mais desenvolvidas do que sua idade pode aguentar, muita esperteza.
— Me desculpe, de verdade. — Rodeando a mesa eu a acolho em meus braços ouvindo um suspirar pesado que espero nunca mais ouvir nela. — Você é uma mãe maravilhosa, não fique preocupada, você não falhou nem vai falhar com Nari.
A forma hesitante que ela confirma me revela diversos medos que antes eram camuflados. Consigo observar o quão importante é para ele ser com sua filha e fazer o impossível para poder trazer os melhores valores para ela, me sinto um tanto culpado por minhas brincadeiras. Ser mãe é a parte mais vulnerável que ela tem, assim como a mais forte.
O sentimento que se alastra em meu peito queima, tanto que a proximidade pode aquecer o corpo dela com o instinto protetivo que cresce em mim, porque não aceito ver a mulher que amo ser machucada por um erro bobo meu. Então eu a aperto contra meu peito o máximo que consigo.
— Fique calma, eu estou aqui.
Eu não compreendo se esse é o meu melhor consolo, nem sei se minha presença torna toda responsabilidade leve, porém, a maneira como ela se desmancha aos poucos da tensão me faz pensar que posso ser sim um porto seguro.
Um lugar para se recostar quando tudo começar a pesar demais, o ponto de equilíbrio aos fins de dia, um sorriso ameno e maravilhado; e se não exigir muito o sentimento de casa ao peito.
Quero que ser para ela, o que ela é para mim.
E é nesses mesmos pensamentos que mais tarde tomo minha decisão, eu poderia causar mais confusão em prol dela mas certas coisas precisavam ser esclarecidas. Posso dizer que o sentimento de indignação colaborou bastante para essa decisão.
Eu desço do carro observando o tempo depois da chuva que começou a cair horas atrás, é um pouco tarde para visitas, mas não existe hora certa para algo que se quer fazer, existe apenas momento. Então continuo meu caminho pela rua, atravessando-a para o outro lado até a casa padrão com paredes brancas e uma porta em mesma cor. Toco a campainha e espero.
— Jeon. — É tudo que declara ao abrir a porta, enquanto seca as mãos num pano e me olha com questionamento.
Eu adoraria oferecer minha saudação com um murro em seu rosto desentendido, mas sou um homem adulto que embora as vezes seja levado pela natureza sabe conversar. Isso é tudo que quero no momento.
— Jackson, podemos conversar?
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Olá meus amores, como estão? Bebendo água e se cuidando direitinho?
Atualização finalmente!!!
Perdão a demora, recebi diversas mensagens pedindo para mim não desistir, agradeço pelo carinho e pela preocupação que mostraram comigo e com a história. Eu não estava desistindo longe disso apenas me senti parada em certo ponto do planejamento e surgiram coisas, contratempos. Tinha começado o capítulo e literalmente não me vinha mais nada para continuar, então me dei tempo o que foi bem importante.
Tenho novidades, essa história é importante para mim de diversas formas diferentes. Estava pensando, como terminar ela? Eu amo essa história assim como seus personagens então criei a coletânea Elas, que será a história de todos os membros e vocês poderão ainda ver os casais quando fic acabar.
Vou explicar tudo direitinho mas por hora vocês precisam saber que a próxima história é do Yoongi, irmão da Dyana no seguimento da história. Acreditem vão se apaixonar pela história e protagonista.
25K DE LEITURAS!!!
3K DE VOTOS!!!
Surreal demais para mim de verdade, eu olho para como estava hesitante nos primeiros capítulos e toda evolução dessa história. Obrigada de verdade por abraçarem meu trabalho, acreditem eu amo tanto quanto vocês e sempre me esforço pra trazer o melhor para vocês. Obrigada mesmo ❤❤❤
História chegando perto a reta final hein!
Enfim, o que acham que acontece nesse encontro entre ex e quase atual namorado?
Teorias?
Enfim é isso.
Beijinhos ❤❤
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