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25. Sobre Ela

Um salão cheio repleto de expectadores que esperavam pela mesma pessoa com grande entusiasmo e satisfação. As pessoas sorriam e juntamente esperavam pela mulher da noite, porque naquele ambiente se tratava dela.

Era tudo sobre ela.

Dyana.

Haviam fotos espalhadas pegando cada pequeno traço de uma personalidade empoderada e decidida, o reflexo de uma mulher preparada para lidar com um mundo ditador. Uma mulher que inspiraria diversas outras através de sua verdade.

Caminhando pelas escadas enquanto olhava com fascinação minha filha não podia sentir maior satisfação. Nari normalmente não me acompanhava em ambientes públicos pela idade e sua privacidade.

Mas a noite deveria ser comemorada e ter minha filha comigo não tinha falhas. Tudo poderia ser extremamente cansativo mas pelas próximas horas ela seria o melhor da noite.

A animação da pequena é visível, olhando muitas vezes para seu vestido que carregava um azul escuro com detalhes perto ao tórax e contendo uma saia não tão esvoaçante. Entretanto estava perfeita, como sempre.

Entrando no salão o ar sumiu dos pulmões com o trabalho final de tudo que fizera para a revista. As pessoas olhavam claramente para a mulher da noite, havia admiração nos olhares, curiosidade em outros e o sentimento dentro de mim quase não pode ser derramado no meu sorriso.

Quando poderia imaginar na minha vida algo tão grande feito para mim?

E ultrapassando as expectativas bastante impressionadas, uma comoção de palmas começa a reverberar pelo lugar com intensidade. Em muitos anos eu não soube como era ter as palavras suprimidas mas naquela noite o significado se acentuou na boca.

Estavam aplaudindo-me.

Não houve reações suficientes para expressar a surpresa ou a emoção que sentia. Era realmente merecedora de tanto como ofereciam neste momento?

Sem saber a resposta, eu sorria.

Meu olhar ganhou foco quando erguendo uma taça de champanhe Hwasa chamou a atenção de todos, cessando as palmas mas não a admiração que levavam.

Um brinde a mulher que tornou essa campanha de empoderamento um exemplo de força. Principalmente um brinde a toda mulher que não se rebaixa mesmo para padrões arcaicos e submissos. — Erguendo a taça para o alto e acompanhada de todos sorriu olhando para a mulher que hoje chamava orgulhosa de amiga. — Um brinde as mulheres!

— As mulheres. — Todos repetiam entornando suas taças com sorrisos cheios para uma noite célebre.

Sorrindo ao ponto dos olhos brilharem cheios demais faço uma leve curvação em agradecimento. Não perco a oportunidade de abraçar uma das melhores mulheres que tive o prazer de conhecer. Duas delas na verdade.

— O trabalho ficou maravilhoso. — Trajando um terno feminino azul e caminhando sobre seus saltos é Moonbyul que fala. — Tudo graças a você.

— Não, não. Eu não fiz tanto quanto vocês da revista, o processo de tudo e o resultado final se deve a equipe.

— Deixemos de ser modestas por um momento, todas fizemos um trabalho maravilhoso. Somos mulheres muito fodas para essa sociedade. — Sobrepondo a perna direita na abertura que o vestido dourado revela Hwasa comenta.

Elas riem bastante cúmplices que existe verdade e humildade em cada frase pronunciada. Ter noção de si mesma muitas vezes pode soar como um ato soberbo para as pessoas e não existe um porquê.

Você tem a humildade de assumir que com ajuda o trabalho se torna maravilhoso, com esforços. E sabe na verdade que você é foda no que faz.

Isso é um ato que não deve ser interpretado mal, devemos acreditar em nossas habilidades e exalta-las sempre abertas a aprender mais.

Essas mulheres sabem disso.

— Querida, essas são as amigas da mamãe. — Apresento vendo nos olhos dela certa fascinação com o lugar. — Hwasa e Moonbyul.

— Prazer em conhecê-las! — Num cumprimento tímido ela se curva ainda levando um sorriso.

— Socorro, você é extremamente adorável. — Hwasa diz abaixando para olhar mais de perto, e Nari não se constrange.

— Min Nari Wang, esse é o nome certo?

— Apenas Nari, para facilitar as coisas. — Falo.

— Sua mãe falou bastante sobre você, Hwasa e eu estávamos ansiosas para te conhecer pessoalmente.

— Verdade? — Profere com entusiasmo e mesmo no ambiente novo minha filha não se constrange pela atenção recebida.

Esse detalhe me faz perceber como somos diferentes em diversos quesitos, embora hoje esteja acostumada com muitos olhares sobre mim antigamente tudo era muito diferente.

— Seu vestido é muito bonito. — Elogiaram.

— Nem parece de demorou duas horas para escolher até eu chegar em casa. — Digo ganhando uma sequência de risadas.

— Mamãe não pode falar, é segredo nosso.

— Oh, desculpe querida. Não digo mais nada.

— Obrigada. — Pede sorrindo logo voltando o olhar para Hwasa. — Eu que escolhi, azul é minha cor favorita.

— Licença Hwasa, o assunto é com mulheres de azul agora. — Empurrando-a levemente pela cor de sua roupa, diz.

Elas conversam animadas e de certo tenho um alívio por minha filha não se sentir desconfortável, acho que estava mais confortável que eu.

— Com licença, posso tirar uma foto? — O homem pede mostrando a câmera de forma educada e respeitosa.

— Claro, venha querida — Chama Nari piscando. — faça uma expressão de princesa da realeza.

— Rainha, tia. Mamãe disse que eu sou rainha.

— Rainhas. Melhor assim!

O tempo continua passando e acredito que toda noite seja mais para minha filha, que embora esteja num ambiente repleto de adultos mantém conversas animadas com diversas pessoas. Nari tem uma característica natural para conhecer pessoas sem nenhum tipo de ressentimento.

Eles olham encantados com seu jeito meigo e bastante decidido para a pouca idade. É minha pequena grande mulher.

Yoongi e Seokjin observam-a ao longe sempre mantendo uma supervisão sobre seus movimentos. Diria que meu irmão carrega mais uma expressão entediante do que qualquer outra coisa mas conhecendo-o sei que sente no fundo orgulho — mesmo que não admita.

Eu recebo diversas felicitações, cada vez mais diferente e não consigo acostumar com essa sensação, sou bastante adaptada aos lugares no entanto havia diversas coisas e elogios sendo ditos.

— Esperava ver você corando. — A voz sussurra no meu ouvido e logo solto um riso frouxo. — Nenhuma timidez ou não sei gaguejar?

— Não mais, isso aconteceria na época que nos conhecemos agora eu sou uma mulher diferente.

— Não muito, minha ex-namorada não ficava constrangida com facilidade muito menos gaguejava quando estávamos em público. — Jackson se aproxima mantendo a distância respeitosa. — Exceto em algumas situações que não devem ser mencionadas.

— Sinceramente, não é o lugar.

— Cadê minha rainha? — Pergunta obviamente procurando Wang.

— Fazendo amizades. Sério, essa personalidade extrovertida com certeza não veio de mim.

Nós paramos um momento olhando para o fruto de quatro anos de relacionamento, é estranho que tenha a sensação de trabalho feito quando existe um caminho longo para se trilhar. Mas em todo esse tempo era grata por tudo que me foi proporcionado, todos os presentes e momentos mesmo sabendo que não fosse voltar a acontecer.

— Obrigado Jackson.

— Pelo o que?

— Pelos quatro anos que ficamos juntos, todos os momentos que tivemos e principalmente pela nossa filha.

— Eu que agradeço, ainda amo você não é uma verdade escondida entre nós. — Se volta para mim entregando uma taça de champanhe. — Eu te amo pela nossa filha, nossa história e embora tenha te machucado você abriu mão de mim quando queria que eu ficasse.

— Não queria te prender, você deveria querer ficar, se eu te amava não tinha direito de dizer para ficar.

— Eu discordo.

— Mesmo no relacionamento, você foi livre para tomar qualquer vontade que quisesse. Acho que quando se ama você apóia não oprime a vontade de voar.

— De qualquer forma fizemos e ainda vamos fazer um bom trabalho como pais.

Exibindo um riso afetivo para ambos tenho certeza que não importa os rumos que nossa relação tome, seremos sempre os pais da pessoa mais importante e nisso fazemos um bom caminho.

— É faremos mesmo. 

Todo envolvimento pode parecer fragmentado, mas meu amor por Jackson é verdadeiro não nas maneiras que deseja no entanto em tudo que restou para ser cativado no coração.

Porque nele cabia apenas um amor por histórias antigas que vivemos juntos, um amor que mudou através do tempo mas tinha permanecido intacto, éramos amigos no começo do relacionamento, meio e no fim.

Então olhando para seus olhos não existia nenhuma paixão febril ou qualquer traço de desejo, era somente carinho.

— Oh, alguém nos descobriu.

— Papai. — Ele estende os braços acolhendo nossa pequena nos braços, eu não poderia escolher um pai melhor. — O senhor veio!

— Sua mãe me convidou e eu queria passar um tempo com minhas duas rainhas da noite, uh.

— Mamãe disse que não posso ficar a festa toda, tenho que ir para casa daqui a pouco. — Murmurou fazendo beicinho.

Quem não conhece pode imaginar que seja um comentário aleatório no entanto estamos falando da minha filha e, é evidente tanto para mim quanto para ele que é uma tentativa de manipulação.

— Concordo com a sua mãe, são nove horas e crianças não devem ficar nesse horário fora principalmente nessas festas.

— Eu disse.

— Precisava tentar. — Ela deu de ombros.

A verdade é que eu sabia dessa fala, tanto que tinha comunicado que não daria certo mas ela precisava tentar.

— Me concede essa dança? — Pedindo a mão para ela que como muita vergonha e igualmente feliz, sorri.

— Aceito.

— Me reserve sua próxima dança. — Jackson sussurra me causando nostalgia.

— Primeira dança, no caso.

— Você ainda não dançou? — Nego. — Que pecado! Mas não se preocupe eu estou aqui sem dançar você não fica.

Uma única dança se tornou mais com a animação incansável de Nari, entretanto ele seguia todas as vezes e devo confessar que chamavam certa atenção. Nossa família tinha uma característica extravagante injetada na essência.

Yoongi com seu mau humor também, acredito que seja exatamente esse traço que o tornava chamativo. Ele continuava espreitando pelos cantos me observando não tão discretamente como gostaria.

Todavia a minha procura se tornava mais obstinada quando meus olhos não encontravam o foco que desejavam. Não fazia tanto tempo que estávamos na festa e me descobria cada vez mais ansiosa quando esperava alguém.

E ele não chegava, meus olhos não paravam de vasculhar o lugar.

Porém eu sabia que ele chegaria, em algum momento.

— Hora de ir pra casa. — Seokjin fala se aproximando enquanto continuo parada olhando a pista de dança. — Eles ainda estão dançando?

— Deixe-os. Eu queria dançar com meu pai uma última vez como eles podem dançar agora.

— Não lembro do padrinho gostar de dançar.

— E de fato não gostava, mas não conseguia resistir aos meus pedidos ao menos não um como este. — Um sorriso triste se molda com a lembrança. — Vai cuidar dela pra mim?

— Ainda não me contou o porquê disso se vai dormir em casa.

— Eu vou conversar com o Jungkook, quero que saiba sobre Nari e também quero que conheça-a.

Não preciso mover meus olhos para saber toda surpresa que envolve sua postura, mas não lhe tiro o direito, sinceramente caso fosse eu nessa posição ouvindo essa fala ficaria impressionada.

Eu tenho uma tendência de caminhar em lugares seguros quando envolve questões pessoais, posso ser a mulher mais ousada e estrategista se tratando de negócios, de fato eu sou.

Um dia eu poderia ter sido mais impulsiva nas minhas relações, posso dentro das que tenho intimidade e liberdade suficiente para ser, antes não. Principalmente com uma filha pequena seguindo meus passos vendo a mim como exemplo.

Minha conversa mais cedo me fez refletir sobre um novo passo, Jeon merecia verdade como me oferecia ou melhor queria uma reação dele.

Eu não sei o que esperar, mas espero algo bastante indefinido. No fundo não quero me decepcionar nem guardar segredos quando estou tentando criar um futuro com alguém que gosto.

— É um grande avanço não para vocês dois mas...

— Não combina muito comigo, não é?

— A Dyana que conheço é cautelosa e sempre tem segurança de qualquer atitude tomada. — Olhando para mim ele completa: — Segura mesmo nas falhas e em tudo que pode dar errado. Você lida com tudo.

— Sim, e dessa vez não é diferente. Apenas não quero alimentar mentiras ou segredos entre nós dois.

— Ele tem algum?

— Ele é praticamente o mais sincero e aberto nessa relação.

— Bem, se algo acontecer estamos juntos. Qualquer coisa eu posso arranjar um taco de beisebol, só garantindo.

O sorriso no rosto é uma certeza que convivo com as melhores pessoas, não existe uma multidão olhando para mim. Somente os necessários que dariam tudo para proteger quem amam, nisso éramos bastante parecidos.

— Amo você. — Digo.

— Como não me amar?

— Esse é o Seokjin que conheço. — Cheio de auto-estima.

— Voltamos!

— Bem na hora dessa mocinha ir para casa. — Apertando brevemente o nariz de Nari digo, vendo como as bochechas estão rosadas pelo esforço.

— Mas mãe...

— Mas nada, qual foi o nosso combinado?

Resmungando baixinho ela repete nosso acordo ainda emburrada, não conseguindo manter sua raiva me aperta entre seus braços logo se despedindo junto a Jin.

Eu queria apresentar Jungkook para ela, mas aquele não era o lugar adequado para a conversa que teríamos. Depois quando tudo entre nós fosse estabelecido o encontro dos dois aconteceria.

Por hora me concentraria na noite maravilhosa proporcionada.

— Suas fotos estão lindas, ficou nervosa para tirar com toda certeza.

— Fiquei, sabe que não gosto muito de tirar fotos mas foi preciso.

— O interessante é que de todas, não tem nenhuma com você sorrindo.

— Canto inferior do salão, eu estou sorrindo embora a foto não tenha sido tirada nas sessões. Não era para estar na coleção, na verdade eu nem sabia dela.

— Quem tirou?

— Um sócio.

— Aquele super profissional que te chama de meu bem? — Ele brinca mesmo sendo uma alfinetada clara de julgamento.

— Você me prometeu uma dança.

A contragosto para deixar o assunto de lado ele cede pedindo minha mão para guiar-me a pista de dança. Essa é a característica mais irritante no interesse que mantém em mim; querer participar dos meus relacionamentos.

O que se tornava engraçado porque eu não tinha interesse algum em estar numa nova relação, todos ao meu redor tinha isso em mente. Mas coisas inesperadas podem acontecer, paixões que chegam abalando toda estrutura.

Essa é a diferença deles.

Jackson carregava um conhecimento confortável, éramos amigos todo convívio com minha família e de repente não chegava ao estranhamento total me interessar por si.

Personalidade apaixonante e estava sempre comigo nos melhores, piores e mais adversos momentos. Ele me arrancava suspiros e não era uma surpresa ter me apaixonado.

Mas Jungkook, não.

Jungkook é o desconhecido. Olhando para seus trejeitos enxergava um homem assustadoramente excitante e interessante que chamava minha atenção por demasiado. Não tinha nada nele que pudesse me passar uma imagem segura, mas não esperava tanto dessa relação.

E a paixão chegou antes que pudesse tomar noção dos sentimentos, houve um tempo de negação claro. É como abrir os olhos vislumbrando um mundo diferente, não saber o que é, e ainda assim pegar para si.

Tinha uma paixão quase destinada e uma paixão avassaladora. A diferença é que a primeira ficou no passado.

Talvez isso, Jackson não conseguisse ver; ou precisasse insistir mais.

— Quanto tempo faz que dançamos assim? — Posicionando as mãos sobre meu corpo e aproximando o suficiente para sussurrar ele pergunta num gesto intencionado.

Os corpos não se juntam com proximidade relevante mas consigo sentir seu calor como também enxergar suas intenções furtivas.

— Na minha primeira vez, se não me engano. — E com naturalidade respondo.

— Eu lembro. A sensação de ter você nos meus braços enquanto sentia confiança para se entregar é uma das melhores memórias que tenho.

— Eu estava nervosa.

— Eu também.

Desacreditada deixo um olhar questionador, porque em experiências ele obviamente sabia o que fazer quando eu tinha apenas um instinto do que queria para o momento.

— Pode não parecer mas ter você foi como uma prova muita grande, eu queria que fosse especial de alguma forma estava nervoso para te agradar.

— Uma primeira vez é muito importante. — Destoando do discurso embora apreciando saber digo. — Você fez um bom trabalho, não poderia escolher outra forma ou outra pessoa.

— Soando assim parece que ainda me ama.

— As vezes acho que gosta de confundir meus sentimentos. O fato de não ter arrependimentos não significa querer voltar aos momentos, você cuidou de mim em quatro anos maravilhosos. — Movendo os corpos com o ressoar leve da melodia eu suspiro certa de que ouve. — Mas é passado, o que não anula minhas lembranças. Eu não tenho reclamações, para um primeiro envolvimento foi perfeito enquanto cabia ser.

— Não deveria ter ido embora, deixei nossa filha e você.

— Quando? Querido...

Acariciando a lateral de seu rosto deixando os fios mais arrumados olho-o com intenso carinho. Sei que o gesto contém lembranças do nosso tempo juntos, é quando sorrio triste porém satisfeita.

— Todos os momentos esteve com ela, eu não tenho nenhuma dúvida que Nari vai se orgulhar por ter você como pai. — Existe um riso inseguro moldando a face dele. — Sou grata por cada história que construímos juntos, e tivemos um final feliz a continuação da nossa amizade será melhor ainda. Apenas não somos mais feitos para outro amor.

— Eu te amo, acho que sempre amei.

É como um ponto final de uma história que precisa ser deixada para trás, tanto eu quanto ele merecemos um futuro melhor sem ressentimentos ou correntes presas pela camada de esperança que logo se findaria.

O brilho nos olhos expressa gratidão. Tenho experiências maravilhosas para um relacionamento e quantas pessoas podiam dizer essas palavras sem nenhuma mágoa?

Fomos uma junção boa, não eterna, não livre de problemas ou brigas mas fizemos dar certo e agora precisamos da nossa amizade. Porque é o que permaneceu.

— Eu te amo, mas não como quer, não posso te oferecer esse sentimento.

— Posso dançar com você uma última vez?

— Ainda vamos dançar juntos, como amigos. Mas por uns instantes deixo você me segurar nos seus braços. — Ele segura nossa união. — Porque esse é o momento para que me ame e me deixe ir.

Permito na brevidade que soma nossa eternidade um momento demonstrando tudo que fomos como casal, a camada de nostalgia brilha nos olhares que significam muito e nos corações intactos para nossas memórias, juntamente a parte que pode doer ainda mais.

Deixar ir.

Abrir mão voluntariamente em nome do amor.

Quatro anos atrás eu tomava a decisão com coração quebrado por olhar o homem que amava decidir que ao meu lado não era seu lugar, buscando coisas para uma satisfação que não podia oferecer. Hoje compreendia que era apenas um desejo de realização precisando ser feito.

Amei tanto que deixei que fosse para longe, amei o suficiente para entender que alguns passos da caminhada precisavam ser dados sozinhos, aquele foi meu passo para deixar que fosse.

E no momento que todas as melodias acabaram, Jackson enxergou nos olhos a verdade esquecida, que era necessário soltar mesmo desejando manter. Sorrindo triste com amor nos olhos, ele desvencilhou seus braços baseado nesse amor enxergando que o ciclo tinha acabado.

Ele deixou ir, com olhos transbordantes.

Podia não significar exatamente a desistência dos sentimentos mas a aceitação do fim.

— Curta essa noite, você merece pela mulher esplêndida que se tornou, que é. — As mãos tremiam nas laterais das bochechas com seu beijo dolorido sendo deixado sobre a testa. — Nunca demonstrarei a gratidão, mas obrigado por me deixar ir e por ter me deixado voltar.

— Obrigado por me soltar, e obrigada por ter decidido ficar.

— Enfim... — Ele pigarreia para se recompor. — tenho que ir, ficar perto de você é uma tortura que não consigo suportar agora. Mas vou aparecer novamente.

— Eu sei.

— Amanhã passo no apartamento, tenho uma promessa para cumprir com Nari. Vamos patinar juntos, fique bem!

Ele se vai, na última vez que me olha como um amor em potencial.

Entretanto existem outros olhares sobre mim, olhares que logo tornam todo meu corpo consciente de sua presença predominante e segundos são suficientes para que a redoma se forme entre nossa distância, o ar e meu corpo.

Porque Jungkook me olha atento.

As fagulhas queimam nos olhos estimulantes que vasculham toda estrutura revestida pelo vestido preto abraçando minhas curvas moderadas. Seu modelo com brilho e transparência realça todas as características que nota em mim, eu quase ofego.

Ele não estava mentindo sobre seu terno, não estava errado em presumir que a visão seria inegavelmente quente.

Enaltecendo a virilidade expressa nos traços eloquentes o vermelho vinho intensifica os detalhes na pele alva que parece muito chamativa com o destaque. Levemente puxado para o roxo pela profundidade na cor, a blusa branca social que se via transparente me permitia visualizar seu abdômen pedindo para ser explorado.

Alongando as pernas se mostrando sobressalentes no tecido intencionalmente marcado mas não exageradamente, uma medida que torna a curiosidade expressa nos olhares. O que poderia ser descoberto naquele homem debaixo das peças?

O comprimento ligeiramente maior que o costume do paletó acrescentava elegância pecaminosa ao conjunto que faria muitas pessoas desejarem apenas um vislumbre da obra de arte exposta ali.

Displicentes e revoltos os cabelos revelam as ondulações que raramente deixava a vista, mas nesse noite outra versão de Jeon Jungkook se mostrava presente; nos lados poderia se ver o corte enquanto a extensão longa não permitia admirar toda beleza.

Sentia intimamente uma mudança brusca na minha postura e consequentemente na forma que olhava para si, exacerbada de pensamentos lascivos.

Imersa nas sensações que sua visão causava em mim caminhava como se estivéssemos sozinhos nesse grande salão, ele me acompanha tão afetado quanto eu.

Pertos, com nossos corpos a menos de um metro de distância a respiração se solta dos pulmões embora seja para emitir um resfolegar.

— Não pode começar a gemer, meu bem. Eu não pretendo desperdiçar esses sons, ainda não comecei a fazer nada.

— Imagine quando começar.

Por Deus ele estava imaginando.

Estava revirando na mente tudo que gostaria de fazer comigo e correspondia a vontade voluntariamente, não tinha controle algum envolvendo ele.

— Senhorita Dyana! — Cumprimenta tomando a quentura de minha mão, levando-a para seus lábios deposita um beijo fora de definições.

— Senhor Jeon.

Essa formalidade é dispensável para pessoas que conhecem a intimidade uma da outra como conhecemos, no entanto tem algo excitante no ato. Palavras se formando encantadoras em línguas conhecidas.

Aquela menção marcava as primeiras frases trocadas quando nos conhecemos, era um mantra que relembrava nosso começo para o agora.

— Você é extremamente linda.

— Eu...

— Não. Eu preciso de alguns minutos para conseguir elogiar toda a sua beleza nessa noite e não acho que seja capaz de fazê-lo em palavras. — O rubor subiu nas bochechas denunciando minha timidez. — É como uma obra em exposição que merece ser reverenciada, uma miragem pronta para enlouquecer qualquer homem.

— Jungkook, estou ficando com vergonha. — Ato complicado de ser feito que parecia natural para ele e seus elogios.

Mas não eram as palavras que certamente acrescentavam uma maior onda de rubor as bochechas, é a forma como sou refletida nos olhos intensos dele; sua forma de me enxergar me constrange de maneira inexplicável.

Não é como se estivesse olhando um vestido ou uma mulher atraente, é como se enxergasse nas íris minha alma totalmente desnuda para admirar com devoção. Ele o faz sem esforços.

— Estou usando todo meu autocontrole para não te pegar nos braços e te fazer minha.

— Compartilho da mesma sensação. — Passo o olhar em todo corpo másculo, que homem.

— Você adquiri esse tom de rosa na cama também? — Em atrevimento para o local que estamos pergunta, num tom íntimo ainda que baixo.

— Oh, céus!

— Preciso fazer uma pergunta e quero que seja totalmente sincera comigo, por favor. — A súplica engasga na voz.

— Pergunte.

— Aquele homem... — Começa incerto. — aquele homem é o seu amor? É a pessoa que existe na sua vida?

— Não.

— Ele te olhou de uma forma que somente alguém que ama consegue fazer, você demonstrou um carinho e preciso saber se esse é o momento que desisto de nós. Porque se for quero que me diga agora, não prolongue nada, eu estou me entregando para você.

— Eu quero você. Não existe nada com ele, não precisa desistir Jungkook eu estou aqui e quero tudo que puder me dar.

— Dance comigo.

— Assim de repente?

— Não existe uma forma de realizar meu desejo sem que haja um escândalo em proporções enormes nesse salão, preciso de você nos meus braços eis a solução.

Encontrando seu olhar um riso se molda, começa quase em pura coragem e logo se torna uma risada tirada do divertimento que ele pode me causar. E sou correspondida com seu sorriso.

Então um fleche.

Não parece importar tanto quanto a felicidade instalada no meu peito mas chama nossa atenção para o homem parado a nossa frente encarando sua câmera.

— Uma foto, por favor.

— Como quiser.

O braço se envolve em minha cintura com a mesma obstinação que sou puxada para perto sentindo o impacto febril que o corpo emana. Agarrada ou melhor sendo agarrada eu deixo filetes de respiração desregulada sair.

Satisfeita com o contato e não menos afetada.

Olhares atentos podiam enxergar com clareza as verdadeiras intenções subtendidas no gesto, não significava posse, não simboliza um ato impensado mas representa a necessidade do toque.

Sua vontade crescente de manter-me perto, o contando entretanto não é suficiente para o desejo.

Jungkook sorrindo elegante toma minha mão para aquecer carinhosamente com a sua guiando os corpos para dançar, quem olhasse não imaginaria toda tensão que o momento tinha; nem mesmo a linha tênue que nós matinha controlados.

Nossa atração chocaria muitas se dita, a dinâmica sobre outros ouvidos é capaz de espantar de tão intensa, não desejava menos que isso num relacionamento. Quero cada fibra de excitação descontrolada que oferecia sem retoques ou limites queria sua verdade nua e crua.

O mais importante admirava e aceitava.

Porque é esse homem que acelera as batidas do meu coração, ele que recebe todos os suspiros impulsivos.

É de Jungkook.

— Amo seu cheiro. — Abraçando minha cintura lento para aproveitar o trajeto pronuncia, puxando o mais perto que consegue.

— Eu não uso muito esse perfume mas...

— Não, estou falando do seu cheiro. — Interrompe empurrando sua pernas para o meio das minhas como exigência. — É algo natural, que me embriaga e tenho vontade de lamber para saber se o aroma faz jus ao gosto.

— Acho que estamos muito perto, extremamente e perigosamente perto.

— É uma dança, podemos sobreviver as consequências. Ao menos é isso que espero.

As melodias começam preguiçosas, reconhecendo meus quadris se moldam involuntariamente sobre seu corpo ainda parado. A sensualidade permeando na junção de ritmos e como as palavras conseguem acender minhas lembranças.

Lembranças não vividas.

Lembranças que continham um homem docemente atraente me guiando entre seus braços porque desejava ceder controle, no entanto seduzindo os altares da paixão entregue ao momento de veneração. Era minha vontade.

— Sempre quis dançar com alguém, amo o toque sensual dessa música.

— Por que não sozinha?

— Perco a conta de quantas vezes dancei essa música sozinha querido e sinceramente amo mas as vezes eu queria uma pessoa para me acompanhar.

— Pois bem — Comenta arremetendo força e leveza nos olhos. — sou todo seu, pode me seduzir o quanto quiser e prometo deixar tudo muito recíproco.

Não tinha perguntas, nenhuma dúvida que pudesse impedir meu corpo de se entregar para suas mãos. Existia uma confiança descomunal entre suas palavras e a resistência que tinha, porque não importava como viesse sempre soava atraente se entregar.

Maior a confiança que ele tinha em si mesmo para satisfazer meus desejos, esta que tornava suas ações simples como ato rotineiro. Jungkook sabia onde pegar, quando fazer e o que falar.

Ele sabia minhas necessidades e as saciava.

Os olhares sobre nossa dança não permitia nenhum movimento denunciante sobre nossa intimidade, para quase todos éramos como sócios ou qualquer classificação limitada ao profissional. Mas para outros somos como um casal não assumido — essa seria a definição na minha empresa.

Não incomodava como enxergavam nossa intimidade, não importa como somos nas bocas que tomam julgamento sem conhecer as personalidades. O significado do que somos aos olhos do mundo não abrangia um terço do que poderíamos ser futuramente, apenas ele e eu sabemos então quando Jungkook aproximou seus lábios da minha bochecha depositando um beijo sereno não desviei. Ao contrário fechava os olhos para apreciar o ato sorrindo alegre e satisfeita.

Pois nós compreendemos.

Cinco meses pode parecer pouco, mas sinceramente eu me sentia conectada com ele de uma forma que quem olhasse poderia ver anos resumidos a meses. Intimidade não escolhe tempo existem pessoas que tornam tudo simples e o tempo dita se a escolha é certa.

— Acredita que o amor pode durar para sempre?

— Amor. Sempre. — Repete mantendo a atenção nos meus olhos sem errar o passo. — Não sei acho que tudo pode ser real, depende das pessoas e do quanto se dedicam para fazer dar certo.

— Realmente.

— E você?

— Sendo franca acredito que muitas das belezas do amor envolve como você se sente, ou as lembranças que deixa. — Permito-me deslizar as mãos sobre seu ombro considerando meus pensamentos por instantes. — Eu prefiro um amor que me tire o fôlego por uma semana a um que esmorece com o tempo.

— Por que não se envolver anos?

— Nada contra sinceramente, mas é um pouco torturante saber que tudo que te fazia suspirar se torna algo massante, sabe? Prefiro um que acabe sem rótulos para viver dentro de mim sempre.

Jungkook nada diz, o que prolonga silêncio. Ele espera que continue conhecendo quando sempre tenho algo a dizer, ainda que não diga de fato. Entretanto escolho continuar logo completando:

— Todavia, não sabemos como agir quando ele vem obviamente tudo mundo quer algo permanente. Minha conclusão é que depende de cada um, das circunstâncias, de tudo na verdade.

— Prefere não dar significado a duração do amor.

— Se é para sempre ou não, pessoas e o tempo decide.

— Enquanto ao que temos aqui e agora, podemos decidir o que acontece à resposta final exige tempo. Mas a sua decisão sobre nós é?

— Eu devo ter lhe dado impressão de estar constantemente fugindo para soar com tanto receio. — Desabafo exasperada do tom que usa com cada vez mais frequência.  — Pretendo ser sincera com você.

— Quer ser sincera comigo?

— Dentre as coisas que quero ser com ou para você essa é uma delas.

— Nessa altura estamos irrevogavelmente envolvidos demais para voltar atrás, não que esteja lamentando.

Obviamente não lamentava. Seu aperto significativo e a forma maliciosa que me olhava indicava bastante de tudo que não lamentava mas agradecia. Jungkook não verbalizava entretanto tínhamos intimidade para dispensar tal formalidade, eu o leria com a palma da minha mão.

É insano como nos moldamos perfeitamente, sentia as coxas perto das minhas resvalando o tanto que meu vestido permitia, convenhamos não parecia suficiente para sua vontade.

Então eu sorria alegre e questionando a mim mesma se aquele homem poderia ser real.

— Acho que preciso tirar muitas das suas dúvidas essa noite, não é? — Pergunto retoricamente acariciando as bochechas apreciando o toque pessoal. — Não quero que use esse tom outra vez, sinceramente é algo que me faz parecer diferente.

— Por favor, esclareça as coisas para mim.

—Jeon Jungkook. É o homem mais persistente que conheço da mesma forma que é completamente irritante e dominador. Você me deixa nervosa com uma frequência impressionante. — Ele se cala atento em puro êxtase de expectativa. — Mas é o homem que doma meus pensamentos mais vezes que o recomendável, eu fico pensando e imaginando um futuro juntos. Se precisa de uma afirmação, eu quero você mais do que posso lidar com confiança, te quero a tanto tempo que quando você me toca a pulsação acelera e tudo queima envolta de nós.

— Eu gosto dessa reciprocidade porque eu quero tanto que não consigo suportar, literalmente.

— Lembra da noite que nós conhecemos?

— Como poderia esquecer?

— Você me prometeu um jogo de xadrez, bem, estou cobrando agora e se me recordo envolvia o silêncio da sua casa.

— Isso é...

—  Pelo amor Jungkook, me leve para sua casa.

A casa de um homem diz muito sobre quem ele é, seus gostos, seus prazeres, segredos ocultos.

A casa de Jungkook diz muito mais do ele me permitiria ver, mas, eu tenho a mania que querer mais como um fogo sempre alimentado. Eu queria, seus prazeres mais íntimos, seus gostos peculiares, seus segredos sórdidos, queria o completamente sem reservas. Jungkook não é um homem para se pedir pouco, sempre peça seu lado mais fervoroso.

Ele excita mais.

Eu pensava no erro que poderia estar cometendo ao atender seu pedido não completamente explícito porém somos experientes o bastante para entender o que significa e como aquele jogo acaba, ou melhor onde ele acaba. Mesmo temendo ser um erro arrependimento é um sentimento que não me cabe, talvez mais tarde essa palavra ganhe espaço, hoje ela está fora do nosso vocabulário.

Analiso lentamente a sala de estar, um espaço consideravelmente grande com dois sofás um de frente para a televisão embutida e o menor virado para a coleção de livros, estes em um preto chamuscado que presumi ser de um valor alto, a mesinha de centro que ficava acima de um confortável tapete bege felpudo carregava um azul marfim com um vaso cristalino enfeitando a extensão; sem muitos detalhes acrescentar apenas uma coleção de whiskies antigos em uma mesa. Tudo em tom preto ou azul escuro.

— Um pouco de vinho? — Pergunta após desvencilhar-se do casaco que vestia revelando novamente o traje tentador.

— Claro. — Confirmo num aceno leve.

— Branco ou tinto? Safra? — Diz rapidamente enquanto encaminha-se para um corredor ao lado oposto da sala.

— Me surpreenda.

— Quer ser surpreendida com uma escolha de vinho? — Arqueia as sombrancelhas.

— Se você souber as outras maneiras de impressionar uma mulher por favor vá em frente. — Seus olhos passam em minhas curvas lentamente, gravando cada local na memória indecentemente.

— Vamos com o vinho primeiro. — Ele sorri saindo.

Aproveitando a ausência tiro os saltos com um pequeno desconforto na ponta dos dedos, mas ao pousar os pés no chão livre dos calçados suspiro em um alívio gostoso. Dou um tempo para apreciar o que essa casa diz sobre o homem que tanto impressiona a todos, aqui e quase um santuário para ele; me arrisco a dizer que uma perfeita casa de solteiro com fixação pelo trabalho.

Mas tudo soa frio, sem cores alegres ou lembranças aquecidas é vago.

Contra toda a intensidade que representa, os trejeitos mais significativos que ele pode ter no fim Jeon pode ser o ponto de calor existente nessa casa vazia.

Meus dedos deslizam pela madeira envolvendo seus exemplares, livros de administração em montes alguns de ficção científica, coleções de primeira edição. Romances, corrigindo romances eróticos um ou outro que reconheço por ter lido, uns completamente diferentes e interessantes.

— Algum lhe chamou atenção? — A voz rouca surge atrás de mim, extremamente perto. Viro-me sentindo a superioridade de tamanho que tem sobre mim.

Não estou em tanta desvantagem, meus olhos batem em seu nariz, mas a maneira como seu olhar vem em mim faz-me sentir deveras pequena. Ele me pegou desprevenida.

— Claro. — Respondo afastando.

— Qual?

— O kama-sutra. — Sorrio pequeno.

— Bem pensado mas não tenho um kama sutra. — Ele se aproxima deixando uma brecha mínima para qualquer tentativa de escape.

— Deveria ter, sabe, versatilidade faz um bom homem.

— Acredite se um homem não for capaz de pensar em maneiras diferentes de te fazer gozar que precisa ler um livro e aprender, ele não vale a pena.

As mãos ágeis sobem pelo meu braço desnudo, sem muito contato apenas um resvalar de dedos que é o bastante para acender chamas em mim. O toque dele parece sútil com curiosidade, tateando mais precisamente ao ver que não impeço suas descobertas em mim.

Suas mãos envolvem-se no meu pescoço para somente seu polegar se movimentar em uma carícia agradável mas sensual ao mesmo tempo. Esse homem consegue ter um equilíbrio entre carinhos e sensualidade.

— Você é um homem que vale a pena Jungkook? — Pergunto num fio patético de voz.

— Acho que precisa fazer a prova primeiro. — Como um fleche nosso contato se quebra para meus lábios cheios serem refletidos nos olhos dele como um espelhado do desejo. — Você é linda Dyana. A mulher mais intrigante que já tive o prazer de conhecer. — Sussurrou em meu ouvido.

— O que está fazendo? — Sussurro também pensando que esse possa ser um segredo compartilhado. Só nosso.

— Te seduzindo.

— Não sou o tipo para se seduzir.

— Ah não? — Umidece os lábios. — Prometo que vou me esforçar.

E como uma bomba prestes a explodir nossos lábios se encontram, fazendo nossos mundos estremecerem e o calor das chamas se alastrar tão rápido quanto um piscar de olhos.

Não há nada de manso neste homem pois seus lábios tomam posse dos meus com um fervor entorpecente, rasgando a sanidade deixando resquícios da mesma, quando sua língua quente ganha espaço entre meus lábios a fome parece triplicar. Os braços envolvem minha cintura diminuindo a pouca distância que nos separava, seu corpo é quente e firme ao me deixar na ponta dos pés explorando-me com veracidade.

Movo meu corpo em uma ondulação curta somente para alcançar seus cabelos puxando com certa força para trás atacando seus sentidos em retribuição. Estamos travando uma batalha sem saber em qual parte ou o que fazer primeiro pois quando se está com este homem as opções são diversas.

Cada uma mais excitante que a outra.

Sinto o impacto ao bater as costas nos livros ouvindo o estalar ao alguns baterem no chão. Eu consigo sentir seu calor, sua fome quando seus beijos ganham um ritmo mais necessitado, e quando esse toque se desfaz seus olhos soltam fogo em minha direção, a respiração ofegante totalmente audível.

Beijos são depositados em meu pescoço mas o afasto lentamente tentada a pedir por mais porém hesitante em deixar tudo ser tão rápido. Afinal sua proposta foi uma partida de xadrez, apenas isso.

— O que? — Começa ainda respirando desregular com os olhos famintos e confusos.

— Eu vim jogar xadrez com você. — Digo quase beijando-o novamente sentindo que esse pode ser a primeira mancada da noite.

— Eu prefiro outro tipo de jogo. — Diz galanteador se aproximando e rapidamente desvio seguindo para o sofá.

— Uma pena mas você me chamou para jogar xadrez certo? — Arqueio as sombrancelhas com a expressão mais cínica possível.

Naquele momento sem saber eu atiçei a fera.

— Tudo bem, você dá as cartas. — Sorri pois no xadrez não há cartas o jogo que começou foi outro.

Se me dissessem que eu estaria sentada no chão felpudo do grande empresário Jeon Jungkook tomando um vinho enquanto jogamos uma partida de xadrez deveras relaxante/excitante não acreditaria. Esse é verdadeiramente o tipo de coisa que não se crê facilmente mas o mundo nos surpreende e estava adorando aquela surpresa. Ver esse lado seu é como um presente que sei bem como aproveitar.

Pensar que consigo deixar este homem vermelho com frequência não somente pelo álcool mas por estar com vergonha. O quão excitante isso pode ser?

Em Jeon Jungkook a escala de perigo é alta.

Os cabelos desarrumados grande parte bagunçada por mim admito, a blusa branca transparente com os três primeiros botões abertos e as mangas arregaçadas. Vejo o trajeto que sua língua faz ao deslizar nos lábios que outrora devoravam os meus, posso sentir o formigar como se tivéssemos cessado o beijo agora.

— É sua vez de jogar! — Cantarola sabendo como me perdi em analisar sua beleza.

— Então me diga o grande Jeon que todos conhecem é apenas um garoto tímido que cora com determinados assuntos?

— O que acha? — A taça soa um leve tilintar ao bater acidentalmente na mesa.

— Considerando o tanto de vezes que ficou como um pimentão? Um garoto tímido. — Faço minha jogada, um en passant.

— Não sabia que conhecia essa jogada. — Divaga.

— Tem muitas coisas sobre mim que não sabe e presumo ser recíproco.

— O que quer saber sobre mim?

— O que preciso saber sobre você?

— Não sou tímido. — Claro que não admitiria mas isso o faz ser mais interessante que nunca. Um homem entre equilíbrios. — Estava apenas seduzindo você.

— Essa é sua forma de seduzir alguém? — Rio anasalado terminando minha taça degustando o sabor de uva mais acentuado que o álcool. — Eu pensava que fosse mais, como vamos dizer direto ou atrevido?

— A sedução é como um jogo de xadrez você precisa da estratégia certa para que seu alvo caía fácil. — Seus dedos perpassam pelas peças sem interesse real em mexe-las.

— Precisa de toda essa burocracia para seduzir alguém? — Sorrio debochada com a língua passando pelos lábios. — Para mim isso é balela para compensar alguma coisa.

— Estou tentando compensar o que exatamente senhorita Dyana?

— Sinceramente entendo que homens possam ter o ego frágil para assumir, como vamos dizer... Certas incapacidades. — Amenizo o tom mas com o deboche transbordante ao encará-lo com falsa pena. — Mas ser incapaz é comum, não fique tímido querido.

Avanço lentamente deixando um aperto leve em sua bochecha com um curvar pequeno de lábios ao ver a carranca crescendo em sua face antes neutra. Ele parece menos disposto a fazer sua jogada quando na verdade acabará de mover nosso jogo para outro nível.

Tenha a certeza não estou falando do xadrez.

— Meu amor não sou incapaz isso eu lhe garanto. — Recompõe o tom e sinto a incredulidade ainda presente.

— Oh, então você faz parte da porcentagem pequena. — Pouso as mãos na lateral do tabuleiro de mármore arrastando para frente no cuidado de não deixar as peças caírem. — Estou surpresa.

— Surpresa com o quê? — O maxilar fica rígido marcando cada vez mais suas expressões.

Céus, esse homem é ainda mais delicioso com raiva.

— Um homem tão belo como você, seu corpo e personalidade dominante. É bem difícil acreditar que seja pequeno lá.

— Pequeno? — O tom sobe alguns decibéis em indignação ainda mais forte que antes.

— Não se preocupe seu problema está guardado a sete chaves. — Pisco sorrindo ladino. — Mas me diga consegue fazer alguém gozar?

— O que?

— Dizem que o importante é saber fazer e o tamanho não importa, comprova a teoria? — Ele se levanta num súbito caminhando como um felino em direção a sua presa.

Em minha direção.

Eu sei bem o que minhas palavras poderiam provocar em si, como elas iriam fazê-lo querer provar a si mesmo pois só há uma coisa que ele goste mais que jogos, vinhos ou trabalho.

Jeon Jungkook gosta de ganhar.

Ser visto como um homem.

— O que foi? — Pergunto ao me levantar também vendo as faíscas soltas em seus olhos.

Sua mão agarra a minha com precisão puxando também meu corpo pelo movimento rápido. Meus olhos quase saltaram por ver tanta ousadia contida numa só pessoa, pulsando deliciosamente quente com seu formato bastante reconhecível ao tato.

Ele colocou minha mão em frente a suas calças, precisamente em frente ao seu membro.

E céus, ele não é nada pequeno.

Com um sorriso vitorioso nos lábios e olhos que remetiam plenamente que a presa estava na toca do lobo ele diz:

— Grande o bastante para você?

Ainda sem palavras minha mão permanece em seu volume, parada. Mas logo todo aquele pulsar instigou-me a movimentar lentamente sentindo-o reagir instantâneamente com o estímulo, a sensação que cresce em mim é vigorosa repleta de luxuria pois sou eu a causar esses sons deliciosos e respirações tentadoras desse homem, ele está assim por mim.

A sensação é gloriosa.

É como um sonho poder ter Jeon Jungkook gemendo para mim, a melhor melodia para este momento.

Eu o acaricio por mais tempo com mais intensidade e lentidão conhecendo suas melhores reações. Um sorriso malicioso brota em meus lábios quando meus olhos encontram o seus é impossível tentar evitar o que vai acontecer entre nós.

Porque eu quero e ele me quer.

A equação mais simples do mundo, reciprocidade.

— Hum! — Murmuro hipnotizada com a visão. — É tão bom você sem controle.

— Você ainda não me viu sem controle, tenha certeza disso. — Diz aproximando-se calmamente soltando alguns gemidos instigantes.

— O que preciso fazer para que fique sem controle? Ou você tem esse tamanho por enfeite? — Brinco apertando seu membro rijo. Extremamente desejável. — Ainda não me impressionou, acho que você só sabe falar e não fazer.

— Você não deveria ter dito isso. — Segura meu pulso e vejo em seus olhos todo fogo existente, seus prazeres.

Eu estou literalmente fodida.

Suas mãos pousam possessivas em minhas coxas puxando-me para si e empurrando meu corpo em direção a parede, minhas costas ressoam um leve estalar e apenas um gemido surpreso vindo de mim como reação; a rapidez dos seus movimentos me fez crer que aquela noite seria a melhor possível.

Nossos lábios se encontram quando meus pensamentos ainda estavam embaçados pela pegada repentina, as pernas abraçam sua cintura enquanto sua língua desenha meus lábios entre mordiscar e lamber com um controle maior ainda. As mãos precisas apertando as bandas de minha bunda, cada vez mais forte.

Eu tentava controlar os gemidos ao sentir chupões em meu pescoço, os beijos que estalavam e a língua úmida levando meu autocontrole, porém quando seu quadril se movimentou para frente eu senti as vibrações subirem pelo corpo.

An... Jungkook! — Gemi arrastado com os braços presos tentando diminuir qualquer distância possível necessitada.

— O que você disse antes de gemer meu nome mesmo? — Seus dedos subiram lentamente pelo interior da coxa resvalando os dedos na calcinha que vestia. — Quente e bastante tentadora. — Ele empurrou a mesma e soltei o ar com o contato repentino de seus dedos com minha intimidade. — Lembrei você disse que sou incapaz, pequeno e que apenas falo. — Adentrou um dedo em meu interior sem aviso mexendo-o num vai e vem inebriante.

— Hum merda, mais. — Peço ou melhor as palavras se arrastam entre meus lábios.

— Pode gemer um pouco mais alto, não estou entendendo o que você quer dizer?

Os movimentos me estimulam a um quase frenesi mas as estocadas diminuem quando estou perto em uma tortura. Jungkook se dedica a beijar meu pescoço diversas vezes sem deixar de mover seus dedos dentro de mim.

Começo a me sentir perto do limite gemendo mais constante e sem conseguir formular palavras coesas para pedir que continue.

— Quer gozar? — Pergunta retoricamente sorrindo com malícia. — Pode gozar eu deixo.

Acelerou os movimentos gradativamente e quase agradeci por estar fazendo todo meu desejo subir a níveis máximos, com um gemido esganiçado pronuncio seu nome ao chegar em minha libertação. O aperto entre meus braços normalizando a respiração em pausas sentindo a sensação de prazer irradiar em meu corpo.

Abro os olhos vendo-o se aproximar para um beijo que infelizmente não dura tanto quanto gostaria por estar com a respiração sôfrega. Eu o quero, muito. Ainda com o olhar preso ao meu ele lambe os dedos que antes estavam em mim, deixando sua língua visível ao passar pelos dedos lenta e excitante.

— Satisfeito? — Pergunto sorrindo fraco sentindo as vibrações ainda presentes.

— Nem um pouco. — Sobe meu corpo de maneira que meus seios cobertos ficam perto ao seu rosto. — Eu disse que o homem que vale a pena sabe fazer uma mulher gozar de várias maneiras. — Um selinho sereno. — Essa foi sua primeira vez.

— Jungkook. — Chamo.

— Uma mulher precisa ser surpreendida, aproveite pois meu objetivo hoje é te fazer perder a fala.

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Atualização o que acharam? Gostaram do capítulo?

Apenas lembrando que o capítulo dois da shortfic foi usado como complemento aqui. Mas também tivemos novidades!

A descrição do Jungkook foi uma coisa surreal até para mim que fiquei chocada em como seria a visão, mesmo que haja uma inspiração vinda da apresentação de My Time. Babando horrores Socorro.

Não sei se repararam mas algumas mudanças foram feitas no capítulo shortfic basicamente detalhes de roupa. Também porque os trajes mudaram, certinho?

Estou em contradição sobre o hot, sinceramente estou bem confusa com o que fazer. Se deixo o antigo, e faço um novo ou se crio dois do zero e como opção finalmente complementar o que foi feito antes. Agora preciso da opinião de vocês, me ajudem please!

Nova roupa da Dyana! Gostaram?

7k e mais de palavras! Uhullllllllll!

Enfim é  isso.

Beijinhos ❤

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