1798 Words

(Desculpa mas ta foda! Tipo eu tentei escrever durante as férias, feriados e quando tenho tempo. Mas ta osso!" Sempre! Mas sempre tem um infeliz pra me atrapalhar! Tipo ficam me chamando o tempo todo tirando minha concentração ou pior. Exigem sair. Minha mãe e meu pai quiseram viajar... como q escrevo? O namorado... Pior. Ainda Ahhhhhhhhhhh q raivaaaaaaaa!)

Eu não estava surpreso.

Na verdade estava aliviado de entender o por que ele tinha ficado tão tocado com o nosso caso. A verdade era que a maioria das pessoas só simpatizava com quem já gosta ou com alguém que faz elas lembrar a si mesmas.

A ideia de usar Judy como garota propagando era usar a primeira idéia, já que ela era muito amada por todos em Zootopia, e esta cidade enorme e que sempre teve o discurso de igualdade entre as raças; seria o estopim de um novo ideal que quebraria todos ate agora já vistos.

---- O meu namorado? Por que quer saber?

---- Aff. Por que agora fiquei curioso. Ele sabe de mim e Judy?

---- Sabe sim. Vocês não disfarçam muito bem que se gostam. Sabe antes de ficarem juntos e se declararem era muito nítido a troca de olhares apaixonada. Depois vocês maneiraram e se cuidaram, mas já era tarde. ---- engoli seco com isso. ---- Mas ele ajudou a esconder. É... Olha você não vai contar a ninguém né?

---- Claro que não! Mas se ele sabe quero saber quem ele é.

---- Tudo bem. ---- ele respira fundo e desvia o olhar como se tivesse muito medo de revelar o nome da pessoa. ---- É o Bogo.

Eu não estava tomando nada, mas engasguei na hora.

Cara eu nunca me imaginei preconceituoso ou racista, mas só de imaginar os dois eu travei no lugar. Mas acho que para ele era a mesma coisa me imaginar com a Judy.

Só sei que me acabei de rir sem querer e ele ficou putasso comigo, e com razão.

---- Pera. Des-descul-desculpa rir rarara! Foi sem querer! Eu só... É que o Bogo é tão bravo e intimidador e... Ai. Espera. Desculpa.

Eu achei que ele fosse me matar por zombar assim, mas do nada ele me olha e ri também.

---- E você e a Judy? Jura? Muito contraditório em. Presa e predador? Da pra não rir? ---- ele então gargalha alto e é minha vez de ficar ofendido. ---- Do que vocês brincam na cama? Cara eu já varei noites rindo disso com o Bogo.

---- Poxa... Ok mereci. Revidou bem.

Acabou que ficamos conversando e nos ofendendo sem parar. E na verdade foi mesmo muito bom saber da relação dele e falar um pouco da minha. Brincar um pouco, zombar e ser zombado sem que isso acarrete nada de ruim para ninguém.

*~*~* ~*~*

Sai da casa do velho pinguim estarrecida.

Eu não podia contar o porquê, mas dei um jeito de o convencer a acelerar as coisas. Afinal não tínhamos muitos motivos para enrolar com as campanhas e logo no dia seguinte fui chamada para gravar o primeiro comercial oficial.

Nele o Pinguim falaria sobre a ideologia do amor, e varias entrevistas como: a Gazela e eu falaríamos o nosso ponto de vista. Bem simples não?

Fiquei besta vendo ela falar e na minha vez ate gaguejei e tive de refazer. Mas acho que no fim ficou muito bom por que todos comemoraram. E então quando finalmente cheguei em casa e senti aquele cheiro delicioso da comida que as minhas irmãs fizeram com todo o carinho e liguei a televisão para ver o que fizemos, sabendo do horário que iria passar eu não pude ficar mais feliz.

[ O comercial começa com um alerta cortando qualquer coisa que esteja passando em qualquer canal como todas as propagandas eleitorais fazem. Mas ele inicia sem um terno, e sim com roupas casuais e bem tranquilas, já se posicionando. ---- O período eleitoral começou, e mais uma vez vocês tem sua programação cortada e alterada por conta dela. Então serei breve. Não venho aqui fazer propostas muito menos me reeleger e sim conscientizar a todos de uma coisa. ---- Eu gostei de como ele usou o humor para criticar coisas que a população pensa mas não diz; e trazer o assunto a tona. ---- Estamos em Zootopia? Tudo o que sempre foi proposto ocorre ou é apenas uma propaganda? Venho trazer a tona um assunto polemico e que ate aqui. Onde a igualdade é uma lei. Sofre o descaso e o preconceito. Eu falo de casais de espécies diferentes. Como Zootopia vê isso? ---- nesta hora eu gelei, não por que ele disse finalmente, mas por que minhas irmãs se aproximaram para prestar atenção e eu não soube como reagir apesar de querer muito saber a reação delas.]

[Nesta hora corta para varias pessoas de alta influencia. O primeiro a falar é o Prefeito Leãonardo que demonstrando bastante preocupação com o que isso poderia causar as futuras gerações. O medo dele era nítido não como um preconceito; ele é bem franco e repetitivo em dizer que tem medo de doenças que uma raça tem e normalmente não é transmitida a outra. Como gripes e coisas comuns, mas que não vê problema algum caso as farmácias disserem que não a riscos. Afinal alguns animais eram venenosos ou programados biologicamente para matar o outro. E a preocupação dele era logica.]

[Eu vibrei com as palavras da Gazella novamente. ---- Acho que este assunto é muito polemico. Assim como esta sendo a homossexualidade ate hoje. Mas nos sabemos que o amor é lindo e ir contra algo assim por puro preconceito é errado. Se as pessoas estão bem assim, e não fazem mal a ninguém então que deixem se amar em paz. O mundo vai ser muito melhor se nos preocuparmos menos com o amor e como ele é empregado. Amar nunca é errado, dizer que é errado. Pra mim isso sim é um crime.]

[Passaram vários, mas quando eu apareci estremeci de medo e me encolhi no sofá querendo fugir dos olhares das minhas irmãs. O que disse foi simples. ---- Vir para esta cidade sempre foi o meu sonho, por promover a igualdade entre as raças e é apenas isso que eu procuro. Acho mesmo que este assunto pode ser trazido e tratado com tranquilidade. E se somos todos iguais não deveria haver divisões que possam gerar confrontos e um pré-conceito. É apenas isso. ---- eu gelei e não consegui ouvir mais nada depois de mim. Soei como uma completa retardada.]

Fiquei só repassando a minha frase e pensando que eu podia ter dito tanta coisa melhor...

Depois que terminou rolou um silencio estranho e desconfortável e eu teria notado isso se não tivesse pensado como estava parecendo uma pamonha na televisão.

---- Judy! ---- minha irmã mais velha grita e eu pulo da cadeira. ---- Nossa. acordou. To tentando falar com você.

---- Você concorda com isso? ---- a outra fala se levantando completamente indignada. ---- Esta abominação?

---- Calma lá! Abominação já é de mais!


E assim começa um debate entre as duas.

Minha irmã mais velha era bem cabeça e estava do meu lado, mas a outra achava um completo horror esta ideia e começaram a brigar entre elas e argumentar com opiniões de outras pessoas como amigos e familiares.

Eu fiquei vendo aquilo sem saber o que fazer. Pensava e ate abria a boca para falar, mas não tinha um momento para entrar. Me sentia como se fosse uma corda de pular onde eu não acertava o passo.
Afinal...
Tinha começado o meu verdadeiro desafio. Enfrentar as opiniões da minha família.

*~*~* ~*~*

Assim que o comercial saiu, o mundo explodiu.

Já tinha comentários sobre isso em todos os idiomas do mundo em menos de meia hora e pior... Já se tinham times formados de pessoas contra e a favor; com todos os seus argumentos bem preparados.

Quando foi que esta galera toda começou a pensar nisso? Parecia realmente ensaiado e muito bem estudado para tão pouco tempo.

Eu queria muito ligar para alguém e conversar sobre isso. Mas ao invés disso passei a noite com a cara no computador e a televisão ligada no jornal acompanhado o maximo que eu podia das noticias.

No dia seguinte era para eu estar pregado de sono, mas estava mais ligado que nunca.

Diferente de tudo o que ocorria naquela delegacia e na mídia, desta vês eu estava mais do que interessado no assunto.

Mal cheguei e já fui ate a área onde tomávamos um cafezinho e já vi debates fortes sobre os pontos de vista, e os meus colegas eram os palestrantes. Todos eles já tinham um partido e uma posição bem forte com suas opiniões.

Isso eu já esperava.

Gente contra e gente a favor.

Isso é bem normal, principalmente as contra sendo maioria eu também esperava. Mas eu estava mesmo era buscando, qualquer um que aceitasse a idéia de espécies diferentes terem filhos.

Parecia mesmo que todos ali... ate mesmo os que aceitavam a idéia eram contra se formar uma família com filhos. Era um discurso vazio, por que tudo estava bem e eles concordavam ate chegar a falar de filhos ai a coisa mudava:

---- Não estamos falando de crianças. É impossível estes casais terem filhos, é como a homossexualidade. Não nasce. Podemos aceitar os casais sem problemas.

Parecia ate que eles se ofendiam em aceitar a idéia de que pudessem ter filhos. Era contra a realidade. Mas a verdade é que se não tivesse acontecido comigo também não acreditaria.
Só que isso me preocupava por motivos óbvios.

Estava em cólica ali vendo as pessoas mais próximas de mim (nos) e que também eram quem faziam valer a lei, debaterem sobre o futuro da minha família...

---- Ei! ---- ela me da um berro e eu já olho com o pelo espichado de susto e ela apenas ri. Ficaria muito puto com isso se o riso dela não fosse tão fofo. ---- Vem. Vamos fazer nossa rota. ---- sai animada saltitante como se nada de ruim estivesse acontecendo.

Algumas pessoas a param no caminho questionando sobre a propaganda e outra apenas a parabenizam pelo ato ousado como ela sempre fazia.

Mas entramos no carro e ela já sacou um beijo em mim sem pensar duas vezes. Olhei pra ela mais branco que a pelagem de inverno poderia ficar e ela sorriu abrindo um plástico de folhas que deve ter pego por um fax pela forma que elas tinham. Quem mais usava isso hoje em dia? Que treco velho...

---- Olha! ---- falou animada ao me mostrar o que seriam o resultado dos exames. ---- São cinco bebes!

(Ola! Este cap vai em especial a Vitor_borges que me me animou muiiito! Obrigada mesmo de coração! Entao esta sera minha 2 fick q vou retomar, espero conseguir postar um cap por semana bjs! )