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Vulnerabilidade

Dedico o capítulo para Sunrisze

Olá Sweets ♥
Vamos lá?
Hoje vocês vão conhecer um pouco do Liam fofo ❣
Vai ter uma lembrança fiquem atentos ❣
Boa Leitura!!

-x- -x-

"Seja meu amigo
Me segure, me proteja
Me descubra"

(Sia - Breath me)

-x- W R O N G -x-

Molhei a ponta do pincel na tinta vermelha, para poder pintar os cabelos ruivos da Ariel, enquanto Rubby pintava a cauda verde dela. Harry e Louis estavam preparando as bebidas e fazendo aquelas coisas melosas que casais fazem. Voltei a me concentrar na pintura que fiz, olhei pra o lado vendo que Rubby estava prestes a dormir, porque abaixava a cabeça a todo instante. Harry e Louis estavam empolgados com a festa que resolvi não incomoda-los.

— Ei, o que acha de um passeio? — Indago, largando o pincel sobre a mesa.

— Como assim? — Rubby deita a cabeça para o lado.

Sorri diante o rosto fofinho que ela fez.

— Para o castelo da princesa Rubby, aposta que ela quer entrar no rio mágico de bolhas, aonde de lá, vai para a grande cama de nuvens, porque elas são macias e quentinhas. — Respondi ganhando o brilho no seu olhar.

Crianças são tão puras, que as vezes sinto falta da minha criança.

— Eu quero. — Ela boceja.

— Vem nas costas do cavalheiro! — Levantei, fazendo uma posição para que ela segurasse nos meus ombros e dobrasse as pernas na minha cintura. — Segura princesa Rubby?

— Sim, cavalheiro!

Rir e balancei a cabeça concordando. Logicamente atraindo o olhar dos pais dela na minha direção, eles me enviaram como se eu fosse filho deles, podia ver naquele sorriso puxando de orelha a orelha, apenas puxei os lábios, correndo com Rubby pela casa. Ouvindo o Louis gritar para mim tomar cuidado porque poderíamos cair a cada rodopio que eu dava. Mas não nos importamos, é um mundo complexo que estava.

Rubby era como uma irmã para mim, lembro quando eu cheguei aqui, estava mais fechado que armário. Eu não falava nada, meus olhos vermelhos, mãos escondidas no bolso, lábios rachados porque me negava a hidrata-los, olheiras bem profundas visíveis para qualquer um.

Harry quem me buscou em casa, quando meus pais decidiram dar um jeito em mim. Dá até vontade de rir em ironia disso.

Não falei nada quando cheguei, apenas subir para aonde seria o “meu quarto”, odiava o fato dos meus pais terem usado uma forma de me ajudar, jogando me para a casa dos meus tios. Tão revoltado que poderia me trancar naquela merda quarto e nunca mais sai. Carregando a minha mochila com roupas, abri a porta que Louis havia indicado quando entrei e o ignorando.

— Oi! — disse Rubby assim que me viu, ela estava com uma xícara de brinquedo nas mãos e uma jarra, encantadora demais — Quer tomar um chá? Eu acabei de fazer.

Ela sorri, esticando a xícara.

Naquele dia, o meu mundo estava tão escuro, que pensava somente em me afastar de quem me cercava, até mesmo da pequena Rubby.

— Não, acho melhor você me deixar e voltar a brincar. — Apontei o dedo na direção do seu quarto.

— Vai ser rápido!

Quando vi, Rubby segurou na minha mão, a dela era tão pequena que tive medo de quebrar algum osso do seus pequenos dedos. Ela me guiou até seu quarto cor de pêssego, alguns adesivos colados na parede, no formato de fadas e flores, ao nosso lado esquerdo, estava sua cama, a penteadeira pequena para o seu tamanho, um baú de brinquedos; ao menos parecia ser, mais a frente uma mesa com coisas de cozinha e ursos de várias formas, a cama de casal, com um forro que possuí desenhos de nuvens, estava a direita como também seu guarda roupa branco. E para o lado, próximo da porta, o banheiro.

Rubby sorria para mim, enquanto eu não esboçava nenhuma expressão. Vejo ela soltando a minha mão e indo até o Peter pan de pelúcia, Rubby o segura após deixar a xícara e a jarra de plástico, sobre a mesa.

— Papai Louis me deu de presente, mês passado. — Ela balança a réplica na minha frente. — Eu gosto muito desse desenho, as minhas amigas dizem que é desenho de menino. — Fez uma expressão triste que não me contive.

— Você não deve ligar para o que elas dizem. É um desenho maravilhoso, feito para todas as crianças! — Me agachei na sua frente, deixando a mochila no chão.

Rubby abriu um sorriso de orelha a orelha, acho que com aquilo, eu ganhei o meu dia.

— Você vai ser meu novo irmão?

Sorri triste.

— Quer que eu seja? — Segurei no seu rosto fazendo um carinho.

Rubby enrubesceu e colocou o pé direito atrás da sua perna esquerda.

— Eu nunca tive um irmão. Você é um belo irmão!

— Então eu serei seu irmão agora.

Foi quando ela fez um ato que me pegou de surpresa, me abraçou muito forte, pendurando no meu pescoço, de certa forma, aquilo me deixou bem, pude esquecer do que aconteceu na minha casa, no rumo da minha vida agora. Tanto que retribuí o abraço inalando aquele cheiro de bebê, vindo dos seus cabelos, confesso que algumas lágrimas caíram, talvez eu só estivesse precisando de um carinho que nunca tive.

— Podemos tomar o chá? — Pergunto, segurando sua cintura, enquanto ela fazia um carinho na minha cabeça.

— Claro, vou te apresentar meus amigos! — Ela disse animada.

Depois disso, Rubby me apresentou todos os ursos do seu quarto, explicou que quando ela vai dormir, sentia que estava mesmo entre as nuvens, amava aquela colcha que Harry e Louis compraram para ela. Brincamos muito, meu humor foi mudando, pude ver que Harry abraçava o Louis na porta do quarto, encarando a mim e a Rubby, como se fossem mesmo nossos pais — ao menos, meus — porém não me importei com aquilo, me concentrei no que fazia com a pequena, pensando comigo: “Crianças tem poderes para conseguirem mudar seu humor”.

-x- -x-

Subi correndo as escadas com Rubby, confesso que quase tropecei no meu próprio pé, meu coração chegou a sair e voltar para a minha boca, só sei que apertei bem Rubby para evitar que ela caísse, mas se isso fosse acontecer, seria ela em cima de mim, não desse chão.

Rodopio, arrancando uma risada estridente dela, entramos no quarto, aquele cheiro de perfume de morango invade minhas narinas, o corpinho de Rubby cai sobre a cama, assim que a derrubo.

— Agora, é a hora da mão de gancho! — fiz uma careta, contorcendo a boca, escondendo uma mão nas costas e a outra, contraí para parecer uma garra.

— Não, eu sou o Peter Pan! — Rubby arruma os fios loiros que caíram no seu rosto, quando ela fica em pé na cama.

— Sou o Capitão gancho e vou te torturar com a minha garra há há há ! — fiz um movimento com as mãos.

Com Rubby, eu conseguia esquecer que era um estranho da família.

— Ah, duvido me pegar, eu posso voar! — ela joga a cabeça para trás, pulando na cama.

Eu sabia que Louis brigava dizendo que não se pode fazer isso, pois estraga as molas da cama, mas quando nos divertimos, não pensamos nessas coisas, queremos aproveitar o momento, viajar no mundo que nossa mente proporciona. Às vezes queria que fosse real, poder sentir emoção de verdade.

— Eu tenho pózinho mágico, que peguei da TinkerBell! — Finjo está com um saco nas mãos, jogando em cima de mim.

— Ahhh, seu... — Rubby fez uma carinha de brava, juntando as sobrancelhas, como Louis fazia quando estava bravo, depois saltou da cama para o chão.

— Corra Peter, porque eu vou pegá-lo!

— Nunca, seu bobão!

A risada alta de Rubby, me contagiou, fazendo com que eu risse tanto, que dos meus olhos saíram lágrimas. Fingimos uma luta no seu quarto, pegando dois pincéis e usando cada um como espada.

— Agora, você irá pagar! — Deixo que Rubby derrube a minha “espada”. — Tome!

Ela enfia a “espada” na minha barriga.

— Oh não! — Coloquei a mão na barriga, aonde fui “atingido”.

Meu corpo caiu, em cima dos travesseiros que estavam no tapete rosa.

— Peter se aproxime! — Fiz uma voz rouca, Rubby se aproxima com os cabelos caindo em seu rosto — Apesar de tudo, você é o meu melhor amigo. — fiz uma cara de dor.

— Não, não morre não. — Ela falou, colocando a mão no bolso e tocando na minha barriga — Você foi bem malvado, mas eu gosto de você. — Sorri docemente.

— Obrigado Peter, não precisamos mais brigar. — Puxei Rubby para um abraço — O que acha de navegar?

— Eu acho muito legal!

Rir, deixei que Rubby se despisse enquanto enchia a sua banheira com a quantidade de água e sabão que ela gostava. Acredito que toda a criança gostava disso, a torneira vai derramando sobre meus dedos, sinto a sensação de estar quase tendo um leve djavu.

-x- -x-

As luzes estavam muito forte, graduava no vermelho, azul e talvez um laranja? As pessoas estavam correndo, em nossa volta, meu rosto estava pálido, eu sentia que assim conforme os rostos das pessoas entravam na minha frente, meu corpo estava imóvel, doía muito. Era como se colocassem um ferro quente sobre minha pele, me torturando até que ela estivesse em carne viva.

O vento frio, parecia genuinamente querer me ver se contorcer quando soprava com força na minha direção.

Tudo estava queimando em mim, mas não tinha como movimentar nada, nenhuma parte do meu corpo, isso estava me deixando maluco. E mexendo minhas pupilas para ver mais alguma, eu vi que os pés se aproximavam, estavam com uma espécime de botas pretas, ou era somente um coturno, não conseguia identificar porque meus pensamentos e minha cabeça estavam latejando, fazendo tudo em mim doer ainda mais.

Podia sentir as lágrimas caindo sobre as laterais do meu rosto, enquanto eu negava vagamente com os lábios, soprando os “não”. Minha mãe, Rayven, estava gritando comigo, mas não era como se estivesse desesperada e preocupada.

Ela gritava com ódio, raiva e que por ela eu deveria estar morto, porque sempre foi assim, depois que ela descobriu que dela nasceu um filho e não uma filha, como o planejado. Sempre me ignorando quando eu era criança, me tratando com desprezo por toda a minha vida, nunca fui capaz de entender até estar grande o suficiente e ouvir uma conversa dela com meu pai Jack, “Eu o odeio tanto, preciso que faça alguma coisa, eu não aguento conviver com isso”. Timha doze anos, depois disso, fiquei na minha, não me socializei, não fiz nada para deixar alguém orgulhoso (a) de mim.

Agora estava ouvindo “Seu idiota”, “Olha o que você fez! Olha o que você fez, Liam!”, “Eu sinto nojo de você”, voltando a “Olha o que você fez!”.

Eu sabia que tinha feito uma merda grande, meu corpo estava sendo a prova disso, porque eu não estava conseguindo mexer e cheio de hematomas espalhados por ele. Virando a cabeça para o lado, vendo um cabelo entre ferros, parecia uma janela, eram grandes e castanhos, ondulados.

Foi quando meu coração parou por alguns segundos, com certeza aquela foi a maior merda que fiz, porque estava me odiando tanto quanto a Rayven. Eu sabia de quem pertencia aquele cabelo.

-x- -x-

Abri os olhos, vendo que a banheira estava a um tris de transbordar, xinguei baixinho, desligando a torneira que enchia. Por pouco não faço uma besteira aqui nesse banheiro. Louis provavelmente mataria se eu transformasse o lugar em uma verdadeira piscina.

Agitei as mãos para que fizesse muito sabão ali, ficando as espumas por toda a parte. Levantei, sacudindo as mãos para secar.

— Fechou os olhos? — Ouvi a voz fina e doce, da Rubby vindo do quarto.

— Fechei.

Fico de costas para a banheira, colocando as mãos no rosto. Ouvindo o ruído da porta sendo aberta mais um pouco, em seguida os passos leves de Rubby passando atrás de mim, até que eles param sendo substituído pela som da água se mexendo. Tinha muito respeito pela Rubby, não era por ela ser criança que deveria ser um merda, como ficar vendo ela nua, sempre que ia dar banho nela, fechava os olhos como agora, tendo essa cena repetida que podem ver.

— Estou pronta!

Sorri porque ela bateu a mão na água, girei meu corpo vendo ela toda coberta pelas bolhas de sabão, me aproximei puxando um banco pequeno que ficava perto do box, me sentando perto da Rubby, puxei o shampoo e coloquei certa quantidade na mão.

— Agora, vai ser banhada pelo mel das sereias! — Falei, passando o líquido no seu cabelo, enquanto ela jogava água para me ajudar.

— Me tornei uma bela sereia? — Ela perguntou com os olhinhos fechados.

— A mais bela, de todo o mar.

— Você é o pirata, mais bondoso de toda a ilha!

Sorri.

— O que acha de cantarmos uma música?

— Tem a do Bob esponja.... — Rubby mexe os dedos na água.

— Tenho uma melhor.

Procurei a música no fundo da minha mente, de um dos desenhos que assistimos faz poucos dias.

“Ariel escute aqui,o mundo humano é uma bagunça. A vida submarina é bem melhor do que tudo que eles tem lá.”

Começo a fazer uma dança, aonde apenas balançava a cabeça, Rubby bateu palmas olhando maravilhada, quando termino de tirar o shampoo do seu cabelo.

“O fruto do meu vizinho parece melhor que o meu. Meu sonho de ir lá em cima eu creio que é engano seu. Você tem aqui no fundo conforto até demais. É tão belo o nosso mundo. O que que você quer mais”

Levantei balançando o Condicionador nas mãos, não acredito que decorei aquela música do filme da Pequena Sereia. Rir de mim mesmo, mas comecei a dançar, fazendo Rubby bater palmas, aquilo não era idiota na frente de uma criança, nem mesmo constrangedor.

“Onde eu nasci, Onde eu cresci, É mais molhado, Eu sou vidrado por tudo aqui. La se trabalha o dia inteiro. La são escravos do dinheiro. A vida é boa eu vivo à toa onde eu nasci. O peixe vive contente aqui debaixo do mar. E o peixe que vai pra terra não sabe onde vai parar. Às vezes vai pra um aquário o que não e ruim de fato. Mas quando o homem tem fome. O peixe vai para o prato.”

Ficamos naquilo, até que ela estivesse achando tudo divertido, gostava muito de ver um sorriso sair dela, sendo eu tendo uma parcela de motivo. Rubby me fazia sentir menos merda.

-x-

Coloquei o edredom sobre seu corpo pequeno, depois de passarmos alguns minutos secando seu cabelo com o secador, Rubby foi dormindo durante esse processo. Arrumei bem sua cama, me sentando ao seu lado quando ela olhou pra mim e segurou minha mão.

— Você é lindo, irmão Liam! — Ela disse sonolenta.

— Você é muito mais. — beijei seus dedos.

— Conta uma história para mim? — Pediu, fazendo um biquinho com a boca.

Não tinha como eu negar alguma coisa depois dessa.

— Qual você quer? — Olho para a prateleira de livros infantis, que a Rubby tinha no seu quarto.

— O pequeno príncipe, você não terminou de ler pra mim.

— Okay, dormimos quase no fim.

Rir, porque isso aconteceu a três noites atrás, estávamos exausto depois de ter assistido um filme na sala, subimos para dormir mas esquecemos que sempre costumamos ler, no caso eu, para não deixar passar isso, peguei o livros do Pequeno Príncipe e li, mas dormi na metade. Assim como Rubby, foi engraçado.

Puxei o livro da prateleira, tocando na capa com o desenho, sorri porque além de ser um filme maravilhoso, o livro era melhor. Rubby se aconchega para o lado, dando espaço para mim deitar ao seu lado, abri na página oitenta e seis. Senti Rubby deitar a cabeça no meu peito, fazendo um carinho no meu rosto.

“— As pessoas veem estrelas de maneiras diferentes. Para aqueles que viajam, as estrelas que viajam, as estrelas são iguais. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve....

— Que queres dizer?

— Quando olhares o céu à noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Dessa forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!

E ele riu mais uma vez.

— E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te olhando o céu. Tu explicarás então: 'Sim, as estrelas, elas Sempre me fazem rir!' E eles te julgarão louco. Será uma peça que te prego...”

— Isso é tão cruel! — Rubby comenta apontando para a página.

— Muito. — beijei seus cabelos com cheiro de condicionador de morango.

— Ainda bem que tenho você...

Rubby vira a página por mim.

Vi que ela queria que eu continuasse, assim fiz.

“E riu de novo.

— Será como se eu lhe houvesse dado, em vez de estrelas, montes pequenos guizos que sabem rir...

E riu de novo. Depois, ficou sério:

— Esta noite...por favor... não venhas.

— Eu não te deixarei.

— Eu parecerei estar sofrendo... parecerei estar morrendo. É assim. Não venhas ver. Não vale a pena...

— Eu não te abandonarei.

Mas ele estava preocupado.

— Se eu lhe pedir isto... é também por causa da serpente. As serpentes são más. Podem morder apenas por prazer...

— Eu não te abandonarei.

Mas uma coisa o tranquilizou:

— É verdade que elas não tem veneno para uma segunda mordida...

Naquela noite, não o vi partir. Saiu sem fazer barulho. Quando consegui alcançá-lo, ele caminhava decidido, num passo rápido. Disse-me apenas:

— Ah! Aí estás...

E segurou minha mão. Mas preocupou-se de novo:

— Fizeste mal. Tu sofrerás. Eu parecerei estar morto, isso não será verdade....

Eu me calara.

— Tu compreendes. É muito longe. Eu não posso carregar este corpo. É muito pesado.

Eu continuava calado.

— Mas será como uma velha concha abandonada. Não tem nada de triste numa velha concha...

Fiquei mudo.

Ele perdeu um pouco da coragem. Mas fez ainda um esforço:

— Será lindo, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão como poços como uma roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber...

Eu continuava mudo.

— Será tão divertido! Tu terás quinhentos milhões de guizos, eu terei quinhentos milhões de fontes...

E ele também se calou, porque estava chorando...”

— Ele não podia ir embora! — Protesta Rubby, soltando um bocejo — Eles tinham que ficar juntos.

Soltei uma risadinha.

— Princesa, é triste isso, mas ele está com saudades da sua flor.

— Por que, eles três não podem ficar juntos? Ainda tem a raposa.

Pressionei meus dedos no livro, para ter que encarar a pequena sem tirar da página. A inocência de uma criança, devia ser preservada por toda a vida, até que ela seja adulta. Não acham?

— Às vezes, certas coisas não são tão fáceis, às vezes deixamos que elas sejam difíceis. Como ele diz no começo do livro, as pessoas grandes deixam tudo mais complicado. Nesse caso, o Príncipe tem seu mundo, o amor que sente pela flor, quanto mais para protege-la.

— Entendi.

— Vamos terminar?

— Uhum...

“— É aqui. Deixa-me ficar só.

E sentou-se, porque tinha medo. Disse ainda:

— Tu sabes... minha flor... eu sou responsável por ela! Ela é tão frágil! Tão ingênua! E tem apenas quatro pequenos espinhos para defendê-la do mundo...

Eu me sentei também, pois não conseguia mais ficar em pé.

Ele disse:

— Pronto... É isso...

Hesitou ainda um pouco, depois levantou-se. Deu um passo. Eu... eu não podia mover-me.

Houve apenas um clarão amarelo perto da sua perna. Permaneceu, por um instante, imóvel. Não gritou. Tombou devagarinho, como tomba a árvore. Não fez sequer barulho, por causa da areia.”

Olhei para o lado, escutando o suspiro vindo de Rubby, ela adormeceu no meu peito, suas mãos estavam tombadas levemente no meu peito, sorri como um “irmão” babão, em seguida fui me afastando, para não ter que acorda-la, houve aquele movimento mas ela não despertou, virando para o lado. Ouvi sair dos seus lábios “Eu amo você, Liam”, bem baixinho e preguiçoso.

Beijei sua testa e sussurrei de volta“Eu te amo, Rubby”, terminando de cobri-la, andei até prateleira, colocando o livro no lugar.

Em passos leves, sai do seu quarto, dando uma última espiada em Rubby.

— Vocês dois tem uma coisa que nunca vou saber explicar! — Ouvi Louis falando atrás de mim, assim que fechei a porta, segurei meu peito, quando me virei para ele, soltando um palavrão na mesma hora.

— Qual seu problema? — Pergunto fechando a cara.

— Uh, desculpe, não tenho culpa se estava distraído.

Rolei os olhos e mostrei o dedo do meio.

— Já sabe o que fazer com eles. — Louis balança os ombros — Tudo certo, com ela?

— Sim. — suspirei, olhando para a porta do quarto.

— Rubby o ama tanto, que tenho vontade de dar você de presente para ela. — Louis me acompanha até o meu quarto, mas continuo calado com as mãos no bolso — Você mudou muito, desde que veio morar conosco Liam, venho enxergando isso assim como Harry.

Abri a porta, deixando que Louis continuasse a falar.

— Uou, acho que tenho que retirar uma parte do que eu disse! — Ele encosta no batente da porta, olhando para a bagunça do meu quarto. — Passou um furacão aqui?

Olhei ao meu redor, após me jogar na cama.

— Talvez, se você gosta de pensar assim. — falei em desinteresse.

— Eu poderia fazer igual aquelas mães quando levam visita para casa, expondo o quarto do filho bagunçado.

— Mas você não é. — Pisquei para ele.

— Não sou.

Vejo meu tio, passando entre a bagunça e se deitando ao meu lado na cama, costumávamos fazer isso quando eu não morava aqui, que bom que não perdemos o costume.

Apoiei minha cabeça atrás dos braços, quando encarei a janela aberta, aonde mostrava as estrelas no céu aquela noite. Os grilos cantando e o vento sombrio da noite fria.

— Vai mesmo, ficar conosco lá embaixo? — Louis quebra o silêncio.

Era o que eu nem tinha parado para pensar, no começo sempre tem aquela coragem para tudo, mas depois vai passando o tempo e você fica pensando e desanima, dando para atrás. No momento, eu não sentia bem um e nem outro.

— Não sei. — Fui sincero e não disse mais nada.

Louis se mexe ao meu lado, podia sentir seus olhos azuis sobre mim.

— Não deve ser fácil, eu sei, estou acompanhando tudo depois do que aconteceu. Você sabe que não o forço a fazer nada. Porque eu acredito que pode tentar enfrentar essa barra. Seus desenhos, são provas disso, eu simplesmente os adoro. Harry também. — Louis segura a minha mão, como fazia quando éramos crianças — A vida é uma merda, não só pra você, mas pra mim... também já foi, agora estou aqui. Eu quero que você se divirta mais, não precisa ser essa noite, pode ser a qualquer hora, quando quiser. É um garoto novo, bonito e tem um talento muito grande, quero que explore eles e sinta. Me preocupo como você, como se fosse meu filho.

Odeio ver as pessoas desapontadas comigo, ou tristes por me verem assim, falo pessoas somente sendo — Harry e Louis — , eu tento me esforçar mas tudo volta como avalanche.

Me virei para ele, sorrindo triste.

— Darei o meu melhor. Okay?

Louis assentiu, parecia mais leve.

— Tudo bem.

Louis não era somente o meu tio, era meu melhor amigo que nunca tive, um irmão que jamais vou ter, sou muito grato por isso.

— Estou indo, tenho que tomar um banho, Harry está me esperando. — Olhei com malícia para o Louis — Não começa! — aponta na minha direção.

— Não falei nada. — Ergui as mãos.

— Estudei esse olhar Payne, acha que me engana?

Puxei uma risada da garganta para fora, em seguida tapei a minha boca, estava escandalizando demais.

— Louis, vai logo, que eu sei que você vai...foder com Harry!

Vejo ele rolando os olhos e rindo.

— Tape os ouvidos.

— Vocês são nojentos, deviam ser mais silenciosos. Para evitar que eu tenha ânsia toda vez que vou dormir. — Fingi estar prestes a vomitar.

Louis me acerta com o travesseiro, pulando para o chão.

— Não é nosso Hobbie. Além do mais — Ele para, segurando no batente da porta — Você viu, o que o Harry carrega, impossível eu não conseguir gritar.

Fechei a cara, porque sabia que Louis queria me envergonhar, de certa forma ele acabou conseguindo fazer isso.

Dessa vez, ele quem estava rindo.

— Te vejo, mais tarde.

“Idiota”, pensei comigo mesmo.

-x- -x-

De frente para o espelho, ainda não acredito que estava mesmo indo ficar com eles lá embaixo, assim, estava sentindo aquela vontade de não ir. Talvez fosse melhor ficar desenhando aqui, no meu mundo.

Não sei como me portar perto de pessoas desconhecidas, mas que são conhecidas por aqueles que conheço.

Era como se eu fosse um patinho feio, no meio de outros bonitos. As pessoas tem facilidade para falarem umas com as outras, eu não tinha isso, porque simplesmente travo, não consigo ter assunto. Geralmente, quem conversa comigo, ou tentar, desisti por ver o quão sem graça eu sou. Não tiro a razão delas, quem iria querer falar algo comigo? Justo eu?

Foi então que o desânimo aumentou, diferente das minhas pernas, que me levaram para o andar debaixo, enquanto eu estava em uma batalha interna em esquecer ou não aquela ideia de ficar entre pessoas.

Arrumo as mangas longas da minha blusa preta, subindo até a altura do meu cotovelo. A corrente no meu pescoço estava fazendo seu leve barulho, quando eu andava até o quintal da casa. Engolia em seco, com as mãos trêmulas, não sei mas sei o porquê daquilo.

Não sei se alguém chegou, mas ainda sim, estava inseguro, sentindo que algo poderia acontecer ainda hoje.

Mas o quê?

Notas Finais

Parte um da festa é no próximo capítulo 
Ansiosos? 

Só um aviso, não vou usar o nome dos pais de verdade do Liam, eu gosto de criar nomes, então por isso que não coloquei o nome deles aqui...❣ 

Desejos a vocês um próspero ano novo!! 
Desculpem pelos erros e se capítulo ficou chato :-/ 

Se você chegou aqui, leu, comente "Ziam is over Party" 

Beijão e até o próximo capítulo ♥

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