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Sangrando em pedaços frios

Boa Leitura Sweets ♥
Leia as notas finais ♥

-x- W R O N G -x-

Flashback on.

3 anos atrás....

O que é a dor? Qual é o verdadeiro significado dela nesse mundo? Por que ela tem que existir?

E nesse momento, eu estou quebrando, enquanto ouço minha mãe gritando comigo, ela está fazendo isso muitas vezes, em um volume alto, depois que eu cheguei tarde em casa. E de repente, ela resolveu se importar comigo? E de repente, ela quer fazer aquele papel de mãe que ela nunca foi pra mim?

No meu quarto, estava deitado na cama com a Molly, assistindo um filme na tevê, quando Rayven chegou bêbada, de alguma forma ela ficou sabendo que sai sem dar satisfação. Eu estava acostumado com aquilo, também não achava bonito o que fiz, porque não é. Mas eu simplesmente, fiz, sai com algumas pessoas, me enchi de bebidas e voltei pra casa.

Minha irmã estava a minha espera, preocupada, brigou comigo como o esperado, me mandou tomar banho enquanto ela me esperava na cama. Depois disso, eu fiz o que ela pediu, porque nessa porra de vida, nessa porra de vida que tenho, a única que se importa — Estando presente no meu dia a dia —, comigo. Ela é a única que me motiva a não fazer merda.

— Aonde você estava, Liam? — Ela me questiona irritada.

Com motivo....

— Eu sai, estava bebendo. — minha voz sai embargada.

Olhei para a minha irmã. Não vou tirar a razão dela, porque estou errado.

— Não vou dizer nada. É de maior, então, não faça mais isso, droga, fiquei preocupada porque saiu e não voltou mais.

Assenti, entrando no banheiro.

Mergulhado debaixo d'água, abaixo a cabeça, socando a parede diversas vezes, eu xinguei todas as palavras difamadas possíveis: 'sou um merda', 'só faço merdas na vida', voltando para o novamente: 'sou um merda'. Assim, deixei meu corpo cair no chão, completamente nu, derramei algumas lágrimas até que não sobrasse mais.

Era melhor assim, estar com os pulsos fodidos, com as lágrimas descendo, do que outra coisa.

Vi a ferida em carne viva nos meus punhos, aonde dei meus socos, normal, pois estava acostumado.

Saindo do banheiro, com um short e blusa cavada somente da cor preta, enquanto ela estava linda, com sua camisola de lã da mesma cor que a minha roupa. Os cabelos amarrados no coque alto, seus olhos cor de púrpura, brilharam quando ela esticou a mão e sussurrou:

— Vem aqui, seu desmiolado, vamos continuar nossa sessão de filmes intermináveis.

Andei até ela, sendo puxado e assim, coberto com o edredom e a minha irmã começou a me fazer um carinho no meu cabelo. Senti que precisava lhe dizer alguma coisa, nem que seja um “desculpas, agi como um filho da puta ao sair e não avisar nada para você”.

— Molly...

— Cala a boca, não fala nada. Já sabemos aqui, que não foi legal, foi errado. Amanhã conversamos com mais calma.

Em seguida, ela puxa a minha mão, esboçando a ferida que nelas estavam, minha irmã, nada disse, apenas colocou a sua sobre a minha, olhando bem para mim, vi que seus olhos lacrimejam.

— Não faz mais isso com você mesmo, não se machuque Liam. — Ela segura no meu rosto, depositando seus lábios nos meus — Você é meu irmão, não quero que se machuque, saiba que eu te amo, é tudo o que eu tenho. — sorri — Promete pra mim, que vai parar...

— Eu não...

— Promete pra mim, Liam. Por favor, eu te suplico...

Fechei os olhos, controlando minha respiração para não chorar na frente da minha irmã, embora eu saiba que ela me ouviu durante o meu banho, já que não sou silêncio.

— Eu prometo, que vou tentar. Okay pequena? — Faço um carinho nas suas bochechas.

— Já é um bom começo. — deitou sua cabeça no meu peito.

Foi quando começamos a assistir tudo que passava na tevê. Embora eu não fosse acostumado a fazer aquilo. Mas pela minha irmã, me visto até mesmo do pior personagem da Disney.

Estava indo tudo bem...até Rayven aparecer alcoolizada...

— Molly, quantas horas o Liam chegou? — Indaga, com o cheiro de cerveja vindo de longe.

Minha irmã se mexeu ao meu lado.

— Bem... Quase perto da meia-noite. — Explica com a voz suave.

Rayven me encarou nervosa.

— Você acha bonito isso, Liam?

— Eu não vou falar com você, bêbada. — respondi sem me mover — Então você pode falar, que eu não vou ouvir.

Aquilo pareceu atiçar ainda mais a mulher na minha frente.

— Querendo ou não, sou a mulher que está te sustentando, pagando sua faculdade e lhe dando um teto. — Se aproxima mais — VOCÊ SAI, NÃO AVISA A SUA IRMÃ, VOLTA TARDE COMO SE NADA ESTIVESSE ACONTECIDO?

Não respondi.

— VOCÊ É SÓ UMA PESSOA, QUE VIVE ME DANDO DOR DE CABEÇA! — Molly se encolheu ao meu lado — ACHA ISSO BONITO, LIAM? ME RESPONDE!

Fui ficando puto, além do controle.

— Eu já disse, que não vou conversar com você nesse estado.

Me concentrei na tevê, estava com álcool no corpo também, ele estava amenos por conta do banho. Voltei a encarar a tela, deixando que aquela mulher falasse sem parar, balançando a cabeça, sabia que as coisas não iam dar certo, que poderia dar merda se eu tentasse dizer alguma coisa.

— VOCÊ É UMA DECEPÇÃO, UMA DROGA DE FILHO! SÓ TRAS DOR DE CABEÇA PARA A PORRA DESSA CASA? EM LIAM? — Rayven para ao meu lado.

— CHEGA! — Pulei para o chão — AQUI, EU NÃO FICO MAIS! — caminhei até o closet, puxando a mochila e jogando as peças de roupas dentro da mesma.

Estava cansado daquilo, ouvi Rayen dizendo: “Você vai embora, é?”, num tom irônico e debochado, ela repetiu essa frase três vezes, até ouvir seus passos se aproximando.

— Quer dá uma de inocente, primeiro você vai me ouvir!

Rayven veio apontando o dedo na minha direção.

— PARA DE APONTAR ESSA PORRA DESSE DEDO PRA MIM! — a encarei com raiva.

— Como é? Seu merda!

Veio com as unhas na minha cara, enquanto eu tentava me afastar e fazer com que ela parasse, gritando a todo instante, mas Rayven gritava mais. Foi nesse momento, que Molly apareceu, desperada.

— Mãe! — A puxou com força.

Eu ajudei a empurrando para os braços da minha irmã. Assim que conseguimos tirar aquela doida de cima de mim, peguei a minha mochila do jeito que estava, passando pela porta, mas Rayven, me puxou pela gola rasgando a minha blusa, nesse mesmo instante, Molly entra no meio de nós dois.

— PARA, MÃE PARA, LIAM TAMBÉM! — Vejo a minha irmã empresando Rayven na porta. — Aja como mãe, para com essa porra!

Transtornada como Rayven estava, arranhou Molly, rasgando a alça da sua camisola e a fazendo cair no chão de costas. E não me contive, não gostava que machucassem a minha irmã, eu estava puto, bêbado e com ódio.

— Olha o que você fez! — Avancei para cima da Rayven — PORRA,. Molly não tem nada haver com isso, por que a machucou? — soquei a parede da qual eu a empresava.

— Eu sou a sua mãe Liam, não ouse... — ela me fita, rancorosa.

Olho para Molly, cujo arrumava sua roupa rasgada chorando.

— AGORA É A MINHA MÃE? AGORA QUER SER UMA PORRA DE MÃE PRA MIM? — Gritei socando novamente — AGORA VOCÊ VAI CALAR ESSA BOCA E ME OUVIR! — estava na hora — Eu errei nessa porra, admito isso, faço isso porque você não foi mulher suficiente ao fazer seu papel puto de mãe, e nem a porra do Jack, não venha querer dar lição de moral pra mim. Porque só merdas virão de você. Mas eu vou embora, você — me afasto dela — Vai calar a boca, dormir e deixar a Molly em paz, porque de certa forma, nós dois a machucamos. E eu me odeio por fazer isso — puxei a mochila do chão — E eu vou fazer o mesmo na sua vida, não é o que sempre quis? Pois agora, conseguiu! NÃO É MAIS A MIMHA MÃE... ESQUEÇA QUE EU SOU SEU FILHO, MAS ACHO QUE ISSO VOCÊ JÁ FEZ, QUANDO NASCI!

Virei as costas, pisando fundo e indo o mais rápido para longe. Descendo os degraus sentindo a ardência no rosto, no tórax aonde ela me arranhou.

— Liam, espere, não vá! — Molly vinha atrás de mim, em meio às lágrimas.

Mas eu a ignorei, abrindo a porta.

— Liam...por favor.... Está tarde da noite! — Molly segura meu braço, chorando.

Porra!

Eu me odeio!

— Tenho que ir. Eu não posso. — Sequei as suas lágrimas — Eu prometo que vou ficar bem, quero que faça o mesmo. Vou entrar em contato com você, assim que estiver em um lugar seguro.

Molly me abraça, enterrando seu rosto no meu peito nu, negando com a cabeça, não gosto de vê-la assim, sou tão merda. Sabendo que tenho parcela de culpa, por ela sofrer porque eu só faço merdas, assim será ao longo da minha porra de vida, até que eu não pertence mais a ela, ficar longe é a melhor decisão, é assim que tem que ser.

— Eu amo você, Molly! Vá para dentro. Durma. — Me afastei dela calmamente, beijando sua testa.

— Liam... Não.... — Ela tentou me impedir.

Mas eu já fechei a porta, deixando-os dentro de casa. Enquanto vaguei pela rua deserta naquela madrugada, com a mochila nas costas, sem rumo e com a intenção de fazer mais merdas.”

Momento atual

Zayn me beijava com força, quando tocou com a ponta dos dedos na barra da minha camisa. Não me importei com o que ele estava fazendo, me entreguei a Zayn, agora ele iria se divertir comigo. Não é assim que as pessoas costumam falar nessas ocasiões?

Minha blusa foi arrancada de mim, caindo sobre o chão.

Empurrei Zayn, ignorando a dor no meu pulso, juntei nossos lábios novamente enfiando toda a minha língua na sua boca.

Já fiz sexo sem sentimentos, várias vezes, não me importo com sentimentos, eles não existem, são falsos, as pessoas se iludem com ele. Pois sentimentos são traiçoeiros, usam você e assistem os estragos que se causa no pós, rindo enquanto você chora.

Eu sou frio demais, me tornei assim, comecei a congelar cada parte de mim, lentamente. Agora não resta mais nada do Liam James Payne que alguém pode admirar; se bem que essas pessoas elas não existiram.

E vi que Zayn estava fazendo isso, me provocou para poder me foder depois. São esses tipos de jogos que fazia e ninguém era capaz de resistir.

Me dei o luxo de saber, como é está do outro lado. Bem... Você sente prazer incontrolável, somente essa merda.

— Rapidinho você, garoto! — Zayn sorri, quando o jogo na cama.

— Vai se foder! — tiro a sua blusa, nesse momento ele dá um tapa na minha bunda gemendo.

— Eu vou, e será você — vira meu corpo, ficando sobre mim agora. — bem gostoso aqui na sua cama, na casa dos seus tios.

Seu olhar percorrer a cada parte de mim: bíceps. Lábios. Olhos. Tórax e para sobre meu pescoço. Aonde ali, ele começou a chupar com brutalidade, sugando ainda mais a minha pele, degustando de mim como se eu fosse uma sobremesa.

Posso ouvir seus batimentos acelerados, Zayn estava louco. Insano.

Observei suas tatuagens, espalhadas por cada extensão da sua pele, fui descendo o olhar até chegar na sua V-line perfeita, subindo para os lábios inchados e rosados demais. É uma porra, mas ele é bonito demais, nenhum detalhe que vinha daquele ser, nenhum deles mostrava algo que eu pudesse contrariar.

Merda!

Envolvi minhas mãos na sua nuca, fazendo sua cabeça tombar e nossas bocas voltarem a ficar juntas, viciante é seus lábios, o movimento deles além de apressados conseguiam ser lentos e sexy, tudo de uma vez só. Zayn não economizava na sua língua.

As mãos passaram pela minha calça, cueca até achar o que ele queria.

Gemi durante o beijo, apenas ouvindo os estalos das nossas bocas, junto com as vozes do andar de baixo como som de fundo.

— Eu não vou tocar você — Ele desvencilha os lábios dos meus, dando um sorrisinho safado — Eu quero te foder Liam. Uma traçada, para depois ir embora. — mordeu o lóbulo da minha orelha.

Retira sua mão de onde estava, me fazendo grunhir. Meu membro estava latejando e doía de tão duro que estava.

— Toque então, porra — olhei dentro daqueles olhos me perdendo por completo — Me fode e faz o favor de me deixar em paz!

Ele sorri.

— Eu vou, mas quero você gemendo a todo instante. — Zayn me vira de costas.

Friccionando seu pau na minha bunda. Mordi o travesseiro empinando a bunda para trás.

— Faz logo, idiota!

Ouvi sua risada irritante, em seguida o barulho da sua calça sendo desabotoada, fiz o mesmo com a minha, jogando a minha na pilha de roupas no chão do meu quarto. Zayn tirou seus sapatos, calça e cueca. Por cima do ombro, vi o quão seu membro estava a ser grande.

— Eu quero que me foda tanto, para que eu possa dormir e quando acordar não tenha que olhar para sua cara.

Sinto suas mãos na minha cintura.

— Vou acabar com você Liam, não vai ter forças para continuar acordado.

— Ótimo! — Vejo ele terminar de colocar a camisinha.

Não sei descrever como estava sendo envolvido por ódio, prazer, pra estar excitado. Eu só sei que estava aproveitando um pouco e desejando que acabasse.

Zayn beijou a altura do meu cóccix, dando outro tapa na minha bunda, soltei um “Filho da puta”, porque fora forte e eu senti uma ardência fora do comum. Mas ele não se importou, dando o segundo e o terceiro, parando no quarto.

Meus joelhos ficaram apoiados no colchão, quando Zayn esfrega seu pau na minha bunda, joguei a cabeça para trás, gemendo seu nome quase alto. Mantive o bom senso de não fazer aquilo alto demais e acordar Rubby. Em seguida sou preenchido pelo membro duro na minha entrada, aquele denso lubrificante da camisinha, facilitou para que isso acontece com facilidade.

Isso fez meu corpo ir para frente, já que Zayn se movimentava em mim. No começo doeu mas essa dor foi sendo transformada em prazer.

Minhas pernas tremeram mas não as deixei cair. Zayn penetrou com mais força, fodendo tanto com a minha entrada, quanto ao alcançar minha próstata. A cama batia na parede que ligava a janela, ainda bem que não perturbaria alguém. Ele vai aumentando a velocidade, me alargando ainda mais.

Usei a minha mão boa, para me tocar, gemendo e ouvindo Zayn gemer. Era uma mistura de xingamentos — mais meus do que os dele — suas mãos apertam minha cintura, enquanto as minhas eram leves sobre o meu membro duro.

Isso que é o sexo, sem compromisso, você apenas faz. Se entrega a um desconhecido e deixa que ele faça o resto com você.

Zayn estava indo com força, chupando minhas costas e puxando meus cabelos, sem dó alguma. Enquanto eu, estava me tocando, desejando que ele não parasse com o ritmo de vai e vem, rápido, como estavam.

Rebolei para atiça-lo e sentir um pouco mais de prazer.

Funcionou...

Zayn estava feroz, não parava de bater na minha bunda, enquanto contraia seus glúteos, até estar dentro de mim o suficiente, encostando na minha próstata com a sua glande.

Fodendo o meu pulso, também não parei com os movimentos de masturbação, meu corpo em si, estava cansado, pelo fato das noites mal dormidas, facilitaria ainda mais, quando tudo isso acabasse.

— Ohh! — Zayn gemeu.

Seu clímax devia estar acontecendo, porque senti seu corpo tremer, as mãos apertarem a mim com mais força, meu corpo sendo imprensado para frente, os fios dos meus cabelos estavam suados, caídos na minha testa.

Quando foi a minha vez.

Zayn me deita, abrindo minhas pernas e descendo seu corpo para me beijar. Um beijo molhado, com mais línguas emboladas.

— Goze.

Ordenou.

Para a sua sorte, estava mesmo concentrado em fazer isso, que não pude xingar. Zayn se movimentava dentro de mim, fazendo com que eu contraísse minhas pernas, assim que dobrei os joelhos.

O fogo dentro do meu corpo, incendiou tudo pela frente, nossos corpo suados não foram capazes de acabar com ele. Cujo de alastrava ainda mais.

Minha respiração parou por segundos, todo o meu corpo entrou em um estado de pausa, quando o gozo quente saia do meu membro. Melando toda a minha barriga, saia muito do que o normal, mas logo acabou quando dos meus lábios saiu um suspiro.

Zayn saiu de dentro de mim, sorrindo ao lamber aquela região, quando fez a “limpa”, beijou meu queixo, mordiscando-o para depois voltar a me beijar. Misturando os gostos, quando suas mãos de leve, passeavam pela lateral do meu corpo, subindo e descendo até ficar por de baixo da minha bunda. Dando meus toques também, puxei seus cabelos, modernos seus lábios inferiores no fim.

— Espero que esteja cansado, docinho! — Ele sela seus lábios na minha bochecha.

Apenas o empurro com os meus punhos.

— Saia de cima de mim, o banheiro está logo ali, tome seu banho e saia.

— Que gentil... — riu, me beijando de novo e depois indo para o banheiro.

Observei seu corpo nu andando até o mesmo, aquele filho da mãe, tem um corpo bonito demais.

Puta merda!

A festa acontecia no andar de baixo, podia ouvir vozes de mais outras pessoas. Louis ria junto com Niall, ao menos, eles não vieram atrás de mim, ou daquele embuste.

Eu estava cansado, mas não dormi.

Ouvi o chuveiro ser ligado, a água batendo no piso fulo. Olhei para o lado, vendo a pintura que tinha feito com Zayn, ela ainda me chamava muita atenção, aquelas proporções de cores que usamos sem errar, na primeira vez. Isso nunca aconteceu, eu sempre tenho que desenhar ou pintar mais do que uma vez, para que saia de acordo.

Foi quando eu lembrei da fala de Zayn: “Permita colocar para fora o que te incomoda, o que te angústia”.

Descontei minha frustração em uma pintura, não em socos. Novo para mim?

Talvez.

Levantei da cama, procurando a minha cueca box, achei perdida no chão. Quando me vesti, caminhei até o quadro, fiquei o encarando, como se estivesse em uma exposição de quadros. A profundidade que aqueles olhares passavam era impressionante, de se questionar; a aqueles que não sabem o que realmente eles transmitem. Mistério e um pouco de dor, como se estivessem sangrando em pedaços frios. Porque além da dor existia frieza. Culpa. Escuridão.

— Admirando nosso trabalho, docinho?

Dei um pulo assustado, xingando Zayn de todos os nomes possíveis.

— Qual é o seu problema? — indago, o encarando todo molhado, cheirando a sabonete de baunilha com chocolate.

(Louis quem compra essas coisas, diz que quando ele toma banho, tira o cheiro de sexo no corpo, bem, nisso ele não estava errado.)

As gotas de água pingavam dos cabelos de Zayn, para a pele desnuda, a toalha amarrada na sua cintura, escondia o que eu vi minutos atrás.

Zayn tendo aquele jeito, “Foda-se você”,apenas sorri.

— Você é muito distraído. — Tocou no meu queixo.

Indo até suas vestes, rolei os meus olhos, porque não sou obrigado a ficar ouvindo esse tipo de coisa. Ele tirou a toalha, fazendo contato visual enquanto se vestia, como não tinha a intenção de desviar, continuei o encarando. Até que ele estar com sua roupa de volta, sapatos e agora, se aproxima de mim, secando os cabelos molhados na toalha.

— Falta uma coisa, para estar perfeito. — Deixou a toalha sobre a cadeira.

Me encostei na mesa, vendo ele me encurralando novamente ali, sorrindo ele pegou o pincel, molhando na tinta e assinando seu nome bem embaixo da tela, depois se virou, esticando para mim fazer o mesmo.

— Eu disse para ir embora.

— Não seja grosso e mal educado, assine a nossa obra. — Continuei no meu lugar e Zayn rolou os olhos — Eu saio em seguida.

Dando por vencido, peguei o pincel, fazendo as mesmas coisas que ele.

— Pronto! — Joguei o objeto sobre a mesa.

Girei para encarar Zayn, ele passou os dedos para desembaraçar o cabelo, até naquele ato ele faz qualquer um, ficar boquiaberto.

Fiquei aguardando ele ir embora, contudo, Zayn vem na minha direção, segurando na minha nuca e me beija. Fui totalmente pego de surpresa, não agindo contra seu ato. Nossas cabeças se mexeram, a medida que nossas bocas se movimentavam.

Em seguida, ele desvencilha nossos lábios, mordendo meus lábios inferiores.

— Até mais docinho.

— Espero não te ver mais. — respondi.

Zayn como resposta, voltou a me beijar, dessa vez mais rápido. Em seguida saiu com o ar de naturalidade que me fez ficar frustrado. Ainda bem, que foi somente sexo.

Deixei os pensamentos de lado, indo para o banheiro, tomar banho e dormir. Era o melhor a se fazer. Entrando no cômodo, vejo um bilhete na pia, tendo como suporte uma caixa de sabonetes de mão. Puxei o mesmo, lendo o seguinte:

“Tenha doces sonhos Liam, ahh, peguei uma foto sua para ficar de lembranças, afinal, o nosso sexo foi incompleto. Você tem um fogo que deixa tudo mais... Intenso, admito que fiquei com um gostinho de quero mais. Com a foto, peguei um colar de pedras seu, se o quiser de volta, terá de pegar comigo.

Z.”

— Filho da puta, ousado! — Rasguei o bilhete, jogando os pedaços no lixo.

Aquele enxerido mexeu nas minhas coisas, ainda sai na cara de pau. Arg, mas ele está enganado que vou correr atrás dele por causa daquilo. Olhei na gaveta, vendo que o colar de pedras que Zayn levou, era o que Molly me deu de presente, quando fomos no ver, depois que fui embora após discutir com Rayven.

Fechei a tampa com força, e joguei a caixa de aonde ficava a escova, na parede.

Zayn me paga!

-x- -x-

Terminei o banho, ficando somente de cueca — limpa claro —, catei as roupas sujas no chão, colocando na roupa suja. Em seguida, troquei os lençóis, porque ninguém merece eu ter que ficar dormindo com aquele cheiro do Zayn.

Já foi uma merda, tomar banho e ficar pensando nele, nos momentos vagos, os toques e o sexo que fizemos....

Lá estava eu pensando de novo na pressão dos seus lábios contra os meus, os corpos suados na cama, ele sussurrando no meu ouvido.

Esqueça Liam!

Balancei a cabeça e continuei com o que fazia. A festa estava mesmo animada, porque o falatório das pessoas e as risadas não paravam. Após colocar o lençol novo, me aproximei da janela, olhando pela brecha como estavam as coisas lá.

Niall nadava somente de cueca na piscina, mais bêbado era impossível, rir porque ele puxava Jane junto, ela estava batendo nele por conta disso. Já mais para perto da “pista de dança”, estava Louis com algumas outras pessoas que não identifiquei por não conhecer. Ele dançava, bebia e dava algumas encaradas para o Harry.

Espero que minha noite de sono seja pesada!”, penso, já imaginando o que teria aquela madrugada.

Harry estava sentado, conversando com seus amigos. Mais pessoas ali, dançando, quando faço o percurso, para o meu olhar, encarando um cara quase comendo uma convidada no quintal, bem distante de todos, próximo a porta que ligava a sala. Ela contraia o corpo, apertando a nuca no pescoço do cara, seus cabelos eram castanhos, longos mas no momento, bagunçados, era lisos quase ondulados, não podia distinguir mais nada, apenas que ela tinha um corpo curvilíneo.

Exprimi meus olhos, conhecia àquela roupa, o cara que a beijava acabou de fazer sexo comigo no meu quarto.

O idiota do Zayn, estava prestes a fazer o mesmo com ela. Assistindo aquela cena puta, vejo ele virando-a e dessa vez, fica no meu ponto de vista, descaradamente, enquanto ele a despia, me encarou, sorrindo como um canalha. Mas não me deixaria abalar por aquilo e nem por ele ter me pego no flagra.

Ergui minha mão para cima mostrando o meu dedo do meio para ele.

— Vai se foder, babaca!

Depois fechei a cortina, para me precaver de que ele não volte no meu quarto, tranco a porta. Pego meus fones e iPod, escolhendo uma música no aleatório, deito na cama, procurando me esquecer dessa merda toda. E do Zayn, também.

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3 anos atrás...

Vaguei pela rua, deixando meus pés cansarem o suficiente para mim cair em uma praça, olhei para cima, vendo a árvore sobre a minha cabeça. Gemi de dor, levantando, não havia vento naquela madrugada, estava muito quente e o ar abafado, de certa forma, estava suado em plena quatro da madrugada.

Segurei firme no galho, passando a perna em seguida, na árvore havia dois galhos juntos e um espaço que me permitiria dormir um sono longo.

Coloquei a minha mochila como encosto e deitei a cabeça ali, para poder dormir. Mas na verdade, fiquei encarando o céu estrelado, as luzes da praça estava fraca, então me permitia ver as constelações dali.

Não sabia como seria o rumo da minha vida agora, contudo tinha a certeza de que naquela casa, não queria voltar mais. Eu estou cansado, mas não só, fisicamente, internamente talvez.

Lembrar dela, me veio uma vaga pessoa, que deveria estar dormindo ou acordada esperando-me para entrar em contato e dizer que estou vivo.

Peguei o celular do bolso, procurando o nome da Molly na lista de contatos e liguei para a mesma.

Primeiro toque.

Mantive os olhos fechados para poder aspirar um pouco de ar.

Segundo toque.

Pensei em desligar e mandar uma mensagem.

Terceiro toque.

Ela atendeu:

“Liam! Liam aonde você está? Como você está? Com quem?”, sua voz estava exausta e preocupada.

Mantive os olhos fechados, pensando na mentira que iria lhe contar. Porque eu não ia dizer que estava dormindo na rua. Molly sabe dirigir e era bem capaz de vir atrás de mim naquela hora da noite. Não ia permitir que a minha irmã se arriscasse.

— Estou bem. Arranjei uma casa de um colega, estou no porão, porque não muitos lugares nessa casa dele. É temporário, amanhã vou atrás de um lugar fixo.

“Sua casa é aqui, comigo.”

— Molly, escute... Essa casa nunca foi um lar para mim. Nunca senti que foi. — respondi com calma — Eu sempre vou me sentir um intruso, quando entrar dentro dela. Até mesmo a rua, é um lar mais agradável de se estar. — suspirei — Você é a única pessoa com quem me importo, só ficava aí, porque eu te amo.

“Então volte, por mim”, ela choramingou. “Eu te imploro, sem você aqui, não tenho mais vida”

— Eu não vou voltar. Infelizmente não posso fazer isso mais.

Era verdade, por mais que me parta o coração, deixar a minha irmã, eu sabia que é a escolha certa. Ouvi seu choro de soluços do outro lado, quis me bater por estar fazendo isso com Molly. Ela não merece. Eu na a mereço como irmã.

— Não chore, isso me mata!

“Não tem como, Liam”. Ela fungou. “Eu quero te ver amanhã. Não quero saber, nem venha protestar, porque eu não vou te ouvir. Então assim que eu acordar, te mandarei uma mensagem e nos veremos.”

Não ia contradize-la, faria o mesmo e até pior, se estivesse no seu lugar.

— Tudo bem. — Sorri — Agora vá se deitar, tem que descansar.

“Eu vou. Mas não querendo.”, bocejou e eu rir. “Eu te amo, não faça besteiras, nos vemos amanhã pela manhã.”

— Não farei, também te amo.

— Te amo mais, irmão mais velho. — ela desliga a chamada.

Molly é preciosa. Constatei aquilo, antes de dormir.

-x- -x-

— Ei filho!

Ouço uma voz me chamando, abri meus olhos e os fechei por causa da claridade, em seguida os abri novamente. Vendo o senhor de idade me encarando lá de baixo, parecia ser um morador de rua, nas suas mãos, estavam um café e duas bolachas.

Arrumei uma posição para mim ficar.

— Te vi ontem de madrugada, acho que está com fome. — ele continua — Trouxe para você, consegui depois de juntar um dinheiro e comprar em um carrinho ali.

Pessoas de bem, são aquelas que menos dinheiro tem pois possuem um coração grande demais, para até mesmo compartilhar o que já não é suficiente para si, com outrem.

Eu admiro as pessoas assim.

Peguei a minha mochila, descendo da árvore meio sonolento e peguei o copo como também os biscoitos.

— Obrigado! — Sorri.

— O que um rapaz tão novo como você faz na rua? — Pergunta.

Dei uma mordida no biscoito.

— Complicado demais.

Ele rir. Arrumando as roupas velhas.

— Imagino. — deu de ombros — Agora vou indo, espero que dê tudo certo para você, a vida na rua, não é a melhor escolha.

Se virou para ir.

— Senhor espere! — Ele parou, coloquei a mochila no chão, junto com o copo, eu tinha sorte por trabalhar de caixa em uma lanchonete, tirei alguns dólares e peças de roupas que poderiam lhe servir. — Tome, isso é para agradecer o que me fez.

— Não precisa.

— Eu insisto. Além do mais, tenho como arranjar mais, quero fazer isso porque me ajudou. Quero lhe ajudar também. Por favor, não recuse.

O tal morador de rua, aceitou, pegando as coisas e colocando no carrinho de supermercado aonde tinha outras bagunças e o dinheiro ele guardou.

— Você é um rapaz muito bom. — Ele balançou a cabeça — Não desista de lutar pela sua felicidade, ela pode parecer esquecida ou longe, mas não está, lute e quebre o muro que o impede de chegar até o outro lado, ou simplesmente, escale.

— Qual o seu nome? — Pergunto antes que ele vá.

— Bernard.

— O meu é Liam. — disse e ele concordou com a cabeça.

— Fique bem, filho.

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Após terminar de comer, recebi uma mensagem da Molly, disse para ela vir para a praça, que era aonde estaria. Ainda bem que tinha um chuveiro ali, para o jogadores de vôlei de areia se lavarem, usaria ele para escovar os dentes e lavar os cabelos.

Juntei minhas coisas, caminhando pela grama, até o momento em que vi cinco caras mau encarados, cercando Bernad, que tremia, erguendo o dinheiro que dei para eles. Aqueles idiotas o empurrava, jogando seu carrinho no chão.

Não me contive, esse babacas, estão prestes a agredir um cara de idade.

— EI! — Joguei minha mochila no chão, correndo na direção deles. — DEIXEM-O EM PAZ!

— Sai daqui, que ninguém te chamou na parada. Nosso assunto é com esse velho aqui. — Disse o cara alto, com o cigarro na boca.

Tinha a cabeça raspada, as sobrancelhas grossas e o olhar com puta maldade.

— Não vou sair, é bom que façam isso, antes que a polícia ou até mesmo meus punhos, acertem sua cara de merda. — Fico na frente do Bernad.

Os seus “comparsas” riram com o mesmo.

E se tem uma coisa que odeio, além de mim mesmo, é quando debocham de mim. Isso me deixa fulo, a raiva me consome como as chamas do inferno.

Foi tudo muito rápido, o cara estava no chão sangrando, o dinheiro que haviam tomado de Bernad estava com ele. Lembro de mandar ele ir embora, quando ajudei a pegar suas coisas. Meus punhos estavam vermelhos e com sangue.

Bernad foi embora, eu fiquei com os comparsas e o “líder”.

— Seu Desgraçado, mexeu com as pessoas erradas! — disse limpando o sangue que não parava de jorrar da sua boca.

Apenas rir.

— Até uma garota é mais forte que você, otário!

— Matem esse filho da puta!

Dois dos caras que estavam com ele, vieram na minha direção, tentaram me socar, mas desviei, enfiando meu dedo no pescoço do infeliz, aonde ele fica sem ar, em seguida segurei a mão do comparsa, a dobrando para trás, até que quebrasse. Chuto suas canelas, socando os dois no maxilar. Aquilo causou uma leve dor que pude suportar.

Encarei o líder, que veio socando meu rosto de surpresa, cai no chão e vi ele puxando a faca, cuspi o sangue que se encheu na sua cara, isso pareceu o irritar.

O seu outro comparsa, me chutou no estômago mais de duas vezes, seguida fora na boca, tossi sangue, minha visão estava turva e fui me arrastando pelo chão. Parando para me levantar em trôpegos.

— Podem vir... Vou acabar com vocês... — falei, cambaleando dois passos para trás.

O comparsa me socou no estômago, quase caí, mas ele me segura, virando-me de frente para o seu “líder”. O cara está puto, comigo, claro. Ele fechou os punhos, socando uma, duas, três, quatro, cinco e seis vezes seguidas.

Comecei a vomitar mais sangue, que se acumulou na garganta, em seguida encarei o mesmo, que me socou perto do olho. Foi quando tudo realmente passou a girar.

— Devia ter ficado na sua garoto! — sussurrou.

— Vai se foder, marica!

Após isso, ele enfia a faca na minha barriga, gemi o encarando nos olhos.

— POLÍCIA, PARADOS AÍ! — Gritou dois policiais, correndo até nós.

Atrás deles, estavam Bernad. Ele fugiu, mas foi para chamar a polícia. Naquele momento, os caras me largaram no chão, após tirarem a faca da minha barriga, começaram a correr, quando mais polícias vieram atirando. Sei que um foi atingido no ombro... Porém, como estava me debatendo no chão não me importei com aqueles desgraçados.

— LIAM! — Ouvi a voz fina e feminina da minha irmã, girei a cabeça para o lado, vendo que ela corria.

Ela caiu de joelhos ao meu lado, olhando com pavor para mim.

— Droga, o que aconteceu? O que fizeram com você? — Chorou e a vi puxando o celular.

— Não olha.... — disse com dificuldade.

— Meu Deus, meu Deus! — Molly gritou com o celular nos ouvidos — Alô! Meu irmão, ele foi ferido e está sangrando muito. Por favor, venham rápido, não deixem ele morrer...

Enquanto Molly dizia as coordenadas para o SAMU, fiquei encarando-a, e se fosse a última pessoa que fosse ver, seria ela. Comecei a cuspir mais sangue, Bernad se aproxima com uma policial. Ele estava abalado, podia ver pelo seu olhar.

— Liam! — Molly toca no meu rosto, tremendo e chorando, suas mãos estavam sujas com o meu sangue — Fica comigo, não morre, respira que eles estão vindo. Okay?

Sorri para ela.

— Liam? Liam me responde...

— Senhorita se afasta, temos que cuidar para que o sangue pare. — disse a policial.

— Não vou sair daqui, não...

— Molly — segurei na sua mão — Vai ficar tudo bem. Eu amo você.

Foi após dizer isso que eu apaguei e como fundo, ouvi seu grito de desespero.

-x- -x-

Um bipe chato, apitava sem parar e eu não conseguia dormir direito com aquela merda, sentia algo pressionado e envolta da minha barriga. As imagens que me veem são de caras, socos, sangue e gritos da Molly. Em seguida mais brigas na minha casa, Rayven machucando a minha irmã e eu puto, Molly chorando e eu me sentindo um merda.

Será que aquilo foi um pesadelo?

Abri meus olhos lentamente, devido a claridade naquele quarto branco, máquinas de batimentos cardíacos, uma cortina verde, lençóis de hospital, agulhas pelo meu corpo, um tubo de respiração entre minhas narinas, me permitindo respirar melhor.

Então, não foi um sonho ruim, aquelas coisas aconteceram e eu sobrevivi? Era isso? Mas como?

Procurei por alguém naquele lugar, odeio hospital, ele não me trás um ar bom, é muito mórbido e triste estar aqui. Meu corpo inteiro formigava, queria arrancar aquelas coisas de mim.

Aonde estava a minha irmã?

— Molly! — A chamei com a voz fraca — Molly!

Vi uma silhueta feminina na minha frente, mas não era minha irmã, uma enfermeira que estava com uma prancheta nas mãos.

— Como se sente Liam? Sou a enfermeira Cassie. — Ela arruma alguma coisa no tubo de soro.

— Aonde está a minha irmã? Molly!

Arrumando os cachos loiros na cabeça, ela respondeu:

— Com a sua família, na sala de espera. Logo vira vê-lo, afinal você está a dois dias desacordado. Fizemos uma cirurgia complicada em você — Cassie coloca a mão no bolso do jaleco verde — Achamos que a quantidade de sangue que perdeu iria impedir que você resistisse a cirurgia, ainda mais porque o fígado todo foi afetado pela facada, você precisava de um inteiro ou morreria. A sua sorte foi que teve um doador de última hora. — tagarelou.

— Quem?

— Um morador de rua, chamado Bernad. — Ela fala — Ele era idoso, mas seu fígado estava inteiro, nada estava ruim, parecia até de um garoto de vinte e oito anos.

Bernad, não acredito que ele fez isso por mim.

— E aonde ele está? — Pergunto pois precisava agradecer a ele por me salvar.

Porém, Classe, apenas balançou a cabeça, negando com um olhar triste.

— Bernad morreu, porque a cirurgia era complicada e sem fígado, não tinha como ele aguentar mais... Sinto muito.

Fiquei em silêncio, olhando pela janela, sentindo o meu peito apertar, havia conhecido aquele morador de rua, apenas por alguns instantes, mas já tinha uma admiração que não saberei explicar, como se ele fosse parte da minha família. Não sei aonde ele está, somente agradeço pelo que me fez, minhas palavras nunca seriam suficientes para agradecer por aquilo. Minhas lágrimas caíram em excesso, porque eu estava emocionado e tocado por aquela atitude.

(...)

Aguardei Molly que viria com Rayven para o quarto. Já havia tomado os medicamentos para dor e estômago. A cirurgia por ser pesada, ia me fazer ter muitos efeitos colaterais.

— Liam! — a porta é aberta por Rayven e Molly quem gritou e correu até mim.

Senti seus braços envolta do meu pescoço, seus olhos estavam vermelhos, indicando que ela havia chorado muito. Como era bom estar perto dela, saber que ela estava bem.

— Ainda bem, que você acordou. Eu achei que ia te perder, porque você apagou na praça e não dava sinal de vida, como eu fiquei louca, queria gritar com todos para poderem te acordar, estava prestes a pegá-lo no colo e trazer você aqui. — sua voz saiu tremida. — Como se sente?

— Estou bem agora.

Ela sorri e fiz um carinho no seu rosto. Molly ficou em silêncio e pegou algo no seu bolso, era um colar de pedras, aquelas que as pessoas usam, mais os jovens e hippies. A pedra era tinha a uma forma redonda, quase transparente, com manchas brancas. Muito bonito!

— Antes de Bernard morrer, ele me deu essa pedra, disse que ela é única e que ganhou do seu pai. Mas queria te dar. — Ela coloca na minha mão — Eu mesma a fiz como um colar, para entregar a você. Não só para lembrar de Bernard e o modo lindo que ele agiu, como de mim, toda vez que for cometer uma besteira e recuar, lembrar que alguém se importa e te ama.

Sorri, aquilo valia mais que qualquer diamante para mim.

— Coloca em mim? — Ela assentiu.

Ergui a cabeça um pouco, Molly coloca o colar e volto para a posição normal.

— Obrigado.

— Não agradeça, mantenha-se vivo durante toda sua vida. Isso basta pra mim. — Molly segurou a minha mão.

Ficamos em silêncio, foi quando encarei Rayven sentada próxima da cama. Ela não esboçava tristeza, talvez preocupação, sei como ela é orgulhosa, iria até mesmo negar a mostrar isso para mim.

— Você voltará para casa. — Ela falou — Precisará se recuperar, então voltará. Depois disso, pode decidir o que quiser da sua vida. Espero que fique bem.

Rayven saiu do quarto, me deixando a sós com Molly. Nunca iria entender aquela frieza toda, que aquela mulher carrega em seu coração. Também não queria entender, já é tarde demais para continuar insistindo em pessoas que não vão mudar por nada. O jeito é seguir a vida e aceitar a minha realidade.”

Momento atual

Acordei com preguiça, o que não era nada de se surpreender, meu corpo estava normal, nada de dores. Me espreguicei, virando a cabeça para ver a hora do despertador.

2:30 p.m.

Dormi até duas e meia da tarde, isso me surpreendeu, sinceramente, perdi muita coisa durante o dia. Já que costumo correr pela manhã, levar a Rubby para a escola e depois fico aqui, de bobeira. Até que vou para o curso de artes, que Louis me obrigou a ir. Não reclamo porque eu gosto daquilo e porque Louis estava gastando somente investindo nesse meu “talento”.

Fechei meus olhos, deixando a preguiça me dominar mais um pouco, acabo tendo a nostalgia da noite passada, penso no idiota do Zayn e que fiz transamos na minha cama e pintamos um quadro, podia sentir ele aqui, me beijando, enquanto penetrava em mim...

Não, mas que porra!

Sai dessa Liam Payne.

Balancei a cabeça, para não ter que pensar naquelas coisas novamente, não posso me deixar levar. Não vale a pena.

— Gostei dessa pintura! — Louis falou.

Sentei na cama pois levei um susto, com o meu tio parado como uma estátua, olhando para o quadro que Zayn e eu pintamos.

— Você quase me mata, porra! — Resmunguei.

Louis apenas rir, passando o dedo na franja caída no seu olho. Ignorei aquilo, procurando uma posição confortável para ficar.

— Então, você e Zayn pintaram isso, ontem? Quando sumiram da festa. — meu tio me encara com malícia.

— Talvez. — Uma porção de coisas que fiz com o Zayn, penso.

Louis se aproxima de mim, sentando na beirada da cama. Ele estava me estudando ou simplesmente encarando o meu corpo. Claro, que fiquei desconfortável com essa sua vistoria.

— Harry não vai gostar de saber que anda me secando. — comento levantando do meu lugar e andando até o quadro.

— Você é tão idiota, Payne. — respondeu — Está nervoso, porque estou vendo os chupões que Zayn deixou em você. Então, vocês não deixaram de aproveitar né? Curtir uma festa a dois.

— Não sei do que está falando. — batuquei os dedos na mesa de madeira.

— Vai negar? Sério? — Louis rir — Zayn chegou na festa com o cabelo seco, de repente vocês dois somem, horas depois ele desce com os cabelos molhados e cheirando ao meu sabonete de baunilha e chocolate. Acha que ninguém sabe que vocês transaram. Além do mais — ele abaixa, segurando um palito com a camisinha que o Zayn usou ontem — da próxima vez que for mentir, procure se livrar das provas.

Ele me pegou, me fodi!

— E daí? Foi só sexo, não passou disso. — Rolei os olhos, cruzando os braços acima do meu peito.

Louis deu uma risada.

— Claro, não estou aqui para julgar. — ergue as mãos para cima — Estou impressionado que você fez sexo com o dono da maior galeria de quadros e pinturas de Nova York, ainda mais, um dos melhores pintores famosos de lá.

Engasguei com o meu cuspe, após ouvir àquilo.

Aquele filho da mãe, era dono de uma galeria de quadros e pinturas de Nova York? Como assim?

Confesso que estou boquiaberto com àquilo. E eu ainda pintei com ele! Não! Não! Deve ser brincadeira do Louis, porque ele é bem capaz de fazer uma coisa dessas comigo. Né?

— Você está me zoando? — Indago, após me recompor.

— Antes fosse — jogou a camisinha no lixo — Zayn quem me deu uma galeria, era uma das suas mas como ele tem várias espalhadas no mundo, não viu problema em dar um para esse mísero namorado do seu melhor amigo.

Fiquei estático. Segurando a minha boca para que ela não se abrisse.

Entretanto, não me arrependo de ter xingado ele, não interessa quanto dinheiro Zayn venha ter, continuará sendo o idiota que me irritou, machucou o meu pulso e que.... Bem, enfim, não preciso entrar em detalhes e lembrar do que aconteceu, não de novo.

Ouvindo a risada alta de Louis, o encarei.

— Surpreso? — Pergunta.

— Um pouco. — dei de ombros.

— Claro, claro. — Louis olha para a bagunça do meu quarto — Estou indo trabalhar novamente, vim aqui pra ver se você tinha ressuscitado e que não teria que ligar para o IML. — rolei os olhos, de repente Louis fica sério — Tome cuidado, sou amigo do Zayn, ele não é um cara que você deve se apaixonar, sabe?

— Eu não estou apaixonado por ele. Foi só uma transa! — expliquei com tédio na voz.

— Então, tudo bem. — Louis tossiu — A Rubby vai para a casa de uma amiga, depois da escola, não precisa ir buscá-la. E não se esqueça, como perdeu a aula pela manhã, terá de ir daqui a pouco. — Foi desviando das minhas roupas no chão — E arrume essa droga de quarto, sério, quantos anos você tem? — ele aponta para cada canto dele — Se não arrumar, vou chamar o Zayn para certificar que você fará isso.

Peguei o pote de ferro e acertei próximo de Louis.

— Agressivo!

— Vai se foder, Louis!

— Você e essa mania de mandar todos se foderem. — Rolou os olhos — Ai quando eu faço isso, vem todo cheio blá, blá, blá, reclamando.

— Você berra quando faz isso, ninguém aguenta, vulgo eu.

Louis rir.

— É serio. Arrume isso! — saiu do quarto.

— Tchau Louis!

— Tem comida congelada, que o Harry fez pra você, tchau!

A porta da sala bate e ouço o Louis partindo com o carro. Fiquei um tempo no meu quarto, novamente encarando a maldita pintura. Comecei a lembrar que Zayn estava com o meu colar, o quão ele é importante para mim, como essa merda de pintura está me dando nos nervos agora. A peguei, colocando entre as minhas roupas do closet, virada, para que eu não encare a tela.

Eu não sei como faria, mas daria um jeito de pegar meu colar novamente. Sem ter que ir ver o Zayn.

-X- W R O N G -X-

 

Notas Finais

Então, agora, as coisas vão começar a acontecer sz 

Gostaram do capítulo? Conseguiram sentir várias emoções? 

A história será postada toda quarta, mas eu estou mudando de casa, então não sei como será semana que vem, caso eu demore, vocês vão saber... 

Se você chegou aqui, deixe, "Reencontro Ziam" 

Até logo ♥♥ 
Amo vocês sz

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