Olhos negros
Dedicado para shylinson ♥
-x- -x- W R O N G -x- -x-
Tudo bem Liam, você só tem que ir e se sentar!
Caso alguém fale com você, diga o tudo o que tem para dizer, seja natural. Pronto!
São apenas pessoas.
Queria acreditar no que a minha mente estava me dizendo, para não ter que ficar tão nervoso, quando toco na porta de vidro e a deslizo para o lado, a noite estava mais fria, os grilos deram folga e não cantavam, o céu estava um pouco nublado e algumas gotas da chuva caiam sobre o gramado do quintal. A piscina estava soltando fumaça, provavelmente estava sendo aquecida. Nunca entrei nela, parando para pensar, porque não me sentia bem, nem quando Rubby vinha no meu quarto, pedindo fazendo beiço. Sei lá, as coisas para mim eram tão... tediosas que eu não tinha mais vontade para nada.
Estava sempre focado nas minhas pinturas.
Ao longo dos passos curtos que eu dava, amaciando a sola do meu sapato, fui andando pelo quintal. Ouvindo algumas vozes, risadas estridentes e uma delas se destacava pelo alto som que o ser puxava da garganta soltando no ar.
Parei um pouco, pensando que é melhor voltar para o meu lugar, meu mundo que chamo de quarto. Afinal, o que eu iria dizer? Não consigo falar um A, com alguém da minha idade, que dirá, com pessoas um pouco mais velhas que eu.
Engoli em seco, Louis ia entender o fato da minha não aparição, ele não é um tipo de tio que fica te atormentando e forçando algo quando você não quer fazer.
É, está decido, vou para meu quarto, desenhar, colocar uma playlist alta no fone e liberar todo o sentimento que me culmina desde que eu fiz uma grande merda na minha vida.
Girei o calcanhar para refazer meus passos, quando vejo meu rosto sendo impresso como uma pancada, no peito de alguém, podia sentir o perfume masculino e nesse estante fechei os olhos, pois tonteei a ponto de cambalear para trás se não fosse pelas duas mãos da pessoa segurando meu cotovelo.
Podia sentir as minhas maçãs do rosto se ponderarem para uma tonalidade vermelha, devido ao fato delas estarem ardendo e meu corpo pinicando como se houvesse formigas mordendo-me sem parar em cada parte de mim. Reprimi os lábios, fazendo careta e balançando o corpo para tirar toda aquela sensação.
Ainda não consegui abrir os olhos e não sei porquê, talvez eu estivesse com vergonha de olhar nos olhos daquele fiz derramar a bebida na própria roupa, fazendo o mesmo comigo também.
Tudo bem... A culpa não foi minha, essas coisas acontecem, não é?
Assim como eu permaneço de olhos fechados, as mãos da pessoa ainda me seguram, apertando meus braços mas não de modo que me machucasse, elas apenas estavam me tocando...
Abrindo os olhos lentamente, me perguntei aonde arranquei tanta coragem para fazer isso, fitei a blusa preta de seda, sendo que por cima, estava uma jaqueta de couro preta sofisticada, possuindo algumas gotas que escorriam, calça jeans desbotada, coturno escuro encostavam no meu all star surrado que ganhei faz dois meses. Estava com medo de ainda seguir o meu olhar e me deparar com um cara barra pesada - pois Harry andava com muitos desses -, mas puxei a coragem do fundo de algum lugar que não sei explicar. Apenas ergui minha cabeça, vendo a barba bem feita, negra e bem testável se olhando como eu fazia agora, os lábios retos, um pouco rachados, fiz um caminhou pelo seu cavanhaque quase não visível e subi pra a ponta do nariz, fino e pontudo, um pouco achatado mas atrativo, segui caminho até parar nos olhos negros, frios que me encaravam, ao mesmo tempo tinham um quê de mistério, senti uma vontade de desvendar o que aquele ser escondia, seus cabelos estavam bagunçados mas de um jeito sexy que tirava o ar de qualquer um.
Eu estava sem ar....
Suas mãos, encarei-as vendo que ele tinha tatuagens nelas e por canto de olho, percebi que seguia um rumo para o seu braço. Só não soube distinguir até onde e quantas mais ele tinha.
Quando voltei para o encarar, o cara estava me secando e literalmente me despindo com o olhar, para piorar o que já não estava bom para mim no momento, ele puxa um sorriso safado no canto dos lábios, me encarando como se eu fosse uma puta que ele iria traçar por hora.
O copo vermelho que ele deveria estar carregando, estava no chão embebedando a grana verde viva e os fungos dentro da terra.
Me aprumo e dei um passo para trás, quando o cara, me puxou um pouco mais para perto, ele é forte e me deixava sem jeito, mais irritado com a porra que ele estava fazendo. Eu não gosto de pessoas como ele: capazes de serem um tanto desconfortantes de ficar ao lado, acha que pode tudo.
Sentia isso apenas pela sua atitude de me manter entre seus braços.
E por Deus, eu mal o conhecia, ainda mais....não queria o conhecer.
- Quer me largar, idiota! - Tento puxar meu braço, mas ele continua me apertando e sorrindo feito um babaca.
Seus lábios umedecem, quando sinto o cheiro de tabaco com menta saindo deles.
Sabia que ele não tinha a pretensão de fazer o que eu pedi, isso me deixou ainda mais revoltado. Quem ele pensa que é?
- Não estou brincando, solte-me! Ou eu vou chutar o que você chama de testículos, bolas ou gude. - o fuzilei com o olhar.
Ouvindo ainda sim, uma risada baixa e debochada sair dos seus lábios.
- Se você as visse, não diria que são gude. - Sua voz rouca, saiu e me causou um tremor repentino no corpo.
E estava para nascer pessoas babacas como aquele ali, parece que tenho um imã que só atraia gente desse tipo, a última vez que lidei com um cara desses, foi quando sai para comprar algumas coisas para comer em casa, isso eram umas onze da noite, nesse caso o cara quem estava assediando uma garota que esperava uma amiga sair do banheiro único do posto.
Essas portas, me deixam revoltado, que não consigo ficar parado como algumas pessoas fazem quando veem esse tipo de coisa. Acho isso tão errado, ainda mais pelo fato de que depois elas reclamam por "certas pessoas" serem violentas com as mulheres, qualquer outrem. Se a parcial desses que já sofreram nas mãos de babacas, foram abusadas tendo em vista que as pessoas à sua volta davam-se conta disso...mas não fizeram absolutamente nada.
Como era diferente, tenho um temperamento forte e já ouvir as pessoas me dizerem que isso é abusivo e excessivo demais para mim um jovem de vinte e três anos.
Mas eu não ligo para o que dizem ao meu respeito, se eles querem que eu seja uma cobra, serei a cobra, se eles acham que posso ser um tolo, eu serei o tolo. Até mesmo se acham que minhas atitudes são medíocres para um garoto como eu, então deixarei que eles pensem assim. Minha imagem refletida no espelho e meu eu verdadeiro sabe quem sou de verdade. Não farsas que as pessoas projetam sobre ela.
Nesse dia, eu enfrentei esse palerma, que ainda por cima passou a mão em mim, na minha região íntima, isso somente foi um olá que deu com meus punhos no alto do sei nariz, seguido do seu dorso e parando no seu maxilar próximo da orelha.
Era exatamente isso, que eu queria fazer com aquele ser, na minha frente, embora fosse atrativo e a beleza, que foi deixando de existir nas primeiras palavras que trocamos.
Com o peito subindo e descendo constantemente, eles queimavam a medida que aqueles olhos negros me fitaram.
- Como pode ser tão idiota? - Indago, mordendo os lábios e sentindo que estava os ferindo.
A feição do seu rosto foi se fechando, como se ele não gostasse de ter ouvido o que eu disse. Quer saber? Estou contente com esse resultado.
- Não é a primeira vez que estou ouvindo isso, de você... docinho!
- Pois bem, vai ouvir ainda mais, se não tirar essas mãos podres de cima de mim. - Consegui enfim me desvencilhar das suas mãos, fulminando meu olhar na sua direção. - Você se acha muito, para um cara velho!
O vejo, caminhando na minha direção, enquanto eu recuava os passos para trás, ainda tinha fuga, ele não falara nada quando continuou a mover as pernas na minha direção.
Até que eu estivesse encurralado, prendi o ar quando ele apoia as suas duas mãos para evitar a minha fuga, aquilo era uma merda, quando o cara é bonito, você é mais novo, ele é um babaca e você acaba de provocá-lo.
- Do que me chamou? - o olhar misterioso e sombrio, volta a remediar diante de mim.
Mas não tive medo.
- Ouviu bem, não sou papagaio para ficar repetindo as palavras...
- Mas eu quero ouvir, novamente, só para ter a certeza de que não estou ficando....
- Velho! - o interrompi, sorrindo em provocação - Isso já é notável, quando batem os olhos em você.
Sinto sua respiração ficar um pouco mais agressiva, quando ele arranha a parede próxima do meu rosto.
- Sou velho, então....
- Foi o que disse. Se não é surdo!
Ele solta uma risadinha provocadora.
Não tenho que ficar ali, atirando essa marmota.
- Agora, se me dá licença, tenho que ir... - A um passo que dou, ele me empurra bruscamente na parede.
Pude sentir a minha cabeça batendo, junto com as minhas costelas que soltaram um ruído e estalo, assim que ele, manteve as mãos sobre meu tórax, pressionando-me, quando ele desceu as mãos para a minha bunda, apertando com força, fazendo-me gemer após isso.
- Aposto que um velho, não desperta prazer em você, a ponto de fazer com que solte um gemido, como fez agora.
Senti tanta vergonha, por deixar que ele fizesse isso comigo.
Não tinha nem passado algumas horas, não estava bêbado a ponto de culpar a bebida pela asneira que acabei de fazer com um desconhecido. Mas nem isso, sua atitude involuntária, fez com que eu também cometesse um ato involuntário. E droga, agora ele estava com um sorriso idiota no rosto, eu não gostava nem um pouco daquilo, não gostava ainda mais dele.
Seja quem fosse.
- Quantos caras já fizerem você gemer, assim? Em? - Sinto os olhos percorrendo meu corpo e voltando para os meus olhos - Quantos fizeram de você, ser uma puta na cama?
- Vai se foder!
Cuspi a resposta, literalmente, na sua cara. Mas isso não o atingiu, pois o mesmo, rir balançando a cabeça involuntárias vezes.
- Não te deram educação? Que feio, docinho...
- Me deram, bastante. Pra ser usado com quem é digno. - soltei fumaça pelas narinas - E eu não sou nem um doce, para que me chame de docinho.
Ele arqueou a sobrancelha.
- Acho que está enganado, docinho!
Eu não queria entrar no seu joguinho, eu maior que isso. Não era?
Aquele idiota, provavelmente queria arrancar meu nome para poder se divertir, achando que isso é engraçado, porque ele quem está dando as cartas. E eu odiava quando a pessoa tentava me controlar assim, sinceramente, não tenho paciência também. Para minha alto, dignidade, desvio meu olhar do seu e tento me mostrar nada abalável com suas palavras baixas.
Não era por eu ser um garoto, que ele deveria me tratar com falta de educação, como se eu fosse uma vadia, tenho o meu respeito, não preciso de um babaca me atormentando assim.
- Qual é o seu problema? - olho bem a fundo do seu olhar negro.
- Derramou vodca em mim... - rosnou.
De repente, mudou de humor?
Que ser mais esquisito...
- E? Como pode ver, não foi intencional. Estava voltando para o meu quarto quando você topou na minha frente. E se deseja desculpas, pode esquecendo, porque a humilhação que está me fazendo passar....
- Mora aqui? - Seu tom mudou para um de surpresa, ao mesmo tempo susto.
- Ao que parece, sim. Eu moro!
- É filho adotivo do Harry e do Louis?
Rir dessa vez.
- O quê? Claro que não, pelo amor, sou sobrinho do Louis, sobrinho! - rolei os olhos.
- E por que mora com eles?
- Não é da sua conta.
Ele permanece em silêncio, provavelmente sentiu a intensidade das minhas palavras, espero que tenham elas, deixado o desconfortável suficiente, seja lá, porquê.
- Só...fique longe de mim. - Se afastou, como se algo o tivesse impulsionado seu corpo com força, a magnetização estivesse dado errada.
Recuperei meu ar, para poder encarar bem, aquele olhar nervoso sendo lançado sobre mim, como se eu tivesse feito algo de errado.
- Eu não me aproximei de você. Acho que as coisas estão bem contrárias aqui, não acha?
- Longe! - foi o que ele disse quase num sussurro.
Não estava entendendo mais nada.
- Você é algum tipo doente mental? - Cruzo os braços acima do peito.
- Não faça perguntas, odeio isso.
- Por quê?
Está aí, uma coisa que me fez ficar mais atiçado. Estava vendo que ele estava sendo encurralado pelas minhas palavras, pois parecia um tanto perturbado com o fato de estar jogando lenha na fogueira que alastrava o fogo por todas as partes.
- Qual é o problema? Com medo de responder, uma simples pergunta? - dou um passo a frente - Qual é! Aonde está o tarado que acabou de apertar a minha bunda? Todo astuto e valente...
Depois disso, sinto suas mãos vindo na minha direção, quando ele me empurra com força e meu corpo foi para trás, em um movimento involuntário. Meu cóccix bateu contra a pedra pequena que estava abaixo de mim, até o momento em que meus pulsos ralaram quando encostaram na quina da porta. E ele, saiu para aonde eu estava indo.
Fiquei se reação após a sua atitude, eu não podia estar mais louco, aquele idiota me empurrou e saiu como se tivesse algum tipo de enxame de abelhas vindo atrás de si.
Não tive tempo de protestar, quando senti meus pulsos arderem, assim que l vento frio soprou. Olhei para eles, vendo o corte que se fez, quem visse, diria que acabei de pegar um estilete e me cortei. Propositalmente. Puxei meus braços para o colo, quando me ajeitei na grama, o sangue escorria em excesso pelos pulsos, olhei para a porta, vendo que havia uma falha perto da porta, aonde continha um vidro repartido, grudado bem na parede, aquela merda fez algo profundo nos meus pulsos.
Pressionei o machucado, fazendo careta de dor quando senti a dilatação vir com força, aquela merda só ia piorar, caso eu continuasse cutucando.
Passos se aproximam, vindo da cozinha, para o corredor e dele batiam as solas dos sapatos, um estalo de lábios juntando e saindo, também era possível de se escutar, sem deixar passar as risadas e sussurros juntos. Erguendo a minha cabeça, observei o casal feliz se agarrando quando vinham para fora, nas suas mãos, a garrafa de cerveja. As mãos grande de Harry, apertavam a bunda de Louis, que gemia durante o beijo, puxando cada vez mais os fios de cabelo do Harry.
Cena excitante para quem gosta, no meu caso, consegui fazer uma careta.
- Se querem transar, sugiro outro lugar para fazerem isso, casal! - soltei um pigarreio.
Os dois param o que faziam, virando-se para me encarar, com os lábios inchados e os cabelos amarrotados.
- Liam, mas o quê.... - Louis para de falar, quando arregala os olhos, após encarar meus pulsos que sangravam. - Que merda foi essa? - Ele se desvencilha do Harry, se agachando na minha frente com a expressão preocupada.
- Anda se cortando? - Harry se aproxima com um olhar sereno e tenso.
Olhei para ambos, pensando em como lhes dizer a verdade, antes que dos meus lábios eu fosse capaz de soltar uma risada nervosa, diante as merdas que aconteceram.
A questão é, a verdade que estou sentindo agora, seria maior ou menor para o momento?
NOTAS FINAIS
Hey, feliz 2018 ♥
Socorroooo, que ano, quero que seja melhor que o ano passado, porque sim hauahaj
Presente pra vocês, parte 1 da festa 💃
O que vocês acharam desse encontro Ziam? E esse Zayn?
Como está sendo o 2018 de vocês??
O meu está calmo, embora eu esteja com fome hauahauj, socorro, tô morrendo aqui!!!
Continuem comentando e votando ❣
Obrigada pelos quase 33Views e caramba 451 comentários, uouuuu, estou um tanto chocada, Obrigado ♥
Até o próximo capítulo, se você chegou aqui deixe seu "Tensão Ziam"
Beijos, A.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro