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Obsessão

Cheguei cheia de brilho hauhauaahaub
Gente, estamos quase 1K
Posso dizer que amo vocês?
Ahhhhh
Gente, okay, capitulo deu 12k de palavras, aproveitem he he he
Muitas emoções B-)
Boa Leitura Sweets ♥

-x- W R O N G -x-

Liam

Todos os funcionários pareciam abalados com a notícia, do novo chefe. Eu estava torcendo para que Miles estivesse errado, e que não fosse o Zayn Malik que eu beijei e transei. Se bem que existe somente um com aquele sobrenome. De repente lembrei do que Harry me falou sobre seu amigo:

Zayn é possessivo demais, isso meio que force seu problema. Quando ele fica obcecado, ele faz de tudo para ter a pessoa que ele está gostando. — Explicou enquanto eu fui ficando boquiaberto — Quando digo, tudo. Falo realmente sério, o nível da obsessão de Zayn, ultrapassa as minhas com Louis.”

“Mas da mesma forma que Zayn sabe ser possessivo, ele sabe quebrar corações.”

Me machucar por causa de Zayn?

Tudo que quero evitar para mim é que esteja com um coração partido, eu já não me sinto grande coisa, sei que já levei uns puxões de orelha por pensar assim, mas não posso negar o meu óbvio. Eu sei o que fiz e porque me sinto dessa forma. E voltando para o assunto Zayn Malik, bem, não tive muitos amores nessa vida e os que tive dilaceraram e arrancaram cada parte boa de mim, sem se importar com a carcaça que deixou em mim. Porque o amor é assim, você está inteiro, novo e pronto para vivê-lo ao lado da pessoa, o tempo passa e você se sente incrível, deslumbrante. Imaginando sua vida ao lado daquela pessoa, quando tudo está bem, a chama do começo do relacionamento apaga e quebra como cacos de vidro se espatifando sobre o chão. As partes se espalham, mesmo que você junte cada caco, ainda à alguns por aí, espalhados e aonde estão, permanecem até o fim.

Meu coração se quebrou tanto que tudo que sobrou dele foram apenas uma clonagem barata que só está aqui, para enfeite.

É por isso que não quero me apaixonar, que me fecho quando se trata do amor. No lugar deixo a frieza fazer seu trabalho e ela veio se saindo bem, ao longo do tempo, mas tudo veio a calhar quando Zayn apareceu como uma rosa que antes estava fechada e abre quando você pisca os olhos, inesperadamente.

Ele só não entrou na minha vida, porque mantenho a porta fechada a sete chaves, com um cadeado bem firme, quero que permaneça assim, para o meu próprio bem.

Olhei para os lado, todos estavam encolhidos em um canto – em grupos – com as mãos nos lábios, cochichando sobre o chefe. Penso em como será que vai acontecer daqui para frente, infelizmente, não posso sair do meu curso, essa é uma regra que Louis disse que eu não poderia descumprir. Espero que ele não fique aqui, por mais que eu odeie admitir, não sei me portar na frente do Zayn.

— E quando isso aconteceu? – pergunto, desviando o olhar dos fofoqueiros ali para Miles.

— Hoje pela manhã. Parece que esse novo chefe, deu uma boa quantia e quando se trata de propostas irrecusáveis envolvendo dinheiro, as pessoas não recusam. Ouvi dizer que a quantia foi alta! – Miles balançou a cabeça — Se fosse eu, também faria o mesmo.

Pessoas são obcecadas pelo dinheiro, engraçado acreditar que não sou muito assim, o dinheiro para mim é algo irrelevante, muitas pessoas acham que estou mentindo quando falo isso. “Todos veneram e são obcecados por dinheiro, você não pode dizer que não é, isso é impossível”. Acho ridículo, o dinheiro atraí suas coisas boas, mas ele é uma praga, ele compra até mesmo sua dignidade, atrai pessoas que tem interesse nele, você as chama de amigos, quando está sustentando e esbanjando sua riqueza, quando na verdade eles são amigos apenas do seu dinheiro.

Não odeio-o.

Apenas não sou tão fã assim, mas tenho que usá-lo porque preciso “sobreviver” a esse mundo assim.

— Então? – Miles me fitou quando parou de falar.

Dei uma pausa no meu diálogo com a minha mente, para encará-lo.

— O que?

Ouço sua risada, continuei sério e novamente, ele parou vendo que era o único achando graça ali.

— Sábado, vai acontecer mesmo? – Vejo que seus lábios estavam umedecidos, pois ele acabara de passar a língua ali.

— Claro, por que não estaria? – pisquei para ele discretamente.

O sorriso mais largo foi esboço no seu rosto, seus dentes eram tão brancos que pareciam de mentira, ele tinha um hálito muito convidativo, não era como o de Zayn, tão inebriante a ponto que fazer você se entregar se ele juntasse seus lábios, mas era tentador.

Seus olhos claros me fitaram, com um brilho que me deixou sem jeito. Coloquei meu pé atrás da perna esquerda, o roçando exatamente como Rubby fazia, quando me vinha pedir algo, toda tímida; eu estava andando muito com a minha irmãzinha de consideração.

— Não podemos ir para a sala? – Pergunto, apontando para a porta, que ficava do outro lado, próxima da recepção.

— Infelizmente não, já que o novo chefe, está dentro da diretoria, logo vai se apresentar para todos nós. – Miles olha no seu relógio de pulso — Na verdade, ele fará isso agora que chegou!

Arregalei os olhos. Sentindo a minha garganta ficar seca e as pernas ficaram bambas. Eu queria me esconder em algum lugar, será que alguém sabe sobre nós? Ou será que estou sendo óbvio demais?

Droga, tantas pessoas nesse mundo e justo eu para lhe dar com o Carma, Zayn Malik.

Mereço mesmo!

— Você parece tenso. – Miles jogou o braço nos meus ombros e com a mão esquerda fez uma massagem ali — Aconteceu alguma coisa, yealing?

Arqueei a sobrancelha, ao perceber que ele havia me apelidado.

— Yealing?

— Sim. Você por mais que aparente ser alguém bem forte, no fundo, uma parte que nos oculta de ver é como um Yealing: cordeirinho! – Miles explicou com o rosto próximo do meu.

— Como assim nós? E acha que sou um fracote?

— Não, calma. – Ele suspirou — Me referi a “nós”, como geral. Quando te vi, ontem achei que é um garoto muito seguro de si, não estou dizendo que não é, mas quando pintou, me explicou o significado da sua pintura, me surpreendi, porque como você disse, as pessoas costumam ver seu lado bonito, mas ela não te conhece, você está em um confronto consigo mesmo, o que me faz pensar, que você é frágil lá no fundo. E você não é um fracote! – Miles colocou a língua para fora, fazendo careta, percebi que ele tinha um pincerg ali também — E qual o problema de ser? Ninguém perfeito. Não me importo de ser um fracote da vida.

Dessa vez me vi sorrindo. Está com Miles é mais agradável do que está na companhia de Zayn. Sabe, você não fica desconfortável, não se estressa com frequência após ouvir um comentário. Zayn me deixa de cabelos em pé e em constância, sinto vontade de matá-lo. E como não sou um assassino, apenas fico na minha, com um plano maquiavélico na cabeça.

— Está tentando me cantar, com seus papos fofos? – Indago, olhando para as pessoas a nossa volta. Elas estavam dispersas demais para nos notar.

— Está funcionando?

Mordi os lábios, encarando seus olhos claros.

— Talvez... – o vejo sorri, descendo seu olhar para os meus lábios — Mas não é certeza, então como disse. Não crie expectativas, só porque é bonito e joga essa arma contra mim.

Ele rir, enquanto o cutuquei com o cotovelo.

— Você também é bonito, não sou eu aqui, que também está jogando com a beleza para cima do outro. – Sussurrou para somente eu ouvisse.

— Ora, não seja idiota! – Dei um tapa no seu peito, me afastando.

Miles apenas rir, mas se segurando para não deixar isso ficar escandaloso demais.

— E o que está planejando, para me surpreender hoje? – Ele volta a colocar seu braço ao redor de mim.

— Se eu contar, posso estragar mais uma surpresa, ao ver sua cara espantada ou surpresa. – balancei os ombros — Peço que aguarde, professor.

— Claro, claro.

Estabelecendo um bom humor, continuamos conversando sobre coisas aleatórias. Meu único problema era me concentrar nelas, quando minha mente vagou nos beijos que dei no Zayn, tanto na sua casa, quanto na “minha”. Queria poder ter esquecido, dizer que era uma fase, com um dos meus “ficantes” da vida – Isso é difícil de se fazer, quando descobri que ele é um cara obcecado quando gosta do que “provou” –, já não tive uma noite boa, onde passei revirando na cama, por causa de um pesadelo e também porque estava com um calor, somente por pensar nele. Tenho que conversar com Zayn, explicar para que aquilo não estava certo, por mais que tenha rolado algumas coisas entre nós dois, ele não tinha que me perseguir como um predador caça sua presa e não divide com seu rebanho.

Certo...

Isso não foi um jeito muito bom de pensar em um exemplo que envolve a mim e ele. Melhor esquecer isso e focar na minha conversa sobre distâncias e limites com Zayn.

Estava rindo da piada que Miles me contou, acabo ficando sem ar e bati minha testa no seu peito, deixando ali por um tempo. Olho de canto de olho para o silêncio na recepção, entendi o motivo. Zayn estava ali, em pé vestido casualmente com seu terno escuro, os óculos de grau retangular, os cabelos caídos para frente, esboçando as laterais raspadas: ele estava ereto mostrando sua autoridade, quando fitava cada um com o olhar sério. Desci meu olhar para sua, fitando a tatuagem da sua mão e lembrando que ele me tocou com aquelas mãos...

Merda Liam! Pare de pensar nele....

Mas como se faz isso, quando o cara está na sua frente?

Ora, simplesmente arranje um jeito...

Como?

Olhe para o Miles, não para o Zayn!

Fiquei dialogando comigo mesmo, mas nenhuma das vozes que estavam circulando sobre a minha cabeça me fizeram tirar os olhos de Zayn. Era como se eu estivesse sob, hipnose. E vagando com o olhar sob as pessoas, seus olhos caramelados encontram os meus. Nesse instante, perco o ar e estremeço. Meu sorriso desapareceu, assim como sua testa franziu e maxilar dele tencionou.

Resolvi piscar os olhos, pensando que estava o encarando demais. Nós dois, não conseguimos disfarçar o olhar, podemos até tentar, mas somos óbvios demais, para aqueles que são atentos. Zayn lançou um olhar de fúria na minha direção que provavelmente, me deu a entender, que era pelo fato de Miles está me abraçando e eu estar com a testa colada no peito do meu professor.

Me afastei de Miles e ele fez o mesmo.

Lembrando do motivo de Zayn estar no meu curso de artes, levanto uma sobrancelha, com o olhar sério para ele. Se Zayn acha que vai me intimidar porque agora está mandando na Art&Criate, de Londres. Está muito enganando, ele está aqui como também, estou aqui, pra mostrar a ele, que nem mesmo seu ar superioridade não tem poder sobre mim.

Ao seu lado estava uma mulher de cabelos negros, da mesma intensidade daquela que ele beijou na festa....

Pera só um minuto....

Espremi meus olhos, para poder encarar a tal mulher, bem, era ela mesma, em quesito da forma dos cabelos, o corpo curvilíneo, o jeito que ela se esfregava em Zayn descaradamente. Bufei, não acreditando no que via. Zayn é mesmo um canalha, droga!

Ele devia ser comprometido com ela, porque não tinha outra explicação, tudo bem ela é bonita, tinha os olhos vividos em um verde, rosto fino, parecia uma modelo, nada de defeito, as bochechas quase não se era visível. Os lábios dela eram bem desenhados, seu olhar era penetrante e fazia qualquer um cair sob, seus “pés”.

Não acredito que me envolvi com alguém comprometido e que Zayn escondeu isso de mim. A raiva estava me culminando, a medida que ele me fitava, me deu vontade de erguer meu dedo para cima, mandá-lo se foder. E quando a mulher, encostou os lábios no seu ouvido, sussurrando alguma coisa, senti a ânsia me subindo e desviei meu olhar para o lado, que Zayn estivesse.

— Ele parece um cara muito sério! – Miles comenta.

— É um babaca, isso sim. – Respondo ríspido.

Miles se mexeu ao meu lado, não estava o encarando mas senti seu olhar sobre mim.

— O conhece?

Foi quando desviei meu olhar do nada, para ele.

— Nunca nem vi mais distante, só não senti algo bom vindo desse cara. E começa por ele ter comprado o curso. Odeio pessoas como esse Zayn!

— Estranho, você fala como se ele tivesse feito alguma coisa.

Bufei, percebendo que Miles me estudava.

— Se continuar duvidando de mim. Vou cancelar a nossa saída para amanhã!

— Então, minha boca é um túmulo, a partir de agora. – Ele fingiu estar com o zíper na boca e a fechou.

— Obrigado!

Deixei meus braços deixarem o peso cair para o lado. Não estava suportando olhar na cara do Zayn, então foquei nas letras grandes que ficava na entrada do curso.

— Eu sou Megan Fox, serei a nova secretária do curso e particularmente, de Zayn! – não me contive, encarei a mulher que falava. Seus olhos verdes, brilhavam quando dizia cada palavra, Zayn sorri de lado, tocando no queixo da mesma. Rolei os olhos antes que ele notasse — Como sabem, ele é novo dono da Art&Criate, vamos tirar umas das escolas de artes mais famosa de Londres. Zayn tem planos e estamos excitados para conhecer cada aluno e professor daqui. Sei que para cada um, nossa vinda é algo chocante, mas prometemos não decepcionar vocês, alunos e funcionários.

Todos, com exceção de mim, aplaudiram. Zayn me encarou, esperando que eu realmente batesse palmas, tudo que fiz, foi lançar um olhar desafiador para ele e cruzei os braços. Isso pareceu o irritar, pois ele contraiu o maxilar.

Não me importo!

— Deixamos as palavras com o novo dono e em seguida, poderão retornar as suas atividades normais. – Megan apoia a mão no ombro do Zayn, fazendo uma massagem.

Foi quando ele desviou o olhar do meu. Ainda bem, já não estava com paciência para esse modo mandão dele. Encostei minhas costas na parede branca, fazendo uma cara entediada para Zayn.

— Quero agradecer a atenção de todos aqui, alguns devem me conhecer pelas diversas galerias que tenho espalhadas no mundo ou pelas minhas mais e grandiosas obras. E devem estar se perguntando, o que um cara rico como eu, quer comprando uma escola de artes. – ele falava — Bem, não tive muitas oportunidades quando jovem, para poder estudar em uma escola como essa, foi duro construir meu império, e estou aqui, para mostrar aos jovens que eles tem potencial, não devem desistir do sonho de vender e crescer com suas obras. Mais ainda, se apaixonar pela arte. – Zayn me encara quando fala sua última frase.

Apenas franzi o cenho, em seguida, arqueei a sobrancelha, como se dissesse “Que belo discurso, forjado em?!”.

— Gostei dele! – Miles se encosta na parede.

Mantendo meu olhar visando Zayn, passo meus dedos sobre a perna de Miles, como se estivesse fazendo um carinho nele. Foi quando olhei para as mãos do Zayn, que se fecharam e senti que aquilo lhe causou um efeito; Aonde o deixará irritado e descontente.

— Teremos apenas algumas singelas e respeitáveis regras! – Megan olhou sem entender nada para Zayn, enquanto eu ainda mostrava minha revolta para ele — Que os alunos mantenham-se em seus lugares, em relação a intimidades com os professores ou qualquer funcionário do curso. Manteremos ela severamente aqui, sendo a partir de hoje isso, estarei monitorando junto com a Megan. – Arregalei os olhos, tirando a minha mão da perna de Miles.

Zayn, é um desgraçado mesmo.

— Como sempre, ele tem que estragar tudo... babaca! – pensei alto, quando todos fizeram silêncio.

Um péssimo momento para abrir a boca, pois todos os olhares se voltaram na minha direção. E eu não gosto de ser o centro das atenções, me sinto desconcerto e claustrofóbico.

— Você disse alguma, subjeção, aluno? – Zayn parecia estar se divertindo, com aquilo.

Mas eu sou descarado, não deixarei ele se sobressair sobre mim.

— Só acho ridículo o que você propõe. Então quer dizer que não podemos ser amigos dos nossos professores, por paranoia, sua!

Algumas pessoas ali, se mostraram espantadas com o que acabaram de ouvir, mas que se foda elas e Zayn também. Estava com raiva, quando me revoltava, não me calava.

— Bem, não proibi de serem amigos. Apesar sigo a lei, que restringe relacionamento entre professor e aluno tanto na escola, quanto em outro lugar, como esse curso. – Zayn responde — Qual é o seu nome, rapaz?

Me chamo, não te interessa e espero que se foda”, penso. Zayn consegue ser tão cínico, mas parece que sou o único a perceber isso.

— Olha na listinha, aonde tem a minha foto. Lá você vai saber.

— Então, é um aluno rebelde, que gosta de responder os outros, não é?

Rolei os olhos.

— E qual o problema? Vai me punir agora, Zayn? – dou um passo a frente.

Ouço Miles sussurrar baixinho para que eu me recompôs-se, mas resolvi o ignorar. Para me deixar ainda mais fulo da vida, Zayn sorri descaradamente, aposto que ele gosta de jogos e descobri que sou um verdadeiro tolo. Porque não percebi que era mesmo isso que ele estava fazendo? Ele queria me ver perdendo o controle meu bom senso.

Parabéns, por cair feito um patinho, Liam!

Satisfeito com o que me causou, Zayn movimentou os ombros como se estivesse se alongando. E seguida lança um olhar duro para Miles que estava atrás de mim.

— Acho melhor, controlar seu aluno. – apontou para mim.

— Sim senhor, acho que ele está estressado hoje. – Miles respondeu, com ar de inferioridade.

— Eu não estou...

— Sim você está! – Miles me cortou, me encarando com um olhar para que eu mantivesse a boca fechada.

Zayn voltou a tagarelar, quando fui puxado para trás.

— O que deu em você?

— Não enche você também! – Me encostei na parede.

Zayn conseguiu tirar toda a minha paciência. Incrível, como ele fez isso como quando se acende um fósforo. Dessa vez, eu estava queimando de raiva e não era de atração por ele.

Quando ele terminou de falar, fui obrigado a vê-lo trocando olhares e um suspeito beijo, com a tal Megan. Tudo bem, não vou falar mais nada, não tínhamos nada um com o outro e também desistir da ideia de falar com aquele troglodita, tosco e ridículo. Em seguida, fui para a sala com Miles e outros alunos, todos estavam cochichando, olhando para mim e dando risadinhas. O que eu realmente não ligava, fui dominado pela raiva incondicional e ninguém poderia amenizar.

Assisti a aula, no fundo da sala, Miles explicou algumas coisas e anotei no meu caderno com desinteresse no conteúdo e ansiando para por as mãos em obra.

Primeiro li o que ele passou e depois, peguei as tintas que foram distribuídas:

Em cada época e em seu lugar, as pinturas significaram coisas diferentes. Por exemplo, acredita-se que as pessoas pintaram há milhões de anos o fizeram por motivos mágicos. As cavernas eram aonde faziam os ritos especiais. As pessoas acreditavam que desenhando o animal ali, poderiam conseguir capturá-los, facilmente.

Outras vezes pintavam para agradar seus deuses. Os templos dedicados a eles, eram sempre bem decorados para que os deuses ficassem contentes e propícias sem às pessoas uma vida melhor.

Interessante o conteúdo, era por isso que me interessei pela arte, ela tem algo além e através de “só desenhar” e achar que por isso mesmo ficaria. Voltando para a tela na minha frente, coloquei o avental e puxei o pincel, Miles pediu para que desenhamos uma “Natureza morta”. Ou seja, uma pintura que representa objetos sem vida. Nada de pessoas nem paisagem.

Não é difícil, só tenho que pensar em algo concreto. Pensar em algo cotidiano. Molhando o pincel sobre a tinta vermelha, deslizei-o pela tela, com facilidade, em seguida veio o laranja, seguido de um azul escuro, cinza. O roxo para pintar sobre o jarro cinza, um toque de amarelo para dar uma vida a mais para a pintura. Quando pisquei, já havia terminado, olhei para o lado, vendo que os outros alunos estavam para trás; no começo.

Rolei os olhos, as não sentia a necessidade de estar ali, não por ser bom demais, apenas me sentia deslocado, para mim, desenhar ou pintar, é como meu hobbie, um momento só meu que ninguém poderia entender.

De longe, Miles me avistou, limpando os pincéis sujos de tintas. Quando ele se aproximou, encarou a tela na sua frente, arregalando os olhos como da outra vez, eu havia desenhado uma tigela com frutas picadas, sobre a bandeja de ferro que estava pintado de cinza e pingos molhados de branco, com a ajuda da água que espirrei sobre a tela. A cor de fundo era azul claro e escuro. Para representar a noite mais sem colocar lua ou estrelas. Como foi pedido.

Estava parecendo uma arte realista, quem olhava para o quatro, sentia isso e os olhos se enchiam, igualmente do Miles.

— Mais uma vez, você me impressionou! — Ele apoia sua mão na cadeira em que estava sentado.

— Eu disse, que você tem que esperar, sou uma caixinha de surpresas! – Coloco o pincel no suporte, da tela.

Miles me encara, abrindo a boca para dizer alguma coisa, mas uma aluna, o chamou. Vi seu olhar frustrado ser lançado para mim.

— Licença.

Balancei a cabeça, acompanhando os seus passos até a fileira do meio. Olhei diretamente para a sua bunda, bem redonda, enfim encontrei alguém que – a bunda do Louis, ninguém supera –, mas a de Miles, era bem atraente. Desviei meu olhar dele, para a janela ao meu lado, que mostrava o corredor das outras salas e propriamente a porta da diretoria, aonde estaria Zayn e a sua secretária forjada.

Ironicamente, olhar para a porta a fez se abrir, infelizmente não tinha poderes telepáticos, apenas a tal Megan saia da sala, arrumando a bolsa e falando algo no celular – ela estava atrasada para algo – na porta, apareceu Zayn, aguardando a mesma terminar de falar no telefone. Ela se vira para ele, ambos sorriram um para outro, Megan falou algo para Zayn, ele balançava a cabeça sorrindo e concordando.

Quando ela se aproximou mais dele, desviei meu olhar, me sentindo ridículo por tudo o que aconteceu.

Tudo o que eu quero é uma distância longa de Zayn, ele me usou de um modo sujo e descarado. Um cara comprometido, que fez a merda de trair sua companheira, me sentia sujo, por ser comigo.

Tenho que esquecer da sua existência por um tempo, para meu próprio bem.

-x -x-

Quando a aula acabou, resolvi atrasar mais, deixando os alunos saírem da sala, para poder ficar a sós com Miles. Quando o último aluno, acenou e se despediu dele, fechei a mochila, direcionando o olhar pela janela, não havia ninguém e nenhum sinal, do embuste.

Arrastei a cadeira para trás, jogando a mochila nas costas, encarei Miles que assim que ergueu seu olhar me notando, foi até a porta, a fechando de vagar, foi como se soubesse que eu quisesse conversar com ele.

— Está mais calmo? – Perguntou, indo até sua mesa e sentando-se na beira dela.

Mordi os lábios, olhando para os lados.

— É, depois que desenhei, as coisas melhoram. – Respondi com um suspiro — Desculpa, não queria ter sido grosso com você. Não era a minha intenção, eu fiquei com raiva e acabei descontando....

— Tudo bem. – Ele sorri — Normalmente quando a raiva sobe, você acaba não pensando nas coisas que fala, ou sente tanta raiva que as palavras apenas saem.

Fechei os olhos, apertando o meu pulso com a mão direita.

— De qualquer forma, eu deveria ter sido mais na minha. Somente aquele, cara, que me tirou do sério. É como eu disse, não fui com a cara dele!

Miles solta uma risada.

— Você deixou isso bem explícito para todos. – ele olha para o lado, bagunçando mais dos seus fios negros, passando os dedos sobre eles para que ficassem no lugar, com os olhos verdes intensos Miles penetrou o olhar sobre mim — Apenas não deixe que isso seja maior que você. Está bem? – assenti — Não é porque as pessoas agem como babacas que você tem que agir também, certo?

Sinto suas mãos segurando as minhas. Ele consegue ser tão adorável, isso me faz pensar que ele chega a ser bom demais para mim, que não o mereço. Engoli em seco, me aproximando lentamente dele, deixo um sorriso bobo saindo dos meus lábios.

Deslizo a ponta dos meus dedos até sua perna, me colocando entre elas, Miles gemeu em protesto, indo para trás, ao mesmo tempo queria não querendo que eu avansasse. O que queria fazer era arriscado, a qualquer momento poderíamos ser pegos, mas eu não ia colocar o emprego dele em jogo.

Apenas envolvi os meus braços ao redor do seu corpo e o abracei. Aspirando a sua fragrância masculina, em seguida senti seus lábios, sobre a minha bochecha.

— Até amanhã, Yealing! – Miles sorri, quando fui me afastando.

— Ainda não tenho um apelido carinhoso para você, então por enquanto, apenas direi: Até amanhã! – Ele solta uma risada quando abro a porta, saindo dali.

Enquanto caminho pelo corredor, sinto o peso sobre minha bexiga. Tive que dar meia volta, seguindo o outro corredor que levava até o banheiro. Entrei quase derrubando a porta, corri até o mijatório, suspirando aliviado. Fecho o zíper da calça, quando termino, indo lavar minhas mãos. Encaro meu reflexo, era estranho ficar muito tempo fazendo aquilo, era como se meu próprio reflexo me acusasse de algo. Eu já sabia, mas mesmo assim, incomodava.

No bolso detrás, sinto meu celular vibrando, o pego. Não era uma ligação, mas sim, uma mensagem de Louis.

Louis: Hey bonitão, fomos convidados para jantar em um restaurante hoje, toda a família. Ou seja, eu, você, Harry e Rubby. Será às 8:00, assim que eu e Harry chegarmos, esteja pronto junto com a Rubby.

Eu: Sou mesmo obrigado?

Louis: Sim, agora pare de reclamar que nem as garotas de hoje em dia fazem isso ( _ )

Eu: Ao menos é com alguém legal? Porque você sabe que esses jantares com pessoas tediosas é uma bosta... Vou preferir ficar com a Rubby em casa, assistindo filme...

Louis: Não se preocupe, quem convidou, não é nenhum um pouco, entediante, nem mesmo será para você :-V

Eu: O que você quer dizer com isso, Tomlinson-Styles?

LouisNão seja ridículo. A Rubby vai voltar de ônibus, então volte para a casa antes das 3:15

EuAinda é 11:30 da manhã (TT)

Louis: De qualquer forma está avisado. Agora me deixe trabalhar e depois, temos que conversar!

Louis ficou off, na mesma hora. Odeio quando fazem isso comigo, aquilo só fode com o psicológico da pessoa. Tipo, ainda mais eu que tenho ansiedade e sou curioso. Guardando o celular no bolso, fico pensando no que Louis está armando ou planejando com aquela conversa.

Me viro, me deparando com Zayn fechando a porta do banheiro.

— Oh merda, merda! – dei um pulo, deixando cair a mochila até metade do meu braço. — Qual é o seu problema? – ele não respondeu.

Permaneci com o corpo ereto, sem mostrar inferioridade, ele estava apenas com a blusa social do seu terno. Voltei a subir minha mochila, andando em direção às saída, tentar evitar ao máximo o Zayn, era meu objetivo. Sem falar mais nada, dei um passo para a esquerda na mesma hora que ele fazia o mesmo, fui para a direita e ele também.

— Quer fazer o favor de sair da minha frente? – indago, o encarando parado no corredor.

— Desde quando, você ficou tão, agressivo? – Zayn ignora a minha pergunta, como um bom narcisista. — Até parece que não me beijou, quase dando para mim no hall da casa do seu tio...

Não economizei forças quando esbofeteei seu rosto, antes que ele terminasse aquela frase suja. Ódio, é tudo que sinto pelo Zayn, ele consegue estragar tudo somente abrindo a boca e falando suas merdas.

— Cala a sua boca, você é um idiota! – senti as minhas mãos ardendo e o corpo tremendo de raiva — Como eu sou idiota! – seguro a vontade de gritar. Ainda bem que aquele banheiro ficava no corredor mais distantes das salas. — Você me usa, de maneira tão baixa, seu babaca. Me seduziu e é comprometido, não tem vergonha na sua cara? – Sussurrei as últimas palavras para não atrair curiosos.

Eu estava mesmo em uma verdadeira revolta, e Zayn me tira do sério ainda mais quando rir baixinho.

— Não lembro de fazer alguma coisa sem seu consentimento.... Que eu lembre, você aceitou tudo numa boa! – ele deu um passo a frente, quando dei dois para trás.

— Claro que não fez nada sozinho, e se eu soubesse que estava com alguém, não tinha aceitado merda alguma com você. – olhei no seus olhos com os meus faiscando — Eu não queria, mas você insistiu...

— Vai bancar o imaturo, colocando a culpa somente em mim? Seja um pouco mais adulto! – continuou andando na minha direção, enquanto eu recuava pelos espaços que tinha.

— Isso não interessa mais, eu quero que você entenda que não quero nada com você. Foi só uns beijos e uma transa. – falei, com a voz firme. — Distância, lembra? Foi tudo o que pedi, nessa droga! Mas você não está respeitando meu espaço.

Meus olhos estavam ardendo. Eu sou mesmo idiota, como podia estar chorando por causa do Zayn? Eu não chorava por besteira, de repente isso mudou.

Que papel ridículo eu estava fazendo.

Minhas costas bateram contra a parede, não podia mais fugir, estava encurralado pelos braços do Zayn. E vendo ele na minha frente, respirando profundamente, parei de fungar, secando as minhas lágrimas.

— Eu estou com raiva de você, não sabe o quanto!

— Não é novidade para mim. Você também não é o primeiro que me fala isso. – Seus olhos estão distantes e frios.

Nunca pensei que viveria algo semelhante ao que estava acontecendo. Eu sou um garoto complicado isso não é novidade para ninguém, quem não me conhece, nota que sou um garoto problema com o tempo. Não me importo com o que as pessoas pensam sobre mim. Nada do que elas me disserem vai me afetar, as palavras que já ouvi, de uma mulher que me pôs no mundo e me renegou como filho, foi capaz de acabar com tudo em mim. Sou o que sou hoje por causa dela.

Agora estou diante a uma pessoa, que me usou, exatamente, me usou. Foi baixo o suficiente, ele só não age estupidamente como a Rayven, mas era similar. Ambos me fazem ser pior do que já sou.

Não gosto de me importar com as coisas que me acontecem, mas Zayn fez alguma coisa comigo que voltei a me importar. Não sei o que era, contudo sabia que estava me ferindo. Então refleti, sobre o que o Harry falou, sobre o Zayn saber deixar tudo bom e destruir num piscar de olhos. Talvez ele estivesse fazendo exatamente isso comigo.

Ouvindo um barulho de passos no corredor, Zayn me segurou pelo braço e entrou comigo dentro da cabine aonde ficava o vaso. Fechando a porta atrás de si.

— Suba nesse vaso. – ordenou.

— Não manda em mim...– não terminei de falar, quando Zayn me faz subir junto com ele.

Seus braços me seguraram, para que eu não perdesse o equilíbrio. Ele me pressiona contra a parede, ficando bem colado comigo. Até dois professores do curso, entram no banheiro. Prendi a respiração, eles conversavam algo sobre esportes e o último jogo, do fim de semana, enquanto desabotoavam as calças, apenas ouvia os sons, mantendo rijo o corpo e não dá bandeira.

— Por que comprou a Art&Criate? – sibilei baixinho, quando as risadas dos professores ecoaram altas o suficiente.

Zayn me encara, com os olhos caramelados sérios.

— Eu expliquei....

— Não! Para mim não justificou!

— Então o que você imagina que seja? – ele indaga, mantendo o pé com sobre a tampa do vaso, em seguida rir em ironia — Acha que eu comprei por sua causa, ou para ficar perto de você?

Eu só faço papel de idiota, nessa droga, mesmo!

— Quer saber, me deixa em paz! – me novo, para sair dali. Mas Zayn me pressionou contra a parede. — Me larga, não quero me toque! Não esqueça que que tem uma mulher. – senti o ácido do meu estômago subir e queimar a minha garganta — Eu não vou ser seu brinquedinho!

Tento me afastar, mas ele volta a me prender ali. Só que ele agiu bruscamente, fazendo com que eu batesse a mochila no ferro da cabine. O barulho foi alto, atraindo a atenção dos outros professores.

— Quem está aí! – disse um deles.

— Acho que foi na janela, um pombo...

— Não seja idiota, o barulho foi aqui dentro!

Olhei para o Zayn, com raiva.

— Me deixa sair, ou eu vou gritar! – Ameacei.

— Eu não vou deixar...

Lancei um olhar desafiador para Zayn, em seguida, sorri em ironia:

— Tudo bem, então....

— Cala a boca... – Mandou.

— Não! – Ergui meu rosto.

— Quem está aí? – os passos dos professores se aproximavam.

Fechando o punho, Zayn quase soca a parede próxima do meu rosto. Ele se aproxima de mim, como se fosse mesmo me beijar. Eu estava com a voz falha, de qualquer forma estávamos ferrados, iriam nos pegar de qualquer jeito. Inalando seu perfume, fecho os olhos, não a espera de um beijo seu, mas para não cair na tentação de quando olhar nos seus olhos e me entregar.

Porque tudo era envolvido pelo seu olhar e ele que conduzia a coisa toda.

Sinto seu corpo protegendo o meu ainda mais, como se estivesse tapando da visão de alguém.

Minhas costas estavam arrepiando ainda mais, engoli em seco, Zayn tocou no meu rosto, sei que no momento veio a repulsa do seu toque, mas não consegui me mover.

Um baque forte do outro lado, me fez dá um pulo, mas a voz chamou os professores.

— Rapazes, se estavam namorando no banheiro era só falar, se esqueceram que temos um jogo para ir agora? – a voz aguda, próxima da porta os chamou.

Ouve um silêncio, aquilo me agoniou muito.

— Está maluco? Eu pegar o Josh? – Riu a outra voz — Meu negócio é vaginas mesmo!

Ouvi os passos se afastando.

— Eu tinha ouvido um barulho...

— Deve ser os homens que estão trabalhando no andar de cima. O novo chefe está construindo mais salas para mais alunos....

E as vozes sumiram, no instante que voltei a respirar regulamente. Mas com receio de abrir meus olhos, sei que Zayn está tão próximo que veria seus belos olhos muito perto. Então continuei com os olhos fechados, não sei por quanto tempo ficaria nisso, mas não me importo.

— Não tenho nada com a Megan! – ele falou, em meio a tensão que estava entre nós.

— Isso não me diz o respeito....

— Cala a boca e me deixa falar! – Zayn colou mais nossos corpos, aquilo fez o meu coração acelerar. — Megan, é minha irmã.

Abri meus olhos, na mesma hora, como previsto. Seus castanhos estavam tão próximos dos meus que podia sentir a intensidade deles sobre mim.

— Então, agora você beija sua irmã? – indago.

Zayn rir.

— Não docinho, a garota que beijei na festa dos seus tios, era outra. Seria nojento da minha parte beijar uma irmã minha.

— Hum...

De repente Zayn ficou sério, como se estivesse lembrando de algo. As veias da sua garganta e cabeça, latejava a medida que ele soltava murmúrios que eu não entendia.

— Vi que desobedeceu uma regra minha, a mais importante... – sua voz estava rouca e arrastada. — Ia mesmo beijar o seu professor, mesmo sabendo que aqui dentro é proibido?

Bufei, o empurrando.

— O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta! – desci do vaso, colocando a mão no tranco da porta.

Entretanto, meu corpo gira e minhas costas batem na porta. E a mochila que estava nas minhas costas, caem no chão. Zayn foi rápido quando segurou na minha cintura com força e com a outra envolveu na minha nuca, sinto seus dedos entre os fios do meu cabelo, aonde ali, Zayn os puxa, contraindo minha cabeça para trás.

— Não é assim que se responde, Liam! – sussurrou roçando seus lábios no meu lóbulo — Fez coisas terríveis docinho, e terei que apelar para uma coisa não muito boa.

Tremi, sua voz estava soando tão psicopata e diabólica. Eu nunca me senti confuso em relação aos sentimentos dentro de mim como agora. Ele é tão frio, assim como eu sou, fizemos uma junção, parecia um presente favorito de alguém, sabe? Alguém que quer juntar dois corações frios, a ponto de achar que vão se aquecer, quando isso não vai acontecer.

— O que você vai fazer? – o desafio — Não pode me beijar, porque estamos no curso. Como um bom ditador vai seguir sua regra, não é mesmo?

Dou um sorriso convencido para ele.

— É! – Zayn sorri.

Ficamos nos encarando, por um tempo quando ele comete a maior infração da sua vida. Uma invasão, quando junta nossos lábios. Apalpando de várias formas o meu corpo. Perco todo o meu ar, sentindo meu corpo sendo esfregado naquela porta enquanto Zayn me beijava. Solto uma respiração falha pelas narinas. Apoiando as minhas mãos na sua cintura, eu sei, já estava o beijando outra vez, contrariei todos os meus argumentos e paguei com a minha própria língua.

Nossos corpos cambalearam e Zayn caiu sentado na tampa do vaso, puxando-me para me sentar no seu colo.

— Oh docinho, você me deixa louco! – ele suga toda a minha clavícula.

Começo a rebolar no seu colo, atiçando o seu membro que estava duro, desde que coloquei a minha bunda em cima dele. Nossas línguas estavam emboladas e tocavam muitas vezes, porque ninguém parava o beijo mais. O ar que precisávamos respirar, ficou esquecido no espaço de tempo.

Zayn envolveu toda a sua mão na minha bunda, fazendo um gemido inesperado escapar dos meus lábios. Mordi os seus inferiores, sugando-o para mim. Sinto sua mão, passando pela minha barriga e descendo para o meu membro, coloquei a minha sobre a dele. Parando com o beijo, ofegante, me levantei antes que me arrependesse de fazer isso.

Me encarando incrédulo, vejo que ele estava com os cabelos amassados, lábios inchados e vermelhos por causa das mordidas que lhe dei. Seu membro estava ereto e exposto na sua calça social.

— Agora, você não pode falar mais nada. Infligiu sua própria regra, nada de relação de funcionários e alunos. – peguei a minha mochila, abrindo o trinco, mas antes de sair, dei uma última olhada em Zayn. — Se a sua intenção é brincar comigo, saiba que eu também tenho meus jogos. E vou usar as minhas cartas para revidar a suas. Eu não sou, igual as pessoas que você já quebrou o coração.

Sai o mais rápido, sem olhar para trás. Tratei de arrumar meus cabelos, baixando a cabeça para que ninguém percebesse o meu real estado.

-x- -x-

Voltei para casa, como um jato de foguete o impulsionando para ir para fora da terra. Corri pela rua, conseguindo entrar no ônibus, sem ser seguido e possivelmente ter que ver Zayn, dizendo que irá me dar uma carona, querendo eu, ou não.

Durante o trajeto, deitei a minha cabeça na janela do ônibus, pensando em tudo, a turbulência que é a minha vida, depois que Zayn entrou nela. Será que é pedir muito para ter um minuto de sossego?

Eu tenho que decidir o que quero para mim. Não dá para ficar nessa, como se eu fosse um tipo de objeto, que usa e descarta. Tenho que por meu respeito, já não me sinto muito bem pelo fato de não fazer nada, como ter um trabalho – cujo eu tinha antes –, estar na universidade, ansioso para chegar o fim, me ver formado e com planos futuros. Mas não, é tudo complicado para mim, nada disso aconteceu, porque eu simplesmente, estraguei tudo.

Mesmo que eu tenha feito muito, não foi suficiente...

E agora, estou aonde estou.

A vida é complicada, quando estamos crescendo. Seria melhor se ainda mantivesse a atitude que eu tinha quando criança, justamente ela que se foi ao longo do tempo. Dizem que temos um propósito na terra, que com o tempo saberemos qual é, mas eu realmente acho que não tenho nenhum aqui, e se tiver, provavelmente deve estar escondido em algum baú perdido em outro tempo.

Estou cansado, a vida está me cansando e vai chegar um dia, que não terei mais motivos para lamentos, nem suportá-la. Um dia, eu vou desaparecer, somente poucos vai perceber isso.

Batendo o calcanhar na madeira que era do cercadinho, olho para a rua, esperando Rubby e o ônibus escolar. Estava um calor arrebatador aquela tarde, então fiquei sem camisa, apenas de short, vendo as vizinhas saindo de suas residências, molhando o gramado e mantendo o olhar saliente sobre mim. Segurando a vontade de rir, apenas acenei para alguma delas.

São mulheres de idade ou casadas. E não é somente comigo que elas ficam secando, Harry as vezes tem que capinar aqui na frente, porque Louis manda, e se ele não faz, bem, não temos cachorro, mas garanto que Harry não dorme na mesma cama que Louis. Enfim, digamos que essas mulheres são assanhadas, Louis morre de ciúme, se Harry vem capinar sem camisa, então ele fica marcando seu território, olhando feio para as mulheres que “secam” o homem dele. A relação cheia de possessão entre os dois, é engraçada.

Dou mais uma olhada, vendo o ônibus amarelo se aproximando, me afasto do cercadinho, colocando a mão no bolso, aguardando a minha pequena. E quando ele para, vejo Rubby correndo com um sorriso no rosto ao me ver, ela desceu os degraus, lindamente com seu vestido rosa, os belos cabelos longos balançando no ar.

— Irmão Liam! – Ela pulou no meu colo, a peguei apertando seu corpinho junto ao meu.

— Olá princesa Rubby! – dei um beijo na sua bochecha. Ela deu uma risadinha, tocando no meu nariz — Como foi a aula hoje?

— Bem legal, eu fiz muita coisa. – com ela no meu colo, fui caminhando para dentro da casa — Desenhei na aula de arte, acho que vou ser uma pintora como você, irmãozinho.

— Acho que até melhor que eu. – Respondi, destrancando a porta. — E o que mais?

Rubby encolheu os ombros, suspirando.

A desci do meu colo, fechando a porta, quando entramos. Ela não parecia mais feliz, a todo instante, a vi mexendo no cabelo. Algo não estava certo ali.

— Rubby, o que aconteceu? – me agachei de frente para ela.

Seus olhinhos se encheram de água, ela estava feliz agora pouco, de repente entristeceu de uma forma que acabou comentando o meu coração. Os cabelos louros de Rubby formavam cachos nas pontas, como os de Harry, quando ele tinha cabelos grandes, ela colocou a mão na nuca, puxando um monte de cabelo que estava cortado deixando o resto do seu cabelo desproporcional.

— Quem fez isso com você, princesa? – Arregalou os olhos vendo que cortaram bastante do seu cabelo.

— A Ashley, da minha sala. Ela cortou meu cabelo, depois que a professora elogiou meu trabalhinho e me deu uma estrela. No recreio, quando fui brincar no parquinho, ela veio com as outras meninas. Me levaram para o banheiro e cortaram meu cabelo. Ashley disse que era para mim aprender a não tomar o lugar dela de melhor aluna. Porque eu sou mais um menino do que menina, e também, se contasse para alguém, ela mandaria uma bruxa matar todos da minha família. – Rubby choramingou — Irmão Liam, ela falou uma palavra feia para mim, disse que eu era....vadia!

Eu comecei a queimar de raiva, querendo sair dessa casa e ir com Rubby atrás da menina que fez isso com ela. Mas era bem capaz de eu acabar fazendo uma merda grande, olhei para Rubby e envolvi meus braços ao redor do seu corpinho, afagando suas costas quando ela derramava as lágrimas nos meus ombros. Me pergunto como pode existir, crianças tão cruéis assim, ainda mais, como os pais estão realmente criando os filhos deles?

Rubby é tão doce, tão meiga, não merece estar passando por uma situação dessas.

— Ela também disse que é errado, meus papais, serem casados, porque Deus não gosta de dois homens namorando. E que eles são muito “viados”, eu não sei o que é isso, irmão Liam. Ela disse que não tenho mãe e isso é feio.– ela seca as lágrimas, estava com as bochechas vermelhas e os olhos também assim — É errado, meus papais estarem juntos?

— Não, eles se amam Rubby, assim como amam você. Não é errado você amar alguém, não importa se é um homem ou uma mulher. Não é errado. Essa tal de Ashley que não teve uma educação, fica falando besteiras. – respondi, segurando nos fios dos seus cabelos cortados — Não fica assim, está bem? Vamos dar um jeitinho nisso. – beijei sua testa e me afastei — Façamos assim, suba, troque sua roupinha, que deixei na sua cama, vamos dar uma volta, okay?

— Pra onde vamos? – soluçou.

Sorri fazendo um carinho no seu rosto.

— A um lugar bem legal!

— Tá bom, então vou me trocar.

Assenti e a vi subindo as escadas. Quando Rubby, sumiu do meu campo de visão, puxei meu celular discando o número de Louis, no segundo toque, ele atendeu:

— Lou, preciso falar com você!

“O que aconteceu? Está com a voz séria”

Olhei para os lados, continuando, Louis vai pirar quando souber: — Rubby chegou da escola, perguntei para ela como foi seu dia, depois, insistir mais no assunto. Quando ela começou a chorar, Rubby me disse que....

Eu contei tudo por telefone, em seguida aguardei Louis que permaneceu calado por alguns segundos.

Eu estou mais que puto com essa vadia da Ashley, não interessa se ela é uma criança. Não tinha o direito de fazer isso com a minha filha, minha pequena é tão inocente, não tem culpa da nada”. Suspirou, ouvi um barulho de algo quebrando. “Mas vou dizer uma coisa, os pais dessa garota e a escola, vão ouvir. Eles mexeram com a criança errada, agora não vou responder pelos meus atos, porra!”

Concordei com um murmuro.

— Eu vou levá-la ao shopping, para irmos ao salão, nos distrair um pouco no parque. Quando voltar com Harry, estaremos prontos.

Tudo bem, eu ia pedir mesmo isso. Aposto que ela está muito ferida, arg, estou quase desmarcando a reunião que vou ter daqui a pouco... Olha, tem um cartão de crédito na mesinha do meu quarto, use-o.” Louis disse “Deixe-me falar com ela!”

— Só um minuto.

Subi a escada correndo, quase caí no chão, mas me equilibre. De frente para o quarto dela, vi Rubby, arrumando o short jeans e a blusa florida, ela me fitou com aqueles imensos olhos azuis, e sorri triste.

— Oi princesa, seu papai, Louis, quer falar com você!

Ela assentiu, pegando o telefone, dizendo “Oi papa”. Para deixar que eles tivessem uma conversa, juntei sua roupa suja, levando até o cesto que parecia um baú. Arrumei suas coisas, foi somente o tempo, até ela vir e me estender o celular, com um humor melhor, dizendo “O papai Louis quer falar com você!”.

— Então... – falei, encostando-me no batente da porta do closet.

Vou falar com o Harry, essa merda não vai ficar assim. É provável que ele vá te ligar para conversar com Rubby, só aguarde um pouco antes de saírem. Ah, vamos sair mais cedo, para ir na escola, ter uma conversa com a diretora e ver o que faremos.”

— Tudo bem!

Obrigado por avisar, e cuida dela. Por mim eu largaria essa porcaria aqui agora, para passar o tempo com ela”

— Ei, okay. Entendo que não pode fazer isso mas pode deixar que ela vai se divertir muito.

Tenho certeza que sim”

Desligamos a chamada, com um “Tchau”. Guardei o celular no bolso, vendo a pequena, na frente da sua penteadeira, olhando para seu cabelo, triste.

— E eu vou ficar sem meu cabelo, agora? – indagou, chorosa.

Sorri, lhe fazendo um cafuné.

— De jeito nenhum, vamos dar um jeito nisso.

-x- -x-

Dez minutos depois, Harry ligou, puto da vida quanto Louis ficara. Ele conversou com Rubby que toda hora, concordava com o que ele falava do outro lado da linha. Assim que eles se despediram, Harry falou comigo, dizendo que era para mim usar o carro reserva da família, que não tinha problema, já que eu tenho a carteira de habilitação em dia.

Me arrumei, indo com Rubby para o shopping, ela realmente se animou com a ideia, eu gostei de ver o sorriso no seu rosto.

Fomos direto para o salão, Rubby foi sentada na cadeira, parecia nervosa, mas eu disse que ela poderia confiar em mim, daria tudo certo. Segurando a minha mão, deixamos a moça fazer seu trabalho. Pedi para que ela deixasse Rubby linda, foi o que fez, agora a pequena estava com os cabelos na altura dos ombros com uma franja, as pontas foram feitos cachos. Rubby pareceu gostar muito e disse “Agora sou como a Mulan, quando ela cortou o cabelo dela... só que o meu não é cabelo preto, mais loiro, irmão Liam”.

— Você está linda, realmente! – Concordei.

Pagando o salão, agradeci a funcionária, indo até a lanchonete do shopping. Compramos algumas besteiras para comer no McDonald’s. Depois fomos para o parque, Rubby tirou a sapatilha, correndo para brincar no playground, fui junto porque ela não parava de me chamar. Depois de vários brinquedos, ficamos balançando no balanço até cansarmos.

Em seguida comprei um sorvete para Rubby e para mim, ficamos sentados de baixo de uma árvore, observando as pessoas a nossa volta.

— Sabe o que eu estava pensando, irmãozinho? – Rubby corta o silêncio, balançando a cabeça para arrumar a franja no seu rosto.

— O quê? – a encarei colocando o sorvete na boca.

— Agora que estou muito bonita, como uma princesa. Acho que o meu príncipe pode achar o mesmo!

Franzi o cenho.

— E ele estuda na sua escola? – tentei não parecer irritado com aquilo.

— Sim. O nome dele é Tom, ele é muito bonito!

— Humm...mas acho melhor você não pensar nisso agora. E os dois são crianças, a única coisa que eu posso permitir que sejam é Amigos.

Rubby gargalhou.

— Sim, é isso mesmo. O que pensou? – Rubby passou a língua sem jeito no sorvete.

— Não pensei nada demais.

Rubby volta a rir.

— Você é bobinho, irmão Liam!

— E é melhor você tomar esse sorvete, antes que derreta! – apontei para a casquinha.

Rubby deu de ombros. Desviei meu olhar para frente, vendo um grupo de garotas na minha frente, elas estavam rindo, aparentavam ter 19 ou 20 anos, uma delas estava de costas, cabelos longos e ondulados como os da Molly, na verdade a garota tinha a forma do corpo da minha irmã. Engoli em seco, ficando de pé, até a voz era igual.

Dei um passo a frente mas parei, quando a garota se virou, me encarando sem entender nada, em seguida sorriu. Não sei porque achei que fosse Molly, sabia muito bem, aonde ela estava...

Sorri de volta para a garota, voltando para o meu lugar. Estou começando a voltar com as minhas paranoias, não estou afim de voltar a tomar remédios controlados, melhor esquecer que isso aconteceu. E não contar para ninguém.

-x- -x-

De volta para casa, Rubby dormia no meu colo, enquanto eu a levava para a cama, foi um dia agitado para ela, mas ao menos conseguir fazer algo útil como deixar que ela se divertisse. Ainda bem, que hoje era sexta-feira, ao menos, amanhã ela não teria que lidar com a garota que lhe cortou os cabelos.

Depois de deixá-la na cama, fui para o meu quarto, tirando os sapatos e me jogando sobre o colchão Box. Fechei os olhos, aspirando o cheiro de amaciante do lençol e encarei a janela aberta por um tempo, após sentir meu celular vibrar.

Miles: Só mandei mensagem para confirmar seu número mesmo, também, para ver se não era calote.

MilesE como vejo sua foto no perfil, tenho a certeza que não me passou o número de outra pessoa...

Sorri, clicando na sua foto do perfil. Um tanto bonita, cujo parecia um modelo de capa de revista, se eu não o conhece pessoalmente, diria que aquele cara bonito cujo me chamou para uma conversa é um fake. Ainda bem que não é!

Eu: Nesse caso, poderia ser um amigo meu, usando uma foto minha, para parecer que sou eu mesmo....não acha?

MilesClaro, por que ia querer falar com um cara como eu? :-V

EuPois é! Um cara bonito demais, falando comigo, isso não parece ser algo certo...

Miles: Talvez o cara bonito, esteja querendo conhecer você ;-)

Eu: É o que veremos, amanhã (TT)

Mileskkkk certo, temos mesmo que conversar. Não tem problema, eu escolher o lugar, tem?

EuNão! Só não me leve a ópera, bem capaz de eu cair no sono.

Miles: Era uma das minhas opções, ainda bem que você me avisou (ironia)

Gargalhei e mandei a resposta:

EuClaro, bonitão!

MilesNos vemos amanhã?

EuEstarei esperando ansioso B-)

Desliguei o celular, o colocando sobre o meu peito. Não sei o que estou fazendo, se sair com Miles, é como iludir ele, se bem que, não estou pensando em algo a mais que uma ficada com ele. Nada de relacionamento sério, embora ele pareça ser um cara que posso investir tudo, sei que não estou preparado para àquilo, é melhor deixar que o tempo diga.

-x- -x-

Minutos antes do jantar

Quando deu o horário aproximado, do tal jantar, tomei banho e dei banho na Rubby, como sempre faço. Vestir algo comum: um jeans escuro, uma blusa azul escura, junto com uma jaqueta preta, no pulso coloquei meu relógio e no braço direito uma pulseira de ferro. Olhei para as minhas tatuagens, puxando a manga da blusa até o cotovelo. Já Rubby, estava mais encantadora: usava uma calça colada preta, uma blusa de manga longa do Mickey Mouse, nos pés estavam seu mais belo ALL star, branco, os cabelo loiros penteie deixando uma tiara preta com pedrinhas brilhantes.

Ao menos estamos prontos para o jantar.

Minutos mais tarde, quando ficamos na sala assistindo Moana, Harry e Louis chegaram.

— Daddy's! – Rubby correu na direção dos dois.

Harry a pegou no colo, a beijando no rosto.

— Que lindo esse novo visual! – Dizia ele, passando os dedos nas machas da sua filha. — Oi Liam!

— Olá! – balancei a cabeça.

Louis me encarou, apenas fiz um sinal positivo para ele.

— O irmão Liam, disse a mesma coisa.

— Ele não está errado, meu amor, você está maravilhosa! – Louis a beijou na bochecha. — Está melhor? – perguntou-a.

Rubby deitou a cabeça no ombro de Harry, colocando a mão sobre a barriga.

— Estou faminta! – fez beicinho.

— Vamos comer, eu e se pai, vamos nos trocar para ir a um lugar legal! – Harry fez algumas cócegas na barriga da pequena, que riu.

Louis lhe dá um tapa no ombro.

— Se ela ficar com dor de barriga, eu te mato!

— Ah céus! – Harry resmungou.

No meu canto, vi como ambos tinham a família perfeita. E como, daria tudo, para ter pertencido a ela, quando vim ao mundo, sabe, estar no lugar da Rubby e também com ela. Mas tudo bem, de certa forma, faço parte da família, Tomlinson-Styles.

-x- -x-

No banco de trás, Rubby e eu conversamos, sobre o filme que iríamos assistir amanhã quando acordamos. Embora na maioria das vezes, ela reclamasse que não chegávamos no restaurante nunca.

Não demorou para Harry parar o carro, na frente do restaurante caro, bem refinado, ele manobrou o carro e entregou a chave ao manobrista, dando a ele uma gorjeta. Louis pegou Rubby no colo, interlaçando seus dedos aos de Harry, fiquei ao lado dele, percebendo que recebíamos olhares e que também, ignorávamos. Após passarmos pela porta, vi que tocava uma música clássica como som de fundo, pessoas de auto porte, estavam nas mesas, o lugar tinha uma cor viva, como dourado e prata, candelabros como forma de iluminação, parecia mais um teatro mas sem palco e as cadeiras, não sei explicar. Só tinha a ver que esse amigo do Harry e Louis, era bem de vida.

Fomos até a recepção, Harry disse nossos nomes e a moça, indicou os nossos lugares, a mesa ficava na área VIP, próxima a uma piscina – exatamente, uma piscina – do outro lado do restaurante. As cinco cadeiras estavam postas e nos sentamos, um lugar muito bonito, não vou negar.

Harry sentou-se ao lado de Louis, Rubby a minha direita, eu fiquei entre a vaga cadeira ao meu lado esquerdo e ela.

— Então... – quebrei o silêncio — Quem é esse amigo, que nos convidou para o jantar?

Harry e Louis trocaram olhares suspeitos.

— O quê?

— Que bom que vieram! – ouvi uma voz familiar, logo atrás de mim.

Puta merda! Só pode ser brincadeira com a minha cara, não acredito!

Girei meu corpo, olhando para o Zayn, parado atrás de mim, com um sorriso de orelha a orelha. Ele usava roupas mais escuras que as minhas, com a diferença que estava com uma jaqueta de couro, nada de joias no pescoço ou nas mãos. De longe poderia dizer que é um motoqueiro, algo parecido com aqueles caras que saem para lugares perigosos atrás de brigas.

— Titio Zayn! – Rubby saiu do seu lugar, correndo na direção de Zayn e foi pega no colo.

— Pequena Rubby! – Ele rir, a beijando no rosto — Está com o cabelo novo. – estudou-a com o olhar — Linda como Sempre!

— Se continuar cantando a minha filha, serei obrigado a dar um soco na sua cara, Malik! – Harry comenta, levantando do seu lugar.

— Tenho respeito por ela, mas não por sua causa, mas de Louis. – Ele caminha para mais próximo a mesa, cumprimentando Harry com um tapinha nas costas, logo passando Rubby para o colo do pai dela.

Pisquei várias vezes, encarando Louis na minha frente, ele dava um sorrisinho descarado, como se dissesse “Falei que você não ia se sentir tediado nesse jantar”. Minha vontade era de dar na cara dele, mas não fiz isso, embora a vontade não faltasse.

— Louis! – Zayn encosta sua barriga na minha cabeça, quando se esticou para apertar a mão de Louis.

Meu corpo foi um pouco para frente, tenho certeza que ele estava fazendo àquilo para provocar. Não iria dar o braço a torcer. Ele se afasta, sentando ao meu lado da mesa, encarei o prato de porcelana chinesa na minha frente, para não ter que encará-lo.

— Oi Liam! – Sinto seu olhar sobre mim.

— Oi, Zayn! – Disse em um tom seco.

Fez se um silêncio constrangedor, com toda certeza queria voltar para a casa.

— Já fizeram os pedidos? – Ele falou, arrastando a cadeira discretamente para mais perto de mim.

Nada bom!

— Não, achamos melhor esperá-lo! – Harry responde.

— Muito bem, então, não temos para quê esperar mais! – Zayn apenas olhou para o lado, atraindo um garçom ate nós.

Ergui a cabeça, vendo o olhar divertido que Louis lançava para mim. Quase sussurro um “Idiota” para ele, mas o garçom erguia o Menu. O peguei sorrindo agradecido para ele.

— Eu quero pizza de chocolate! – Rubby fingia saber ler, apontando para a lista de comidas.

— Filha, não dá pra comer isso agora, tem outras opções. – Louis falou, rindo da careta que ela fez.

— E por que ela não pode comer, é só uma fatia...

Louis deu um tapa na barriga de Harry, olhando feio para ele.

— Não bate no papai Harry, ele vai ficar dodói! – Rubby balançou os dedinhos na direção de Louis — Que coisa feia, papai Louis!

— Desculpe querida, às vezes seu pai me tira do juízo. – Louis responde — Bem, vamos ver, aqui tem diversas opções de comidas legais... – Se juntou ao marido e filha.

Sorri, eles são uma família acolhedora. Sou muito honrado em fazer parte dela, ser tratado como filho.

— E o que lhe agrada na lista! – Zayn puxou assunto, mantendo seu olhar no seu cardápio do Menu.

Suspirei, encarando os vários nomes estranhos naquela lista. Eu não tinha muito luxo de comer coisas de ricos, mesmo que Harry e Louis sejam bens de vida, sempre levaram uma vida simples. Gostávamos mais de comer foodtruck do que nesses restaurantes finos. Mas Harry já nos levou em alguns, mais ainda sim prefiro os lanches de rua e comer em casa.

— Não sei, talvez um... – Vaguei o olhar pelos nomes da lista, procurando algum nome que conhecia e uma comida que já provei — Canapé.

Zayn esticou o seu corpo, para mais perto de mim, olhando para o meu menu.

— Uma boa comida, mas posso sugerir um prato? – Ele pergunta, para não ser grosso, assenti — Salmão e lagarto frito.

Fiz careta.

— Não sei se me parece bom. Sei lá...

Zayn rir.

— Ora, por que não prova? Peça para trazerem o Canapé junto, caso não goste. – sugeriu.

— Aí, meio que vou desperdiçar a comida.

— Então sugira uma para mim comer.

Arqueei a sobrancelha, o encarando.

— Aposto que já comeu todas essas comidas de... – olhei para os lados e diminuí o tom — frescos.

— Aposto que está errado. – Zayn me desafia com o olhar, ele estava mais legal, aquilo é bem estranho, estava atento, mas não contive o sorriso e encarei o Menu — Escargot.

O encarei sorrindo.

— Eu peguei leve com você.

— Desculpa, mas você quem pediu para me escolher. – Dei de ombros.

— Não vou comer lesma.

— Então, você acaba de perder uma aposta... – mordi os lábios, com um sorriso convencido.

Zayn ficou ereto no seu lugar, balançando a cabeça. Encara o garçom:

— Um Canapé, Rosbife para mim e – Zayn me encara e nego com a cabeça — Traga escargot para nós dois. – balançou os dedos, aonde apontava para mim e ele.

Não acredito que ele vai me fazer comer escargot. Eca!

— A bebida queremos vinho, um suco natural de manga. Tudo bem pra você Liam? – Zayn se vira para mim.

— É sim, não me importo de beber vinho.

O garçom anotou os nossos pedidos, indo até Harry e Louis.

— Não acredito que fez isso! – o encaro incrédulo.

— Pense que não será ram, ou que será o único e experimentar um prato novo. – Ele piscou.

— Acho que até Ram, seria melhor que comer lesma.

— Experiências novas, são importantes. Inclusive quando se trata de um prato. – Ele olha para Harry e Louis que ainda faziam seus pedidos e davam atenção a Rubby, em seguida se volta para mim sussurrando baixinho — Se prepare porque sua punição, será agora.

— Como?

Zayn desliza a mão até a minha perna que estava embaixo da mesa, acariciando-a, iria protestar mas Harry e Louis, estavam nos encarando.

— E como vai o novo projeto, Zayn? Fiquei sabendo que comprou uma escola de artes. – Harry comenta.

Sinto as mãos de Zayn subindo, lentamente para perto da minha virilha. Arrastei a minha cadeira para dentro o suficiente da mesa com pano. Minha sorte era que a mesa ficava do outro lado da piscina, distante das pessoas e o meu lugar, se encontrava próximo de uma parede de vidro escura com uma cortina vermelha, ao meu lado quanto o de Zayn, havia um jarro grande com folhas que nos tapava da visão de alguém, mais ou menos isso.

— Sim comprei. Acho que tem muitos jovens precisando de oportunidades, porque não investir? – Indagou, subindo ainda mais os dedos — Os negócios estão indo bem. Como sempre. – Ele sorri, nem parecia estar fazendo algo vulgar comigo — Também tive a grande surpresa de saber que o Liam estuda nela, uma das escolas de artes que pretendo expandir pelo mundo.

Zayn coloca a mão dentro da minha calça, massageando meu membro. Seu ato acaba me fazendo bater as mãos com força na mesa e atrair um olhar estranho de Harry e Louis.

— Tudo bem, Liam? – Pergunta Harry.

— Está, por que não estaria? – Sorri nervoso — Bem, eu meio, que não esperava que Zayn fosse tão....hum...direto assim.

Sinto ele começar a me masturbar, respirei disfarçadamente, me segurando para não gemer ali.

— Por que não nos contou? – Louis pergunta.

— Ah devo ter esquecido. – Baixei a cabeça mas logo a levantei. — De qualquer forma, estou terminando o semestre.

— Sério? – Zayn se vira para mim, massageando para cima e para baixo o meu membro ereto.

Queria descer as minhas mãos, para tirar as suas de mim, porém, não podia, meus movimentos seriam suspeitos. Apenas assenti com a cabeça, umedecendo os lábios.

— Ah, isso me fez lembrar de algo. – Louis deu um tapa na própria testa — Liam, conversei com alguns investidores, na próxima semana vou expor suas obras para vender na galeria, se concordar.

Com o cenho franzido, encarei Louis. Fechando meu punho, para que minhas unhas dilacerassem a carne da minha palma.

— Mas as minhas obras... Louis.... Não pode, elas não servem para nada. Nem mesmo para venda. Acho melhor escolher outro pintor....eu...hum...não sou profissional... – Disse tentando me controlar, a medida que Zayn movimentava suas mãos dentro de mim.

— Você sabe que pode tentar. Todos elogiam o que faz! – Louis insistiu.

— Está fora de cogitação.

— Por que não se dá essa chance? – Dessa vez, era Zayn quem falava. — Eu também tinha essa insegurança, um dia arrisquei e veja o que consegui. Liam, você não é diferente de ninguém, pode muito bem, vender muitas obras, não precisa fazer isso sempre, claro, tente ao menos agora. Se não der certo, você pode deixar esse assunto de lado.

— Eu... – Senti ele passar o polegar sobre a minha glande. Fechei os olhos, passando a mão na testa que soava em excesso, tudo estava em uma temperatura quente ali. Abri meus olhos, fitando Louis e Harry, assim como Rubby que esperam minha resposta.

Zayn não vai parar, ele está disposto a me torturar até o fim, quer testar até aonde levo meus limites.

— Posso pensar? – digo ao Louis.

— Tudo bem. – meu tio respondeu — Pense com carinho.

— Eu vou.

Rubby que estava calada, começou a reclamar.

— Aí, papai estou com fome! – Ela mostrou o beiço.

— Logo a comida estará aqui. – Harry responde — O que acha de irmos até aquele show de águas do outro lado? – sugeriu, para entreter a mesma.

— Podemos?

Harry assentiu.

— Oba! – Rubby desceu da cadeira, segurando a mão de Harry quando caminharam para perto das “aguas dançantes”.

Louis batucava os dedos sobre a mesa, olhando intercaladamente para Zayn e eu. Apenas contrai as pernas por debaixo da mesa, não queria mostrar a tensão que me encontrava ali. Meu tio olha para o lugar de Rubby, focando jaqueta deixada para trás.

— Harry é um lerdo mesmo. – Ele pegou-o — Depois ele vem reclamar que a Rubby está doente. Com licença!

Empurrando a cadeira para trás ele retirou-se da mesa.

Foi quando pude soltar o meu ar pela boca, em seguida levei a minha mão até aonde Zayn me tocava.

— Acho melhor não fazer isso! – Ele disse, me encarando — Agora que comecei vou terminar.

— Oh...tem que parar com isso! Estamos no meio de muitas pessoas... – O encaro em revolta.

— Isso deixa tudo, ainda mais excitante, não acha?

Continuou me tocando, mordi os lábios, tentando manter a compostura e não atrair olhares. Estava me contorcendo por dentro, soltando o meu pré-gozo sobre a calça.

— Por favor! Aqui não...

— Shiiii, babe, deixe comigo.

Agarrei o pano da mesa, quase gritando quando Zayn aumentou os movimentos, as pessoas que passavam por nós, ele sorria como se nada estivesse acontecendo, minha respiração começou a ofegar. Meu clímax estava próximo.

— Eu te odeio! – Gemi, mantendo o olhar no Harry e Louis, que se divertiam com Rubby.

— Goze para mim, sei que está chegando. E sua tortura logo chegará ao fim.

Fechei os olhos, deixando a cabeça tombar um pouco mais para trás. Minha barriga estava trêmula, Zayn subiu e desceu com a mão, atingindo meu limite de prazer.

— Mantenha-me informado. – Ele disfarçadamente, desce seu corpo para ficar embaixo da mesa.

— O que vai fazer? – o encaro abrindo o zíper da minha calça.

— Não quer ficar sujo, quer?

Neguei com a cabeça.

— Era o que esperava ouvir. – Ele sorri — Jogue a barra do forro, sobre seu colo. — com as mãos trêmulas, fiz o que ele pediu — Temos seis minutos, então se entregue e tudo vai acabar rápido. O garçom vai aparecer em quatro minutos, após isso, a atração da água vai acabar, seus tios vão voltar com Rubby, espero voltar para o meu lugar antes que isso aconteça. Se não der certo, seu cheiro vai inalar aqui nessa mesa.

Porra!

Zayn colocou a boca no meu membro, me chupando nos momentos finais. Suas mãos seguraram a minha perna, quando ele fazia todo o trabalho. Mordi os lábios, soltando gemidos baixos. Nunca fiz uma coisa dessas antes, era uma adrenalina de não querer ser pego mas que a qualquer momento isso podia acontecer.

Zayn foi preciso, sugando todo o meu membro duro, da minha boca saia palavras sujas e insanas. Olhei para cima, dentro do restaurante podia ver o garçom desviando das pessoas para vir até nossa mesa com os pedidos, desviei o olhar até Harry, Louis e Rubby, a atração da água estava no seu fim. E Zayn ainda estava embaixo da mesa.

Gemi e mordi os lábios com mais força, deixei me entregar ao momento, até que meu gozo é liberado, os lábios de Zayn ainda estavam no meu membro ele bebia meu líquido. Senti a minha respiração ficar ainda mais ofegante, estava suando de várias formas possíveis, voltei a erguer meu olhar, vendo que o garçom estava bem próximo da piscina. Zayn desvencilhou os lábios do meu pau, subindo a cueca e fechando a minha calça.

— Estão vindo! – Falei rapidamente.

Eis que ele surge ao meu lado novamente, um sorriso satisfatório estava esboço no seu rosto, o canto dos seus lábios estavam sujos, pela minha porra, olhei para o guardanapo mas Zayn passou a língua antes que eu limpasse o canto sujo.

— Você tem um gosto doce. – comentou.

Em seguida, o encarei boquiaberto, não sabia se estava revoltado ou se gostei daquilo. Fizemos algo errado mas eu me sentia bem, era estranho. Zayn selou nossos lábios rapidamente, voltando ao normal quando estamos cercados pelas pessoas de antes.

— Tudo certo por aqui? – Louis me olha com malicia.

— Maravilhosamente bem. – Zayn respondeu.

Deus, aonde fui me meter?

-x- -x-

O jantar foi repleto de diálogo, mas eu não falei muito, apenas poucas palavras. Não acredito que gozei no meio de várias pessoas. E que deixei me levar pelo Zayn.

Será que sou fácil demais?

Por isso ele estava fazendo aquelas coisas comigo?

Eu não sei, mas acho que alguma daquelas coisas eram. E bem, vou resumir esse fim de jantar como: muita tensão envolvida. No fim acabamos sendo obrigados a comer a lesma, o gosto era uma mistura aguada e mucosa, nojento demais e quase vomitei. Zayn, também fez o mesmo. Pelo menos disso, eu pude rir dele.

Em seguida, estávamos satisfeitos. Rubby começou a dar sinais de cansaço e Harry disse que era melhor irmos. Quase ergui a mão agradecendo. Após eles pagarem a conta, fomos para fora, dizer “adeus”.

— Obrigado, precisamos fazer isso mais vezes! – Louis abraçou Zayn, com um sorriso meigo.

— Com toda a certeza! – Ele me encara.

Encolhi os ombros, o fuzilando com o olhar.

— Depois, vamos marcar alguma coisa. Não deixe o trabalho acabar com você! – Harry lhe deu alguns tapinhas nas costas, afinal segurava Rubby sonolenta no colo.

Zayn balançou a cabeça.

E quando foi a minha vez, fiquei o encarando por um tempo, ele se aproximou de mim, de um jeito que quase me fez cambalear para trás. Sedutoramente, Zayn segurou na minha cintura e me abraçou.

— Foi bom ter você aqui. Até mais!

Disse e me soltou.

Não conseguir formar palavra alguma, apenas fui seguindo Louis e Harry. Ainda sentindo o olhar de Zayn sobre mim.

— Parece que o programa de hoje foi bom, em? – Louis comentou quando manobrista nos trouxe o carro.

— Cala a boca!

-x- -x-

Deitado na minha cama, depois de tomar outro banho. Fiquei olhando o teto, como se fosse uma obra de arte. Estava tentando esquecer do que aconteceu no restaurante, e no resto do meu dia. Harry e Louis, por incrível que pareça estavam dormindo antes da meia-noite. Na verdade, era esse horário agora.

Não estava sendo fácil, esquecer.... Isso é uma merda!

Quero entender quais as verdadeiras intenções de Zayn comigo, por que ele sempre está mudando de humor?

Virei para o lado, querendo esvair com esses pensamentos, quando recebo uma mensagem no celular de um número desconhecido:

Oi docinho, o que acha de dar uma olhada na janela do seu quarto?

Notas Finais

Então, o que acharam? 
Desculpe se ouve algum erro :-/ 

O que acham que vai acontecer? O que o Zayn Malik, está aprontando? Será que Liam vai mesmo vender suas obras? 

Hum.... 

Como estão vocês? 

Se chegou aqui, comente "Ziam na saliência" kkkkk 

Beijos e até o próximo capítulo ♥

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