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Arranha-Céu

Volteiii
Leiam as notas finais, ela explica a minha demora ♥

Momento Ziam ♡

——————— W R O N G ————————

Minhas janelas, estão quebradas

.........

Vá tente me derrubar 

Mas eu vou levantar

 como um arranha céu. 

— Demi Lovato — 


Voltando todos a ficarem na sala, eu me juntei ao Miles no sofá, não queria ficar no mesmo lugar que o Zayn, ele é um babaca, espero que depois do meu afastamento no curso, não tenha que olhar na sua cara. Vou estar trabalhando, assim espero, quero me ocupar quanto mais possível. Tendo que voltar morto de cansaço para casa e dormir, sair cedo pra ir para o trabalho, caso um dia ele venha fazer visitas aos meus tios. 

E isso não chegava a ser pior do que as olhadas que Louis me lançava, rindo da situação. Aquele puto desgraçado, não ligo se ele é um parente, tenho certeza que para ele pimenta no cu do outro é refresco. No caso o meu. 

Zayn, por outro lado ficava encarando ao Miles, percebi o quão incomodado ele ficava, sem contar que para essa merda toda Bethany ficava se esfregando nele e claro, Zayn a beijava, mantendo o olhar sobre mim. 

Aquilo era tão desnecessário, que estava jogando os bofes para fora, concluindo era melhor estar no meu encontro do que ali. 

— Ei, vamos parar de safadeza na minha casa. – Louis bradou, pela... Sei lá, quarta vez? Ou mais. 

Rubby ainda se distraía com os brinquedos, era bom – para não ter que ver certas coisas aqui nessa sala. Zayn rolou os olhos, me encarando – mais secando –, me ajeitei no sofá. Percebi que era o seu jogo para me deixar sem jeito. Infelizmente estava conseguindo, mas não por muito tempo, interlacei nossos dedos no de Miles. 

Aproximei-me do seu ouvido e sussurrei com os lábios no lóbulo dela. 

— Vamos para o meu quarto? Hum?! 

Vi os seus braços arrepiados, e ele assentiu. Aliviado com a sua decisão, eu me levantei ainda segurando a sua mão. 

— Lou, vou ficar no meu quarto até o jantar estar pronto, okay? 

Meu tio sorriu, balançando a cabeça como se eu tivesse feito algo ilícito. 

— Tudo bem. 

— Vai permitir que ele vá para o quarto com outro cara? – Zayn rosnava baixinho. 

— A vida é minha, levo quem eu quiser para o meu quarto. Se me dão licença, vou ficar a sós com Miles. 

O puxei para subir a escada junto a mim, não me importei com o falatório que veio do andar do andar de baixo. Era melhor que eu cometer uma loucura maior com Zayn, porque se ele pensa que esqueci a humilhação que ele me fez passar, está muito enganado. Enfim, ao menos os minutos que passarei aqui em cima, será menos estressante do que está no andar de baixo. 

Em silêncio, girei a maçaneta da porta e a empurrei para entrar, assim que fizemos tal ato, sinto as mãos na minha cintura, quando a porta está fechada. Minhas costas batem contra a mesma, Miles olha nos meus olhos, de modo delicado, passo os dedos entre seu pirceng, umedecendo os lábios. 

Miles tem cheiro de menta com chocolate, seus lábios ainda estavam inchados depois do beijo que lhe dei na sala. Passei a ponta no bíceps musculosos que tinha, em seguida olhei para os seus olhos claros. 

— Está esperando o quê para me beijar? – indaguei com um sorriso. 

Negando com a cabeça, envolve a mão ao redor da minha nuca, me puxando para colar nossos lábios. Fiquei na ponta dos pés porque ele era maior que eu, agarrei a sua cintura, roçando nossas pernas uma na outra, gemi quando suas mãos descem até minha bunda e deixam um aperto forte nela. Cambaleamos pelo quarto rindo da situação, ele é tão bom pra mim. 

De repente o beijo que estava lento, começou a fuçar urgente e apressado. Estávamos embolando nossas línguas a medida que meu corpo deitava na cama, suas mãos passeavam por cada centímetro da minha perna. Bunda. Calcanhar. 

Curvei meu corpo, sentindo os seus lábios sob meu pescoço, era abafado mais delicioso. Abaixei a manga da sua camisa e chupei seu ombro, sugando todo o sabor da sua pele. 

Olhei em seu pescoço aonde eu gostaria de deixar outro chupão, quando fiz isso vi algo familiar...

-x- 

Molly estava apagada ao meu lado, sangrando em excesso, antes que eu deixasse as minhas lágrimas desenharem cada canto do meu rosto, bati no vidro do carro, olhando para a pessoa que estava em pé do outro lado, que se permitiu se aproximar um pouco mais do carro. 

Ele tombou a cabeça para o lado, em seguida girou o corpo para se afastar, quando fizera isso, vi que para identificá-lo seria pela marca de nascença no pescoço. 

-x- -x- 

Se era paranoia minha ou não, bem, via a marca em seu pescoço. O que de imediato me fez se retraí. Foi um movimento abrupto que fez ele se afastar de mim com um empurrão que lhe dei com a mão sobre seu peito. 

— O que aconteceu? – Miles perguntou assustado. 

Mas o único que estava assim, era eu. Porque não queria acusar nada sem provas, isso estava de fora de cogitação. Muitas pessoas podem ter a mesma marca de nascença no pescoço. E foi a tanto tempo... Não sei porque essa lembrança ruim tinha que vir justamente agora. Podia ver o rosto mascarado bem perto de nós. 

Fitei os olhos claros de Miles, não conseguia falar nenhuma palavra. Apenas estava tremendo. 

— Eu estou me sentindo enjoado. – menti, sentando na cama. 

Ele se aproxima, esticando sua mão para poder tocar no meu rosto, mas me esquivei novamente e levantei correndo ao entrar no banheiro, trancando a porta atrás de mim. Me ajoelhei no chão, jogando tudo o que pude para fora, meu estômago doeu a cada movimento que fazia para contrair a barriga. 

De certa forma, acabei mesmo sentindo ânsia. As lágrimas saiam pois era somente ácido, queimando a garganta. 

— Liam está tudo bem com você? – Miles batia na porta do meu quarto. 

Alguns segundo depois, quando recobrei meus sentidos e dei descarga no vaso, fechei a tampa. Colocando a cabeça entre as pernas. 

— Eu, peço que desça, porque devo demorar um tempo aqui. – gritei com a voz quase falha. 

— Tem certeza? Não quer que eu chame alguém? 

— Não, por favor, ficarei bem. – respondi. — É só um mal estar. Logo passa, eu tenho que escovar os dentes. 

Por alguma razão eu quis ficar sozinho. 

— Tudo bem, vou te esperar lá embaixo. 

Ouvi os seus passos se afastando e a porta sendo fechada. 

Abracei as minhas pernas, balançando o meu corpo para frente e para trás, deixando as lagrimas caírem, aquele acidente ainda mexe comigo. Eu me sinto culpado pela morte da minha irmã e daria tudo para estar no seu lugar agora, morto porque tenho certeza que as pessoas sentiriam menos dor. 

Olha para aonde estou agora, quanto mais choro, mas me sinto dramático, deve ser isso que as pessoas devem achar que sou, ou que faço. Eu nunca fui aquele que conseguia o que estava sempre lutando, eu chorava todas as noites por causa disso. Quando a Rayven se aproximava, dizia que era drama da minha parte. 

Por mais que eu saísse para encher a cara, sempre era aquele que não me divertia, porque acreditava que minha vida era movida por um drama meu, esse que me persegue e que está envolto de mim, nesse momento em choro no banheiro. Até as crianças são menos chorosas que eu, até mesmo quem sofre não chora tanto quanto eu. 

Vem do nada, sabe? 

Estou bem, sorrindo para alguém, vivendo um momento bom quando de repente, esse drama me ataca, só que ele é diferente, não quero chamar atenção por causa disso, dessa vez não, na infância sim, porque ninguém ligava para mim. Eu tinha que forçar a barra, embora fosse o mesmo que nada, sempre estava sendo chamado de “Fresco”. Ao longo do tempo, vim mudando isso. Ficando mais na minha, quando se trata de chorar e sofrer no meu canto. Mas voltando ao que estava falando, esse meu drama é diferente, se trata de insatisfação comigo mesmo, eu tenho ódio de mim mesmo. Por tudo que sou. 

Tenho que pedir desculpas, para a criança retraída que chorava porque não sentia-se amada pelos pais e que dizia a si mesma que inverteria o “jogo”, estou gritando com ela agora, mostrando o merda que me tornei, me pergunto se ela ainda sente orgulho do que me tornei. Mas tudo o que ela sabe fazer é chorar, eu também, só consigo fazer isso. 

E não se trata de um passado, mas de um presente que não quero que venha me levar para o futuro. Porque, estou cansado mentalmente dessas coisas acontecendo comigo. 

Sei que existe os Styles e Rubby, mas quando você está quebrado, não quer que eles quebrem ou veja se quebrar. E dói, porque acredito que isso seja o inicio de uma depressão. 

Olhando para os meus braços, derramo mais algumas lágrimas, eu não queria sair daquele quarto, não queria ter que encara as pessoas no andar debaixo, porque elas vão vir me questionar sobre o que está acontecendo, mas eu não quero dizer. 

Ainda mais porque o Louis sabe, Harry também. 

Voltei aos meus pensamentos aonde o cara da tatuagem, me encarava e sumia, o cara que matou a minha irmã. Que me faz se sentir culpado todos os dias e além disso, me fez odiar a mim mesmo. 

Levantei desgostoso de tudo, sequei as lágrimas olhando para o meu reflexo, ele negava com a cabeça, apontando para mim e dizia: “Acabe com isso, seu merda”. 

Talvez ele e estivesse certo, talvez seja hora de acabar com toda essa brincadeira. 

Sem ânimo, abri a porta do banheiro, arrastei meu corpo mole – sendo influenciado pelo meu cérebro a ir para fora do meu quarto, eu ainda estava chorando, mas baixinho para ninguém ouvir. Sentei na madeira do corrimão da escada, que ficava alguns metros do chão. 

— Desculpa Louis, Harry...pequena Rubby por isso. – neguei com a cabeça. — Que eu me quebre da pior forma possível. 

Fechei os olhos, sentindo o meu corpo apertar, fui soltando a mão direita e o vento soprou mais forte, eu não precisava fazer mais dramas depois do que for me acontecer ali. 

— Liam! – Ouvi a voz de Zayn, ele estava subindo a escada. 

Meu desespero aumentou, acabei me assustando com a sua presença, soltando as duas mãos, meu corpo foi para frente, e dessa forma, o baque fora forte, senti como se todos os meus ossos do tórax fossem insistentes. Minha boca cortou a medida que entram em contato com os dentes. 

Não me movi porque estava tudo doendo, meus olhos fitaram os pares de sapatos na minha frente, foram substituídos por uma calça, eu sabia que era Zayn.

— Por que estava tentando se jogar? – Perguntava. 

As lágrimas caíram do meu rosto, ainda estava fraco, quando as pessoas se aproximaram. Dessa vez Louis pediu para Niall e Jane cuidarem para que a Rubby não me visse.

Harry estava do meu outro lado, perguntando o que aconteceu, quando aflito Zayn respondia sua pergunta. Atrás dele a tal Bethany fazia um “O”, com a boca. Apenas fui fechando meus olhos, devido a fraqueza. Senti a mão gélida de Zayn segurando meus dedos antes de apagar. 

-x- -x- 

Será que ainda sou problema? 

Estou em um campo, apenas normal e sem árvores. Eu estava sentado debaixo de uma árvore, olhando para o nada. O vento soprou tão forte que meus cílios balançavam. Me sentia apaziguado e bem, embora quisesse chorar. 

— Você quase se mata, não é? – ouço a voz feminina da minha irmã. 

Dei um pulo, vendo-a com um belo vestido de algodão bem fino amarelo claro, bem apagado, descalça caminhava pela mata, enquanto os cabelos castanhos voavam para trás. Eu deveria estar em algum sonho, cujo não quero acordar. 

— Tem que acordar, existem pessoas que te amam. – falou sorrindo, parando na minha frente. — Estou bem Liam, mas preciso que você volte para casa. Para aonde deve estar e levante, não caia mais. 

Ela tocou no meu rosto, podia sentir o cheiro do seu perfume de baunilha e morango, cujo eu amava aspirar. Tão real que eu toquei na sua mão. 

— Não me deixe voltar. Por favor... Estou melhor aqui. 

— Shiiii... As coisas irão mudar. Eu te amo irmão.

Molky havia sumido, toda a paisagem sumiu, eu me encontrava no escuro, andando sobre uma poça de água, cujo me levou até uma porta branca. Atrás estava uma luz forte que plantou uma curiosidade para mim abrir a porta. 

Foi quando recobrei os meus sentidos, e meus olhos estavam abertos, tudo ainda permanecia escuro, devia ser noite ainda, andei com o meu olhar ao que estava ao meu redor: uma mesa com balões e flores, rosas vermelhas, eram muitas, até mesmo um exagero delas. Desenhos perto do meu braço que deveriam ser da Rubby, havia uma poltrona vazia ao meu lado, as cortinas bailavam de modo sincronizado. Estava com a perna engessada, no meu tronco eu podia sentir a faixa enrolada, assim como agulha no meu braço, que ligava ao soro quase acabado ali em cima. 

Com delicadeza, puxei os cartões de Rubby, eram cinco ao todo. Com desenhos aonde ela e eu estávamos de mãos dadas, Harry e Louis no fundo – bem os bonecos indicavam que eram eles –, e um dos últimos ela havia me escrito algo: 

Irmão Liam, 

Eu quero que fique bem, estou com saudades de brincar de mão de gancho com você. 

Ei, papai Louis disse que poderíamos desenhar no gesso da sua perna, vai ser legal =) 

Te amo, irmão. 


Abracei aquela pequena carta contra o meu peito. Não vou ter cara para olhar para o Louis, Harry e Rubby. Talvez depois desse acontecimento eles estejam repensando sobre ter a minha guarda. Porque, quem é que vai querer alguém problemático como eu? 

Vou entender a decisão deles, sendo essa. 

Não acredito que tudo isso é por causa de um acidente, um trauma que brinca com o meu psicológico. Vem me destruindo como uma pequena fagulha que causa um grande incêndio quando entra em contato com um tecido, móvel ou madeira. 

Sou essa fagulha na vida das pessoas, me sinto tão... Maldoso por fazê-las sofrer. 

“Então não faça.”

Como se fosse fácil com todos esses anos, carregando essa dor e ainda não descobri quem teve a audácia de fazer isso com a minha irmã, ou por que fazer isso com ela? 

Tenho um suspeito mas não tenho a certeza que possa ser mesmo ele, pode ser paranoia minha, como também não. Estou confuso, frágil e pela primeira vez na minha vida, com medo. 

Com esses pensamentos flutuando pela minha mente, ouço passos vindo até o quarto, fecho os olhos, pois ainda não estava preparado para ver alguém. Tombo minha cabeça para o lado, mantendo como deveria ter estado antes. A porta é aberta e fechada, o passo era pesado e cuidadoso. Mordo a bochecha quando sinto o cheiro de mais flores, sendo posta perto de mim. 

Em seguida uma respiração perto, com hálito de menta e cigarro, perfume masculino bem gostoso de se aspirar. Após isso, uma mão gélida que tremia segurou a minha mão, fazendo com que eu me segurasse ao máximo para não me mexer. 

— Hoje é quarta-feira, faz apenas quatro dias que eu consigo comprar o segurança pra poder te ver quando todos não estão aqui. Mas vale a pena. – aquela voz eu reconhecia até no mais profundo sono. Era Zayn. — Queria entender porque quis fazer aquilo, doce. Tentei formular algumas coisas, elas me levam ao Miles, cujo foi o único a estar com você antes do ocorrido. Quando eu o vi em lágrimas e se jogando do andar de cima, depois de Miles descer sozinho e se juntar a nós, tive que socar a cara dele. Porque pode ser que o motivo seja ele, certo? 

Ouve uma pausa, ele parecia estar puxando a poltrona para ficar mais perto de mim ou da cama. Mas suas mãos não soltavam a minha. 

— Fui um babaca com você quando lhe disse aquelas coisas, mas é de natureza minha, eu juro que estava tentando te afastar de mim e quando isso acontece, inevitável é não querer me aproximar. Sabe por que? – Zayn acaricia minha mão com seu polegar. — Porque no passado, eu era casado com uma grande mulher, isso é verdade. Tínhamos uma vida boa, até eu descobrir que ela havia me traído por ao menos um ano, eu fiquei com ódio Liam, muito ódio. Brigamos feio nesse dia, mandei ela ir embora de casa, mas ela estava revoltada porque não daria parte das minhas coisas a ela. Foi nesse momento em que veio para cima de mim, segurei seu punho e mandei-a parar de agir como uma doida varrida, cambaleamos pelo andar de cima. Como você, ela desequilibrou caindo lá de cima, com a diferença que havia algo pontudo em baixo, atravessou seu corpo. 

Silêncio, seguido de um suspiro melancólico. 

— A polícia apareceu na minha casa, após os vizinhos ligarem dizendo ouvirem uma gritaria na casa ao lado. Fui preso, porque ninguém quis acreditar na minha versão, na verdade permaneci apenas duas semanas, com meu nome em todos jornais e revistas. Mas na minha casa há câmeras internas e externas, os polícias assistiram tudo e me liberaram como inocente. A minha sorte fora as filmagens. O ruim, foi conviver com uma culpa até agora. 

Somos iguais em alguma coisa. 

— E eu prometi não amar novamente, porque não queria machucar e não queria ser machucado. Mas tudo mudou quando você apareceu, para mim foi o lugar errado de se estar, porque você é diferente de todos. Me mostrou que por estarmos juntos, não queria dizer que era real. E eu procurei fazer o mesmo. – falou com a voz embargada. — Contudo vendo que não posso fugir disso, estou aqui pedindo para abrir esses olhos, serei um cara melhor pra você, porque Liam, eu não sei, só não quero sair de perto de você. 

As lágrimas se acumularam dentro dos meus olhos fechadas, estava com tantas que as senti escorrendo pela lateral do meu rosto. Então, abri os meus olhos, fitando Zayn de cabeça baixa, apertando meus dedos. Acabei fazendo o mesmo que ele, atraindo seu olhar assustado quando percebeu que não era o único acordado ali. 

— Oi! – foi o que eu consegui dizer fungando. 

— Oi, como você se sente? – sei que Zayn estava segurando a vontade de mostrar seus sentimentos, pois sua voz estava diferente. 

Limpei as lágrimas que escorreram. 

— Eu estou vivo. – foi a minha resposta. 

Ele sorri sem mostrar os dentes, em seguida tenta soltar nossas mãos mas não permito que faça isso. 

— Por favor... – neguei com a cabeça — Não é o único que tem um passado que afeta seu presente. 

Zayn franze o cenho, ficando de pé. Antes que ele pensasse em fugir por aquela porta, pelo fato de eu ter ouvido tudo o que me disse, começo a contar sobre o meu passado: 

— Tinha uma irmã, Molly Payne, ela era tudo o que eu mais tinha nesse mundo. Porque meus pais não gostavam de mim, era como se eu fosse um fardo na vida deles, com o passar dos anos, Molly conseguia preencher um vazio no peito, até o dia que a levei para sair, nos divertimos muito. E.... – contei tudo detalhado para ele, do começo ao fim, não parei de falar e Zayn, ouvia tudo com atenção. — E aconteceu o acidente, ela ainda estava viva, embora machucada como eu. E tudo seria diferente se o cara mascarado não tivesse aparecido e atirado contra o seu peito. Não sei por qual motivo, não tínhamos inimigos, ela não. Só sei que após me sentir culpado por tudo, não tenho mais descanso. 

Desviei meu olhar para o céu nublado com algumas estrelas. 

— Evito me envolver com alguém porque acredito que não deva ser amado, não mereço isso. – meus olhos encontram os seus. — Porque me sinto sujo, todos os dias. 

Zayn nada mais disse. 

Tudo o que ele fez foi juntar nossos lábios, a pressão que os seus faziam sobre os meus eram envolvidos por uma maciez e cuidado. Minhas lágrimas deixaram o beijo salgado até o momento em que Zayn pediu passagem com a sua língua, de modo que tudo passou a ficar doce novamente. Pela primeira vez, não tive medo de achar que era errado beijá-lo como agora. Seu corpo estava curvado, quando sua mão segurava meu rosto. 

Na minha mente, veio uma música, a letra dela: 

Eu não estou pedindo uma segunda chance

Estou gritando para que ouça minha voz 

Me dê razões 

Mas não dê uma escolha

Porque eu só cometeria os mesmos erros 


E talvez no domingo que nos conhecemos 

E talvez conversamos e não apenas falamos

Não fizemos promessas 

Porque não vamos manter as promessas 

A minha reflexão é errada para mim 

E aqui vamos nós 


Deitei minha cabeça para o lado, quando ele foi para o oposto, mantive meus dedos segurando sua cintura, inclinei minha cabeça, para aproveitar ainda mais dos seus beijos. Dessa vez não era um beijo violento como os outros, era um beijo que trazia sentimentos. Porque tive a completa certeza que acabei nutrindo um sentimento por Zayn. 

Fomos ficando sem ar, separando nossos lábios de vagar em meio a selinhos, Zayn voltara para a sua posição normal voltando a segurar minha mão. 

— Vou te dizer uma coisa, apesar de qualquer coisa que tenha acontecido na sua vida no passado, Liam, isso não lhe da o direito de pensar que não deva ser amado. É uma pessoa incrível, mostrou muito bem isso. Se não merecesse, Harry, Louis, Rubby e...eu. Não o amaríamos. – ele sorri triste. — As coisas irão mudar. 

Meu coração disparou, lembro da Molly falando a mesma coisa, no meu sonho ou em qualquer dimensão que fui parar. Prendi todo o meu ar, sem saber como reagir a isso. 

— M-Mudar como? 

— Eu não vou mais fugir, peço que também não faça isso. – disse Zayn olhando nos meus olhos. 

Preciso que você levante e não caia mais”, foi que a minha irmã pediu. 

— Tudo bem. Você me deu razão para isso. – suspirei — Posso pedir uma coisa agora? 

— Se for o que eu estou pensando...

— É exatamente o que está pensando. 

Ele me beijou novamente. Gosto dos beijos do Zayn, de sugar toda a carne dos seus lábios para a minha. O modo como ele sabe conduzi-lo. 

Com a mão envolta da sua nuca, eu me permiti sorri. 

— Todas essas flores, você as quem trouxe? – Perguntei, olhando para os arranjos espalhados no quarto de hospital. 

— A maioria, duas foram do Harry e a outra do Miles, mas como eu foi quem as pegou, acabei dando para uma senhora que passava por mim. 

Soltei uma risada fraca. 

— Então esse é você, quando não é muito malvado. – constatei. 

— Sim. E esse é você, quando não está me odiando. 

Balancei a cabeça. 

— Deita aqui? – Apontei para o canto vago da cama. 

Zayn não pestanejou, tirando os sapatos e se juntando a mim. Suas mãos abraçaram minha cintura. Enquanto apoio a mão, no seu tórax, fechando os olhos, pois ainda me encontro cansado. 

— Liam, me promete uma coisa? – ele questiona. 

— O que? 

— Não tente mais fazer nada contra si mesmo, sabe? Doeu ter a sensação que nunca poderia vê-lo. 

Esquivei minha cabeça para encará-lo bem nos olhos. Estava plantado ali naquele olhar o medo perda. Mordi os lábios, sentindo-me mal por isso. 

— Eu não vou, desde que permaneça aqui comigo. 

— Não está mais nos meus planos deixá-lo. 

Sorri satisfeito. 

— Será diferente agora. 

— Será. E vamos cuidar de você, eu vou. – sinto seus lábios beijando o topo da minha testa. 

-x- -x- 

— Embora eu queira te matar, não vou fazer isso porque eu te amo demais. E por favor.... NUNCA MAIS NOS DÊ UM SUSTO DESSES.  Fiquei os quatro dias chorando de preocupação. Rubby fora quem estava cuidando de mim, ao invés de ser o contrario. – Louis bradava comigo, achei que no começo ele fosse me bater, e eu bem que merecia. 

Fiz alguns exames no corpo e o doutor me indicou um psicólogo (a), para trabalhar esse meu trauma, porque Louis acabou deixando passar quando estava desesperado explicando meus motivos de me jogar de uma altura daquelas. As sequelas foram apenas o osso do tórax inflamado, mas com os antibióticos não sentiria muita dor, junto com a perna direita quebrada e uma das mãos enfaixadas. Pela minha sorte, minha cabeça não fora afetada. Como meu estado não era grave, acabei sendo liberado mais rápido. 

— Se cuide rapaz, ainda é jovem demais para perder uma longa vida. – foi o que escutei do doutor. 

Ele estava certo, todos a minha volta estavam. Depois de passar a noite dormindo com Zayn na cama de hospital, lembrando da nossa conversa, de me sentir amado verdadeiramente, vou tomar cuidado comigo mesmo por eles. 

Louis me guiava para fora do quarto na cadeira de rodas que eu estava. Algumas vezes, agindo como uma criança atentada, ele corria pelo corredor com a cadeira, uma dessas vezes quase caímos. Harry levou Rubby para a escola, então nenhum dos dois puderam vir. Mas tudo bem, quando chegar em casa, iria vê-los. 

E Zayn... Bem, antes de sair antes que o pegassem ali, me beijou e disse faríamos uma coisa legal, confesso que estou ansioso. Tivemos que colocar todas as flores no carro, foi engraçado, ouvir Louis reclamando: 

— Só me falta chegar em casa e ela está composta por um jardim feito pelo Zayn. – resmungava colocando o buquê no banco. — Espero que fique com ele, Liam, porque se não enfio essas flores, você sabe aonde. 

No estacionamento, com a ajuda dos enfermeiros, entrei no carro e fui embora com Louis. Era bom estar de volta, sentindo Menos dor interna do que antes. Minha cabeça estava apoiada na janela, enquanto observava a rua de Londres. 

— Me diga o verdadeiro motivo, de ter cometido aquela loucura. – Louis me encarou, quando o sinal ficou vermelho. — Tem haver com o Miles? 

Será que sou óbvio demais? 

Primeiro o Zayn, depois o Louis, aposto que metade das pessoas pensavam que era mesmo ele o que causou um holocausto maior dentro de mim. Talvez possa ser. Mas não tinha provas, além de uma passagem de tempo na minha cabeça. 

Contudo não poderia mentir para o meu tio, eu o preocupei demais. 

— Estava o beijando quando fui para o quarto, vi uma marca de nascimento que despertou uma lembrança do acidente. Relacionada ao cara que atirou na Molly. 

Louis abriu a boca e fechou ao mesmo tempo. 

— Desconfia que Miles, seja esse cara? 

— Ta aí, eu não sei dizer. Porque qualquer um pode ter essa marca. Mas confesso que eu senti medo, dor e ódio. Pedi para ele descer, quando percebi o que eu lembrei. Lou, acho que estou com mais medo do que antes, sabe? – segurei a minha mão e apertei. — Parece que o acidente me deixou vulnerável ao passar dos anos. Eu não era assim, enfrentava meus problemas, hoje ou fujo ou tenho medo deles. 

Desabafei me sentindo tão dramático. 

— Mas não está sozinho nessa, okay? – meu tio segurou a minha mão sorrindo. — Nossa família, Harry, eu e Rubby, vamos cuidar de você. E o seu Zayn. – piscou para mim. 

Dei uma risada nervosa. “Meu Zayn”, isso soa tão possessivo. Coisa que eu não era, mas o senhor Malik....

— E sou grato por vocês, não desistirem de mim. 

— Não vamos cometer esse erro. Precisamos que você também faça sua parte. 

Assenti. 

— Quanto ao Miles, diga que precisa de um tempo, que anda cansado e quando se sentir melhor, que irão conversar. Vai até ser bom, porque poderá descobrir o que realmente está se passando na sua cabeça. 

Me senti tão mais leve conversando com Louis, de fato, as coisas serão melhores daqui para frente. Movendo-me com cuidado, o puxei para um abraço desajeitado. 

— Saiba que eu te amo, me desculpe. Por tudo. 

— Tudo bem, eu te amo. Vamos esquecer o que aconteceu e focar no que está por vir. Sim? 

— Está certo. 

Recebi um beijo na testa. 

Assim que nos separamos, ouvimos as buzinas e as pessoas xingando. Louis que não tinha muita paciência, se virou dizendo: 

— PEGUEM ESSA PORRA DE BUZINA E ENFIEM-A NO CU! – fazendo um gesto obsceno com o dedo, ligou o motor e fomos para casa. 

-x- -x- 

— Olha quem o espera! – Louis girou o volante para entrar na garagem, sorrindo com malicia para mim. 

Zayn estava com as costas apoiada no seu carro, com os braços cruzados e mais um buquê de flores para mim. Ele estava lindo com aquela roupa: camisa branca, escrita com letras azuis “I do It Right”, calça preta com o rasgo no joelho, um sapa tênis quadriculado, como pingente do seu colar, as asas do Batman. Fiquei sem ar, apenas por o encarar. 

Ele andou até nós, vindo para a minha porta e a abriu. 

— Oi! – Sorri e sela nossos lábios e os puxa com os dentes 

— Humm.. – Louis murmurou saindo do carro — Zayn, da próxima vez, vou pegar as flores que trouxe e enfiar na sua bunda. Demorei um ano para colocar no carro. 

— É porque não viu na sua casa. – Ele fala. 

— O QUÊ? 

Meu tio correu para dentro. 

— ZAYN, SEU VIADO! 

Fiquei rindo no banco do carro, Louis ficou mesmo revoltado. Mas parei quando Zayn voltou a me encarar. Minhas bochechas coraram, sabia disso porque estava aquecido. 

— Tulipas para você. – me esticou o buquê. Os peguei inalando o perfume que elas exalavam. — Como vai sair daqui? 

— Tem uma cadeira de rodas no porta-malas. – apertei o botão do carro, que automaticamente, abriu o porta-malas. 

Zayn foi até lá, puxando a cadeira e a abrindo. Gritou um: “Pode fechar”, assim fiz. Depois ele me ajudou a me sentar nela, batendo a porta do carro. 

— Pronto para sair? – pergunta empurrando a cadeira. 

— Vamos sair? – dei uma risada. 

— Vamos. 

Ele parou, agachando da minha frente. 

— É claro, que se você quiser. 

Mordi os lábios, tocando no seu queixo com a mão boa. Me esquivei e juntei nossas bocas e iniciei um beijo calmo. Quando ficamos sem ar, beijei a ponta do seu nariz. 

— Ainda tem alguma dúvida? 

— W R O N G — 

Notas Finais

🚫 Motivo da minha demora... Estou sem internet, infelizmente aonde estou morando não tem sinal e isso complica :-( 

But, eu vou mudar novamente, talvez nessa casa nova possa ter sinal para instalação do aparelho. Por isso peço desculpas por tudo ♥ 

🚫Como terminei uma história Larry, Wrong está programado pra ser postado toda sexta-feira, fiquem ligados ;-) 

🚫Caso eu demore será por causa da internet mesmo... 

🚫 Wrong está perto do fim, sim, estava tudo planejado desde o começo de ser uma história pequena. Mas ainda tem muita coisa pra acontecer, vamos aproveitar♥♥ 

🚫Ziam juntos, estava na hora de ver esses dois assim ♥♥ E quanto ao Miles.... Hauahua não figa nada, pois vou acabar estragando everything... 

🚫Como estão? Gostaram do capítulo? Como acham que será esse passeio Ziam? 

Se você chegou aqui, deixe: "Stay Strong Liam", porque ele merece, tadinho do boo, as coisas serão melhores ♥ 

All the Love, A.♡

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