Foi só uma vez
Voltei com mais um capítulo pra vocês e já aviso... COLETEEEEE
Brincadeira 😂😂😂
Está bem tranquilo, reta final da primeira temporada, mas ainda temos bastante capítulos.
Prestem atenção nas passagens de tempo. 👀
Boa leitura e comentem pfvr 😍
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Três Meses Depois
Pov Camila
Silêncio, desde ontem tudo que escuto da Lauren em casa é o silêncio, isso porque minha menstruação desceu pela primeira vez desde que a Beah nasceu e tive uma cólica terrível. Eu cheguei do restaurante doida pra dormir um pouco, mas ela veio me beijar e brincar me cantando como sempre faz, algo bem normal. Mas eu já estava irritada por causa cólica, meu peito cheio e o cansaço, acabei sendo super grossa com ela e agora ela nem deixa eu me aproximar direito.
Ela não me ignorou ou me largou falando sozinha, mas se fechou no mundinho dela e passou a noite jogando vídeogame, hoje quase não falou comigo, o que geralmente acontece porque ela não gosta de discutir ou falar quando fica com raiva. Hoje ainda não tivemos um momento pra conversar por ela ter passado boa parte da manhã treinando e agora nossos pais chegaram pra passar o dia com a gente. Já tínhamos combinado deles virem passar o sábado com a gente, só não imaginava que a Laur estaria bolada comigo.
Tem meia hora que Lauren está jogada no tapete da sala com a Beah e a Sofi, elas estão jogando vídeogame enquanto minha irmã reclama por perder. Clara estava na cozinha com minha mãe, elas resolveram cozinhar e como eu não estou no clima de fazer nada hoje, deixei as duas. Meu sogro está na varanda conversando com meu pai e eu aqui no quarto terminando de me arrumar, tentando esconder as olheiras por não ter conseguido dormir direito, odeio brigar com a Lauren, sempre fico sem dormir.
-Filha? (ouvi minha mãe chamar dando batidinhas na porta)
-Oi, mama. (disse e ela entrou no quarto)
-Você está bem? (ela perguntou e neguei sorrindo fraco)
-Não muito, a Laur está chateada comigo desde ontem à tarde. (disse e ela assentiu levemente)
-Quer me contar? (ela perguntou e assenti sentando na cama)
-Eu fui super grossa com ela, ontem essa merda de menstruação desceu e sabe que eu fico um porre de tão insuportável, né? Mas como é a primeira vez desde que eu engravidei, acho que meus hormônios ficaram muito descontrolados e eu acabei descontando nela. (disse e ela assentiu me olhando)
-Pediu desculpas? (ela perguntou e neguei levemente) Então pede.
-Esse que é o problema, a Laur se fechou no mundinho dela e virou a noite jogando vídeogame, hoje eu até ia tentar falar com ela, mas ela treinou até a hora que vocês chegaram. (disse suspirando frustrada e ela assentiu)
-Ela está fugindo? (ela perguntou e meneei a cabeça)
-Não exatamente, mas a Lauren não fala quando está com raiva, ela se fecha e fica assim até se acalmar. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Ela está te ignorando? (ela perguntou e neguei suspirando)
-Não, ela só não deixa eu me aproximar de um jeito mais carinhoso. (disse guardando a maquiagem)
-Você conhece ela mais do que qualquer um, tenta achar um momento que ela não esteja tão fechada e pede desculpas por ter sido grossa. (ela disse e eu assenti suspirando)
-Tem horas que eu preferia que ela fosse estourada, falasse quando está com raiva e a gente resolvesse logo. (disse indo até o banheiro)
-Com raiva ela gritaria e sabe que a Lauren nunca levantou a voz pra você. (ela disse e eu ri fraco)
-Eu sei, nem quando tem jogo dos Lakers ela grita. (disse e ela me olhou supresa)
-Sério? (ela perguntou e eu assenti rindo fraco)
-Uhum, eu não sei o que é ouvir a Lauren gritar, nem quando o time vence. (disse e ela negou rindo fraco)
-Eu pensava que ela nunca tinha gritado em discussão, o que é muito bom pra ela porque não criei filha pra ninguém gritar, mas nem quando o time vence... Isso é meio surreal. (ela disse e eu ri assentindo)
-Argh!... Eu quero minha ogrinha de volta, mama. (choraminguei e ela me jogou uma almofada) Ai, mama!
-Vai falar com a sua mulher, essa cara de cu me irrita demais. (ela disse e revirei os olhos)
-Eu vou falar com meu pai. (resmunguei fingindo e ela gargalhou)
-Bato em você e nele, anda logo. (ela disse e saiu do quarto)
Saí atrás dela e desci encontrando Sofia e minha mãe brincando com a Beah que dava aquela risada gostosa e segui para a cozinha. Entrei no cômodo vendo Lauren apoiada na bancada jogando vídeogame toda concentrada e com aquele biquinho fofo nos lábios. Me aproximei recebendo seu olhar e mordi o lábio nervosa, sabia que tinha vacilado com a minha ogrinha, e mesmo que estivesse com o maior dos problemas, ela só quis me dar carinho e eu fui uma idiota.
-A gente pode conversar? (perguntei e ela deu de ombros)
-Fala. (ela disse colocando o vídeogame na bancada)
-Eu queria falar sobre ontem. (disse me aproximando e ela riu fraco)
-Relaxa, eu não vou mais brincar daquela forma. (ela disse e segurei sua mão)
-Não é isso, Amor. (disse e ela virou o rosto com um biquinho)
-Então o que foi? Eu fiz alguma coisa pra você, Camila? (ela perguntou e neguei rapidamente)
-Eu estava cansada, com o peito cheio, a minha menstruação desceu ontem e eu estou cheia de cólica... Não tô justificando porque eu fui super grossa com você sem me importar se você só estava me dando carinho, me desculpa? (pedi e ela assentiu sorrindo fraco)
-Tá, deixa pra lá. (ela disse e beijei seu rosto suavemente)
-Amor, me desculpa. (disse dando leves beijos em seu pescoço)
-Desculpo, mas por que você não me falou que estava... desse jeito? Sabe que eu evito brincar quando você está... Ah, você sabe. (ela disse sem graça e eu suspirei)
-Eu não sabia que ia descer, eu tô sem menstruar desde que engravidei, a Alexa disse que enquanto eu amamentasse nem iria menstruar ou seria bem pouco, mas isso não aconteceu. (disse e ela me puxou pra ficar entre suas pernas)
-Tomou remédio? (ela perguntou e eu assenti) Não faz essa carinha.
-Que cara? (perguntei e ela beijou minha mão)
-Essa de quem quer ficar agarrada em mim, eu ainda estou bolada. (ela disse e escondi o rosto no seu pescoço)
-Muito? (perguntei e senti um beijo em meus cabelos)
-Não, mas você foi grossa pra caralho ontem. (ela disse e olhei fazendo minha melhor carinha)
-Perdão, meu denguinho. (disse beijando seu pescoço e ela arrepiou)
-Como que fica brava? (ela perguntou e fiz um biquinho)
-Não fica. (disse e ela riu me dando um selinho)
-Não fica, eu não devia ser tão trouxa por você, sabia? (ela disse e selei nossos lábios)
No começo foi só um roçar de lábios, mas ela logo aprofundou o beijo explorando cada canto da minha boca enquanto dava leves apertos em minha cintura.
Levei minha mão até sua nuca arranhando bem devagar enquanto puxava alguns fios levemente, eu adorava o beijo dela, ela era quente, gostosa, sem contar a sua pegada incrível. Aproveitei pra brincar com sua língua e ela num movimento rápido me colocou na bancada sem interromper o beijo.
Senti suas mãos em minhas coxas e ela deu um aperto forte me fazendo gemer baixinho em sua boca finalizando o beijo com alguns selinhos. Ela ficou me olhando por alguns segundos e mordi o lábio sem graça vendo ela dar um riso leve antes de enterrar o rosto no meu peito num pedido mudo de carinho.
Beijei seus cabelos e ela me olhou de relance enquanto eu iniciava um cafuné em seus cabelos, Lauren é tão fofinha comigo que dava vontade de me bater por ter sido grossa.
-Te amo, mi vida. (disse e ela roubou um selinho)
-Também amo você. (ela disse pegando o vídeogame de novo)
-Deixa eu descer daqui. (pedi e ela me olhou com um biquinho fofo)
-Eu quero carinho. (ela disse e ri beijando seus cabelos)
-Vamos lá pra sala, aí eu continuo fazendo cafuné. (disse e ela assentiu me descendo da bancada)
-O foda é que nem dá pra ter aquele sexo gostoso depois da briga. (ela foi na frente murmurando e dei um tapa na sua bunda)
-Amor, se comporta. (disse e ela me olhou rindo antes de ir pra sala)
-Oi meu pedacinho de amor. (Laur disse pegando Beah no chão, ela agora já engatinha)
-Lern, a gente pode assistir filme mais tarde? (Sofia perguntou e ela assentiu sorrindo)
-Depois você escolhe e a gente assiste antes de dormir. (ela disse e minha irmã sorriu largo)
-Mãe, a Lern deixou eu dormir aqui. (Sofia disse subindo as escadas correndo)
-Deixou? (minha mãe perguntou sentada no sofá)
-Eu acho que sim. (Laur disse rindo e ela me olhou confusa)
-Não sei de nada. (disse sentando no sofá e ela negou com a cabeça)
-Tem horas que essa menina esquece que tem casa, se ela estiver atrapalhando pode falar comigo. (mama disse e negamos juntas)
-Eu gosto quando ela dorme aqui, a gente se dá bem pra caramba. (Laur disse e eu assenti levemente)
-É mãe, relaxa que a Sofi é de casa. (disse e ela ajeitou o óculos)
-Se você está dizendo, mas amanhã cedo seu pai vem buscá-la que ela vai pra um acampamento com a escola e tem que arrumar as malas. (ela disse e eu assenti fazendo um biquinho)
-Na minha época meu pai não deixava ir pra acampamento. (reclamei e ela riu me olhando)
-Porque na sua época, você queria ir pro meio do mato fazer sabe lá Deus o que com aqueles garotos. (ela disse e explodi numa gargalhada)
-Foi só uma vez, mama. (disse e ela me olhou desconfiada)
-Uma? Eu sei a filha que eu criei. (ela disse e eu ri negando)
-Me influenciaram. (fingi ofendida e ela riu me olhando)
-Tadinha da minha filha. (ela disse e revirei os olhos rindo) Aí pra castigar a gente inventa de levar um garoto estranho pra casa.
-Tadinho, ele só era rústico. (disse e ela gargalhou me olhando)
-Kaki, o garoto tinha cara de drogado e só vivia com o olho vermelho. (ela disse e vi Laur me olhar)
-Tá, ele fumava maconha, mas eu estava com raiva porque meu pai não deixou eu ir no acampamento. (disse prendendo o cabelo)
-Lógico, ele queria preservar a sua pureza, pelo menos tentou. (minha mãe disse e eu ri negando)
-Você já foi pro meio do mato com um homem? (Laur perguntou e chamei ela pra sentar entre minhas pernas)
-Eu fui pra um acampamento e acabou rolando de eu ficar com um garoto uma vez, mas só beijo. (disse e ela apoiou as costas em meu peito)
-Hm. (ela murmurou e beijei seus cabelos)
-Foi só beijo, Bê. (disse e Laur assentiu com um biquinho fofo)
-Kaki, segunda você pode me levar na escola? (Sofia perguntou descendo as escadas)
-Posso, meu amor. (disse e ouvi Beah dar um gritinho bravo) Ei? Sem ciúmes.
-Pensei que seu pai ia te levar. (minha mãe disse e ela negou rapidamente)
-Não mesmo, meu pai vai querer me beijar um monte de vezes, me chamar de bebê na frente dos outros, querer me dar um monte de recomendações. (ela disse e eu ri negando)
-Que fase chata. (minha mãe resmungou ajeitando o óculos) Até parece que a Kaki não faz isso.
-Mas ela pode, mama. (Sofi disse e eu ri orgulhosa)
-Espero que a Kaki faça seu bolo preferido porque eu não vou fazer mais. (mama disse e ela fez um biquinho) Nem adianta que isso só funciona com seu pai e a Lauren.
-Mama, sabe que eu te amo. (Sofi disse indo para o colo dela)
-Falsa. (minha mãe disse e ela gargalhou)
-Muito ciumenta, sabe que é a melhor mãe do mundo. (minha irmã disse e ela tentou disfarçar um sorriso)
[▪▪▪]
Contar até 100 acalma, essa é a pior mentira já criada porque eu já cheguei no 800 e continuo querendo enforcar minha sogra do mesmo jeito. Motivo? Ela cismou que eu tenho que dar doces pra minha filha e já disse que não, quero que a Beah acostume com as frutas e legumes antes de comer coisas industrializadas, se bem que eu faço 90% das coisas aqui em casa naturais, o máximo industrial são as besteiras que Laur compra e as barras de chocolate que ela me dá todos os dias, mas que eu demoro quase uma semana pra comer uma, geladeira fica parecendo fábrica de tanta barra.
Mas você entende isso? NÃO. Tem quase uma hora que ela está tentando me fazer ceder com esse jeito prepotente dela e eu me segurando pra não mandá-la ir pra puta que pariu, não quero a Laur dividida entre a gente sem necessidade.
Falando nela, tem um tempinho que saiu com o pai pra comprar mais bebida, vão assistir um jogo do campeonato alemão, então já sei que terei uma Lauren bêbada. Meus pais estão no quintal terminando de ajeitar tudo pra quando eles voltarem e Sofi continua no quarto dela conversando com o tal Kile, minha irmãzinha está apaixonada.
-Cabello, é só um brigadeiro. (Clara disse e olhei incrédula)
-Você tem noção de que ela só tem oito meses? A minha filha não vai comer isso tão cedo. (disse e ela revirou os olhos)
-Laur comia e nada aconteceu. (ela disse e eu assenti suspirando)
-Isso, a Lauren comia, sua filha, agora da alimentação da minha, cuido eu. (disse e Beah abriu a boca pra comer as frutas picadas) Isso, meu amorzinho.
-Essa criança está emagrecendo, você não deve nem alimentar direito, já passou da hora de aprender a ser mãe. (ela disse e eu respirei fundo)
-Minha filha está ótima, com muita saúde, crescendo e se tem uma coisa que aqui em casa todo mundo faz, é se alimentar direito e saudavelmente. (disse e Beah enfiou a mão no potinho) Gosta de uma bagunça, né?
-Aaaa...buuuu....iiaaa. (ela murmurou e eu ri assentindo)
-É minha bagunceira, já estão acabando as frutinhas. (disse beijando seus cabelos e ela abriu a boca) Hmmm, que gostoso.
-Ela já está engatinhando, não é tão bebê pra não comer nada, daqui a pouco nem o churrasco você deixa. (Clara disse e olhei de relance)
-Que dificuldade você tem de entender que a filha é minha? (perguntei e ela bufou me olhando)
-Ela é minha neta, tenho direito de opinar sobre o que eu acho e você não sabe nem cuidar da garota. (ela disse com raiva e arqueei a sobrancelha)
-Alguém já mandou você ir pra puta que pariu hoje? (perguntei e vi Lauren entrar na cozinha)
-O que foi agora? (ela perguntou e vi Clara colocar a cara mais falsa)
-Nada filha, só estava dizendo que não tem problema dar um pouco de brigadeiro pra Beah. (ela disse fingida e Laur assentiu)
-A Camz não gosta de dar industrializados pra Beah, mãe. (Laur disse colocando a caixa de cerveja no balcão)
-Mas ela está magrinha e precisa comer, conhecer novos alimentos. (Clara disse e Beah comeu mais um pouquinho)
-Que bocão, meu amorzinho. (disse e Beah riu mostrando os dentinhos fofos)
-A Beah come direito, todos os exames dela estão ótimos. (Laur disse e vi aquele biquinho de choro)
-Acabou, filha. (disse e Beah ficou olhando o potinho) Quer mais?
-Tem certeza? Acho ela tão magrinha pra oito meses. (Clara disse e fui com Beah até a geladeira)
-Deve ser porque ela puxou a Camz, ela é magra. (Lauren disse e peguei mais um pouco de frutas picadas)
-Vamos lá pro quintal? (perguntei e Beah deu um sorriso)
-Mesmo assim, a Beah tem que comer coisas normais e... (ouvi Clara falar e fui para o quintal)
-Pronto, meu amorzinho, vamos terminar de comer. (disse sentando com minha filha na espreguiçadeira)
-Iiiaaaa...teeeeaaa. (ela balbuciou e eu ri assentindo)
Continuei dando as frutas pra Beah que balbuciava coisas indecifráveis e tentava bater no potinho de frutas enquanto dava aquela risada gostosa por estar fazendo o que não deve.
Descobri que minha filha é a cópia da Laur até pra fazer bagunça, eu passo o dia inteiro falando com as duas, parece que tenho duas crianças. Essa semana Laur simplesmente colocou uma lona no quintal, encheu de sabão e água pra escorregar com a filha, me diz se essa criança ficou com medo, ficou nada, dava vários gritinhos animados a cada vez que escorregava.
Observei de longe Lauren ajeitar algumas coisas no freezer enquanto falava com os meus pais, eu ficava super feliz de saber que os dois adoram a Lolo, diferente da minha relação com a Clara. Odeio quando ela vem aqui em casa e tenta mandar na gente em relação à Beah, mas como essa cobra é sonsa, só fala abertamente se eu estiver sozinha.
Ela tinha dado uma trégua nos primeiros meses, mas foi só eu voltar para o restaurante que ela arruma algum motivo pra tentar criar alguma briga, já que sabe que a Lauren não queria que eu voltasse a trabalhar.
-Aaaiiteee... oooaaa. (Beah balbuciou e beijei sua testa)
-Camz, está tudo bem? (Laur perguntou e eu neguei levemente)
-Não gosto quando sua mãe fala como se eu não tivesse capacidade de criar minha filha. (disse e ela assentiu sentando ao meu lado)
-Ela só disse que a Beah está magra e se tinha certeza que ela está bem. (ela disse e eu suspirei)
-É, só falou isso. (murmurei ajeitando Beah no colo)
-A gente vai ficar estranha de novo? Camz, para com isso. (ela disse e eu neguei levemente)
-Estou normal, cansei de brigas por hoje, vou trocar a falda dela. (disse levantando e ela ficou me olhando)
-Latina? (ela chamou levantando e dei um selinho nela)
-Deixa isso pra lá... Prende o cabelo, você está suando. (disse tirando alguns fios do seu rosto)
-Vai mesmo trocar a fralda dela ou só está fugindo de mim? (ela perguntou passando os braços em volta da minha cintura)
-Sobe comigo, assim você tem a certeza que eu não estou fugindo. (disse indo para dentro da casa)
-Você está estranha. (ela murmurou e eu ri fraco)
-Não é nada, Bê. (disse disfarçando e vi minha sogra na cozinha)
-Certeza? (ela perguntou me abraçando por trás)
-Uhum, relaxa. (disse e senti um tapa na minha bunda) Lauren?!
-Gostosa. (ela murmurou indo mexer na geladeira)
Subi pra trocar a Beah e relaxar um pouco, não queria deixar um clima ruim na casa por causa da minha sogra, não depois de já ter ficado quase um dia inteiro sem falar com a Lauren direito.
Desci direto para o quintal depois de quase vinte minutos no quarto tentando relaxar um pouco e sentei perto do meu pai enquanto esperava o tal jogo começar.
Mike já estava agarrado na neta brincando de "fazer bichinho", outra coisa que Laur ensinou Beah, minha mãe conversava com a Clara e Sofia já estava agarrada em mim.
-Kaki, depois a gente pode conversar um pouco? (Sofi perguntou e assenti beijando seus cabelos)
-Claro, sempre que você quiser. (disse e ela deitou a cabeça em meu peito)
-A Lern não vem? (ela perguntou e assenti levemente)
-Vem, ela só foi pegar o celular. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Acho que hoje dá Borussia. (Mike disse e meu pai assentiu)
-Também, mas se o Bayern ganhar não tem como o Leverkusen classificar pra próxima fase. (meu pai disse pegando uma lata de cerveja)
-BORA, LAUREN! (Mike gritou e vi Laur na saída da cozinha)
-Já vou. (ela disse baixo e minha mãe me olhou rindo fraco)
-Nem assim? (ela perguntou e eu neguei levemente)
-É um poço de calmaria. (disse baixo e ela riu me olhando)
-Camz, eu trouxe o meu porque o seu está descarregado. (Laur disse se aproximando e me deu um selinho)
-Normal. (disse e ela riu sentando no chão na minha frente)
-Roubou meu lugar, chatinha. (Laur disse e Sofia deu língua)
-Você que é chata. (minha irmã reclamou e Laur riu)
-Senta aqui, Bê. (chamei e Laur me olhou de relance)
-Ainda tem churrasco? (Sofi perguntou e eu assenti)
-Está fazendo ainda, daqui a pouco fica pronto. (disse e vi Laur sentar ao meu lado tirando a camisa) Amor, depois vou tirar esses cravos.
-Tá, né? (ela murmurou e ri fraco, ela odeia quando eu faço isso)
-Quem vai jogar, Kaki? (Sofi perguntou e eu ri negando)
-Não faço idéia, só assisto porque a Laur gosta. (disse tirando uma foto nossa)
-Nossa, ficou péssima. (ela reclamou e eu assenti levemente)
-Outra então. (disse e Laur deitou a cabeça na minha coxa) Que foi, Bê?
-Faz carinho. (ela pediu e eu ri assentindo)
-Faço, minha bebê. (disse ajeitando o cabelo pra tirar a foto)
-É, bebê. (Sofi provocou e Laur deu dedo)
-Cala a boca, chatinha. (Laur disse e revirei os olhos, duas crianças)
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Depois que todos foram embora, não sem minha mãe reclamar que estamos tirando a Sofi deles, viemos para o quarto. Tinham momentos que eu realmente achava que a Sofi era nossa filha também, ela vive mais aqui do que em casa, sem contar que é um grude com a gente.
Falando nela, veio aqui no quarto pra gente conversar, já até imagino que essa conversa tenha nome, mas iria esperar ela falar comigo. Adoro saber que minha irmã confia em mim pra conversar sobre coisas que geralmente a gente conversa só com amigo.
Laur acabou de dormir agarrada na minha cintura enquanto eu fazia um cafuné, sim, ela dorme com carinho e ainda faz aquele biquinho fofo que ela a Beah tem. Minha filha, aquele bichinho preguiça já está no quarto hibernando, nunca vi um bebê pra gostar tanto de dormir.
Finalmente posso relaxar um pouco, não veremos os pais da Laur tão cedo, pelo menos acho que não, já que Mike vai viajar por um mês. Adoro meu sogro, mas aquela cobra me cansa demais e se pudessem esquecer ela na viagem seria maravilhoso.
-Kaki, a gente pode falar sobre o Kile? Mas não conta pro papai. (ela disse sentando na beirada da cama)
-Sabe que não conto essas coisas, ele não vai saber nossas conversas. (disse tirando a mão da Lauren da minha cintura)
-Tudo bem? (aquela voz rouca sussurrou no meu ouvido)
-Tudo, pode dormir, Bê. (disse sentando na cama e comecei um leve cafuné)
-Lembra que eu falei com você que estava gostando do Kile? (Sofi perguntou e eu assenti sorrindo fraco) Ele pediu pra ficar comigo, aí eu disse que no acampamento ficaria.
-Cadê dona Sinu essas horas? (reclamei e ela riu me olhando) Você vai ficar?
-Eu quero, mas nunca beijei. (ela disse e eu assenti)
-É algo natural, eu não sei explicar como isso acontece, mas tem beijo que encaixa e outros não. Apenas relaxa que se vocês tiverem química, vai encaixar e um aprende com o outro. (disse e ela ficou me olhando)
-Como foi o seu primeiro? (ela perguntou e eu ri lembrando)
-Desastroso, eu mordi o Dylan. (disse e ela gargalhou acordando a Lauren)
-Desculpa, Lern. (Sofi disse e vi Laur fechar os olhos) Foi com o Dylan?
-Foi, eu tinha quinze anos e ele era um fofo comigo, tinha um abismo por ele e então a gente ficou. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Eu não imaginava que ele foi seu primeiro beijo, ele é um deus grego. (ela disse e eu ri assentindo)
-E mega fofo, depois a gente ainda ficou mais algumas vezes, mas decidimos ficar na amizade. (disse e ela mordeu o lábio)
-E quando você perdeu, doeu muito? É que falaram que dói. (ela disse e olhei bem surpresa, ela é um bebezinho ainda)
-Você não está pensando em fazer, ou está? (perguntei e ela negou rapidamente)
-Não, é só curiosidade, é que você fala que se arrepende muito da sua primeira vez, doeu? (ela perguntou e eu assenti levemente)
-Bastante, o Joe não teve aquele cuidado de saber que era minha primeira vez, eu estava muito nervosa e acabou sendo horrível. (disse meio sem jeito e ela assentiu)
-E com a Laur? Tipo, depois que já fez a primeira vez não dói mais? (ela perguntou e eu meneei a cabeça)
-Talvez, mas a Laur é super cuidadosa com isso e nunca me machucou. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Tem umas meninas lá na sala que já fizeram, eu não me imagino nem pelada na frente dos outros. (ela disse e eu ri negando)
-Te entendo, sexo é algo natural entre os seres vivos, mas tem pessoas que vêem como uma intimidade única, outras algo que só faz por amor, outras por curtição, é muito relativo. (disse e ela assentiu)
-Quando eu fizer, quero que seja com uma pessoa legal. (ela disse e eu sorri fraco)
-Se tem um conselho que eu possa te dar pra quando isso acontecer, não faça nada porque ninguém fez. Você tem que estar segura do que está fazendo, se prevenir e saber que é natural. (disse e ela desviou o olhar)
-A mama ficou brava quando você contou que não era mais virgem? (ela perguntou e eu ri negando)
-Não, a mama é super tranquila com essas coisas também, foi ela quem me ensinou sobre. (disse e ela riu fraco)
-Eu tenho vergonha de conversar com ela essas coisas. (ela disse toda sem jeito e beijei sua testa)
-Sempre estarei aqui, pode me perguntar o que você quiser. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-É tudo tão estranho, sabe? Às vezes eu me sinto adulta, mas tem horas que eu só quero assistir Barbie comendo um monte de besteiras. (ela disse e assenti sorrindo fraco) Isso é estranho?
-Adolescência é confusa, pra uma coisa você vai ser madura e pra outra não, isso é normal. Mas não precisa se apressar em fazer nada porque suas amigas fizeram, depois se você se arrepender, não dá pra voltar no tempo. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Obrigada por não me achar estranha em fazer essas perguntas. (ela disse e eu ri negando)
-Pode me perguntar sempre que quiser ou tiver dúvidas. (disse entrelaçando nossas mãos e ela sorriu)
-Eu te amo, Kaki. (ela disse e beijou meu rosto)
-Yo tambien, mi vida. (disse e ela deitou a cabeça em meu ombro)
-A Lern dorme igual bebê, olha o biquinho que ela fez. (ela disse e eu ri fazendo um leve carinho na minha branquinha)
-A Beah dorme do mesmo jeito. (disse e ela riu me olhando)
-O que você acha que eu tenho que levar para o acampamento? (ela perguntou e eu parei pra pensar)
-Repelente, muito repelente. Esse parque que vocês vão ficar é bem tranquilo e a escola sempre leva o básico pra passar a semana. (disse e ela assentiu sorrindo fraco)
-Será que eu vou gostar? (ela perguntou e eu assenti sorrindo)
-Certeza, dá pra ver as estrelas todas às noites, igual a gente fazia quando você era pequena. (disse e ela sorriu com a língua entre os dentes)
-Sinto falta de quando a gente fazia isso lá em casa. (ela disse brincando com minha mão)
-O que você acha de quando voltar do tal acampamento, a gente fazer isso aqui no quintal. Eu falo com a Laur e ela dorme aqui dentro com a Beah. (disse e ela abriu um sorriso)
-Sério? (ela perguntou e assenti beijando seu rosto)
-Então fechado. (disse e ela sorriu toda animada)
Fazia um tempinho que a gente não tinha uma conversa de irmãs, mesmo ela quase não indo pra casa, quase não tenho mais conversado com ela sozinha, sempre tem alguém por perto e ela acaba ficando sem graça de falar.
Sofia é uma garota muito tímida pra certos assuntos, acho que por esse motivo somos tão unidas, ela me vê como uma caixinha de segredos dela e eu fico feliz em poder ajudá-la com o pouco de experiência que eu tenho.
Minha mãe no começo tinha um pouco de ciúmes por ela me procurar pra tirar suas dúvidas, mas esse é o jeitinho dela, Sofia não é tão aberta pra falar com a nossa mãe como eu.
Meu pai apesar de ser bem tranquilo, também não dá pra conversar porque ele fica muito sem graça de tocar em assuntos "tabus", então eu fique com a missão de explicar tudo que minha bebê mais velha quer saber.
Como a Lauren estava num sono quase passado por causa do álcool, ficamos por horas na sacada do quarto conversando e rindo enquanto lembrávamos de quando eu morava com eles. Ela era minha cobaia oficial para as receitas, mas o verdadeiro vício dela era brigadeiro, doce do Brasil que aprendi a fazer. Toda vez que chovia ela ia pro meu quarto e a gente comia assistindo filmes até minha mãe subir pra brigar com a gente porque tínhamos aula cedo no dia seguinte.
Meus pais apesar de serem presentes na questão sentimento, amor, carinho, escola, médico, passeios... nunca foram muito presentes fisicamente por terem que fazer diversos plantões pra pagar as dívidas que criaram quando viemos de Cuba.
Sempre foi um em casa e o outro no plantão, mas eles sempre conseguiram se virar pra não deixar a gente sem o carinho deles, por mais difícil que fosse. Acho que isso fez com que eu ficasse ainda mais agarrada nã Sofi, já que eu passava uma boa parte do dia com ela.
-Kaki, eu vou dormir. (Sofi disse saindo do meu colo)
-Boa noite, minha princesinha. (disse e ela beijou meu rosto)
-Boa noite, amo você. (ela disse e levantei abraçando ela)
-Amo mais, bebê. (disse e ela sorriu com a língua entre os dentes)
-Não esquece de me levar pra escola, meu pai não sabe do Kile. (ela disse e assenti levemente)
-Segredo nosso, mas juízo. (disse e ela assentiu enquanto ia até a porta do quarto)
-Obrigada por ter voltado de Londres, eu senti sua falta. (ela disse e saiu do quarto)
-Senti muito mais. (murmurei fechando a porta da sacada)
Desci pra tomar remédio e subi pra dormir, mas antes passei no quarto da Beah que dormia tranquilamente fazendo o mesmo biquinho que a papa dela, é a coisa mais fofa do mundo.
Voltei para o quarto vendo Lauren dormindo de bruços toda largada na cama e roncando baixinho, como ela consegue ser tão linda até dormindo? Me aproximei subindo na cama e beijei suas costas suavemente vendo seu corpo arrepiar com meu toque.
-Amor? (chamei alisando suas costas e ela resmungou sem abrir os olhos) Amor?
-Hm. (ela murmurou e comecei a beijar seu pescoço)
-Me abraça pra dormir. (pedi e ela abriu os olhos soltando um gemido manhoso)
-Pra que fui mimar você? (ela resmungou virando de barriga pra cima)
-Sabe que eu só durmo assim. (disse e ela bocejou me olhando)
-Vem cá. (ela chamou e deitei sobre seu corpo) Cólica?
-Uhum, ficar assim ajuda a passar. (disse e ela me aconchegou em seus braços)
-Eu virei um travesseiro depois que casei, a que ponto cheguei. (ela murmurou e ri escondendo o rosto no seu pescoço)
-Te amo, Cariño. (disse e senti um beijo em meus cabelos)
-Também, minha latina.
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Dia Seguinte
Acordar com um café da manhã na cama, chocolates e uma Lauren super carinhosa era com toda certeza uma das melhores formas de se acordar. A gente passou boa parte da manhã trocando beijos, carícias, lembrando das nossas viagens, mas eu percebi que ela apesar de tudo estava um pouco receosa demais.
Agora estou aqui terminando de me arrumar pra levar minha princesa pra casa enquanto as três estão lá em baixo assistindo desenho.
-Camz, a gente pode conversar? (vi Lauren entrar no quarto e eu assenti)
-Claro, já ia te perguntar o motivo de você ter ficado estranha. (disse e ela sentou na cama)
-Sabe que vão fazer obra lá na minha mãe semana que vem, né? (ela perguntou e eu assenti colocando a sandália)
-Sei, você vai ajudar? (perguntei e ela negou me olhando)
-Não, é que vai ficar um mês em obra por causa do tamanho da casa e como vocês estão de boa... Pensei que eles poderiam ficar aqui. (ela disse baixo e eu gargalhei)
-Eu morando no mesmo lugar que sua a mãe? É brincadeira, né? (perguntei e ela negou me olhando confusa)
-Não, por que eu brincaria com isso? Não faz sentido. (ela disse e arqueei a sobrancelha)
-Você está falando sério da sua mãe ficar aqui em casa? (perguntei e ela negou levantando)
-Deixa isso pra lá. (ela disse saindo do quarto e segurei sua mão)
-Espera, Lo. (falei dando um selinho nela)
-Eu tô de boa, Latina, só ia descer pra ficar com as meninas. (ela disse e mordi sua bochecha)
-Amor, você sabe que eu não me dou bem com sua mãe por poucas horas, imagina um mês, a gente vai acabar se matando aqui dentro. (disse e ela segurou minha cintura)
-Viajei, né? (ela murmurou me dando um cheirinho no pescoço) Gostosa.
-Amor, não disfarça. (disse e ela me olhou de relance)
-Não tô disfarçando, você é gostosa mesmo. (ela disse me dando um chupão no pescoço)
-Amor?! Eu tô falando sério. (disse e ela me olhou)
-Fala. (ela murmurou olhando meu decote)
-Olha pra mim. (disse e ela roubou um selinho) Vai ficar chateada se eu falar que não?
-Não, deixa isso pra lá. (ela disse e arqueei a sobrancelha)
-Fala a verdade. (disse e ela desviou o olhar)
-Um pouco, são meus pais, mas entendo você. (ela disse e eu suspirei arranhando sua nuca)
-Eu realmente não quero ela aqui, mas se é importante pra você, tudo bem. (disse e ela ficou me olhando)
-Deixa isso pra lá. (ela disse e escondi o rosto no seu pescoço)
-É sério, pode falar pra eles ficarem aqui esse mês. (disse tentando não surtar e ela me olhou)
-Sério? (ela perguntou e eu assenti)
-Uhum, agora vai lá ficar com a Beah que a Sofi não acordou direito. (disse e ela riu me olhando)
-Valeu, minha latina. (ela roubou um selinho e saiu do quarto)
-Eu vou enlouquecer, certeza.
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O que acharam???😍😍😍
Realmente Laur, como que fica brava?😂😂🤦♀️😍
Ai ai, Camila... fazia o que no meio do mato? 👀😂😂😂
Será que alguém já mandou a clara ir pra puta que pariu?👀😂😂😂
Aquela conversa de irmãs. 😍♥️
Tenham alguém que acorde só pra te abraçar.😌😍
Só lembrei do capitão Nascimento falando: "Já disse que vai dar merda." 👀😂😂😂
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