Até depois do sempre
Voltei finalmente trazendo o penúltimo capítulo dessa fic... Confesso que a demora foi por um bloqueio criativo, acho que por não querer um fim... Mas é necessário para que outras venham.😢❤
A demora trouxe mais de 6mil palavras, então leiam com atenção e curtam esse finalzinho de Write On Me. ❤😢😍
Boa leitura e comentem pfvr ❤
RETA FINAL 9/10
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Três Anos Depois
Pov Camila
-MOM! MOM! MOM! (ouvi Henry gritando e fui andando até a sala)
-Oi, meu anjo... Ei? Cuidado! (falei vendo o meu pequeno pular no sofá)
-A Beebee está vindo! (ele falou animado e se jogou nos meus braços)
-Está com muita saudade da sua Beebee, meu príncipe? (perguntei voltando para a cozinha com ele no colo)
-Muitão... Beebee nunca vem aqui, eu tem saudade. (ele choramingou escondendo o rosto no meu pescoço)
-Sua irmã tem que estudar, filho... Lembra da nossa conversa? (perguntei beijando o topo da sua cabeça)
-Lembra, mas fica com muitão de saudade da Beebee. (aconcheguei seu corpinho em meus braços e ele suspirou)
-Oh, meu anjinho... Dessa vez a Beebee vai passar bastante tempo aqui. (falei e recebi seu biquinho manhoso)
-Por que a Beebee não estuda lá na minha escola? É bem mais legal, tem parquinho... E a papa leva de carro. (ele argumentou e tive que prender o riso)
-Sua irmã já é grande, não pode estudar na escolinha... Mas daqui um pouquinho mais de um ano ela volta. (expliquei e ele abriu um sorriso lindo)
-EBAAA!... E vai brincar de carrinhos e com os meus bonecos. (vi seu sorriso adorável e o enchi de beijos) MOM!
Henry é minha mini versão, a fisionomia, o jeito manhoso e até mesmo o interesse na cozinha... Meu pequeno é apaixonado pela "Beebee" dele, a Beah que antes sentia um ciúme terrível imaginando a chegada dele, agora é um grude. Isso sem falar na Emmy que faz todas as suas vontades e sempre o leva no "Mc dondons" para comer lanche feliz, ele é super mimado pelas duas.
Lauren ligou tem alguns minutos avisando que o avião já tinha pousado e aguardava as duas no desembarque. Ela estava louca para ver a Beah, passou a semana falando que estava com muita saudade de assistir desenho e abraçar a pequena. Lembro que na primeira semana que as meninas foram para Nova Iorque ela tentou me convencer de nos mudarmos para lá também.
-Mom, eu posso jogar? (tirei a bistecca do forno e olhei para trás)
-Pode... Ei? Volta aqui. (chamei quando ele ameaçou correr para a sala) Se eu chamar e você fizer birra, não vai jogar mais.
-Sim, senhora. (ele falou e já saiu correndo todo contente)
Voltei minha atenção para o almoço e ouvi o barulhinho do jogo iniciando, geralmente não deixo o Henry mexer no celular porque acho que ele é pequeno demais para tanta tecnologia. Mas como eu já tinha proibido a ida dele ao aeroporto por saber que Laur o deixaria correr e fazer o que quisesse, eu preferi não negar outro pedido.
Laur continua sendo uma papa babona, se eu não passo o dia inteiro chamando a sua atenção, Henry é capaz de fazê-la comprar tudo que vê pela frente. Ele sabe o que um biquinho é capaz de tirar da Lauren e usa isso para conseguir tudo o que quer. Agora que ela está tentando ser mais "dura" com ele, mas dizer não para essa criança vindo te encher de beijos, fazendo biquinho e os olhinhos brilhando é quase impossível.
[▪▪▪]
Matar a saudade do meu primeiro anjinho, Beah tinha acabado de chegar com Lauren e já estava agarrada em mim contando da viagem, da faculdade e do convívio com a namorada. Emmy foi direto para a casa da mãe, só vem aqui amanhã à tarde porque quer passar um tempo com a Liz primeiro, já que nesse último semestre elas quase não vieram para Miami.
-E como vocês estão? (perguntei sentindo o cheirinho do seu cabelo)
-Muito bem... A Emmy falou de casamento esses dias, disse que estamos juntas há quase quatro anos. (ela comentou e sorri, as duas se amam tanto)
-E você quer? (perguntei e ela assentiu me olhando)
-Muito, eu amo aquela chata. (ela falou e ri negando com a cabeça)
-Quem vai fazer o pedido? (perguntei e ela mordeu o lábio inferior)
-Quero fazer, mas não sei como. (ela disse e eu assenti levemente)
-Só tem que ser especial, você conhece a Emmy melhor que qualquer um... E já sabe que ela quer, então é mais fácil. (disse e vi Henry descendo as escadas)
-Cadê a papa? (ele perguntou segurando a maleta de carrinhos da hot wheels)
-Foi no mercado comprar sorvete, daqui a pouco ela chega. (falei e ele assentiu com a cabeça)
-Beebee, ajuda a montar a pista? Eu quero brincar com os carrinhos. (ele fez biquinho e Beah assentiu)
-Ajudo, meu pandinha. (Beah puxou Henry para seus braços enchendo de beijos)
-MAMA... ME AJUDA! (ele gritou em meio à risadas e eu ri faco)
Fiquei observando os dois brincarem com os carrinhos que ela trouxe de presente na última vez que veio aqui. Henry tem quase duzentos carrinhos na prateleira no quarto, mas tem os "especiais" que são os que ele brinca o dia inteiro... Nunca vi criança para gostar tanto de carro, mas com a Lauren o levando sempre para assistir as corridas e os desfiles, já era de se esperar.
Deixei os dois na sala enquanto ia ajeitar a mesa para o almoço, tinha preparado uma bisteca com queijo e bacon... Ah, e batata frita, os três adoram esse tipo de comida e como adoro cozinhar para eles. Sorri com o barulho da moto anunciando que Lauren havia chegado, até hoje sinto um friozinho na barriga toda vez que ela está perto.
-Linda? Trouxe o sorvete. (ouvi aquela voz rouca e olhei de relance)
-Chame as crianças e lavem as mãos, por favor. (avisei e ela se aproximou puxando meu corpo para si) Que foi?
-Só estou te admirando. (ela disse e selei nossos lábios num longo selinho)
-Te amo... Agora vai lá. (fiz um carinho em seu rosto e ela sorriu)
-Mais tarde você é minha. (ela murmurou e segurei seu queixo)
-Sempre fui. (sussurrei dando mais alguns selinhos e fui pegar os talheres)
Laur ainda ficou me admirando por alguns segundos e foi para a sala, arrumei o prato do Henry e vi meu clone aparecer cheio de gás soltando aquela gargalhada gostosa a cada vez que mexia as mãos e espirrava a água na irmã. Lauren sentou ao meu lado e arrumei seu prato ouvindo Beah implicar a chamando de bebê, mas logo ficou bem quietinha quando fiz o mesmo que ela, as duas se provocam o tempo todo.
-Querem sair hoje? (Lauren perguntou e vi Beah assentir com a cabeça)
-Podemos jogar boliche? Tem tempo que eu não jogo. (ela disse cortando a carne e levou um pedaço à boca)
-Papa, eu quero ver o filme do dinossauro no cinema. (Henry falou de boca cheia e ri negando com a cabeça) Desculpinha.
-E você, linda? (Laur perguntou e mordi o lábio inferior)
-O que decidirem está ótimo... Todo lugar com vocês é perfeito. (disse e ganhei um selinho)
-ECAAA!
-Filhos! (Lauren murmurou e eu ri negando com a cabeça)
[▪▪▪]
-Beebee, olha o tiranossauro! (Henry falou todo animado com o cartaz)
-Ele é assustador... Pensei que era filme de animação. (comentei e Lauren riu negando com a cabeça)
-Seu filho não gosta de dino baby, ele é um homem. (ela falou beijando minha mão e revirei os olhos)
-Espero que esse "homem" seja só por não ser mais o meu bebê... Se você ousar falar de namoradinhas, te mato. (ameacei e ela levantou as mãos em rendição)
-Papa? Olha o copo do dino! Pode ganhar depois? (Henry pediu pulando feito pipoca tamanha animação)
-Compra para todo mundo. (Laur estendeu algumas notas e Beah pegou)
-Vamos lá, Pandinha. (ele se pendurou nas costas dela antes de saírem)
-Está tudo bem? (neguei escondendo meu rosto em seu pescoço)
-Amor, tira férias também? (pedi manhosa e ela me envolveu em seus braços)
-Não sei se dá, princesa... Sabe que o meu pai entregou a empresa, ainda nem ajeitei as coisas. (Laur disse e mordi o lábio com a negativa)
-Por favorzinho, tô com saudade. (disse e ela beijou minha testa)
-Posso pegar uma semana... Mais do que isso, acho que só daqui um meses depois que eu organizar tudo. (ela explicou e selei nossos lábios)
-Duas? (choraminguei fazendo biquinho e ela suspirou baixinho)
-Tá, duas semanas e nada além. (ela falou e a enchi de beijos)
Ficamos esperando até as crianças virem com nossas pipocas e refrigerantes, daqui quinze minutos começará a sessão. Henry segurava dois copos de refrigerante com a imagem do "dinossauro" que ele passou a semana falando enquanto Beah trazia dois baldes de pipoca também personalizados e mais refrigerante. Lauren me soltou para ir ajudá-la com as coisas e Henry estendeu o copo ficando apenas com o seu.
-Podemos entrar. (avisei ao notar algumas pessoas entrando na sala de cinema)
-Beebee, cadê a Emmy? (Henry perguntou curioso, geralmente ela vem)
-Está com a mãe dela, mas amanhã vocês vão poder se ver e brincar. (Beah falou e vi o pequeno sorrir)
-Ela vai brincar de carrinho? (ele perguntou empolgado, adora a Emmy)
-Do que você quiser... Mas nada de roubar minha namorada. (ela falou e Henry sorriu com a língua entre os dentes)
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-ISSO! (Beah comemorou após fazer mais um strike)
-Agora é sua vez, filhão. (Lauren falou e vi Henry pegar uma bola azul)
-Já marcou, mom? (vi Beah sentar ao meu lado e assenti com a cabeça)
-Isso ai! Mandou bem! (marquei mais uma vez, Henry derrubou cinco pinos)
Continuei observando os três jogarem, sou um desastre para qualquer esporte que eu não consigo entender como conseguia ser líder de torcida na época da escola. Quase três horas depois de termos chegado, eles cansaram e pediram para irmos lanchar no Mcdonalds, Henry está louco pelo boneco dos Eternos no lanche feliz... Essa é mais uma das características que ele herdou da Lauren, gostar de heróis.
Depois de passarmos um dia inteiro longe de casa, finalmente chegamos e eu posso descansar... Não tenho mais tanta energia assim para aguentar o pique desses dois e uma Laur deixando bem claro que "dormir" não está em seus planos. Subi com Henry para o banho enquanto ouvia seu protesto alegando que ainda queria brincar com os novos brinquedos que ganhou.
Deixei que ele ficasse um pouquinho com seus brinquedos enquanto eu tomava meu banho e voltei para o seu quarto. Desliguei a televisão que passava algum desenho e apontei para a cama, ele já até sabe que é sem negociação o horário de dormir. Cobri seu corpinho antes de deitar ao seu lado e ele veio se aconchegar em mim mexendo na minha orelha, nova mania de todas às noites.
-Licença, viemos dar boa noite. (vi Beah e Lauren na porta do quarto)
-Boa noite, moleque. (Laur bagunçou o seu cabelo e ele riu de maneira fofa) Te amo.
-Boa noite, papa...Também te amo muitão assim. (ele falou abrindo os braços e ela sorriu toda boba)
-Boa noite, pandinha. (Beah depositou um beijo em seus cabelos e ele sorriu) Te amo.
-Boa noite, Beebee... Te amo. (ele falou e se aninhou mais em mim)
As duas saíram do quarto nos deixando à sós e comecei um cafuné até ele pegar no sono, o que não demorou muito. Passei no quarto da Beah que estava se preparando para dormir também, conversamos mais um pouco sobre tudo e segui para o meu quarto encontrando Lauren deitada só de samba canção e top. Me aproximei vendo o seu olhar me acompanhar e bocejei, eu realmente quero descansar um pouquinho antes de pensar em sexo ou em sair de novo.
-Podemos só dormir? (perguntei deitando em seu peito e ela assentiu)
-O que você quiser. (ela murmurou e selei os nossos lábios)
-Te amo. (sussurrei e ela me aninhou em seu corpo, sabe que amo ficar assim)
-Também amo você... Dorme que amanhã a gente aproveita o dia. (ela falou e mordi o lábio inferior)
-Desculpa por ter provocado tanto e agora deixar você assim. (disse sem jeito e ela negou com a cabeça)
-Ei? Só é bom se nós duas quisermos, hm? Eu gostei de passar o dia inteiro assim, faz tempo que não saímos em família. (toquei seus lábios e ela sorriu)
-Por que você não coloca a Ve como vice? Assim vocês dividem as funções e vai ter mais tempo em casa. (sugeri e Lauren me olhou pensativa)
-Pode ser, vou falar com o meu pai... Eu só não quero perder o que temos. (ela disse e beijei seu pescoço)
-E não vamos... Eu vou fazer de tudo para que esse amor nunca acabe. (disse e senti nossos lábios se tocarem)
-Sou sua até depois do sempre. (ela falou e sorri apaixonada)
-Minha... Toda minha.
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Dia Seguinte
Pov Beah
Deixei o meu carro no estacionamento do prédio e subi até o sexto andar tocando a campainha, estava com saudades de ficar com a minha loirinha. Vi minha sogra abrir a porta e sorri antes de abraçá-la apertado de saudade, eu amo demais a tia Liz, ela é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci na vida. Eu tinha combinado de vir daqui uma hora buscar as duas para jantar lá em casa, mas estou tão acostumada de ter a presença da Emmy que vim até mais cedo de tanta saudade.
-E como a senhora está? (perguntei ao me sentar no sofá)
-Muito bem, fiz alguns exames na semana passada e estão ótimos... Sem falar que a terapia tem me ajudado muito. (ela falou e sorri animada pela notícia)
-Isso é muito bom! Quando vai passar uns dias lá com a gente? (perguntei, Emmy me falou que sente muita falta dela)
-Nas minhas próximas férias, eu precisava organizar algumas coisas do divórcio... O David tem complicado tudo. (ela disse um pouco chateada e assenti)
-Tem advogado? O tio Brad é ótimo. (falei e ela me olhou)
-Ele já está me ajudando... É que agora nós estamos no acordo de divisão de bens, ele não superou a nossa separação e não quer deixar eu ficar com nada. (ela explicou e vi seus olhos marejarem)
-Não chora... Vai ficar tudo bem, hm? (fiz um carinho em suas costas)
-O problema é que isso me desgasta tanto e eu quero seguir em frente, sabe? Só que não é justo eu ter batalhado com ele para conquistar a casa, os carros e o escritório, para agora ele ficar com tudo. (ela disse e eu assenti levemente)
-Vou falar com a minha papa, ela sempre sabe o que fazer. (disse e ela negou com a cabeça)
-Não! Suas mães já fizeram tanto por mim, não precisa disso. (ela falou e beijei o seu rosto dando um leve sorriso)
-A papa diz que não se abandona a família e a senhora faz parte da nossa, relaxa que ela vai dar um jeito nisso. (falei e ela sorriu me olhando)
-Te amo, minha norinha. (ela me abraçou e sorri beijando seu rosto)
-Também, sogra... Mesmo que a senhora puxe a minha orelha. (brinquei e ela riu me olhando)
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-Amor, vai de vestido? (perguntei e Emmy negou com a cabeça)
-Macaquinho... Sempre que a gente janta o Henry pede para ir ao parque. (ela falou e eu concordei)
-Ele está enorme. (comentei e ela colocou uma blusa de mangas curtas)
-Sente falta de não acompanhar todo esse crescimento, né? Mas agora só falta mais um ano. (ela fez um carinho em meu rosto e sorri fraco)
-E se minha vaga na academia sair? Quero tanto ser uma bailarina. (desabafei e ela beijou minha testa)
-Se a vaga sair, você aproveita esse ano e se por acaso não quiser mais, é só pedir o desligamento... Ah, e lembra da academia que você estudava? Sempre abre vagas para novos bailarinos profissionais, dá pra tentar também. (ela falou e eu assenti, a academia é incrível)
-Eu vou tentar. (murmurei e ela voltou a se vestir)
É horrível demais ser tão ligada na família e morar tão longe, mesmo sendo o sonho da minha vida aquela universidade, pensei em desistir por muitas vezes... Papa quem me proibiu, disse que um "Jauregui" nunca desiste do que ama e vai até o fim. Emmy também sempre me apoiou em tudo, mas sabe o quanto eu fico mal nos finais de semana que não podemos vir.
-Honey, celular está tocando. (ouvi Emmy falar e peguei o aparelho)
Ligação On
-Filha?
-Oi, mama.
-Sua papa quer saber se podemos comer tacos hoje.
-Claro, eu adoro.
-Já estão arrumadas?
-A Emmy ainda está se arrumando... Como sempre.
-Você é igual sua papa, adora reclamar.
-Mas mama, já tem mais de uma hora que ela está assim.
-E quando estiver arrumada você vai ficar babando, deixa de ser ranzinza.
-Tudo defende ela.
-Lógico, eu não quero devoluções da filha chata que pus no mundo.
-É assim agora?
-Te amo, meu pinguinho de gente... Desfaz esse bico.
-Como sabe que estou de bico?
-Sou sua mãe... Agora deixa eu ver o que os dois estão aprontando que ouvi barulho de coisa quebrando.
-Te amo, Mom.
-Yo tambien... Encontramos vocês às oito.
Ligação Off
-Vamos no restaurante mexicano. (avisei e Emmy sorriu, ela adora)
-Vou trocar de roupa então. (ela avisou e deitei na cama, nunca vamos sair)
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Pov Camila
Saí do quarto após terminar a ligação com a Beah e desci as escadas vendo Lauren e Henry sentados no chão de frente para um vaso de plantas quebrado... Respira fundo, você avisou quatro vezes que não podiam jogar bola dentro de casa, eles ignoraram e agora quebraram seu vaso de plantas, só isso... Respira fundo e não surta.
-Os dois para o sofá. Agora! (adverti super irritada e eles me olharam assustados)
-L-linda, foi um... (fiz sinal de silêncio e ela foi para o sofá obediente)
-Não quero ouvir um piu... Já é a segunda vez que pego os dois aqui na sala jogando bola, eu avisei que iriam acabar quebrando alguma coisa. (reclamei indo direto para a área pegar as coisas de limpar)
Voltei encontrando os dois ainda sentados do jeitinho que mandei e fazendo biquinho esperando a bronca. Não duvido nada que essa idéia tenha surgido da minha esposa, Henry só acompanha as bagunças porque segundo ele, a papa sabe das coisas. Tem horas que parece que minha missão aqui é impedir que a Laur se mate a mate nossos filhos com tudo que aprontam, mas adoro essa loucura toda.
-Vai guardar essas coisas e você sobe que já está sujo de novo. (avisei e Henry subiu contando os degraus com sempre faz)
-Camz, não foi a intenção. (Lauren coçou a nuca sem jeito e segurei seu queixo)
-Te espero no banho. (avisei depositando um selinho em seus lábios)
Subi direto para o quarto do Henry e quase surtei quando o vi sentado na cama com o pé sujo de terra e corpo suado... Observei ele olhando animado o porta retrato digital com várias fotos nossas juntas e sorrindo toda vez que mudava o cenário, como que briga assim? Fui direto para o closet dele e separei novamente uma roupa limpa antes de chamá-lo para tomar banho.
-Eu vou cortar o cabelo. (ele falou e neguei com a cabeça)
-Você cortou tem dois dias, filho... É cortei que fala, no passado. (expliquei tirando o seu short)
-Não, a papa vai levar para cortar o cabelo igual de homem... E fazer desenho assim no cabelo. (ele falou animado e tirei a sua cueca)
-E você quer cortar? (perguntei e ele sorriu com a língua entre os dentes)
-Não, mas a papa falou que vai ficar muito legal e não de mariquinha... O que é isso, Mom? (ele perguntou indo para o chuveiro e suspirei)
-Palavra feia e vou brigar com ela por isso, não pode repetir, hm? Não precisa cortar, é lindo assim... Se quando você crescer não gostar mais assim, ela te leva para cortar do jeitinho que você quiser. (falei e Henry sorriu animado)
Lauren é maluca se pensa que eu deixaria estragar o cabelo do meu filho, ele parece um anjinho quando corta em asa delta, ela não vai corrompê-lo para o lado "bagunça" da casa. Terminei seu banho enquanto ele me contava sobre seu novo golpe de luta, quem ensinou isso? Lauren obviamente, já sinto os cabelos brancos nascerem a cada segundo que deixo os dois sozinhos.
-Mom, mas se não cortar como vou pegar as gatinhas? (ele perguntou inocente e tive um mini ataque do coração)
-Você está muito novo para isso. (adverti e ele coçou os olhinhos)
-Eu nunca vou ter bichinho? (ele perguntou manhoso enquanto colocava a camisa)
-Não foi desse tipo de gatinha que a papa falou, filho... Mas você quer ter um gatinho para cuidar? (perguntei e ele assentiu com a cabeça)
-Muito, eu não vai machucar... Só pode dar abraço e cuidar dele, né? (ele perguntou e assenti levemente)
-Vou conversar com sua papa sobre isso e se ela quiser, a gente adota um. (falei e ele se jogou em meus braços)
-Obrigado, Mom. (beijei seus cabelos com cheirinho de bebê ainda)
Depois de arrumá-lo mais uma vez, deixei Henry jogando no meu celular enquanto ia tomar o meu banho, pelo menos assim sei que ele vai ficar quietinho. Troquei a roupa de cama que ele tinha sujado e segui para o meu quarto encontrando Lauren sentada na cama toda suja também, eu tenho duas crianças em casa, não é possível.
-Você sujou nossa cama. (comentei e ela me olhou assustada)
-Desculpa, é que eu queria te esperar... Eu vou limpar, prometo. (ela levantou já toda nervosa e toquei seu rosto)
-Calma, eu não estou brigando. (escondi o rosto no seu pescoço)
-Não? (ela perguntou e neguei alisando o seu corpo)
-Não... Agora me explica essa história de cortar o cabelo do meu anjinho. (falei e vi seu olhar desviar do meu)
-Está muito grande. (ela murmurou e beijei seu pescoço dando uma leve mordida)
-Não está e você sabe, ele me perguntou o que é mariquinha... Quer me contar sobre esses estereótipos? (perguntei esfregando o rosto em seu pescoço)
-Eu não quero que zoem ele por ter cabelo grande. (ela falou e arranhei suas costas)
-Se zoarem a gente vai resolver, Henry tem que se sentir bem como é... Ele não quer cortar o cabelo, cortaria por você. (pontuei e ela mudou a expressão)
-Não quero que ele faça as coisas porque eu quero, não sou assim. (ela murmurou e beijei seu rosto suavemente)
-Eu sei, só que o Henry te venera demais e quer te agradar sempre... Você é a heroína deles desde sempre, tudo é "a papa sabe", "a papa fez". (comentei e vi seu sorrisinho orgulhoso)
-Vou conversar com ele. (ela disse e sorri, Lauren é ótima com as crianças)
-Amor, Henry quer um gato... Eu não gosto muito porque os do vizinho me deixaram traumatizada com as plantas, mas até que seria bom ele ter um bichinho. O que você acha de adotarmos um? (perguntei vendo a sua expressão pensativa)
-Tudo bem, agora vou ter mais tempo para ficar em casa e ensino o Henry a cuidar de um gato. (biquei seus lábios e a puxei para o banheiro)
[▪▪▪]
-Seus pais já chegaram. (comentei vendo o carro do meu sogro)
-Todo mundo, só falta a gente. (olhei todo o estacionamento e ri fraco)
-A culpa é sua. (pontuei e ela me abraçou por trás)
-Por que não reclamou enquanto eu fodia você no banheiro? (ela sussurrou roçando o pau na minha bunda)
-Porque estava ocupada demais gemendo pra você, agora sossega. (avisei antes de tirar Henry do carro)
-Mom, pode levar os carrinhos? (Henry fez biquinho e assenti levemente)
-Só dois... Quando formos ao parque você leva o restante. (disse e ele assentiu com a cabeça)
-Papa, colinho. (ele esticou os braços e ela o pegou)
Seguimos para dentro do restaurante e ele já se agitou indo mostrar os carrinhos para os avós, as meninas trouxeram e ele amou o presente. Cumprimentamos à todos e vi Henry se dar conta de que a "Thinker" tinha vindo de Nova Iorque com a irmã e sentou do seu lado a enchendo de perguntas.
Meus pais e sogros queriam saber de tudo sobre a viagem das meninas, como estão na faculdade e todas as novidades. Emmy e Beah contavam sobre as apresentações, a correria que é manter a organização de uma casa e a faculdade... Eu apenas ouvia tudo orgulhosa por saber que demos tudo de bom que tínhamos na criação dela para que conseguisse caminha sozinha.
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-Tia, podemos ir para outro lugar? Eu não quero ficar aqui. (ouvi Emmy falar baixinho e olhei em volta)
-Claro, mas aconteceu algo? (perguntei e ela assentiu com a cabeça)
-O Nathan está alí. (ela apontou disfarçado e olhei)
-Eu vou falar com a Lauren, hm? Podemos ir no outro parque. (sugeri e ela assentiu com a cabeça)
Observei Nathan de longe, ele estava bem mais magro e abatido do que a última vez que o vimos. Me aproximei da Lauren para falar e a vi correr praticamente na direção dele quando Henry chutou a bola. Mordi o lábio imaginando que poderia haver briga e vi Emmy avisar meu sogro que estava na mesma direção que eu, tentando impedir um encontro dos dois.
-Amor? (chamei, mas já era tarde demais)
-Lauren... Oi, Emmy. (ouvi Nathan falar e vi minha esposa olhar séria)
-Amor, vem. (chamei abraçando ela pela cintura e tentei fazê-la andar) Amor? Eu tô pedindo.
-Lauren, vamos. (meu sogro chamou e ela continuou encarando o ex-amigo)
-Eu queria pedir desculpas por não ter sido um pai presente. (Nathan falou baixo e Emmy deixou uma lágrima cair)
-Você não é meu pai, nem presente e nem ausente... Você simplesmente não é nada na minha vida. (ela falou com o olhar fixo no Nathan)
-Tudo bem... Só queria ter a oportunidade de fazer diferente agora. (ele disse e senti Lauren ameaçar ir na direção dele)
-Amor, por mim. (pedi tentando afastá-la mais um pouco) Amor?
-Ótimo, faça diferente com os filhos que você tiver por aí... Eu já tenho uma família e não preciso de você. (Emmy falou e veio na nossa direção)
-Roubou mesmo o meu lugar. (ele falou e vi Lauren negar)
-Esse lugar nunca foi seu... Você nunca foi um pai na infância dela e muito menos na adolescência, que foi quando ela precisou de alguém que dissesse que ia ficar tudo bem, ainda que não soubesse como... Não foi você quem a levou no primeiro dia de aula na faculdade e não vai ser você quem vai aplaudir quando ela se formar... Sou eu quem vai estar lá e orgulhosa por ajudar a mãe dela a criar essa mulher incrível que está na sua frente... E pode ter certeza que esse vai ser seu maior arrependimento, ter perdido a oportunidade de saber o quanto é maravilhoso ter a Emmy como filha... Vamos, Loirinha? (Laur chamou pegando ela no colo feito criança)
-Te amo, papa. (Emmy falou escondendo o rosto no pescoço dela)
-Tenha uma boa vida, Nathan. (senti Laur entrelaçar nossas mãos e deixamos ele sozinho)
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Ver Lauren encerrar mais um ciclo aquece o meu coração, Nathan a fez sofrer muito com a quebra da confiança e isso para nós é a base de tudo... Sem falar na forma que ele agiu com a Emmy também, Laur cuida dela como uma filha e jamais admitiria um mal que fosse para os nossos bebês.
-Estou orgulhosa de você. (falei iniciando um cafuné e Lauren sorriu sonolenta)
-Bater nele seria até covardia, a vida quem vai cobrar dele. (ela murmurou e beijei sua testa suavemente)
-Amanhã podemos ir à praia? (perguntei e ela desceu a mão até minha bunda)
-Gosta de ver feito camarão... Podemos ir sim, Latina. (ela falou e sorri selando os nossos lábios)
-Te amo. (sussurrei sentindo ela ficar em cima de mim) Mas antes preciso passar lá no restaurante, ver tudo.
-Tá, almoçamos lá então. (ela disse e ri, é só um pretexto pra marcar território)
-Tão ciumenta. (murmurei e ela afundou o rosto no meu peito)
-Só cuido do que é meu. (ela falou e mordi o lábio inferior)
-E eu sou sua? (perguntei arranhando sua nuca levemente e ela me olhou)
-Tem dúvidas? (neguei sentindo ela trilhar beijos pelo meu corpo)
-Nunca tive.
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Dia Seguinte
Pov Lauren
Acordei ouvindo umas batidinhas na porta e vi minha latina dormindo tranquilamente, tínhamos ido dormir tarde ontem fazendo amor, como ela gosta de falar. Levantei da cama bem devagar e peguei uma calça de moletom, sempre durmo de cueca e não é muito legal ficar assim na frente dos meus filhos. Abri a porta encontrando um Henry sonolento coçando os olhinhos enquanto abraçava seu ursinho de pelúcia.
-Sua mamãe está dormindo, não faz muito barulho. (avisei o pegando no colo e levei para a cama)
-Pode ver desenho? (ele perguntou e liguei a televisão bem baixinho)
-Sem bagunça. (avisei e ele se ajeitou nos braços da mãe)
Desci para preparar o Nescau dele e voltei para o quarto encontrando Henry agarrado na mãe enquanto assistia um desenho que passava na televisão. Me aproximei e vi o seu sorrisinho sonolento ao ver o "copinho de bico", deitei na cama me ajeitando nas cobertas e vi Camila se mexer na cama virando para o outro lado... Henry vai reclamar em 3,2... 1.
-Papa, a mamãe virou. (ri colocando ele ao lado dela novamente)
-Agora fica quietinho. (falei e ele assentiu com a cabeça)
-Eu sei... Se fazer barulho a mama acorda e fica muito brava. (ele disse frustrado e ri concordando)
-Isso aí! E não queremos churrasquinho de papa.
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-Papa? (acordei sentindo Henry mexer nos meus olhos)
-Por que você acorda tão cedo? (perguntei e ele sorriu com a língua entre os dentes)
-Eu já bebi tudo, olha! (ele falou mostrando o copo vazio)
-Então agora deita para dormir. (falei e ele deitou entre nós duas)
-A Mom parece princesa do desenho, que dorme muitão. (ele falou e ri negando com a cabeça)
-Ela está muito cansada, filho. (expliquei e ele virou de frente para ela)
-Que os anjinhos potejam, Mom. (ele falou fazendo um carinho no rosto da mãe)
Henry é um poço de carinho, a cópia exata da mãe dele, e derrete a gente o dia inteiro com essas pérolas e esse jeitinho fofo em tratar as pessoas. Observei ele ajeitando a coberta nela e ouvi a sua voz baixinha, ele estava contando uma histórinha como ela faz todas às noites. Fiquei esperando até o "viveram felizes para sempre" e ele beijou a testa dela antes de se ajeitar para dormir novamente, acho que mandamos muito bem nessa coisa de ser mãe.
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-Tia, sabia que eu consegui fazer um robô no colégio? (Théo me contava animado e sorri orgulhosa)
-Sério? E o que ele faz? (perguntei vendo o pequeno ajeitar seu óculos)
-Foi para uma feira de reciclagem que teve na escola, tínhamos que fazer brinquedos ou utensílios domésticos... O meu robô foi todo feito de latinhas, mas eu coloquei um pouco de robótica igual a senhora ensinou e ele serve para achar celular que some na casa... Fiz uma programação que pode ser conectada no bluetooth, assim se deixar ele no silencioso não perde. (ele explicou todo empolgado e baguncei seus cabelos)
-É isso aí, carinha! E qual é o nome do seu robô? (perguntei notando Dinah nos olhar e ele deu de ombros) Não acredito! Como o seu primeiro robô não tem nome? Isso é muito grave.
-Tem que colocar nome? (ele perguntou e cruzei os braços)
-Óbvio, como um robô não tem nome? Eu não posso acreditar que você não colocou nome nele e ainda levou para escola... Não posso acreditar nisso. (fiz drama e Théo já olhou para a mãe)
-E agora, mamãe? (ele perguntou e ela riu nos olhando)
-Temos que pensar num nome bem legal e eu posso fazer uma arte pra ele, uma logo, temos tempo. (ela sugeriu, os dois tem se aproximado demais nos últimos anos)
-Eu não sabia que robôs tinham nomes, só nos filmes. (ele comentou anotando tudo no seu caderninho)
-Toda criação tem nome, nunca esqueça... O nome é a marca do criador. (falei e Théo assentiu com a cabeça)
-Por que não vai jogar disco com os seus primos um pouco? Talvez de cabeça fria a gente pense melhor no nome. (Dinah falou e ele assentiu com a cabeça)
Observamos Théo ir jogar disco com seus primos enquanto as mães estavam numa conversa animada com meus sogros, hoje viemos ao parque natural de Miami fazer o "piquenique mensal" em família. Todos os meses marcamos um dia só para ficar em família, conversando e brincando... Ally foi quem sugeriu quando percebeu que toda a correria do dia a dia estava "afastando" as amigas, uma ótima idéia... Assim todos os nossos filhos podem crescer perto um do outro e aprendem que somos uma família do nosso jeitinho, ainda que diferente de todo o padrão da sociedade.
E eles cresceram tanto... Adam completou dezesseis anos mês passado, voz grossa e todo o jeitinho formal do Brad para falar, mas tão carinhoso quanto a Ally... Ele está na fase de querer impressionar as garotas do colégio, mas quem não se encantaria? O garoto é um poço de gentileza, conversa muito bem sobre qualquer assunto e não é escroto com as meninas... Ally se irrita só em imaginar que daqui a pouco tem "nora" chamando no portão, diz que o filho ainda é um bebê e só vai namorar com quarenta anos, casar e só depois dos sessenta.
Ethan é o meu bagunceiro, clone da Vero e o terror da casa... Lucy pira legal com tudo que esse garoto apronta em casa, semana passada ele inventou de subir na árvore da praça pra pegar pipa e ficou pendurado só por uma perna porque desequilibrou, sorte que não caiu... Ethan tem tanta passagem no hospital por cortes, braços quebrados e dor de barriga por excesso de doces que estou pensando em cortar o plano médico da empresa, o garoto dá muito prejuízo e só tem dez anos.
Théo é o mais calmo dos três... Prestes à completar quatorze anos no mês que vem, ele continua sendo super interessado pela tecnologia e histórias de heróis. Ainda tem um pouco de dificuldade em interagir com outras pessoas por ser tímido, mas já está bem melhor nessa questão desde que ele começou a fazer aula de robótica. Acabou conhecendo alunos que também possuem o mesmo gosto e se socializou melhor, ele é um garoto de ouro.
-Você ainda vai levar o Théo na exposição de jogos? (Dinah perguntou e assenti com a cabeça)
-Claro, sabe que sempre levo. (disse e ela me olhou de relance)
-É que ele me perguntou se agora que está grande muda algo, ele gosta muito desses eventos. (ela disse e sorri fraco, ele é meu parceiro de jogos)
-Enquanto ele gostar, eu levo... Théo falou que você foi na escola ver a apresentação de robótica dele. (comentei vendo o Henry com seu carrinho de controle remoto)
-Foi incrível! Eu não entendo muito quando ele fala algumas coisas, mas amo quando o Théo me conta sobre o que aprendeu na aula. (ela disse orgulhosa e sorri olhando as crianças) Obrigada.
-Por? (perguntei confusa e ela prendeu os cabelos)
-Pela conversa de anos atrás, me fez ver o filho maravilhoso que tenho. (ela disse e ri negando com a cabeça)
-Você veria mesmo que não quisesse, ele é incrível. (confessei vendo o seu sorriso de mãe orgulhosa)
Continuamos observando os nossos filhos em silêncio, apesar de dois anos atrás ela ter pedido "perdão" tanto para mim quanto para Vero, não somos amigas... Seria uma hipocrisia da nossa parte fingir que tudo o que ouvimos não magoou, mas podemos seguir em frente com maturidade. A prova disso tudo é a relação que temos com as crianças principalmente, apesar de tudo a gente sabe separar as coisas e o principal, respeitamos o espaço uma da outra.
-Papa? Papa? (vi Henry correndo na minha direção e abri os braços)
-O que foi dessa vez? (perguntei vendo ele olhar curioso para Dinah)
-Por que a tia Di é só dinda deles e minha não, papa? Eu também quero... Pode ser a minha dinda também? (ele perguntou com um biquinho fofo)
-Pergunta ela, ué. (brinquei e ela me olhou procurando uma resposta)
-Pode, tia? (ele perguntou segurando o seu carrinho de fórmula 1)
-Claro que posso, pandinha. (ela falou e vi Henry sair correndo)
-ELA É MINHA DINDA TAMBÉM! (ouvi seu grito animado e sorri fraco)
-Daqui a pouco ele esquece. (ela falou um pouco apressada e neguei levemente)
-Por mim, tudo bem... Henry te adora e não vou me opor à uma relação saudável, nem adiantaria na verdade porque ele é a cópia da Camila na teimosia... Usa aquele bico e consegue tudo o que quer. (falei vendo ela rir me olhando)
-Ele é um Cabello, é genético.
[▪▪▪]
-Papa, amanhã podemos ir numa joalheria escolher um anel de noivado? (ouvi Beah perguntar e assenti com a cabeça)
-Finalmente! Pensei que iam namorar por mil anos... Quem é a ativa? (perguntei e vi minha filha corar feito um tomate)
-Papa?! Não se pergunta isso. (ela disse e cruzei os braços incrédula)
-Filha, comer é muito bom... Deveria tentar algum dia, sabia? (disse e ela escondeu o rosto no travesseiro)
-Papa! Somos relativas e é ótimo, mas eu prefiro... Ah, você entendeu. (ela falou num tom tímido e ri assentindo)
-Porra... Está bom dessa conversa já, achei que você era a que comia... Vou até dormir frustrada agora, jogou o "Legado Jauregui" no ralo. (neguei com a cabeça fingindo um desgosto e ela gargalhou)
-Papa, me deixa dormir... Não esquece que vai me levar pra comprar o anel. (ela disse desviando o assunto e beijei sua testa)
Ajeitei a coberta em seu corpo e apaguei a luz deixando apenas a claridade do abajur iluminando o quarto. Beah e eu quase não falamos sobre o namoro dela por eu ainda ter muita dificuldade de entender que meu pinguinho de gente cresceu. Quando falo é sempre desse jeito, direta demais e minha filha fica igual tomate por ser tímida nessa questão, melhor Camila cuidar disso.
Voltei para o meu quarto vendo Camila me esperando deitada na cama assistindo um jogo, tinha falado hoje cedo que assistiria, adoro ver basquete. Deitei na cama depois de tirar a calça de moletom que eu usava e em segundos Camila estava deitada em meu peito, sempre ficávamos assim antes de dormir. Senti suas unhas passearem no meu corpo e suspirei ao notar sua mão ir até a barra da minha cueca evoltar para o meu abdômen novamente.
-Beah não é a que come. (falei e Camz me olhou de relance)
-Diz que você não perguntou... Lauren, isso é invasivo demais. (ela falou sentando na cama e dei de ombros)
-Quando notei já tinha perguntado, ela não é a que come... Isso é frustrante. (falei e vi Camila franzir o cenho)
-Por que? É ótima a sensação. (ela disse e fiz uma careta) Que foi?
-Ela é uma Jauregui, Camz. (falei e ganhei um tapa no braço) Ai!
-Não seja machista, mocinha. (recebi sua advertência e bufei frustrada)
-Vou até dormir de olhos abertos... Vai que você acha que todo Jauregui é assim, não é seguro mais. (murmurei e ela gargalhou me olhando)
-Quanta bobeira... Até parece que você me deixaria fazer alguma coisa sendo assim tão marrenta... (ela disse voltando a deitar em meu peito) Ou deixaria?
-Nem fodendo, nunca! (pontuei e ela riu me olhando sapeca)
-Muito machinha mesmo.
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O QUE ACHARAM? 😍😍😍
É isso aí, Henry. Por que não pode estudar na sua escolinha? É bem mais legal.🤣🤣🤣😍
Você quem escolheu a Emmy, pena que ela nem escolheu a roupa ainda. 🤣🤣🤣🤡
Quebra o vaso de plantas, ensina palavra feia e no final vai adotar um gato... Que reviravolta meus amigos.🤣🤣🤣
Esse "Te amo, papa" deve ter doído no fundo, Nathan... E sim, o ciclo foi encerrado dessa forma.
As palavras muitas vezes doem mais do que um soco e vida cobra, com juros aliás. 😴👊👀
"Que os anjinhos potejam" 😍😍😍
E é assim que uma dinda é escolhida, né Henry? 🤣🤦🏽♀️❤
"Filha, comer é muito bom" 🤣🤣🤣
Lauren, se preserve. 🤣🤣🤣🤣🤦🏽♀️
Beah acabou com a segurança, vai dormir até de olho aberto. 👀🤣🤣🤣🤦🏽♀️
50 COMENTÁRIOS PQ SIMMM
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