Capítulo 27 |u m s e r i n e x i s t e n t e
Eu estava angustiada, sem qualquer notícia de algum médico ou enfermeira, exatamente ninguém vinha me dar qualquer informação.
Eu estava já desistindo, quando finalmente uma enfermeira veio em minha direção.
— A senhora é parente da senhorita Anahí Portilla? — A enfermeira perguntou me encarando.
— Sou sim, Anahí é minha irmã — Falei a encarando de volta, eu escondi por tempo demais, Anahí era minha irmã e estava precisando de mim.
— Ótimo, me acompanhe então — A enfermeira Felicia me pediu enquanto, andava eu a acompanhava.
Finalmente chegamos na frente de uma porta verde, e entramos, haviam várias pessoas em diversos quartos, inclusive eu poderia ouvir mulheres que estavam entrando em trabalho de parto ali, será Annie estava em trabalho de parto também? Céus, onde estava aquele estúpido do Alfonso agora?
Andando um pouco eu cheguei ao pequeno quarto aonde Annie estava, assim que ela me viu, abaixou a cabeça, eu entrei e me sentei na cadeira aonde estava ela, nesse mesmo momento o médico adentrou o quarto.
— Boa tarde, sou o Dr Pablo Rey, mais podem me chamar apenas de Dr Pablo, a senhorita Anahí perdeu muito sangue por que não há um feto, apenas um saco gestacional,é uma gravidez anembrionaria, sem o embrião. É igual a uma gravidez normal, apresentando os mesmos sintomas, a sua barriga iria crescer, apenas com o saco gestacional vazio. — O Dr começou a explicar, nesse momento Annie levantou a cabeça, seus pequenos olhos azuis se encherem de lágrimas ao ouvir a palavra aborto. — Então, esperem um pouco, logo uma enfermeira vem dar uma anestesia a ela e viemos fazer a curetagem.— Ele disse a olhando e então saiu.
Do nosso lado, na cortina ao lado uma mulher adentrava a sala, ela gritava, berrava de dor, estava em trabalho de parto, como a cortina do acento de Anahí estava aberta dava para vermos a cena.
— Por favor respire fundo, senhorita Sabine — Uma enfermeira falou,enquanto olhava a mulher que estava perto de dar a luz ao seu bebê.
E por mais que ela tenha me feito muito mal, eu senti por ela, achei muito triste ela ficar no mesmo quarto que as mulheres que teriam seus bebês, enquanto ela iria tirar o seu, eu segurei sua mão, ela não negou, só me olhou com os olhos cheios de lágrimas.
— Por que me salvou se te fiz tanto mau? — Anahí perguntou, tristemente me olhando.
— Por que apesar de tudo de ruim que causou em minha vida,eu jamais deixaria alguém morer em minha frente ou pedir ajuda e negar, ainda mais alguém com um bebê — expliquei calmamente, enquanto eu a encarava.
Ela abaixou a cabeça por breve segundos, enquanto isso,uma enfermeira adentrou o quarto, Anahí ainda continuava fraca eu podia ver pelas expressões em seu rosto que ainda continuava pálido.
— Veio para ajudar ela a tirar o tal saco que o médico falou não é? — Perguntei dando um leve sorriso para a enfermeira.
— Não, o médico não autorizou a curetagem, disse que ela estava muito fraca, o médico voltaram para assinar a alta dela, ela vai voltar pra casa — A enfermeira com cara de cu com câimbra falou friamente nos encarando.
— Mas ela continua com dor e fraca — Falei completamente chocada com tal falta de profissionalismo.
— Ordens do médico, com licença — A enfermeira falou e simplesmente saiu.
Eu esperei ao lado de Anahí, incapaz de dizer qualquer coisa, deixei o silêncio reinar ali, então o Dr Pablo apareceu, ao lado de uma enfermeira ele pegou um papel assinou e entregou novamente a enfermeira cara de cu que saiu, então ele veio até até Annie, ele a examinou, anotou algo em sua prancheta.
— Senhorita Anahí , você está liberada — O Dr disse a olhando.
— M-mas eu ainda estou com muita dor, Dr — Anahí se pronunciou,sua voz ainda estava fraca.
— Sim, mas a senhorita está muito fraca pra a curetagem, deixaremos o saco sair naturalmente, sangue é algo normal isso significa que o saco estava saindo, a senhorita só precisa esperar, qualquer coisa a mais é só voltar aqui — O Dr começou a falar, eu encarei sua cara enquanto ele falava, que homem detestável .
Então eu ajudei Annie a se levantar, fomos até o banheiro, peguei uma roupa e a ajudei a vestir, pelas suas expressões ela estava com muita dor, suspirei a ajudando.
— Se apoie em mim para saímos e irmos até o carro — Falei a olhando.
Ela apenas assentiu com sua cabeça e se apoiou em mim, saímos do quarto, ela já estava de alta não havia mais o que fazer, infelizmente eu não era médica nem nada, finalmente chegamos lá fora, abri a porta e ela se sentou, fechei a porta e entrei no carro, comecei a dirigir de volta pra a casa dela.
Ela estava calada de cabeça baixa, pelo retrovisor eu podia ver as lágrimas deslizando por seu rosto, quando finalmente chegamos, eu a ajudei, a levei para dentro, então sai da sua casa, entrei no carro e dirigi de volta para a casa.
O dia havia sido cheio.
CONTINUA...
Aí gente esse capítulo é bem triste mesmo, o bebê nunca existiu :(
Comentem e votem muito amores.
Tia_Olaf
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro