Capítulo 25 | c o m o e u m e s e n t i
Quando eu saí daquela sacada e corri para dentro do meu quarto, meu coração batia acelerado dentro da caixa torácica, a única coisa que eu queria era ir até meu marido e o beijar novamente.
A mulher loucamente apaixonada dentro de mim, está me implorando para voltar lá, mas o amor se não é recíproco não vale a pena, nesse relacionamento apenas eu amava, apenas eu cuidava, apenas eu dava carinho, era simplesmente eu amando pelos dois, e isso dói demais e cansa muito. Então não, mesmo que quissese perdoar meu marido eu simplesmente não conseguia fazer isso, eu amava Christopher demais, mas não podia perdoa-ló.
Perdoar todos os anos com a sua frieza e crueldade implacável, eu estava cega pelo amor que não vi o quanto Christopher não me merecia, eu o amava com a minha vida, mas não podia simplesmente o perdoar assim tão fácil, em minha mente se voltam flash do dia da festa na mansão, aonde Christopher na frente das câmeras, sem qualquer sentimento ou consideração, trouxe a sua amante vadia e a beijou na minha frente, sem se importar comigo; por que diabos eu deveria o perdoar? Sim eu tenho coração,mas no momento eu o congelei junto com meus sentimentos.
No momento eu não queria sentir nada por aquele que ainda é meu marido.
Corri pro quarto e me tranquei, andei até a cama sentindo minha respiração meio ofegante, no momento que me sentei na cama,levei minhas mãos aos meus lábios machucados pelo beijo selvagem e quente com meu marido, meu corpo me traía de uma forma terrível, resistir a ele era pior que ficar com sede, mas eu havia conseguido.
Em meio aos meus devenaios, eu me deitei na cama e acabei adormecendo, quando a luz do sol invadiu meu quarto,eu abri meus olhos com uma certa dificuldade, quando minha vista focou, eu vi uma linda bandeja de café da manhã em cima do criado-mudo, eu já sábia exatamente de quem era, isso fez um sorriso teimoso crescer no meu rosto, eu me levantei, peguei a bandeja e a coloquei em cima da cama, tomei meu suco de laranja e dei uma leve mordida nas minhas torradas com nutella, estava uma delícia.
Terminei meu café em um pulo, quando a campainha da mansão tocou, eu ouvi Maria atender a porta, mesmo ainda magoada com meu marido eu nunca poderia esconder o quanto eu o amo, e o quanto eu quero perdoar ele.
Me vesti rapidamente, vesti um vestido longo com as duas alças caídas no estilo "cigana", arrumei meus cabelos ruivos que caiam como cascatas sobre meus ombros, passei um leve batom, com um blush e um corretivo apenas para esconder minhas olheiras, saio do quarto na esperança de ver meu marido, desço as escadas, mas para a minha total decepção, dois policiais fardados estão na minha sala, assim que me vêem se levantam e vem até mim, dou um sorriso fraco.
- Bom dia senhora Dulce, perdão por incomodar tão cedo, mais temos algumas perguntas. - O Policial falou sério me olhando.
Senti meu coração acelerar, eu sábia do que eles iriam perguntar, do meu sequestro, uma memória volta em minha mente, de antes de poucos minutos de Christopher invadir com a polícia.
- Se falar qualquer coisa de mim, mato o seu querido maridinho,bico calado ou vai se arrepender Dulcinha - Alfonso falou me encarando sério e ameaçador, pude sentir a verdade em suas palavras, meu coração estava parecendo uma escola de samba, se algo acontecesse a Christopher eu jamais me perdoaria.
Não posso falar nada!
- Claro que pode, você deve! - Meu subconsciente me rebate.
- Claro, com toda certeza irei responder tudo que perguntarem - Respondi com um sorriso mais falso que os das bonecas. - Por favor sentem -se - Falei olhando os dois oficiais que se sentaram no sofá ainda me olhando.
- Sim, obrigado - O oficial agradeceu e depois voltou aos papéis em suas mãos. - A senhora poderia nos falar se se recorda de alguma característica física do seu sequestrador? - Ele perguntou me encarando, respirei fundo ainda com um sorriso falso.
- Na verdade, oficial, eu não me recordo de nada, ele estava com o rosto tampado com uma máscara, eu já estava muito fraca - Comecei a explicar ,mentindo, me batendo mentalmente por estar acobertando Alfonso, mas eu não poderia colocar a vida do meu marido em risco assim.
E sim, Alfonso o faria, ele seria capaz de machucar o próprio irmão, aquele mostro inescrupuloso.
- Claro, compreendemos - O outro oficial se pronunciou me encarando e se levantando. - Mesmo assim, se a senhora se recordar de algo, por favor nos notifique, queremos muito descobri quem foi o bandido que a sequestrou e o colocar na cadeia - O Policial falou me olhando.
Eu também queria aquilo mais do que qualquer pessoa.
- Claro, se eu me lembrar de algo que possa ajudar, eu entrarei em contato com a polícia imediatamente - Falei me levantando também.
- Ótimo, tenha um bom dia senhora Dulce - O oficial falou já saindo, sendo seguido por Maria que fechou a porta.
Me sentei novamente no sofá sentindo uma pontada de culpa, afinal eu estava mentindo para a polícia e aquilo não era nada bom, mas o que eu poderia fazer? Nunca arriscaria a vida do meu amor daquela forma.
Me levantei do sofá, subi as escadas, resolvi aproveitar o dia na piscina, já que o sol estava bem quente, Christopher deveria estar na empresa só voltaria mais tarde, peguei meu maiô, ele era vermelho, com uma abertura dos lados na parte da cintura, vesti e sai do quarto, desci as escadas, e fui para a área da piscina, me sentei em uma das cadeiras de sol, passei protetor em meu rosto e corpo, guardei e desci as escadas da piscina, até estar na água que estava morta, então eu mergulhei, sentindo a água no meu corpo, era relaxante, ainda mais naquele dia de calor.
Fechei meus olhos por uns minutos, e apenas relaxei, quando fui saindo do meu pequeno transe de paz, relaxante, com a voz de Maria me chamando.
- Senhora Dulce - Maria me chamou, então eu abri meus olhos, Maria estava segurando o telefone em suas mãos.
- O que houve, Maria? - Perguntei, vendo a expressão dela.
- É a senhora Anahí no telefone e ela quer falar com a senhora, devo dizer que não está? - Assim que Maria mencionou o nome da vadia da Anahí, senti meu sangue ferver.
Pensei e resolvi atender, apesar de tudo, talvez fosse algo importante, eu esperava que sim, saio da piscina e pego o telefone das mãos de Maria, agradeço a ela que sai.
- O que você quer, Anahí? - Perguntei friamente.
- Dulce eu...Por favor me ajuda, por favor - A Loira falou completamente desesperada e parecia estar com voz de choro. - Por favor eu imploro.
- Desista eu não vou cair nessa de novo! - Respondi sem qualquer sentimento.
- Dulce por favo, eu preciso da sua a-ajuda - Ela falou, dessa vez eu podia sentir que era de verdade, afinal de contas Anahí estava grávida.
Peguei a toalha , e me enrolei nela, com o telefone em meu ouvido, subi as escadas rapidamente, no quarto peguei um short de tecido e o vesti, o maiô poderia ser usado igual a um body, desci as escadas, andei até a bancada da sala e peguei as chaves do meu carro, ainda com ela na linha.
- Eu já estou indo - Foi a única coisa que eu falei, e então desliguei.
Eu só esperava que dessa vez ela estivesse falando a verdade.
C O N T I N U A...
A Margarida apareceu, meus amores desculpem a demora por favor, eu ainda estou com bloqueio, mas estou lidando com ele.
Um capítulo bem grande pra recompensar vocês e aí, você é acham que a Anahí está mentindo ou falando a verdade?
Comentem e votem muito meus amores.
Amo vocês
Tia_Olaf
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