Capítulo 20 | o r e s g a t e
Olhe para mim, não diga nada, me abrace em silêncio, me dê um minuto sem dor.—Dulce Maria.
Hoje faria exatamente um mês que eu estava presa aqui nesse galpão, presa com esse psicopata que Alfonso Uckermann é, eu nunca pensei que seria capaz de me enganar com a personalidade e o carácter de alguém, porém, mais uma vez provei estar completamente errada.
Esse Alfonso que me mantém aqui em cárcere, esse Alfonso que grita comigo, que me faz abaixar a cabeça de medo, não é o Alfonso que eu conheci, ou talvez, só talvez, ele tenha sempre sido essa Alfonso psicopata e estava interpretando o papel de "garoto perfeito"
Um mês, era esse exatamente o tempo que eu estava aqui, cada dia que passava a esperança parecia querer sucumbir, querendo ir embora, mesmo sentindo essa dor, e esse medo, eu não perdia a esperança, a esperança que Christopher, que o meu marido estaria me procurando, cada dia que passava eu me sentia mais fraca, mais triste, sem mais forças para lutar.
Estou a um mês sem comer nada, após me revoltar e não deixar o nojento do Alfonso tocar em mim, ele me deixou sem comida, apenas água, meu estômago ronca em níveis extremos, eu estou apenas pele e osso, posso literalmente contar cada costela minha.
A grande porta de metal se abre, fazendo o barulho de sempre, nem me dou ao trabalho de olhar, para saber que se tratava de Alfonso.
Quando a porta se abriu ele entrou e veio até mim, eu apenas continuei olhando para o chão.
- Parece que seu príncipe encantado não veio, não é mesmo? - Alfonso falou sorrindo com deboche, me mantive calada. - Estou falando com você, caralho!
Veio o primeiro golpe, ele cortou as cordas e fui direto ao chão, então ele se aproximou, um golpe rápido acertou minha barriga em cheio, emiti um grito alto de dor, sentindo ele chutar a minha barriga, tossi um pouco de sangue, enquanto observava o sangue descer pelos meus lábios, mesmo me arrastando, eu consegui escapar de sua vista, ele iria me bater de novo, porém um chamado lhe parou, ele saiu tão apressado que deixou o celular em cima da mesinha, me arrastando eu consegui o pegar, entrei em telefone e liguei para Christopher, no segundo toque ele atendeu, e eu agradeci baixinho aos céus.
- Alô? - Ele pergunta do outro lado da linha, com sua habitual voz grossa e rouca de sempre, eu quase choro ao ouvir sua voz novamente.
- Chris sou eu - Falo em un fio de voz,pois eu já estava extremamente fraca - Eu estou presa em um galpão eu não sei qual, mais por favor me ajude! Por favor! - Implorei, a essas alturas as lágrimas já desciam sem controle pelo meu rosto.
- Dulce? Acha que é na cidade esse galpão?
- Não sei, eu não sei - Falei entre soluços.
Foi quando eu senti um puxão forte em meu cabelo, gritei de tamanha dor, tentando me soltar, Alfonso puxa meus cabelos, sinto meu coro cabeludo arder, então ele pega o telefone me olhando com ódio.
- Não por favor, não - Em um fio de voz, eu imploro já quase sem forças.
Então minutos depois o celular está em pedaços no chão, Alfonso veio até mim ele estava completamente louco, um tapa forte acertou em cheio a minha face, virei meu rosto, sentindo as lágrimas cairem com força.
- Monstro! - Falo com o restante de forças que me resta, deixando o ódio nítido em minha voz, por que eu aprendi a odiar Alfonso, de uma forma que nunca imaginei que fosse possível odiar alguém.
Outro tapa, minhas bochechas estão ardendo, quero fugir, quero correr, mas não me restam mais forças, minha barriga ronca alto, a fome está me matando, ele acerta um soco em meu olho, grito com a força e isso me faz me desequilibrar e cair no chão, tento me arrastar para longe dele, mas não havia como fugir.
- Não tem como fugir, Dulcinha, eu vou te ensinar a me respeitar, sua vadia! - Ele fala, completamente furioso, me encarando com seu olhar insano e louco, senti o sangue ser drenado do meu rosto, o medo me pegou com força total, paralisando meu corpo.
Foi quando ele veio até mim, e chutou com toda sua força meu estomâgo, era como se eu sentisse algo dentro de mim me quebrar, gritei alto de dor, eu só queria fugir, eu só queria que ele parasse, outro chute, e novamente outro, senti minha visão ir escurecendo, todas as forças do meu corpo estavam me abandonando, eu gritei, tossi cuspindo sangue no chão, encarei ele.
" Por favor pare, por favor pare" Implorei em meus pensamentos.
- E-eu...im.ploro...por...favor... - Forcei minha voz a sair, mesmo fraca e quase em um fio de voz. - P..ar..e - Implorei o olhando em meio aos meus soluços.
Quando Alfonso iria me acertar outro chute, nos ouvimos barulhos de sirenes, era a polícia, pelo olhar desesperado ele sábia que iria ser pego, então ele saiu correndo, fugindo, eu o assistir fugir, a porta se abriu, era Christopher, após quase uma semana sem vê-lo, ele estava ali, ele veio me buscar, quando nossos olhares se encontraram, eu senti meu coração disparar, mesmo com toda dor em meu corpo, eu sempre soube, ele iria vim, ele iria vim me salvar.
- Dulce - Ele disse vindo até mim.
Os braços dele rodearam meu corpo, puxando-me contra o próprio peitoral. Meu coração começou a bater em um ritmo acelerado, falhando algumas vezes por causa da sensação de senti-lo tão perto de mim depois de um mês, de sentir o cheiro da colônia e do creme de barbear dele. Ele passou a afagar delicadamente o meu cabelo, me dando um prazer imenso e uma sensação de Passei meus braços envolta dele, retribuindo o abraço afetuoso e que eu tanto sentia tanta falta.
Ele me deitou em seu colo, eu simplesmente o abracei com o resto de forças que havia sobrado em mim, envolvi meus braços em volta do seu corpo, sentindo suas mãos acariciar meus cabelos, seus olhos intensos sobre mim, eu amava ele, eu o amava muito, e eu sábia eu sempre soube, mesmo no fundo do poço e quase perdendo a esperança, no fundo eu sábia, ele nunca iria desistir de mim.
- E-eu...A-mo você - Falei sincera encarando seus olhos, sentindo minha vista começar a escurecer.
E então eu o ouvi me chamar, mas sua voz ficava cada vez mais longe, eu não podia lhe responder mais, eu senti minhas forças irem embora completamente, enquanto lentamente meus olhos se fechavam, entao tudo virou escuridão.
C O N T I N U A....
Olha eu aquii, com um capítulo para mecher com todas as estruturas do seu coração haha.
Chorei 😢
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Tia_Olaf
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