Eu estava completamente perdida em meus pensamentos, olhando a janela, a chuva começou a cair forte lá fora, a chuva e minha dor, parecia algo tão nostálgico.

- Senhora já chegamos - Ouvi a voz de Logan me chamando e de repente acordei para a realidade.

- Vocês podem ir- Pedi com um fio de voz e ele apenas assentiu com a cabeça.

- Acho que vai precisar disso, senhora Uckermann - Carlos me entregou um guarda chuva rosa, e me limitei apenas a dar lhe um sorriso, lhe agradecendo.

Então eu sair do carro com o guarda chuva, coloquei meus olhos na mansão a minha frente, parei na frente da porta, toquei a companhia, e Elisa, a governanta da casa me recebeu.

- Senhora Dulce? Meu Deus, entre! - Elisa me puxou para entrar e eu apenas a segui. - Eu vi no jornal a notícia e quase não acreditei, a senhora nunca bateria em uma mulher grávida! - Elisa falou completamente indignada e eu apenas sorri, era ótimo saber que alguém acreditava em mim.

- Obrigada, Elis - Eu agradeci sorrindo. - Onde está?

- Ela já está descendo - Elis falou, notando o meu total desequilíbrio total.

Eu agradeci, me sentei no sofá, enquanto Elis ia para a cozinhar, eu nem notei quando a morena surgiu em minha frente, como sempre muito bela.

- Dulce, Meu Deus o que houve naquele shopping? - Ela me perguntou, me olhando completamente chocada.

Eu apenas me levantei e a abracei com força.

- May - Eu disse com a voz chorosa, a morena apenas me abraçou de volta, enquanto eu chorava sem parar.

- Chora amiga, é bom, isso deixa ir embora tudo que te machucou - May falava, acariciando meus cabelos.

Eu fiquei ali, chorando sem parar, enquanto May apenas me ouvia em silêncio, Elis trouxe um copo com água e eu bebi, sentindo-me visivelmente mais calma, me sentei no sofá novamente, Maite se sentou ao meu lado.

- Está melhor? - A morena perguntou, com sua voz carinhosa e preocupada, May era como uma irmã mais velha para mim.

- Sim - Falei, minha voz tremia levemente, por conta dos soluços.

- Agora que está mais calma, me conte essa história direito, do começo ao fim - Maite pediu mais séria, dessa vez me olhando, com uma postura mais séria e fria.

Então eu comecei a contar tudo, desde o dia em que conhecia Anahí, até o dia da confusão lá na mansão, no closet, até o dia do shopping, contei tudo, sentindo o ódio e raiva presente em meu tom, Maite apenas ouvia me olhando, eu obviamente, ocultei o detalhe que Christopher ficou ao lado da víbora e completamente contra a mim.

Maite Perroni, era uma das melhores juízas do México, conhecida como justiceira, e nesse momento Maite me encarava como uma juíza completamente séria e concentrada.

- Que vadia! - Maite gritou, completamente irada.

- Muito - Concordei entre dentes. - Há algo que eu possa fazer, para provar minha inocência? - Perguntei olhando a morena, que parecia pensar em algo e um sorriso iluminou seus lábios.

- Tem algo sim - Maite comentou, me olhando, seu olhar era sério, o habitual olhar do juízo final, que ela sempre dava ao determinar uma sentença.

- O que? - Perguntei completamente desesperada e entusiasmada.

- Não lhe direi agora, Dulce você é muito impulsiva e isso pode acabar com o plano, que idéia de jerico foi essa de ir ve-lá sem nem ao menor levar um gravador? - A morena lançou um olhar reprovador a mim, e eu me senti levar uma bronca.

- Eu não pensei nisso, May - Tentei me defender, diante do olhar reprovador da morena.

- Ok, eu entendo - Ela falou soltando um suspiro. - E Christopher? Ele te defendeu, não é? - May perguntou, me olhando com expectativa, esperando minha resposta.

- Não, ele acreditou nela - Respondi, abaixando a minha cabeça, para tentar esconder a tristeza em meu tom.

- ELE O QUÊ? - Maite gritou, completamente enfurecida.

- Ela conseguiu manipular completamente a situação, e óbvio que convenceu Christopher e Alfonso que eu era culpada, agora todos me odeiam, May - Contei toda a verdade, Christopher e Alfonso foram manipulados.

- Eu não acredito nisso, puta merda! - A morena comentou, ela estava irritada. - Christopher e você são casados a anos, como ele não pode acreditar em você, Dul? Que homem mais estupido! - Maite comentava, completamente furiosa. - Com os irmãos Uckermanns, eu me entendo depois, agora você precisa de um banho, esse aroma de tomate não está com nada.

- Eu também concordo - Falei dando um sorriso fraco.

- Sim, essa fragrância de podre e tomate parece boa, mais eu não compraria, vem, eu vou lhe dar um toalha - May falou, brincalhona e eu acabei sorrindo.

- Obrigada, tita - Agradeci sorrindo sincera a olhando. - Sem você eu não sei o que faria

- De nada, amigos são para essas coisas - Ela falou me dando um sorriso terno. - Mais nem pense em me abraçar novamente assim!

- Okay senhora juíza - Falei levantando as mãos em sinal de rendição.

May e eu subimos as escadas de sua mansão, chegamos no quarto de hóspedes, ela me entregou uma toalha limpa, mandou uma empregada preparar a banheira para mim, e então eu entrei, sentindo meu corpo todo relaxar, o dia de hoje havia sido muito cansativo, terminei meu banho, peguei a camisola que Maite deixou em cima da cama para mim e vesti, a morena tinha quase o mesmo que o corpo que o meu, e então suas roupas caiam perfeitamente em mim.

Eu sai do quarto, me sentindo mais leve, parei na frente da escada, ao ver a morena com meu celular e parecia falar furiosamente com alguém.

- Agora você lembrou que tem esposa? - Ouvi Maite pergunta, completamente irônica, soube no mesmo momento que ela falava com meu marido. - Você fez a merda de duvidar da sua própria ESPOSA, com quem é casado a anos, e agora quer tentar concertar? Nada disso! Dulce está segura e eu não vou contar onde ela está, passar bem Christopher - Maite falou rapidamente, e logo desligou, morrendo de raiva.

Desci os últimos degraus e alcancei a morena.

- Era meu marido, não é? - Perguntei, dando um sorriso triste.

- Sim, ele queria saber onde você estava, mais eu não disse, ele precisa de um castigo para aprender! - Maite falou revirando os olhos.

- Talvez eu devia dizer que estou aqui e fazer ele ficar tranquilo - Falei tentando pegar meu celular.

- Claro que não, Dulce! Ele merece passar a noite toda pensando nas merdas que fez, pare de ser tão boba por ele, Dul! - Maite falou, me olhando e sem me deixar pegar o telefone, e eu sábia que ela tinha razão.

- Certo, eu sei que ele merece, tem razão - Falei suspirando e vi a morena sorri.

- Vem amiga, vamos que você precisa descansar, amanhã pensamos no que faremos - Maite falou me puxando e nos subimos as escadas, e formos para o quarto.

Eu entrei no quarto, dei boa noite a Maite e ela saiu, eu me deitei na cama, me cobri com os cobertores e logo adormeci, pois estava muito cansada.

Amanhã será outro dia...

(...)

Quando eu abri meus olhos, o dia estava nascendo, eu corri para janela para assistir aquele lindo nascer do sol, ainda era cedo, ninguém estaria acordada aquele horário, sem sucesso para o sono voltar eu apenas me levanto, visto o robe e saio quarto, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho, eu andei e a mansão estava silenciosa, fui até a sacada e me sentei na cadeira, meus olhos estavam hipnotizados no belo nascer do sol, que era tão lindo e nostálgico.

Enquanto eu olhava aquele belo show da natureza, eu senti meu coração se aliviar levemente, quando eu já estava saindo, a morena se aproximou de me mim e sentou ao meu lado, inicialmente, ontem no meio de toda aquela confusão, eu não havia notado o verdadeiro estado da minha amiga.

Maite estava com olheiras profundas, como se não estivesse dormindo por dias, os grandes e cativantes olhos castanhos, estavam tristes e solitários, e eu pude entender isso quando a morena me mirou, ela parecia triste, abatida.

- Bom dia, Dul, dormiu bem? - May perguntou, quebrando o nosso silêncio.

- Sim, muito bem - Falei a olhando e mentindo, Maite me olhou com seu típico olhar de juízo final.

- Você mente muito mal, amiga - May comentou, abrindo um leve sorriso que não alcança seus olhos.

- Okay eu cai da cama - Admiti, vendo Maite dar uma leve risada. - May o que está havendo com você? Está tudo bem? Qualquer coisa eu estou aqui para te apoiar ou ajudar - Continuei, vendo a morena arregalar os olhos, segurei suas mãos, mostrando meu apoio a ela.

- O-que? Não! Eu estou bem, nada está acontecendo comigo, Dul - A morena falou, mais eu podia notar que ela estava mentindo.

- Você também mente muito mal, Perroni - Eu falei levemente divertida, soltei a sua mão sua e suspirei.

- Dul eu não posso te ajudar, você sabe não é? As pessoas iriam pensar muito mal - a morena começou a falar, e eu entendia, claro, Maite era uma juizá importante e conhecida, e ser pega andando comigo que agora estava foragida da policia, séria terrível para sua carreira, então a morena começou - Mais eu conheço alguém que pode te ajudar, mesmo sabendo que não vai gostar.

- O QUE? Não Maite! Está fora de questão isso! - Falei exasperada me levantando e com os olhos arregalados.

- Dulce só uma pessoa pode te ajudar agora e não sou eu - Maite falou, soltando um suspiro, sim, Maite sábia bem do meu passado, ela o abominava, tanto quanto eu. - Amiga eu sei que não é a pessoa que queria agora, mais é a única que pode te ajudar, toma aqui, o endereço. -- Maite pegou um papel em cima da mesa e me entregou, eu suspirei.

- Tudo bem, obrigada May - Falei sorrindo e abracei, logo nos soltamos. - Agora eu preciso ir, obrigada May - Falei já saindo da sacada.

Fui para o quarto, e novamente May já havia deixado em cima da cama, era um vestido seu, um vestido branco e azul, que eu achava lindo, o vesti e sorri, sai do quarto, Elisa me disse que May precisou resolver um compromisso e que me mandou um beijo.

- Obrigada Elis - Agradeci, sorrindo sincera.

- Que nada senhora! Eu espero que toda essa situação se resolva - Elisa comentou me olhando.

- Eu também Elis, até mais - Falei lhe dando um beijo na bochecha e sai.

Como sempre pontual, Logan está parado na frente da mansão de Maite, ele vem até mim, e abre a porta do carro.

- Senhora - Ele acena com a cabeça.

- Bom dia Logan, bom dia Carlos - Falo já entrando no carro, ambos os dois apenas balançam a cabeça.

- Para onde senhora? - Logan pergunta já ligando o carro.

Peguei o papel que Maite me deu e entreguei a Logan, ele apenas seguiu o caminho, enquanto eu sentia uma montanha de emoções tomar conta de mim.

- Chegamos senhor Uckermann - Carlos anunuciou, parando em frente a mansão que eu reconheceria até mesmo do inferno.

Eles abriram a porta e eu saltei, apenas os falei para esperar, parei na frente do portão e toquei o interfone, logo a empregada atendeu e me deixou entrar, eu suspirei sentindo uma sensação nostálgica tomar conta de mim, me sentei no sofá, assim que adentrou a sala seus olhos focaram em mim, eu vi a mistura de sentimentos em seu olhar, que agora era frio e hostil?

- Dulce? - Perguntou em dúvida me encarando, eu apenas tomei coragem, me levantei e o encarei.

- Alfonso - Falei seu nome, sentindo todo desprezo e raiva que estava em meu tom, eu apenas suspirei tentando me controlar. - Eu preciso da sua ajuda - Por fim eu pedi, o encarando, sem demonstrar qualquer fraqueza.

C O N T I N U A....

EITAAAAA, olha a titia retornando, com um capítulo lacrático hahaha

Dulce foi procurar Alfonso pedindo ajuda, e ai? O que será que vai acontecer?

rsrsr eu sei que cada dia que passa, vocês ficam mais curiosas com o passado de Dulce, no momento certo, tudo será esclarecido, prometo :3

COMENTEM Muitooo meus amoress

Tia_Olaf

CONTINUA....