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– Se elas não aparecerem em trinta minutos eu vou entrar lá. – Anunciou enquanto observava a fraca iluminação, da luz da lua, entrar pela fresta no início do túnel.

Faltando apenas quatro minutos para o prazo final que havia dado ele escutou um grito agudo vindo da porta a sua frente, uma sirene logo soou abafada pelo local. Não tardou em empurrar o metal e encontrar do outro lado Ann sentada sobre as pernas com uma garota desacordada nos braços.

Congelou no lugar em que estava, os fios negros pendiam da cabeça da menina e sua franja cobria-lhe uma parte do rosto. A tonalidade clara da pele o assustou, sentiu o coração bater mais devagar a cada milésimo que passava, pensou que ele pararia a qualquer segundo.

– Ela... ela... – Seus lábios tremiam, não conseguia, e nem queria, completar seu raciocínio.

– Viva. – Ann arfou. – Ela ainda está viva, então se mexe e me ajuda antes que isso mude.

JungKook ordenou para suas pernas que se movessem, em seu pensamento ele se movia com rapidez e agilidade, mas, não era bem que isso que de fato acontecia para quem observava. Suas pernas tremiam, cada passo que dava parecia levar uma eternidade e suas mãos mal conseguia tocar no corpo que estava praticamente no chão.

– Que palhaçada é essa? Que droga de slowmotion é esse? Tá querendo que ela morra aqui? – Ann arqueou a sobrancelha indignada.

Encarou o homem a sua frente enquanto sua mente rapidamente traçava um plano para sair dali, seria quase impossível subir todos aqueles degraus com uma pessoa desacordada. Levou a mão ao pulso e verificou a pulsação, a pele estava fria e os batimentos fracos, não tinham muito tempo a perder pensando ou fazendo qualquer outra coisa.

– Se houvesse ao menos uma corda... – Murmurava procurando ao redor algo que ajudasse.

Devido a escuridão, não conseguia enxergar dois metros à frente, a lanterna ajudava dentro do possível, mas seu alcance não era tão longo como sua dona gostaria.

A preocupação era uma crescente, queria sair dali com ou sem eles o mais rápido possível. Não sabia o que havia acontecido naquele corredor e nem queria esperar para descobrir. Seus olhos pousaram no local exato em que sua mão se encontrava e percebeu a malha lilás do seu moletom que chegava quase aos dedos.

– Okay... – Levantou-se e apressadamente retirou a peça superior que lhe vestia.

JungKook a olhou incrédulo, no que ela estava pensando? Como poderia começar a se despir em uma hora como aquela.

– Sua vez.

– Minha vez do que? – Franziu o cenho confuso, o problema não era tirar a roupa, estava habituado a fazer aquilo, a questão era: Para quê? Qual a finalidade daquilo?

– Menos perguntas e mais movimentos, não temos tempo para explicações aqui. – Estendeu a destra esperando que fosse preenchida com a peça de roupa.

Lentamente ele foi retirando a camisa de mangas compridas na cor cinza que lhe vestia, o par da peça inferior, a única roupa que trouxera consigo de sua casa, fora a que lhe vestia no momento da fuga.

– Certo, agora vire de costas. – A garota ordenou e viu que foi rapidamente obedecida.

Ao vê-lo agir rápido chegou a pensar que talvez o tico e o teco do garoto finalmente haviam sido ativados, se fosse realmente isso talvez não demorassem muito a se verem longe daquele lugar.

Voltando para junto do corpo, passou um dos braços da outra pelo pescoço e com algum esforço conseguiu erguê-lo, achava impressionante como o corpo humano ganhava peso quando desacordado. Ao ultrapassar o arco da porta ouviu uma leve estática penetrar seu canal auditivo e logo as vozes de Jimin e Jisoo se fizeram audíveis.

[– Ann, você voltou? Está tudo bem?]

– Ainda não, mas vai ficar... – A sua respiração saía entrecortada devido ao esforço que fazia para movimentar a garota. – Jung, se abaixe um pouco, por favor.

Ele olhou para trás e teve uma noção do que planejava fazer, as o braços inertes foram posicionados um em cada lado do seu pescoço. Um tecido, que ele logo percebeu se tratar de uma peça de roupa dela tocou-lhe o abdômen e ali a amarrou colando o corpo atrás de si ao seu, o mesmo aconteceu com suas pernas que foram amarradas as dela.

– Agora vamos. – Ann ordenou o empurrando em direção as escadas.

Foi preciso apenas dois passos para alcançá-la, não sentiu dificuldade durante aquele curto trajeto, porém, quase não conseguiu flexionar a perna para subir a primeira barra, a perna amarrada a sua dificultava e muito o movimento, sua sorte foi o auxílio de Ann durante todo o trajeto. Já do lado de fora a mulher foi rápida no processo de desfazer os nós e nem sequer pensou em se vestir antes de falar para correrem dali, lado a lado com o braço da garota os unindo em um abraço desajeitado e o peso dela dividido para os dois.

Nem houve tempo para observar ao redor, se havia algo ou alguém por ali, só torciam para que o caminho estivesse livre e seguiam na maior velocidade que conseguiam.

– Você espera aqui. – Se direcionou para o castanho assim que chegaram a rodovia. – E Jisoo, contate a Mia e o Joshua... Vamos precisar deles. – Pronunciou a última frase já em meio a uma corrida.

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– O que aconteceu? – Jisoo se aproximou com uma maca improvisada.

Ann tratou de agir primeiro e responder as perguntas depois. A adrenalina corria em abundância por todas as suas veias, junto a ela também havia o medo, não sabia o que havia acontecido, porquê desmaiara, mas, estar desacordada a tanto tempo não era um bom sinal. Só esperava que ainda houvesse uma chance, odiaria vê-la morrer, aquilo a faria se culpar durante um bom tempo.

– Nós cuidamos dela a partir daqui. – Mia tomou a frente da situação tirando Ann de perto da maca.

– Eu sempre te disse que preto é a sua cor, a visão daqui é muito agradável. – Jimin se aproximou a fazendo virar em sua direção. – Mas acho que talvez você esteja com frio, então... – Estendeu-lhe suas peças de roupa.

Toda a agitação a fizera esquecer daquele detalhe, afinal quem vai pensar em vestimentas quando uma vida está em risco diante de seus olhos?

– Como conseguiu isso? – Pegou-as se vestindo ali mesmo diante do homem.

– JungKook. – Apontou na direção da porta.

– JungKook... – Murmurou já iniciando uma caminhada apressada.

Encontrou-o no lado de fora do prédio, estava sentado no chão com o corpo encostado a parede com a tintura gasta e diversas pichações, as pernas arqueadas a sua frente, os cotovelos sobre o joelho servindo de apoio para as mãos cruzadas. Seu olhar estava perdido em algo além da grade que cercava o local, pôde ouvir sua respiração ainda ofegante a medida que se aproximava.

– Tudo bem? – Sentou-se ao seu lado fazendo com que seus braços se tocassem.

JungKook voltou sua atenção para a presença ao seu lado e apenas confirmou com a cabeça.

– Ela vai ficar bem. – Encostou uma das pernas a dele e logo sua cabeça tocou o ombro do maior. – Vai ficar tudo bem... – Sussurrou.

Sabia o quanto aquilo poderia ser difícil para o garoto que até então tinha uma vida perfeita, mas descobrira que todo seu mundo não passava de uma mentira e além do mais estava com a vida em perigo, assim como todas as pessoas que conhecia. Ela já vivera uma situação parecida, assim como ele, todo seu mundo desapareceu diante dos seus olhos. Aquilo que lhe era mais importante foi arrancado de suas mãos e o que sobrara ao seu redor eram apenas castelos de cartas construídos em alicerces formado de mentiras que desabou com a primeira onda de vento que lhe tocou.

JungKook, apesar de ainda ter um leve estranhamento com o ato, não se afastou e se surpreendeu quando percebeu que seu braço ia em direção ao corpo de Ann a tomando em um abraço desajeitado de lado. Em um primeiro momento sentiu o corpo rígido, afinal o garoto era todo cheio dos "não me toques", todas as vezes que o tocou mesmo sem querer a reação que recebia era sempre um olhar assustado e alguns berros a repreendendo. Mas, logo seu corpo foi cedendo, estava muito cansada de tudo que acontecera naquela noite e nos dias anteriores.

A cabeça do garoto tocou a parede e seu olhar foi em direção ao céu, se concentrou nas últimas estrelas que insistiam em brilhar, mesmo com a ameaça da luz do sol que era mais forte do que a delas. Sua cabeça dava voltas e mais voltas, as palavras estavam na ponta de sua língua, mas não havia coragem suficiente para contar para ela.

Queria gritar que estava tudo errado, que aquela não era Jennie, que apesar de algo nas feições daquela garota lhe fossem familiar, aquela não era sua amiga e nem alguém que conhecia. Mas, as imagens do desespero de Ann, assim como vê-la dando a vida para salvar aquela pessoa que ela nem sequer sabia quem era, o fazia perder todas as palavras. Afinal, conhecida ou desconhecida ela precisava de ajuda tanto quanto seus amigos.

– O que aconteceu lá dentro. – Murmurava inclinando levemente a cabeça na direção da garota.

– Dentro do apartamento ou no corredor?

– Nos dois.

– Bem, foi um pouco confuso. Assim como na sua casa, faltou energia, mas diferente de você a garota não ficou tão assustada com a minha presença. Mas, antes de conseguir explicar qualquer coisa apareceu uma mensagem igual antes, ela não conseguiu ver, pois estava de costas para TV, na mensagem dizia que não devia te mencionar, apenas falar sobre a verdade, que estávamos em 2019 e não em 2100.

– Não devia falar sobre mim? Mas, por quê? – Franziu o cenho.

– Não sei, também achei estranho... Mas, decidi não contrariar, afinal essa pessoa está nos ajudando e se ele disse que assim seria melhor deve haver um bom motivo.

JungKook balançava levemente a cabeça em confirmação, apesar de estranho fazia um pouco de sentido, mencioná-lo não resultaria em nada já que eles não se conheciam. Em sua mente dois motivos para acharem aquela menina se formaram em sua cabeça, o primeiro era que por algum motivo outra pessoa estava usando o user de Jennie, o que era bem estranho já que nunca vira outra pessoa utilizando ele, mas não era algo de fato improvável. E o segundo era que, de alguma forma Jimin se enganou e rastreou a pessoa errada, esse lhe fazia mais sentido.

– Ann, eu quero te contar uma coisa. – Ajeitou sua posição fazendo a mulher reclamar por perder o apoio de sua cabeça. – Aquela garota...

– Ela acordou. – Uma voz feminina o interrompeu.

Seu olhar foi em direção a porta pousando na mulher que até então ainda não tinha visto.

– Essa é a Mia. – Ann levantou-se e passou a mão sobre o tecido que cobria-lhe a perna retirando a poeira. – Acho melhor você ir falar com ela.

Ele não sabia o que tinha para falar com aquela pessoa, a única coisa que tinham em comum era que viviam em lugares parecidos, mas resolveu obedecer Ann, seria melhor entender primeiro quem era ela antes de tentar falar para qualquer outra pessoa.

Levantou-se caminhou em direção a porta, do lado de dentro o local não passava de galpão abandonado com paredes improvisadas por toda sua extensão, algumas feitas com lona, outras com PVC e havia uma feita com algo que pareceu ser madeira, Pelo que conseguiu perceber só haviam duas salas da construção original, sobre suas portas haviam plaquinhas nomeando-as, em uma estava "UTI" e na outa "AMBIENTE CIRÚRGICO".

Apesar da fachada suja, o interior se mostrava mais preservado e limpo, naquele momento estava um pouco escuro pois algumas luzes não foram acesas, talvez devido a pressa da situação não conseguiram ligar todas, ou talvez não estivessem funcionando. Mas, a pouca iluminação daquele ambiente ainda era melhor do que a escuridão que enfrentaram.

Mia o acompanhou até a sala na qual deveria ir, mas não passou dali, o deixou na porta e voltou para junto dos outros que se encontravam em alguma outra sala daquele ambiente.

Já da porta conseguiu ver que haviam-lhe trocado as roupas e que lhe vestiram um avental hospitalar igual aqueles que vira pessoas se fantasiar em festas temáticas e nos filmes. Um faixa branca fora passada pelo topo da sua cabeça e alguns fios, com discos brancos em suas pontas, estavam presos naquele local. Adentrou o espaço e os olhos negros fixaram em seu corpo, caminhou até próximo a cama e ficou em dúvida se deveria sentar ou permanecer de pé no local que estava, afinal aquela pessoa estava presa igual a ele e possivelmente era proibida de ter contato físico com os outros humanos, logo não sabia qual seria sua reação ao se aproximar mais.

– Pode sentar, JungKook. – A voz sonolenta preencheu o ambiente.

Estava completamente surpreso por ver o garoto ali, quando saíra de casa não fazia ideia de que poderia encontrar algum amigo seu do lado fora, a garota que o ajudara também não havia mencionado tal fato em nenhum momento. Mas, não deixou que suas emoções transparecessem, depois tentaria entender esse fato.

"Okay, ela sabe meu nome... Então, caralho, ela me conhece?". Suspirou enquanto se aproximava e sentava na ponta da cama, bem próximo aos pés dela.

Naquele momento pôde observá-la melhor, sua pele extremamente clara, os cabelos negros e lisos carregavam um corte bem curto, as suas bochechas que então estavam mais rosadas. O rosto e todos seus traços era familiares, sentia que passara a vida o vendo, porém algo ali não se encaixava. Apenas uma peça estava fora do lugar e aquilo lhe causava todo o estranhamento.

– Sim, parece estranho, eu sei. – Suspirou. – Mas sou eu, YoonGi.

"YoonGi. YoonGi. YoonGi. YOONGI."

Ele já sabia de quem se tratava, no fundo ele sabia, mas, ainda assim, ficou surpreso ao ouvir aquilo. A primeira coisa que lhe veio a mente foi "como?", porém apesar de estar curioso aquilo não era o mais importante e o que de fato queria saber era "por quê?".

– Não faça essa cara, garoto. – O empurrou levemente com o pé em meio há uma risada.

– Desculpa, não queria te encarar assim. Você sabe que eu não tenho...

– Eu sei, Jung. – O interrompeu. – Não se preocupe, eu te conheço bem e sei que tipo de pessoa você é. Sei que descobrir isso pode ser um pouco estranho? Novo? Nem sei como definir, mas espero que esse choque não dure muito tempo, não quero que fique me olhando assim.

– Eu só queria saber o porquê.

– O porquê eu nunca contei que sou um homem trans, que biologicamente eu nasci mulher? – Arqueou uma sobrancelha?

Kook apenas acenou com a cabeça confirmando, agora que ouvira a pergunta saindo de outra boca sentiu o quanto era inconveniente e desnecessário fazer aquele tipo de questionamento. Sentia-se um pouco triste por ele não confiar o suficiente para lhe contar, em sua cabeça esse era o único motivo que o levara a nunca ter lhe dito algo sobre isso, mas no final, era da vida dele que estavam falando e tal informação não era de fato relevante, esse "detalhe" não o faria gostar menos dele.

– Bem, no mundo virtual no qual vivemos, no caso vivíamos, nós só sabemos sobre o outro aquilo que ele nos permite saber e é muito fácil ser outra pessoa ali. – Mordiscou levemente o lábio inferior. – E isso pode ser muito bom, assim como pode ser extremamente ruim.

– O que você quer dizer com isso?

– Vejamos, eu sou um homem trans e, para mim, aquela vivência tinha muitas vantagens. Desde pequeno eu percebi que não me sentia bem com o corpo que eu tinha nascido, eu não queria ser menina porquê simplesmente nunca fui de fato uma, então apenas crie meu avatar da forma que eu realmente me via e fui facilmente aceito dessa forma. Não tive que fazer nenhuma cirurgia para firmar meu gênero, pois eu já era reconhecido e tratado por todos da forma que eu queria, não havia nenhum questionamento do tipo "mas, você não é apenas lésbica? Você não está confusa?". Assim como também, eu nunca fui desrespeitado de alguma forma. Imagina a maravilha que isso não é? Você viu os vídeos e sabe a forma que as pessoas como eu, ou os que de alguma forma eram diferentes dos padrões, eram tratadas né?

Suspirou, ele sabia bem, durante a vida escolar todos tinham que assistir diversas vezes várias produções e materiais visuais informativos sobre a sociedade anterior, como se portavam, suas crenças, seus costumes, tudo que o envolviam e eram enfatizados vários pontos que não deviam reproduzir para quebrar os preconceitos enraizados.

– Mas, nem tudo são flores, coelhinho. – Sorriu nasalado ao lembrar daquele apelido. – Nem todo mundo é bom e manter as pessoas afastadas não vai mudar isso. A lavagem cerebral que sofremos pode ter um resultado reverso.

– Lavagem cerebral? Resultado reverso? Do que você está falando? – Se ajeitou empurrando o quadril um pouco mais para cima da cama.

– Você é muito ingênuo garoto, você e a Rosé. Mas, essa é uma das coisas que mais gosto em vocês, não há maldade nos dois. Mas, isso pode ser ruim, ainda mais agora na situação em que estamos... Bem, eu já tinha conversado com a Jennie e com o TaeHyung também. Antes que fale alguma coisa, não estávamos excluindo vocês, apenas comentamos entre nós porquê sabíamos que vocês não iam entrar na onda. – Explicou antes mesmo que pudessem surgir ideias na cabeça do mais novo. – Aonde eu tava?

– Lavagem cerebral?

– É, é.. Isso aí mesmo. Bem, sempre que víamos algo sobre a galera antiga era enfatizado apenas sobre o lado ruim deles, não dizendo que aquilo era mentira. Mas, independente da época em que viveram ou vivem, todo mundo têm seu lado ruim e seu lado bom. Logo, aquela sociedade não poderia apenas ser ruim, sem contar que a nossa evolução está totalmente ligada a galera do passado, no caso do presente, né? Que louco isso, cara. Mas bem, se eles não tivessem inventado a internet, nós, em 2100, não poderíamos viver em um mundo online; se eles não tivessem inventado as construções, não teríamos nossos prédios para viver. Tá entendendo aonde quero chegar? – Arqueou uma sobrancelha.

– Acho que sim. – JungKook sempre tivera dificuldades para reter muita informação, precisaria de um tempo ou de informações mais explicadas.

– O que quero dizer... – Chamou-o com o indicador para mais perto e voltou a falar em um tom mais baixo, quase sussurrado. – É que eles queriam nos fazer odiar nossos antecessores, que toda aquela baboseira das disciplinas sobre a história dos anos 2000 eram apenas uma lavagem cerebral para que amassemos nossa atualidade e odiasse o resto. Só não sabíamos o motivo, na verdade nem tínhamos muito fundamento para pensar isso, e esse foi um dos motivos de nunca comentamos nada com você, a Rosé e a Lisa.

– Acho que agora entendi.

– Não se preocupe, coelhinho. Nós teremos mais tempo para falar sobre isso depois, não se sobrecarregue com muitas informações.

– Mas, o que aconteceu com você? Eu fiquei com medo quando te vi naquele estado, até porquê a Ann estava desesperada.

– Eu simplesmente não sei, estava tudo bem naquele corredor, mas assim que chegamos na porta tudo escureceu e eu senti meu corpo paralisar e minha cabeça parecia que ia explodir. Acho que tem alguma relação com esse troço dentro da gente. – Dava leve batidinhas sobre o disco colado em sua têmpora esquerda. – Depois disso, só lembro de acordar nesse quarto. E você, como veio parar aqui?

– Minha história é bem mais longa do que a sua...

– JungKook? – A voz de Ann veio da direção da porta. – Oi...

– YoonGi. – O garoto respondeu ao perceber que ela esperava por um nome.

– YoonGi? – Franziu levemente o cenho, lembrava de ter ouvido aquele nome no dia anterior enquanto JungKook elencava os amigos que queria resgatar, mas até onde conseguia se lembrar dissera que YoonGi era um menino. Mas não esperou por uma explicação, aquilo não faria diferença em sua vida. – Fico feliz em saber que está bem. Vim só saber se está se sentindo bem ou se precisa de alguma coisa.

– Eu estou bem, obrigado. – Sorriu de canto. – E obrigado também pelo resto, de verdade.

– Imagina, eu não fiz nada. – Abaixou a cabeça sentindo-se tímida com a situação. – Bem, vim aqui também porquê o Joshua mandou avisar que você tem que descansar um pouco mais, ele pretende te examinar ou algo do tipo.

– Entendo, de toda forma acho que os remédios já estão querendo fazer efeito.

– Eu posso passar a noite aqui. – JungKook se propôs guiando o olhar em direção a Ann em busca de uma aprovação para sua ideia.

– Não é preciso, acho que você tem que ir descansar ou espairecer, a noite foi um pouco agitada. Volte mais tarde, eu ainda estarei aqui quando você voltar e conversaremos melhor sobre tudo isso, tá bom? – Viu o garoto confirmar com a cabeça. – Antes de ir, me dê um abraço.

O mais novo olhou para YoonGi meio sem entender aquela fala repentina, nunca existiu esse tipo de afeto entre eles de cumprimentarem com beijos e abraços. Mas, não recusou ao vê-lo com os braços estendidos em sua direção. Ao se encaixar no corpo do outro, Yoongi teve o cuidado de deixar com que a cabeça do castanho ficasse na frente da sua impedindo de que quem estivesse do outro lado notasse o movimento de seus lábios.

– Preciso que entenda uma coisa. – Sussurrou.

Como já dissera JungKook sempre fora o inocente, que não via maldade nas pessoas e no mundo virtual isso não era um problema muito grande, afinal ninguém poderia lhe machucar fisicamente, mas ali do lado de fora as coisas eram diferentes e como mais velho, YoonGi sentia-se na obrigação de proteger seu amigo.

– Não estou dizendo que essas pessoas são ruins... – Passava as mãos sobre as costas do menino para que a observadora achasse que aquilo fosse realmente apenas um abraço. Demorado, mas, ainda assim, apenas um abraço. – Na verdade, até simpatizei com eles, mas, você precisa tomar cuidado e confiar desconfiando de tudo. Sempre. Não sabemos quem está mentido para nós, ou quem quer nos machucar. Então tome muito cuidado. Até amanhã. – Pronunciou a última frase em um tom alto já se afastando do amigo.

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Eu estava mega insegura a respeito desse personagem, pois fiquei imaginando como seria aceitação dele. 

Um belo dia estava eu fantasiando com o momento que Insane irá se tornar um livro (posso ouvir um amém igreja?) e nas adaptações dos personagens que farei futuramente e comecei a pensar na diversidade que iria inserir.

Então pensei cá com os meus botões? Por que não começar a fazer isso agora? 

E pã, a ideia dele nasceu. Queria trazer algo diferente de L/G/B e lendo uma fic aqui na plataforma vi que tem poucas com personagens Trans. No começo era pra ser a a Rosé ou a Jennie (o que não impedi delas também serem, fica aí no ar), mas na hora que vi a YoonGina ontem eu tive a certeza que tinha que ser o Guinho.

Cuidem e deem muito amor para o meu neném, okay? Okay!

Nos vemos again no domingo (juro que dessa vez é no domindo mesmo) ou nos comentários, pode deixar o seu o mandar MP pra minha pessoa, juro que sou legal e não mooordo. 

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