//Diz se ela edit num tá maravilhooosa? *-* <33//

— Shi... Ferrou — JiMin que observava um pouco afastado murmurou.

Jennie e YoonGi notaram a expressão do loiro e direcionaram o olhar na direção que ele observava.

— SEU FILHO DA PUTA! EU VOU TE MATAR! — Ann berrou alto o suficiente se fazendo ouvir mesmo que o som do local estivesse no volume máximo.

36 HORAS ANTES

— A operação pela qual passaram foi feita por pessoas muito habilidosas, as marcas são bem sutis e quase imperceptíveis. Analisando apenas um de forma isolada não teria como identificar, pois elas não passam de leves cicatrizes, nossa sorte é que temos eles dois aqui e pudemos perceber as semelhanças. — Joshua se apoiou em uma das camas que ficavam na sala de "repouso".

— Sorte... — JiSoo murmurava meio desacreditada daquilo.

Seus pensamentos sobre toda aquela situação eram os mais conflitantes, desde que começara a traçar esse caminho em busca de uma resposta, nunca imaginara chegar tão longe, tudo o que tinha era apenas o desejo e a esperança. E tinha também Ann, mesmo quando pensava em desistir, ver a garota lhe dava forças para continuar. Todos os dias tinha que se convencer que ainda não fizera o bastante, que tinha que continuar tentando até esgotar todos os recursos, mesmo quando o mundo tentava lhe convencer do contrário ela se afundava nas profundezas da internet em busca de respostas. E, estar diante daquilo tudo lhe trazia felicidade, ficava feliz porquê, pelo menos uma vez em tanto tempo, haviam conseguido pistas concretas e não apenas mais teorias malucas, e por também estar salvando vidas, de alguma forma. Mas, também havia o medo, medo de não encontrar ali o que tanto procurava, já estava exausta e não sabia se conseguiria seguir depois de mais uma queda, estava cansada de reerguer seu castelo de areia, após ser derrubado por uma maré, que logo seria derrubado por outra. Mas, não podia deixar transparecer aquilo, era a mais velha e também líder, se mostrasse sinais de desânimo os outros logo poderiam ser contagiados por eles. Então, rezaria, se fosse preciso, para que continuassem sendo privilegiados por essa maré de sorte e que ela os guiasse até um bom final para aquilo tudo.

— Realizei uma ressonância magnética e uma cintilografia, os resultados foram impressionantes. — Mia apontou para a janela bloqueada por uma peça de madeira que servia, no momento, como quadro de exposição.

— Vocês poderiam traduzir? — Ann arqueou uma sobrancelha olhando para as imagens sem entender o que cada uma significava.

— Bem, ambos apresentam alteração em todo o cérebro. Há alterações no córtex, o que afeta a memória deles, mas o dano é reversível, talvez com alguma terapia eles possam recuperar as lembranças mais distantes. Mas, o melhor ainda está por vir... — Mia falava animada, nunca estivera diante de algo parecido e todos aqueles dados mais pareciam brinquedos para aquela criança. — Houveram modificações na área somestésica.

— Que seria? — Foi a vez de JiMin se pronunciar, entendia muito bem TI e outras áreas, mas medicina não era uma delas.

— A área responsável pela sensibilidade. — Foi Joshua quem respondeu ao notar que a garota ainda estava muito eufórica analisando as imagens a sua frente. — Encontramos algo microscópico instalado ali, provavelmente ele muda toda a questão dos seus sentidos, o fazendo sentir coisas que provavelmente não está de verdade.

— Deve ser isso que eles usam para se conectar naquele jogo, pelo menos explica a presença virtual que os códigos queriam dizer. — Passou a língua pelo lábio inferior se recostando em sua cadeira plástica.

— E quando eles vão acordar? — Ann observou os dois corpos deitados nas macas próximas a eles.

— O procedimento não foi invasivo, apenas um que requer uma pequena dose de sedativo, nada preocupante. Daqui a pouco eles estarão despertos. — Josh tocou levemente o ombro da garota que se encontrava ao seu lado na cama.

— Muito obrigada pela ajuda e desculpa por avisar tão em cima da hora. — JiSoo se levantou.

— Não precisa agradecer Ji, é parte do nosso trabalho. Sem falar que os resultados que estamos obtendo pode significar um passo enorme para a evolução da medicina e mesmo que não possamos divulgar esses dados é maravilhoso poder ter acesso a eles e estudar tudo em primeira mão. — Mia ostentava um sorriso de orelha a orelha enquanto recolhia os papéis para que ela e Joshua pudessem voltar a trabalhar neles.

— Bem, vamos deixar que voltem para suas análises, JiMin e eu procuraremos por mais informações e você, Ann? — Chamou a atenção da garota que ainda mantinha o olhar fixo em JungKook.

— Vou ficar aqui esperando eles acordarem.

— Acho que eles vão querer um tempo a sós para conversar sobre tudo que está acontecendo. — JiMin apontou com a cabeça de um para o outro. — Acho melhor você vir com a gente.

— Você acha? — Encarou o loiro meio indecisa.  Não havia parado para pensar naquilo, mas fazia sentido, ela em uma situação parecida iria querer privacidade, junto da pessoa conhecida, para debater sobre todos os acontecimentos sem ser observada por terceiros. — É, talvez você tenha razão.

A mão de JiMin foi estendida na sua frente e não demorou para que a sua preenchesse a dele e que todos os ocupantes se retirassem do local.

— Então, o que você acha disso? — YoonGi esperou alguns minutos até ter a certeza que estavam de fato sozinhos.

— Eu realmente não sei. — JungKook, permanecendo na posição em que estava, encarava as formas irregulares do teto. — A ficha disso tudo ainda não caiu pra mim.

— Te entendo, estou na mesma situação cara, isso tudo é muito louco. Tudo bem que já tínhamos nossa teoria sobre tudo isso, mas nunca imaginei que fosse algo desse nível.

— E qual era sua teoria?

— Sei lá, que as pessoas que sobreviveram queriam todo o poder para si, por isso nos trancavam daquela forma e nos amendrontavam com todos aqueles videos. Porque, pensa só, quem é que iria querer bater de frente com eles quando tinham uma boa casa, alimentação, roupas e tudo mais que precisassem? Até mesmo ficar apenas trancados não era ruim já que tínhamos nosso mundo virtual. E para aqueles, que mesmo com todas essas facilidades, ainda quisessem, sei lá, sair de casa, havia toda a baboseira daquelas informações sobre o mundo antigo e a lei. Tudo isso provavelmente para evitar que pudéssemos sair e alimentar ideias que poderiam os tirar do poder supremo.

— Bem, em parte isso está certo, eles realmente tinham medo que saíssemos e eles perdessem o domínio sobre nós. Mas no caso, não porquê tomaríamos seu poder, mas sim porque iríamos descobrir que nada daquilo era real. Nada era real YoonGi, nadinha! — Tentou controlar a voz para não chamar atenção dos outros, não sabiam o quão longe estavam, então era melhor não arriscar.

— Eu sei coelhinho, a ficha ainda não caiu. Mas, teremos que seguir mesmo com ela sem cair. — YoonGi levantou o tronco se sentando apoiado a barra de metal que servia de cabeceira para a cama.

— O que vamos fazer? — Mudou sua posição também para poder encarar o mais velho.

— Bem, veremos aonde tudo isso vai dar. Por enquanto seguiremos com essa galera, não temos motivos para não confiar neles, até porque acho que não conseguiremos ir muito longe sem sua ajuda. Você está aqui fora há muito tempo?

— Apenas um dia e algumas hora a mais que você.

— Como eles te acharam?

— No dia do apagão a Ann apareceu em minha casa, assim do nada mesmo, uma hora ela não tava lá e depois estava.

— E como ela chegou até lá?

— No começo ela não lembrava nem quem ela era, pelo menos foi o que ela disse, mas, depois a memória foi melhorando e ela lembrou que ela e o grupo dela iam invadir algo. Aqui fora descobri que eles estavam seguindo pistas e investigando experimentos em humanos por parte do governo. Yoon, você acha que somos isso. — Virou-se totalmente de frente para o outro. — Acha que somos experimentos do governo?

— Essa é uma hipótese que não pode ser descartada.

— A Ann acha que toda aquela história sobre o vírus é um prenúncio do que ainda vai acontecer.

— Sendo assim, nós temos informações que podem ajudar eles...

— Sim.

— Mas isso não vai sair de graça.

— E qual é o seu preço? — A voz de Ann brotou da porta.

— Sabia que você estava por perto.

A garota adentrou o quarto, e arrastou consigo a cadeira que JiMin usara anteriormente, se aproximando das macas.

— E então, o que vocês vão querer?

— Eu só quero que vocês nos garantam que irão resgatar todos os nossos amigos. — YoonGi levou o olhar para JungKook. — E você?

Pensou por alguns segundos, não havia nada que quisesse além disso, embora a cada momento o desejo de entender e saber quem ele era de verdade só aumentava dentro de si. Queria saber seu nome, sua idade, quem era sua família, ele havia sido dado ou roubado de seu lar? De começo, achou que aquelas informações não era relevantes, que não mudaria nada em sua vida, mas agora achava que ao menos serviriam para lhe dar um norte, um propósito para continuar sua caminhada.

— Eu quero descobrir o que é tudo isso, quem somos de verdade e principalmente quem está por trás de tudo. — Não sabia o que faria exatamente com a última informação, mas quando a conseguisse pensaria em algo.

— Fácil, parte do que vocês querem já estavam em nossos planos. Já iríamos mesmo atrás de seus amigos, pois precisamos deles para conseguirmos mais informações. E nós queremos, tanto quanto vocês, descobrir quem está fazendo tudo isso e qual a finalidade, acreditem. Já temos nossas teorias e acredito que vocês também, seria bom que pudéssemos debater sobre elas. Creio que se descobrirmos o chefão e o que ele quer com isso, logo saberemos também de onde vocês vieram e como se encaixam nesse quebra cabeça...

— Crianças, se preparem, nós vamos viajar. — JiSoo parou no portal de acesso para o quarto.

— Viajar? — JungKook levantava apressado passando as mãos sobre os fios castanhos.

— Sim, recebemos a localização de outro de vocês, mas o endereço é meio longe.

— De quão longe estamos falando? — Ann guiava o olhar para a mais velha já pondo-se de pé.

— Estamos falando de outro país, mais especificamente o Brasil.

— Isso é muito longe? — YoonGi inclinou levemente a cabeça para o lado.

— Digamos que dependendo do meio de transporta a viagem pode ser mais rápida ou mais demorada. — Ann pegou uma roupa em cima de uma pequena mesa próxima a janela interditada e colocou na cama de YoonGi durante a sua passagem. — Você e o JiMin têm o mesmo tamanho, então achei que talvez pudesse servir. Até porque acho que você não vai querer viajar nesse aventalzinho.

YoonGi pegou o conjunto de moletom preto e avaliou o tamanho e pelo olhar percebeu ser a medida certa.

— O Wonwoo já está no aeroporto, temos apenas cinco minutos para sair daqui. Vejam se não estão esquecendo nada. Esse lugar não recebe muitas visitas, mas não podemos garantir que se esquecerem de algo o encontrarão quando voltarmos. Se voltarmos... — Virou-se voltando na direção a qual a levara até ali.

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JungKook olhou para o prédio no qual estavam estacionando, nunca havia estado de fato em um aeroporto, mas, pelo que já vira nos filmes, aquele lugar estava longe de ser um. O que lhe dizia isso era a grande quantidade de prédios ao redor e, claro, a falta das aeronaves.

— Que lugar é esse? — Procurava o olhar do motorista através do retrovisor.

— Um hotel. — JiMin respondeu.

— Isso eu percebi.

— Então?

— Achei que estivéssemos indo para o aeroporto.

— Calma, meu jovem. Um passo de cada vez. — JiMin abriu a porta do automóvel no momento exato em que Mia estacionou ao seu lado.

O elevador os levaram do estacionamento direto para o sexto andar, não sabiam quanto aos quartos, mas, os corredores estavam vazios. JiMin levou a mão a mochila e retirou de lá uma pequena tela, do seu lugar JungKook não conseguia identificar se era um smartphone ou algum outro eletrônico.

— Esse é o quarto das comissárias. — Parou em frente a porta que continha o número 50 em uma placa de metal ao seu lado.

O loiro remexeu a mochila e retirou de dentro um aparelho acompanhado de um maço de cartões e habilidosamente conectou um cartão que logo ganhou direção a porta abrindo-a.

— O que você fez? — YoonGi franziu o cenho tentando entender o que estava acontecendo ali.

— Primeiro nós agimos, depois perguntamos. — Ann o empurrou levemente indicando que deveria seguir JiMin que já ia em direção a próxima porta.

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— Sejam discretos e ajam com naturalidade. — JiSoo, completamente ereta e já vestida com trajes formais, falava baixo enquanto puxava sua mala de carrinho pelo saguão do aeroporto.

Adentraram o aeroporto junto aos outros, quem olhava de longe acreditava realmente que eram a equipe de comissários que trabalhava para a empresa de aviação. JiMin havia entrado no email da empresa e enviado mensagens para toda a tripulação que estava naquele voo avisando que ele havia sido cancelado e que continuassem descansando no hotel. E enquanto todos estavam em suas merecidas horas de descanso na psicina o grupo invadiu os quartos que estavam hospedados para pegar os uniformes e agora estavam ali radiantes.

— Calado. — Ann sussurrou ao lado de JungKook.

A mão da mulher deslizou sutilmente por baixo do blazer que estava vestindo e ganhou direção a sua pélvis, o objeto ficou ali sustentado pelo cós de sua roupa íntima e o metal gelado arrancou calafrios de sua pele.

— Espero que saiba usá-la. — Ela bateu levemente em seu ombro e alargou os passos.

À sua frente, uma fila se formava, todos esperavam para passar pelo detector de metais. Seu coração acelerou e suas mãos começaram a suar ao perceber aquilo.

"Como ela me dá uma arma em um momento como esses?" Suas pernas fraquejavam a cada passo, mas, ordenava que elas continuassem caminhando.

Mas, percebeu que todo o medo era desnecessário, passará pela máquina normalmente sem que fosse barrado e preso.

— Você acha mesmo que eu iria te meter em encrenca? — A garota bateu sutilmente em costela com o cotovelo. — Consegui entrar no sistema e dei um jeito nele, todo mundo aqui está com uma. Se fossemos pegos, você não seria o único a se encrencar.

—Cada um em seus postos. Mia, cabine de voo; JungKook e Josh, classe econômica; JiMin e YoonGi, primeira classe; e eu estarei no bar. Sem conversas, apenas façam o que o cargo de vocês pedem, em algumas horas estaremos em nosso destino. Então, se querem que esse plano funcione, é bom se comportarem. — JiSoo os instruiu antes de entrar de fato na aeronave. — E não esqueçam o comunicador, qualquer problema, comuniquem.

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Se desfizeram das malas assim que chegarem em solo brasileiro, mantiveram apenas uma com algumas das fardas caso precisassem novamente. De forma despreocupada se trocaram dentro do automóvel que haviam alugado antes de saírem da cidade na qual estavam anteriormente, ao menos dessa vez lembraram desse detalhe.

H0p3 dera uma localização exata, assim como enviara alguns documentos com algumas informações do projeto, documentos esses que JiSoo achou melhor analisar depois. A tal pessoa que lhe passou os dados também lhe deu um prazo, não entendia muito bem como aquilo funcionava, a única coisa que conseguia pensar era que ele trabalhava com as pessoas que comandavam tudo e estava cansado dessa situação e recorria à ajuda de terceiros para acabar com tudo aquilo. Só assim para saber dos horários que haveria alguma brecha para que eles pudessem agir.

O Gps os guiou até o, segundo estava ali intitulado, Centro Histórico da Ilha de São Luís. Ao estacionarem os automóveis, puderam observar o sol se pondo jogando sua luz alaranjada por todo o rio Bacanga, logo o céu iria escurecer ali, dando lugar para a noite.

— Por favor, fiquem atentos e não se afaste por nada, tá bom? — Ann pronunciou ao perceber a quantidade de pessoas no local e, pelo total de pessoas que desciam de um transporte público e se direcionaram para lá, parecia que iria aumentar.

Caminharam pelas ruas estreitas e cheias de informações, haviam diversos bares, barracas, vendedores ambulantes, lojas artesanais, livrarias e lanchonetes. E pelo que perceberam todos os prédios eram antigos e apesar de em uma primeira olhada acharem que precisavam de uma bela reforma, conseguiriam achar a beleza do ambiente. Era exatamente pelo fato de não serem reformados que eles se destacavam e atraiam tanta atenção, conseguiam sentir toda a história que eles tinha para lhe contar, não era a toa que o chamavam de Centro Histórico.

Por um momento, cada um se sentiu feliz por desfrutar daquele momento, mas, ainda que não estivessem admitindo aquilo em voz alta, perceberam o quanto aquela situação era estranha, mais estranha do que as anteriores.

Até então, todos os "esconderijos" eram em lugares isolados, distante de tudo e em meio a vegetação, provavelmente para não chamar a atenção de ninguém. Mas, esse, pelo que as coordenadas indicavam, estava bem no centro de uma das maiores atrações turísticos daquela região.

Caminharam até o que parecia ser o coração daquele lugar, uma praça com uma ampla escadaria bem em seu centro, que naquele momento já estava lotado de pessoas de toda as idades. Algumas estavam sozinhas, outras em duplas ou grupos maiores.

Tentaram não chamar atenção, com tanta gente em todos os lugares talvez nem fossem percebidos ali.

E bem na esquina, próximo a alguns bares, uma parede de tijolos marrom se estendia com mais de cinco metros de altura. Uma portinha azul reinava bem abaixo de uma placa denominada CEMAR, o que aquilo significava eles não sabiam.

— Acho que é com você, Ann. — JiMin apontou para a entrada. — Nós estaremos te esperando aqui.

Ela assentiu com a cabeça, já estava começando a levar jeito para aquilo, afinal, não precisava de muito, só teria que entrar, esperar por alguma instrução de quem quer que fosse o tal H0p3 e tirar alguém de lá. Só esperava que não houvessem surpresas no meio do caminho.

— Cuidado. —JungKook tocou levemente a mão da garota durante a sua passagem.

Assim como esperado, a porta estava aberta. Ann entrou munida de sua arma e lanterna, já tendo em mente a escuridão que enfrentaria pela frente.

Os que restaram procuravam algo para fazer, ficar amontoados próximo a porta chamaria muita atenção. Joshua e JiSoo sentaram-se em uma mesa do bar próximo e ficaram observando o ambiente como turistas comuns fariam. JiMin e Mia subiram a escadaria e observavam o ambiente de cima, enquanto YoonGi e JungKook sentaram no meio-fio de uma calçada não tão perto, mas também não muito distante, absorvendo ao máximo de tudo que viam e sentiam.

Sons dos mais diversificados ecoavam por todo o local, era possível diferenciar seis músicas tocando em pontos diferentes, destoando dos diversos idiomas que eram falados ali. Uma confusão de cheiros invadiam suas narinas, havia cozidos, frituras, doce, salgado, azedo e o cheiro das grandes árvores que se faziam presentes por toda a avenida.

JungKook olhou de canto para YoonGi, jamais pensara que algo assim poderia acontecer em sua vida, mas estava feliz por passar por isso com uma pessoa que ele gostava. Não via a hora de estarem todos juntos, tudo bem que o caminho que estavam seguindo provavelmente os levariam para um desastre, mas valeria a pena se os tivessem ao seu lado.

— Quem você acha que está lá dentro? — O mais novo perguntou, não foi mencionado nem uma vez quem iriam buscar, acreditava que nem eles mesmos sabiam.

— Dos nosso amigos? Diria que talvez a Rosé, ela combina com esse tipo de lugar.

— Acho que combina mais com a Jennie, ela enlouqueceria vendo aquelas construções.

YoonGi sentiu sua pulsação intensificar com a menção do nome da garota. Claro que gostaria que fosse ela, mas estava tentando não criar expectativas.

Os minutos passaram e como esperado não ouviram nada vindo de Ann, era interessante como bastava ela entrar naqueles lugares e toda a comunicação era cortada.

JungKook queria entender como de fato acontecia lá dentro, qual era a reação de cada um ao ver a menina entrando em suas casas.

"Será que ficam tão confusos quanto eu fiquei?"

A reação de YoonGi, Jennie e, talvez, TaeHYung era bem previsível, eles tinham uma tendência maior em acreditar nas palavras de Ann, sem se abalar por saber a verdade. Agora com Rosé e Lisa provavelmente seria mais difícil.

"Será que Lisa vai acreditar? Será que ela virá conosco?"

Afinal, todos tem a opção de só mandar Ann embora e continuar sua vida como se nada daquilo tivesse acontecido.

[—Vamos... — A voz de Ann se fez presente no ouvido dos seis.]

Em um reflexo rápido, YoonGi se virou em direção a porta encontrando a garota com o tom de pele amorenado, os cabelos ondulados caindo em seus ombros e os olhos, que davam um aspecto felino ao seu rosto, rondava o local em busca de algo.

— YoonGi. — Sussurrou no momento que o enxergou em meio a multidão.

E ela correu, mesmo estando descalça e mesmo que a distância não fosse tão longa. As pessoas estavam entretidas demais em seu mundinho para prestar atenção na garota que havia acabado de sair de um buraco que corria em meio ao centro histórico, e mesmo se alguém estivesse olhando ela não se importava. Encontrou-o já em pé à sua espera e o tomou em um abraço apertado.

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— Você já bebeu antes? — Jimin se aproximou do ouvido de JungKook já que a música do local não permitia que tivessem uma conversa de forma normal.

JungKook encarou o copo estendido à sua frente com um líquido amarelado, sabia do que se tratava, mas nunca havia ingerido álcool em toda sua vida. No seu mundo, era fácil conseguir drogas em pó, pílulas ou adesivos, mas, nada líquido.

"Que mal isso pode fazer?" Recebeu o copo estendido à sua frente e o direcionou aos lábios. O gosto não era ruim, mas também não era dos melhores. Achou ruim mesmo foi a sensação de todo o caminho traçado pelo álcool queimar em seu interior. Então, colocou o restante da bebida para dentro, se fosse fazer isso que fosse de uma vez só.

Enquanto o copo era reabastecido, ele olhava o local. Após algumas horas de conversa, o grupo resolveu que mereciam descanso, Todos trabalharam bastante no hospital improvisado e depois ainda passaram horas servindo naquele avião. E já que estavam ali naquela bela cidade, por que não aproveitar? Segundo as mensagens recebidas por JiSoo, Ann e Jennie, só voltaria a receber novas informações vindas de H0p3 no dia seguinte, o que os deixavam com o resto da noite livre. E era isso que estava fazendo, aproveitando uma típica noite como pessoas normais, nada fora do comum ou do merecido.

JungKook já nem sabia quantos copos havia bebido quando Ann o chamou para dançar, já estava um pouco tonto devido as luzes somados ao álcool no sangue, mas ainda conseguia mexer o corpo para lá e pra cá.

— Pode falar, nossas festas são bem mais divertidas do que as do mundinho de vocês, né? — Gritou para que o garoto a entendesse.

— Talvez. — Piscou o olho direito para a morena.

Ela virou-se de costas e começou a dançar sem se importar com nada a seu redor, já fazia alguns meses que não saia para se divertir com os amigos. Jisoo estava sempre imersa em trabalho e os outros geralmente ficavam espalhados pelo mundo. As vezes saia com JiMin, quando este aparecia, sempre tinha momentos bons e quentes com ele, mas não passava disso, a única coisa que havia ali era uma boa e velha amizade colorida. O loiro já tinha alguém em seu coração e Ann não tinha tempo para romances. Havia também Mia, ela gostava da companhia da mais nova, assim como do carinho e do sexo, mas agora ela estava namorando Aisha e saber da felicidade da amiga fazia Ann feliz também.

JungKook encarou o corpo a sua frente e levou a mão a cintura dela, o que a fez virar o rosto em sua direção.

— Posso? — Gesticulou com os lábios e como obteve aprovação continuou com a mão ali.

Ann virou todo seu corpo de frente para o maior e levou as mãos para sua nuca, diminuindo a distância que havia entre seus corpos. Dançavam juntos em um ritmo único, talvez já estivessem muito bêbados para acompanhar a música.

O seu corpo começava a dar sinais, seu coração estava acelerado, sua pele sensível e o Jungkito começava a se asfixiar no local apertado no qual estava guardado.

— Você devia fazer logo isso. — A mulher sussurrou próximo ao seu ouvido.

Não sabia se ela estava realmente falando aquilo ou se a bebida aprendera a falar, mas não esperou muito para descobrir isso. Levou o rosto em direção ao pescoço exposto da garota e deixou breves selares no local e a cada movimento as borboletas em seu estômago se agitavam.

Elas foram subindo e subindo e quando ele estava pronto a se dedicar aos lábios da mulher, as borboletas resolveram sair. Só teve tempo de se afastar e deixar que toda a bebida que havia ingerido fosse de encontro ao chão.

— Shi... Ferrou — JiMin que observava um pouco afastado murmurou.

Jennie e YoonGi notaram a expressão do loiro e direcionaram o olhar na direção que ele observava.

— SEU FILHO DA PUTA! EU VOU TE MATAR! — Ann berrou alto o suficiente se fazendo ouvir mesmo que o som do local estivesse no volume máximo. 

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Yey, voltei.

Queria ter postado mais cedo, mas, querer não é poder né mores???

BTW, viram a nova capa e edit/banner feito por esse ser humano maravilhoso que é a  ???

Na moral, essa mulher arrasa demais!!!!

And, eu fiz um convite ao Seventeen e Everglow, para se juntarem a estória e eles aceitaram. Então, todos os novos meninos e meninas que já apareceram, Joshua <3 e Mia, e os que ainda irão aparecer fazem parte desses grupos. Se por acaso, for citado grupos novos eu aviso. Tô aqui planejando fazer um cap especial de cast futuramente para deixar isso organizadinho.

E gente, WBMD chegou a 1k e eu não tô acreditando. Sinceramente, para mim, isso é muito coisa.

Então quero agradecer a cada pessoinha que tá lendo esse neném aqui <3

E pedir desculpa também, tem algums tarefas me deixando bem ocupada e não estou conseguindo dar atenção a cada comentário ;-; Mas, espero normalizar minha rotina em breve para ser mais ativa na plataforma, seja com leituras, comentários ou interações no quadro.

E última coisinha, com esse cap estará faltando apenas mais 5 para terminar essa fanfic, isso mesmo apenas 5! (Pera, talvez seja um a menos, ou a mais. Temos que levar em consideração essa margem de erro XD)

Então, não me abandonem, hein? E se quiserem trazer amigos para teorizar também não vou reclamar!!!

Desejo a todes uma ótima semana e nos vemos na quarta!!!

Não esqueçam, stay safe bbs <33