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Capítulo Treze

Oie gente, desculpem a demora, mil perdões. Eu realmente tô tentando conciliar tudo, mas as vezes não dá e acabo não conseguindo fazer nada. Mas tô aqui firme e forte entregando conteúdo pra vocês e é isso que importa 🩷🩷

Fiquem com esse capítulo maravilhoso e conversamos lá embaixo 😉

━━━━━━━━ ☯ ━━━━━━━━

Quando eu finalmente "acordei", James estava sendo erguido em uma maca e colocado dentro da ambulância que saía em disparada pelo gramado.

Eu precisava saber como ele estava, agora!

Entreguei o celular que usava para fazer as postagens do clube a Roberta e já ia me afastando quando ela puxou meu braço me fazendo encará-la.
— Cat aonde você vai?! Ainda tem o segundo tempo!
— Não tô com cabeça pra isso, me cobre! — gritei me soltando e correndo daquela muvuca ainda ouvindo ela me chamar mais duas vezes antes de sua voz se perder no meio da multidão.

Desci praticamente correndo a escada que dava acesso ao corredor que levava ao interior do estádio, eu precisava descobrir para onde o levaram. Também precisava conseguir um Uber ou um táxi, já que não estava com meu carro aqui.

Perguntei a algumas pessoas da comissão técnica para onde tinham levado o jogador, mas se recusavam a me dizer achando que eu queria postar algo nas redes sociais. Tive vontade de socá-las, mas se fizesse isso, só iria piorar a situação.
— Cat! — ouvi alguém me chamando, mas não registrei bem. — Cat!

A voz ficou mais perto e me virei vendo Rafinha vindo na minha direção e não pensei duas vezes antes de me jogar em seus braços, não me importando se ele estava suado e sujo de grama.
— Pra onde levaram ele Rafa?! — perguntei nervosa quando nos afastamos. — Eu tentei descobrir, mas ninguém me disse nada!
— Levaram ele pro São Camilo, é o hospital mais próximo. Eu vou tomar um banho rápido e a gente vai pra lá! — ele disse já se afastando e segurei seu braço.
— Mas e o jogo? Você não vai jogar?
— Eu fui expulso. — Rafael explicou dando de ombros como se não fosse nada demais enquanto se afastava e eu o olhava incrédula.

Saímos do Allianz Parque dez minutos depois em um Uber com destino a unidade de Pompeia do hospital São Camilo. Durante o percurso eu rezava para que James estivesse bem, para que não acontecesse nada demais e ele voltasse sã e salvo, voltasse pra mim.

Eu fui burra, fui uma idiota. Passei esse tempo todo o afastando, me recusando a acreditar naquilo que ele me dizia e insistia em provar. Que não era o safado que eu imaginava.

Se algo acontecer a ele... se a última conversa que nós tivemos foi aquela no estacionamento em que ele dizia que eu o confundia com os meus joguinhos, eu nunca vou me perdoar.

O Uber nos deixou em frente ao hospital e entramos correndo para não sermos reconhecidos e causar tumulto.

Rafinha perguntou por ele na recepção enquanto eu simplesmente acompanhava como se estivesse vendo tudo de fora, como se estivesse em um sonho.

A recepcionista respondeu alguma coisa que eu não consegui compreender e senti o mundo girar ao meu redor como se eu estivesse em um barco à deriva no mar revolto. A última coisa que vi foi o rosto preocupado de Rafael antes de tudo ficar escuro.

...

Pisquei confusa várias vezes ao abrir os olhos e me deparar com aquela luz extremamente clara.
— Como se sente? — ouvi a voz familiar ao meu lado e virei o rosto me deparando com a expressão preocupada de Nayara que segurava minha mão.
— Um pouco zonza. — respondi tentando sentar enquanto ela me ajudava e senti o acesso em meu braço por onde um líquido que eu imagino ser algum medicamento, era introduzido. — Eu imagino que devo ter ficado um bom tempo desacordada já que você está aqui.
— Nem tanto. Eu estava assistindo ao jogo e assim que vi o acontecido, pensei em você. Tentei te ligar várias vezes, mas você não atendia.
— Meu celular tá no silencioso. — levei a mão à testa sentindo o latejar de uma enxaqueca.
— Percebi. Enquanto eu continuava insistindo, o Rafinha atendeu e contou que você tinha desmaiado, então eu vim correndo.

Olhei para a minha amiga sentindo um bolo na garganta quando ela mencionou o que tinha acontecido no jogo.
— Você tem notícias dele? — perguntei baixinho desviando o olhar para meus dedos e brincando com meus anéis.
— Não, eu encontrei com o Rafa e vim ficar com você. Ele ainda não tinha notícias do James.

Corri os dedos por entre meus cabelos na tentativa de aliviar aquela frustração.
— Você precisa tentar se acalmar. Você desmaiou porque sua pressão baixou, talvez por conta do susto.
— Eu quero ir até ele.

Coloquei as pernas pra fora na intenção de sair da cama e ela não deixou.
— Eu entendo você amiga, de verdade, mas você não vai conseguir ajudar se ficar doente.
— Eu não quero perdê-lo! — desabafei deixando o choro que estava preso sair.

Nayara simplesmente me abraçou e coloquei toda aquela angústia e aquele medo pra fora. Eu só conseguia pensar na hipótese de o pior acontecer.
— Fica calma amiga, não vai acontecer nada. Se você ficar nervosa assim vai ser pior, vem eu te ajudo.

Nay me ajudou a descer da cama e saímos do quarto abraçadas enquanto eu trazia o soro.

Pedimos informação a uma enfermeira que estava passando e ela quase não quis nos contar onde James estava por ele ser uma celebridade.

Chegamos à área indicada e senti meu coração quase saindo pela boca ao ver Rafinha conversando com alguém no telefone. Ele estava de costas e não pude ver sua expressão.

Nossos passos eram lentos, eu ainda não me sentia totalmente bem e assim que Rafael se virou e vi o sorriso em seu rosto, senti como se um peso houvesse saído de minhas costas. James estava bem, e era isso que importava.



Os médicos disseram que eu tive uma concussão ao me chocar com Piquerez e fui trazido desacordado para o hospital.

Realizaram todos os exames e não constataram nada grave, o que era um alívio. Apenas uma dor de cabeça que iria abrandar com o efeito dos remédios.

Nesse momento Rafinha avisava minha família que estava muito preocupada e o agradeci muito por isso. Não queria falar com ninguém agora, principalmente minha mãe que faria um drama daqueles. Quando essa dor de cabeça passasse, eu ligaria pra ela.

A porta foi aberta e ele entrou com um sorriso no rosto.
— Tudo resolvido, avisei sua mãe que prometeu avisar aos outros.
— Valeu cara, eu não queria deixá-los preocupados, mas também não tô com cabeça pra falar com ninguém agora.
— Imagina, não precisa agradecer. Como se sente? — Rafinha perguntou puxando a poltrona para mais perto da cama onde eu estava deitado e se sentou.
— Fora a dor de cabeça que eu tô sentindo, eu tô bem. Só um pouco zonzo ainda.
— Os médicos disseram que isso é normal e vai levar algumas horas até aliviar os sintomas. Que susto você deu na gente colombiano.
— Eu imagino. — comentei apertando o botão para deixar a cama mais inclinada, não queria ficar deitado.
— Principalmente na Cat.

Parei o que estava fazendo ao ouvir o que Rafael disse e olhei pra ele.
— Ela tá aqui? — perguntei surpreso.
— Tava, Nayara a convenceu a ir embora depois que eu disse que você estava acordado e bem.

Assenti um pouco desapontado, se ela estivesse aqui iria pedir para que entrasse, eu queria vê-la.
— Ela passou mal James, a pressão dela caiu por causa do susto.

Continuei encarando meu amigo ainda mais surpreso do que antes. Ela passou mal por conta do que aconteceu comigo?!
— Eu sei bem o que você tá pensando cara e eu te peço que tenha paciência, com ela, com você mesmo. A Cat não é essa pessoa fria, inatingível que tenta demonstrar.
— Eu já tinha percebido isso. — comentei recostando nos travesseiros. — O problema é que ela não confia em mim, não acredita no que eu digo.
— Cat não confia nela mesma James. Nos tornamos amigos desde quando nos conhecemos e ela já me contou algumas coisas sobre a sua vida e o que posso te dizer é que ela não é essa pessoa dada a grandes demonstrações de afetos, sua vida sempre foi mais focada em estudos e trabalho, bem diferente da Milena.

Escutei atentamente em busca de informações sobre a mulher que estava bagunçando tanto os meus pensamentos nessas últimas semanas.
— Ela não gosta de perder o controle de sua própria vida, por isso ela meio que teme "gostar" de alguém. — Rafa explicou fazendo aspas com as mãos. — Cat gosta de planejar todos os detalhes e a gente sabe que em um relacionamento não dá pra viver com um planejamento, um roteiro, até porque são duas pessoas completamente diferentes.

Aquilo que Rafinha estava me dizendo fazia muito sentido sobre a gata selvagem e com certeza estava me dando uma luz para conseguir entendê-la.
— Então o problema não é comigo?
— Não totalmente meu amigo, ela prefere se enganar fingindo acreditar nas coisas ruins que falam sobre você, porque dessa forma se sente segura.
— Porque estando comigo de alguma forma, ela não saberia como as coisas iriam acontecer. — conclui e Rafael apontou pra mim piscando um olho.
— Exatamente isso.
— Ela passou por alguma desilusão ou algo do tipo pra se sentir dessa forma com relacionamentos?
— Não com ela, mas Cat tinha uma amiga de infância que cometeu suicídio por conta de um namoro que acabou em traição e término. Ela viu tudo de perto e desenvolveu um certo trauma, fez terapia pra lidar com a situação, mas sabemos que essas coisas não se esquecem de uma hora pra outra. Claro que ela já namorou, já teve seus rolos, mas sem muita profundidade.
— Olha cara eu tô surpreso com tudo isso que você acabou de me contar e agora consigo entendê-la, de verdade. Mas ainda assim eu não posso fazer nada se a própria Catarina não quiser dar esse passo.
— Eu sei disso colombiano, sei que ela precisa querer tanto quanto você, mas eu repito o que te disse, se você realmente gosta dela, tenha um pouco de paciência. Ela entrou em pânico quando te viu saindo de campo desacordado e eu nunca a vi daquele jeito, é só uma questão de tempo até ela vir até você ou se você quiser ir até ela também, te garanto que ela vai estar bem mais receptiva.

Rafinha foi embora minutos depois porque o médico lhe disse que eu precisava repousar o máximo possível. Amanhã iria repetir os exames para ver se algo havia mudado.

Deitado sozinho naquela cama eu só conseguia pensar nela. A tv estava ligada, mas eu não dava a mínima atenção, as coisas que Rafael me disse ficavam repassando em minha mente e a vontade absurda de ir atrás da minha gata selvagem era cada vez maior.

Eu havia prometido a mim mesmo que não iria mais atrás dela, que se ela me quisesse teria que vir até mim e dizer com todas as letras, mas o que eu sinto por ela é forte demais, é mais que atração física ou desejo. Eu poderia mandar uma mensagem se aquela teimosa não tivesse me bloqueado de todas as formas possíveis que eu pudesse entrar em contato. Mas também não adiantaria, ela iria ver a mensagem e me ignorar como sempre.

Eu quero me esforçar por ela, quero que ela confie em mim e me veja como um cara que está disposto a tudo, mas Catarina precisa querer que isso aconteça também. Ela precisa me deixar conquistá-la.

...

Recebi alta do hospital dois dias depois e senti um alívio imenso por estar indo para minha casa, eu odiava hospitais.

Minha mãe havia chegado de viagem na manhã seguinte ao acontecido para ficar comigo por uns dias. Não ia adiantar nada falar que ela não precisava vir, dona Pilar viria do mesmo jeito e eu admito que gosto dos seus cuidados. Além do mais ela trouxe o Samuel e eu estava com muitas saudades do meu filho. Da Salomé também, mas ela não poderia vir pra cá agora por conta das aulas.

Eu iria ficar pelo menos uma semana sem treinar e jogar, e fazendo acompanhamento médico.

Cat não foi me ver no hospital e nem deu qualquer indício de que queria saber algo sobre mim, Rafael também não me contou nada. Eu fiz bem em esperar e não ir correndo atrás dela, com certeza seria humilhado mais uma vez. Ter minha mãe e meu filho perto de mim ajudava a não pensar na gata selvagem.

Estava deitado em minha cama junto com Samuel assistindo um desenho animado quando minha mãe entrou no quarto e ficou nos observando da porta, um sorriso sereno em seu rosto.
— Tudo bem mi hijo?
Sí mamá, eu estou bem.
— Tem uma visita pra você lá na sala.
— Quem é? — perguntei imaginando que seria um dos caras, eles sempre passavam aqui depois dos treinos.
— É alguém do seu trabalho.

Sabia que era algum daqueles malucos.
— Quem veio me encher dessa vez? Avisa que já tô descendo. — falei brincando enquanto levantava da cama e minha mãe continuou me encarando sem se mover e achei estranho. — Quem é mamá?
— Catarina.

Meu coração deu um leve solavanco em meu peito por saber que ela está aqui.
— Pela sua reação eu vejo que essa moça não é uma simples colega de trabalho James.
— Não vou mentir mamá. Não, ela não é somente uma colega de trabalho.
— Tenha cuidado mi hijo.
Gracias mamá. — dei um beijo nela e saí do quarto indo rapidamente para a escada.

Desci os degraus devagar e a vi em pé no meio da minha sala, o olhar um pouco distante como se estivesse perdida em pensamentos. Coloquei as mãos nos bolsos frontais da bermuda e fui até ela tentando manter uma postura calma e controlada, quando na verdade eu estava em um redemoinho de emoções por dentro.

Cat me viu e percebi ela respirar fundo, aquele gesto mexendo automaticamente comigo.
Hola Catalina. — falei quando parei em sua frente, uns dois passos de distância.
— Oi James. — sua voz parecia levemente emocionada e me mantive firme. — Como você está?
— Muito bem, não sinto mais dor de cabeça e nem tontura.
— Eu fico muito feliz e aliviada com isso, perguntei ao Rafa algumas vezes como você estava.
— Por que não foi me ver no hospital ou perguntou diretamente a mim por mensagem? — perguntei sem deixar de encará-la e Cat desviou o olhar. — Eu sei que você desmaiou por causa do que aconteceu.

Não estava com paciência para mais enrolação e queria ir direto ao ponto, arrancar alguma reação sua, boa ou ruim.

Cat tirou a pequena mochila que estava pendurada em suas costas e sentou no sofá.
— Eu entrei em choque quando vi você cair daquele jeito e sair de campo desacordado dentro de uma ambulância.

Devagar me aproximei e sentei ao seu lado, Cat ergueu o olhar pra mim e notei que seus olhos estavam quase marejados. Me aproximei mais dela e fiz um carinho em seu rosto, coloquei uma mecha solto do seu cabelo atrás da orelha.
— Por que você foge tanto de mim Cat? — perguntei baixinho quase como se estivesse implorando para que ela me deixasse fazer parte da sua vida.
— Porque eu tenho medo... — ela respondeu em um fio de voz. — Eu tive medo de perder você com o que aconteceu e isso me fez avaliar muitas coisas, mas eu também tenho medo de deixar você entrar na minha vida.
— Eu não vou machucar você. — tentei fazer com que aquelas palavras soassem como uma promessa porque era exatamente isso que eu queria. Eu nunca seria capaz de machucá-la, ainda mais intencionalmente sabendo por tudo que ela sentiu ao ver o que aconteceu com sua amiga.
— Nunca dá pra saber James, nunca dá pra ter certeza de nada.

Catarina soltou um sorriso triste.
— Eu sei disso, mas a gente escolhe o que for melhor pra nós mesmos e eu escolho você, mi gitana.
— James...

Puxei-a para mim segurando em sua nuca e beijei seus lábios interrompendo o que quer que fosse que ela falaria.
Yo te quiero Catalina.

Beijei-a de novo e me afastei um pouco apenas para encará-la olho no olho.
— Quero você de uma forma que está me consumindo, tirando a minha paz. Eu sei que você também me quer, só precisa vencer essa barreira que colocou em volta de si mesma.
— Você não sabe o motivo de eu precisar dessa barreira! — Cat disse nervosa se soltando dos meus braços e levantando, virando de costas pra mim.

Na verdade, eu sabia sim, porém jamais diria isso. Não queria de forma alguma que a amizade dela com Rafinha fosse estremecida.

Levantei também e me aproximei dela tocando em seus braços expostos pela camiseta regata e a senti estremecer de leve.
— Então me conte. — pedi baixinho em seu ouvido enquanto acariciava sua pele.
— James...

Mais uma vez ela tentou se desvencilhar, mas eu não deixei e a puxei de volta, fazendo com que virasse de frente pra mim.
— Me conta o que aconteceu. Alguém magoou você? — perguntei mesmo já sabendo a verdade para incentivá-la a se abrir e confiar em mim.
— Não... não foi comigo.

Cat soltou um longo suspiro e pendeu a cabeça pra frente, apoiando a testa em meu peito. Eu simplesmente a abracei porque sabia que era disso que ela precisava agora, de conforto e carinho.
— Ela se chamava Dalila. — sua voz saiu abafada em meu peito, mas consegui entender suas palavras. — Éramos melhores amigas desde a infância, fazíamos tudo juntas. Estudávamos nas mesmas salas, gostávamos de usar um visual parecido.

Sua voz saiu carregada de dor e a puxei delicadamente para que sentássemos de novo. Mantive sua mão entrelaçada à minha o tempo todo. Cat mantinha a cabeça baixa, o olhar distante.
— No ensino médio ela conheceu um cara mais velho que já fazia faculdade e se encantou por ele logo de cara. Eu sabia que ele não seria bom pra ela, que só estava se divertindo, tentei alertá-la, mas a Dalila não queria me ouvir. Estava apaixonada.

Nunca achei que veria a orgulhosa e inabalável Catarina Monteiro destruída desse jeito.
— Eu sempre sonhei em fazer faculdade de jornalismo e a Lila queria ser atriz, mas ele conseguiu alienar tanto a sua cabeça que ela acabou desistindo. Ela virou outra pessoa, deixou de ser aquela garota vibrante que trazia alegria por onde passava e se transformou em uma sombra que se arrastava pelos cantos.

Agora mais do que nunca consigo entender o seu trauma. Imagine presenciar sua melhor amiga se transformar completamente por conta de relacionamento tóxico.
— Nos últimos meses ela foi se afastando, evitando me ver. Não atendia minhas ligações, não respondia minhas mensagens. Eu fui até a sua casa pra conversar, mas ele estava lá e tivemos uma discussão feia, e eu acabei falando tudo que eu pensava, do quanto ele era um lixo e fazia mal pra ela. Ele ameaçou me bater e me expulsou, e eu voltei pra casa arrasada.

Não sei quem é esse cara, mas passei a odiá-lo mais ainda e espero nunca o encontrar na minha frente!
— Meu pai surtou e queria ir atrás dele por ter ameaçado me bater, mas minha mãe o convenceu a não fazer isso. Eles me pediram para que eu me afastasse, infelizmente tinha sido uma escolha da própria Dalila e ninguém podia fazer nada. Mesmo ainda magoada, eu fiz isso e foquei na minha vida, fiz outras amizades, mas sentia falta dela e também me sentia mal pela distância, era como se eu estivesse a abandonando.

Peguei um lenço e lhe entreguei para que secasse o rosto banhado pelas lágrimas.
— Fiquei quase uma semana sem saber dela até vê-la pela janela, em pé, em frente a minha casa do outro lado da rua já tarde da noite. Desci correndo para ir falar com ela, mas quando cheguei, ela já não tava mais e tive vontade de ligar pra saber o motivo disso, mas lembrei do que meu pai pediu e não fiz. E também eu fiquei com medo do seu namorado. Três dias depois eu soube que ela havia tirado a própria vida. — Cat concluiu em um choro quase convulsivo e a puxei para mim compartilhando da sua dor.

Não sei quanto tempo ficamos assim, ela chorando em meu peito e eu acariciando suas costas tentando confortá-la. Queria poder fazer algo para ajudá-la com aquela dor, mas eu sei que não posso. É uma questão que somente a própria Catarina podia resolver.
— Desculpe. — Cat pediu se afastando depois de um tempo enquanto secava o rosto. — Eu vim ver como você estava, não era minha intenção transformar isso em uma sessão de desabafo e drama.

Segurei seu braço com carinho impedindo que ela se distanciasse mais.
— Cat isso não é um drama, é algo que você viveu e te machuca até hoje. Para de tentar ser essa pessoa fria e sem emoções, não te faz bem nenhum.

Catarina acenou positivamente com a cabeça secando os olhos mais uma vez com o lenço.
— Eu só vim ver como você estava, já que o Rafael se recusava a me dizer.

É bem a cara dele fazer isso, forçando Cat a vir me ver. Preciso agradecê-lo depois.
— Foi a sua mãe que me recebeu, eu não quero atrapalhar. Já estou indo.
— Você não atrapalha Cat, jamais. — afirmei aquilo sem deixar de encará-la. — Quer conhecer o meu filho?

Ela piscou surpresa ficando sem reação.
— James... eu não quero... incomodar.
— Já disse que você não é um incômodo gitana. — falei piscando um olho pra ela e fazendo um carinho em seu rosto.

Um indício de sorriso apareceu em seu lindo rosto e de alguma forma eu senti que as coisas iriam mudar entre nós dois e eu espero sinceramente que mudem pra melhor.

Estendi a mão e Cat aceitou, entrelaçando nossos dedos. Fui para a escada trazendo-a junto comigo e parei em frente a porta do meu quarto que estava entreaberta. Minha mãe estava sentada brincando com Samuel.
— Papá! — Samuel gritou ao me ver e minha mãe olhou também.
Hola mi amor. — soltei a mão de Cat apenas para pegar meu filho no colo que veio correndo até mim.
Quién es ella? — Samuel perguntou timidamente e virei para Cat que sorria encantada.
Su nombre es Catalina, y es una persona muy especial para papá.

Ela me olhou por um momento antes de voltar a encarar meu filho.
Hola Samuel, como estás? — Cat perguntou em um tom de voz doce que me deixou encantado.
Bien. — ele respondeu baixinho escondendo o rosto no meu pescoço.
— Aos poucos ele acostuma com você. — falei para Cat que negou sorrindo.
— Não se preocupe, ele não me conhece, é normal agir assim. É impressionante o quanto ele se parece com você.
— Eu sempre digo isso. — minha mãe concordou se aproximando. — Vejo fotos do James na idade que o Samu tem hoje e não consigo diferenciar os dois.

Eu adorava ouvir isso, não nego.
— Eu fiz um bolo de cenoura, por que não vamos comer esse bolo enquanto tomamos um cafezinho fresco? — minha mãe sugeriu e achei aquela ideia excelente.

Percebi que Catarina ia negar e fui mais rápido.
Mamá você pode ir descendo com o Samuel? Eu preciso conversar algo com a Cat.
— Claro mi hijo. Ven con la abuela mi amor. — minha mãe pegou Samuel do meu colo e saíram do quarto. Fechei a porta e encarei a morena a minha frente.

Ela me encarou também e desviou o olhar enquanto dava alguns passos pelo ambiente.
— Vai continuar fugindo de mim?

Cat me encarou enquanto sentava na minha cama.
— James as coisas não são tão fáceis assim.
— Eu sei, e você gosta de complicar mais ainda mi gitana. — falei indo sentar ao seu lado. — Depois de tudo que me contou eu consigo entender a sua forma de pensar. Não é fácil deixar um sentimento entrar na sua vida depois de vivenciar tão de perto como as coisas acabaram com a sua amiga.
— E ainda tem o fato de nós trabalharmos juntos.
— Isso não é problema nenhum Catarina.
— Como não? — ela me encarou surpresa e eu acabei rindo. — Casares já está de olho em mim por conta daquela discussão.
— Nem me lembre desse episódio, me arrependo muito disso. Quase fiz você perder o emprego, se isso tivesse acontecido eu nunca iria me perdoar.
— James a culpa não foi sua, fui eu quem começou a discussão. Eu fui te provocar.
— Mas eu não deveria ter respondido, na hora meu sangue ferveu e não consegui me controlar.

Ela sorriu balançando a cabeça em negação.
— Você não tem facilitado pra mim Catalina, muito pelo contrário.
— Quando me dei conta do que estava sentindo, eu queria afastar você de todas as formas. Porque eu sabia que se deixasse você se aproximar, estaria perdida.

Aquilo realmente me pegou de surpresa! Pela primeira vez ela estava sendo franca sobre os seus sentimentos.
— E quando foi que você se deu conta disso? De que sentia algo por mim?

Eu realmente queria continuar aquela conversa, eu precisava continuar!
— Você mexeu comigo desde quando fomos apresentados no CT na sua chegada ao clube, mas eu não quis admitir de jeito nenhum. Mas eu realmente só me dei conta na noite da festa pra comemorar o título inédito da Copa do Brasil. A Nayara jogou isso na minha cara.

Ela deu risada da minha expressão de surpreso por saber de tudo aquilo.
— Eu sabia que tinha um motivo pra ela ter me pedido pra ir aquela festa em que acabei te trazendo pra cá. — soltei sem pensar e Cat me encarou arqueando uma sobrancelha e só então me lembrei que Nayara havia me pedido para não lhe dizer nada. — Não vai brigar com ela, por favor. A Nay só tava tentando ajudar.
— Não vou fazer isso, só estou surpresa em saber.
— Tanto quanto eu estou com tudo isso que você tá me contando, e eu achando que você me odiava Catarina.

Olhamos um para o outro e começamos a rir como dois idiotas. Vê-la assim, tão à vontade e com um sorriso espontâneo depois de tudo que me contou, era um colírio. Catarina era linda demais e me fazia admirar tudo nela, tanto físico quanto internamente.

Agora sabendo que ela também sente algo por mim, nada nesse mundo vai me fazer desistir de tentar conquistar a sua confiança. Sedento pelos seus beijos, eu a puxei pra mim enlaçando sua cintura e colocando seu corpo curvilíneo em meu colo.
— Acho que preciso te contar mais uma coisa. — Cat disse baixinho interrompendo o beijo enquanto seus dedos acariciavam minha nuca me deixando arrepiado.
— O quê? — perguntei no mesmo tom de voz beijando seus lábios e apertando sua cintura.
— Quando você me trouxe pra cá depois daquela festa e eu acordei na sua cama sem saber onde tava por conta da ressaca, e eu perguntei se tinha rolado algo entre a gente, nunca passou pela minha cabeça que você teria abusado de mim.
— Você me disse isso quando perguntei, mas também nunca me disse o que realmente pensou.

Aquilo ficou na minha mente e eu queria muito saber a verdade.
— O que você pensou Catalina? — repeti baixinho a mesma pergunta que havia feito naquele dia, meus olhos conectados aos seus.

Cat soltou um suspiro e enlaçou meu pescoço antes de beijar meus lábios e colar o corpo ainda mais ao meu. Seria difícil me controlar desse jeito!
— Eu acordei pensando que a gente tinha transado e fiquei com raiva de mim mesma por estar tão bêbada a ponto de não conseguir me lembrar de nada.

Agora sim ela conseguiu me deixar sem palavras!

Não consegui formular nada coerente para falar e ela me beijou com vontade, sua língua invadindo minha boca fazendo fogo líquido correr em minhas veias. Já fazia algumas semanas que eu não tinha uma mulher em meus braços. Na verdade, eu não queria mais ninguém, só tinha olhos para a gata selvagem sentada no meu colo.

Segurei seu queixo e me afastando apenas o suficiente para encará-la, vidrado em seus olhos castanhos que me lembravam chocolate. Eu amava chocolate.
— Te garanto que quando você for minha, vai estar bem sóbria pra se lembrar de cada detalhe. — afirmei antes de tomar posse novamente da sua boca que já estava me deixando viciado.



As coisas estavam realmente começando a esquentar, James segurou minha cintura e me jogou em cima da cama. Seu corpo forte deitando sobre o meu.

Suas mãos prenderam as minhas de cada lado da minha cabeça sobre o colchão, me deixando completamente presa e rendida a ele.

James cravou o olhar no meu e pressionou seu corpo de encontro aos meus quadris me fazendo sentir a evidência do seu desejo. Soltei um gemido do fundo da minha garganta completamente sem fôlego, o desejo nublando meus pensamentos.

Só tomei consciência da realidade quando senti uma de suas mãos entrando por baixo da minha camiseta, tocando em minha pele quente.
— James... — falei seu nome em meio a um gemido enquanto seus lábios desciam pelo meu pescoço, indo em direção aos meus seios. — James... não podemos...

Tentei pará-lo, mas sem muito sucesso. Até porque eu queria aquilo também, mas não naquele momento.
— James, não... — consegui empurrá-lo e ele me olhou completamente perdido, os olhos brilhando de puro desejo, por mim. Quase cedi aquela tentação.
— O que foi? — ele perguntou ainda atordoado e fiz um carinho em seu rosto.
— Sua mãe e seu filho tão lá embaixo esperando a gente.

James fechou os olhos enquanto respirava fundo encostando a testa à minha. Ele beijou meus lábios de leve e se afastou com uma expressão pesarosa nos olhos castanhos e um sorriso de canto nos lábios perfeitos.
— Tem razão. — disse saindo de cima de mim e estendendo as mãos para me ajudar a levantar. — E só por isso eu vou deixar você sair daqui. — ele sussurrou me puxando para os seus braços e me beijando mais uma vez.

Antes de descer, eu fui ao banheiro e tentei dar uma ajeitada em meus cabelos, e também para acalmar o rebuliço que havia sido despertado aqui dentro. James me deixou completamente excitada e fora de mim.

Cada vez que olhar em seus olhos eu vou relembrar dos seus beijos, do seu toque carinhoso e firme que me deixa trêmula. Eu sabia que ele se sentia do mesmo jeito enquanto me esperava no quarto.

Saí do banheiro e fui até ele que me esperava já de pé e na porta.
— Não me olha desse jeito ou eu vou esquecer de tudo e trancar essa porta.
— Você não seria doido a esse ponto.

James deu risada e me puxou pela cintura de encontro ao seu corpo.
No me provoques gitana. — ele sussurrou antes de me beijar mais uma vez.
— A gente ainda precisa conversar James e resolver algumas coisas. — falei quando saímos do quarto com as mãos entrelaçadas.
— Eu sei disso e nós vamos conversar sim, mas por enquanto, que tal só relaxar e curtir um pouco? Nós dois precisamos depois de toda essa tormenta.
— Concordo. — assenti sorrindo e deixando um beijinho rápido em seus lábios.

Ele tinha toda a razão. Nós dois já sabíamos o que iria acontecer daqui pra frente, ele queria e eu também, resolvi deixar todos os meus medos de lado e tentar, foi por isso que vim até aqui.

Ver James caído, desacordado sendo levado ao hospital me deu um choque de realidade. Do quanto a vida pode ser breve e nós perdemos tempo nos preocupando com coisas que já aconteceram ou com o amanhã que ainda não chegou. Fatos que deveriam permanecer exatamente onde eles existem, no passado e no futuro.

Tive uma conversa emocionante com Milena que também estava preocupadíssima com o jogador. Contei todos os meus medos, meus traumas e ela me ouviu pacientemente em uma ligação que durou duas horas. Mily me deu o melhor conselho que alguém poderia dar, viva e aproveite a vida, as pessoas não são iguais e nem todo mundo vai te fazer sofrer. Graças a ela eu tive coragem de vir falar com James.

Pilar e Samuel estavam na cozinha e tentei não ficar pensando o que ela estaria imaginando que nós dois estávamos fazendo lá em cima.

Eu estava encantada com o menino que era uma mini cópia do pai e queria muito conquistar sua confiança, assim como também queria conhecer Salomé, sua filha mais velha.

O bolo estava uma delícia e comi enquanto observava Samuel pintando um desenho, perguntei a ele o que era e James me pediu para falar em português, pois queria incentivar o filho para aprender outros idiomas.

Ele me explicou sobre o desenho já se sentindo mais à vontade comigo e me pediu para fazer uma árvore. Peguei o lápis de cor marrom para fazer o caule e o verde para fazer as folhas. Desenhei uma bela árvore frondosa e seus olhinhos castanhos brilharam de admiração.

Ele pulou da cadeira que estava sentado e deu a volta na mesa correndo até mim trazendo seu caderno.
— Desenha mais! — Samuel pediu ansioso e sorri assentindo estendendo os braços para pegá-lo e ele prontamente aceitou vir no meu colo.

James encarava a nós dois com um sorriso bobo nos lábios e piscou um olho pra mim.

Perdi a noção do tempo enquanto ensinava Samu a desenhar, depois ele passou a fazer sozinho, mas continuou no meu colo como se fosse a coisa mais normal do mundo e eu estava adorando aquela interação, sempre gostei muito de crianças.

Sua mãe também era uma pessoa maravilhosa e fiquei completamente entretida enquanto conversávamos e ela contava coisas sobre James e sua filha mais nova fruto do segundo casamento, Juana que morava no Colômbia com o marido e os três filhos.

A hora foi passando que eu nem percebi e quando me dei conta, já estava muito tarde e eu precisava ir embora. Me despedi de Pilar e Samuel, e o menino me fez prometer que voltaria para brincar e desenhar com ele, e eu confesso que estava louca pra fazer isso.

A avó o levou para tomar banho e eu e James aproveitamos para nos despedir.
— Primeira vez que se viram e você já conquistou o meu filho. — ele disse abraçando minha cintura e eu enlacei seu pescoço sorrindo.
— Sempre me dei bem com criança Rodríguez. — falei convencida e ele riu antes de me beijar.
— Quero que você conheça a Salomé também. — sua voz soou séria, assim como seu olhar. — Quero que você conheça toda a minha família, assim como eu também quero conhecer seus pais.
— Não acha que está indo muito rápido jogador? — perguntei rindo para tentar disfarçar o quanto ele mexia comigo. Ainda tinha um certo receio de me entregar totalmente.
— Não, não acho. — James negou com a cabeça. — Você me enrolou tempo demais garota, fugindo de mim, não tenho idade pra isso mais não.

Soltei uma gargalhada sincera só então me lembrando que James é mais velho do que eu seis anos. Nem é tanto assim, ele só está fazendo drama.
— Eu realmente preciso ir, tá ficando tarde e amanhã eu trabalho.
— Você bem que podia dormir aqui.

Encarei aquele cara de pau arqueando uma sobrancelha e ele riu antes de me beijar.
— Calma gata selvagem, você pode ficar em um dos quartos de hóspedes.
— James deixa de ser cínico que eu sei que se fizesse isso, você apareceria no quarto no meio da noite. Mesmo que eu trancasse a porta, você daria um jeito de abri-la.

Ele riu malicioso mordendo os lábios ficando ainda mais irresistível.
— Tem razão, eu não conseguiria resistir à tentação de ter você tão perto de mim.
— Pelo menos admite que eu tô certa. Amanhã eu venho brincar com o Samu.

Ele me encarou indignado me fazendo dar risada.
— Só pra te avisar quem tava no hospital era eu.
— James Rodríguez você está com ciúmes de uma criança? Que por sinal é seu filho.
— Tem razão, só vou deixar passar porque é o meu filho.

Balancei a cabeça em negação dando risada e me soltando dele para pegar minha bolsa em cima do sofá. James me acompanhou até a porta.
— Me avisa quando chegar em casa pra eu saber que você tá bem. — ele pediu e achei aquilo muito fofo.
— Aviso sim. — afirmei antes de lhe dar mais um beijo e James não deixou eu me afastar, aprofundando o contato.

Saí da sua casa e fui caminhando até o carro com as pernas bambas por conta do beijo, e rindo sozinha como uma boba.

O trânsito estava tranquilo por já ser tarde da noite e cheguei em casa em poucos minutos. Estacionei o carro na vaga de sempre e peguei meu celular dentro da bolsa. Desbloqueei James em todos os aplicativos que tinha bloqueado e comecei a segui-lo também no Instagram. Tenho certeza de que ele está com o telefone na mão esperando notícias minhas e já comecei a digitar uma mensagem para lhe enviar.

Minha intuição estava certa porque assim que saí do carro, o celular vibrou em minha mão.

James consegue me desestabilizar apenas com simples mensagens e eu adorava provocá-lo um pouco porque nós dois gostávamos disso.

Ler suas palavras me causou um frenesi e me vi ansiando pelo momento em que ele me faria pagar pelas minhas provocações. 

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Gente eu não sei vocês, mas eu AMEI esse capítulo!!!! 😍
Será que agora finalmente nosso casal Jamerina (🤣🤣) vai ter um pouquinho de paz??

Vocês estão gostando da história pessoal?? Me contem suas opiniões.
Lembrando que a nossa gata selvagem, vulgo Catarina, tem um perfil no instagram, ela sempre posta contéudo por lá 🤭
Quem quiser falar comigo, só me chamar no meu insta. 
Nos vemos no próximo, bye bye 😘

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