Capítulo Quinze
Desculpem a demora gente, eu sei que dessa vez passei de todos os limites 🤦🏻♀️💔
Por mais que eu tentasse, não conseguia concluir esse capítulo de jeito nenhum, tive um bloqueio terrível. Minha vida tá uma bagunça ultimamente e a partir do ano que vem quero me organizar pra dar mais atenção aos meus livros. Terminar os que eu estou escrevendo atualmente e voltar com projetos antigos parados, me desejem sorte 💚
Fiquem com este capítulo que apesar de ter demorado muito pra sair, está muito bom 🤩
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Me despedir do meu filho era sempre algo difícil, Samuel ainda era muito pequeno e precisava de mim. Mas por conta do meu trabalho, nesse momento não dava pra ele ficar comigo. No próximo ano eu preciso resolver isso.
Deixei os dois no aeroporto e voltei para o estacionamento privado. Chequei meu celular e não tinha nenhuma nova notificação, imagino que ela ainda deva estar dormindo por conta do horário que fomos embora da festa.
Aquele vestido que ela estava usando ontem e o cheiro do seu perfume mexeram com a minha cabeça e povoaram meus sonhos, mais do que o normal. Só de pensar nela, Cat já me deixava excitado e louco de desejo.
Ver o Richard Ríos de olho nela durante a festa quase me fez perder o controle. Achei que um cara da minha idade e com a minha experiência não seria mais afetado por um sentimento tão banal como o ciúme, mas me enganei redondamente. Catarina despertava o meu mais puro instinto protetor e possessivo.
Só de pensar nela o meu sangue ferve, sinto uma necessidade urgente de tê-la perto de mim o tempo todo, sentir o seu cheiro, ter o seu corpo macio e curvilíneo de encontro ao meu.
Parei o carro no farol vermelho e apertei o volante com força tentando controlar aquele ímpeto fugaz que me tomava a cada vez que Catarina entrava em meus pensamentos. Ela ainda vai me enlouquecer.
Em um impulso, cliquei em seu contato e a música que tocava foi pausada, dando início ao som das chamadas. O farol abriu e enquanto eu dirigia, chamou mais três vezes antes que ela atendesse.
— Oi. — ouvir sua voz gostosa ao telefone me deixava arrepiado e louco para vê-la novamente. Eu tava muito ferrado.
— Buenos días cariño. — cumprimentei em espanhol sabendo o quanto aquilo mexia com ela.
Catarina deu risada e acabei rindo também.
— Você é impossível Rodríguez.
— Eu faço o que posso. Te acordei?
— Não, já estou acordada faz tempo, não consegui dormir direito a noite.
— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — perguntei um pouco preocupado.
— Não, uma leve insônia. Tá tudo bem.
Relaxei ao ouvi-la garantir que estava tudo bem.
— Já deixou sua mãe e o Samu no aeroporto?
— Já sim.
Pensei em falar que eu queria ir pra sua casa, mas não sabia qual seria a sua reação. É tudo muito novo ainda pra gente e ela com certeza não é igual as outras mulheres que eu conheci.
— Eu sei que ontem eu sugeri que você viesse à minha casa quando disse que queria me ver após deixar eles no aeroporto, mas acho melhor não.
Minha animação evaporou no ar. Eu já devia ter imaginado que ela não cederia tão fácil assim, mesmo após os momentos maravilhosos que passamos ontem na festa.
— Tudo bem. — falei me esforçando para não demonstrar o quanto estava chateado e ela deu risada.
— Calma James, eu ainda não terminei.
Novamente parei no farol vermelho e soltei um longo suspiro.
— Acho melhor ficarmos na sua casa.
Encarei o telefone surpreso.
— Não é uma boa você ser visto rondando o meu apartamento, ou alguém nos ver saindo juntos do prédio. Onde você mora tem mais privacidade.
Pensando por esse lado ela tem total razão, sem contar que podemos ficar mais à vontade.
— Gostei desse plano. — falei empolgado com uma ideia em mente e ela gargalhou.
— Eu imagino.
— Traz um biquíni, o dia tá maravilhoso e podíamos ficar na piscina.
— Tá bom, vou me arrumar. Até daqui a pouco.
— Até.
Tomei o caminho de casa, mas antes passei em um supermercado para comprar algumas coisas. Tive que tirar fotos com alguns fãs e acabou levando mais tempo do que deveria.
Espero que ela não tenha chegado antes de mim. Pensei enquanto entrava no condomínio e como o porteiro não disse nada sobre algum visitante, eu relaxei.
Estacionei o carro na garagem e tirei as compras, deixando tudo na cozinha. Chequei meu celular, mas não tinha nenhuma mensagem dela e aproveitei para tomar um banho rápido.
Vesti uma boxer preta e por cima uma bermuda tactel também preta, calcei havaianas brancas e peguei meu celular colocando no bolso do short antes de sair do quarto. Peguei também duas toalhas pra nós dois usarmos na piscina.
Catarina chegou minutos depois quando eu terminava de montar uma tábua de frios para nós dois. O porteiro não anunciou porque eu já havia liberado sua entrada.
— James? — ouvi sua voz me chamando na sala e fui até lá.
Cat deixou a bolsa no sofá e já vinha ao meu encontro. Ela estava linda usando um vestido curto florido e os cabelos presos em um rabo de cavalo.
— Hola. — me cumprimentou em espanhol e sorri me aproximando ainda mais para abraçá-la.
— Hola cariño.
— Acabei de descobrir que adoro quando você me chama assim. — ela murmurou sorrindo antes que eu beijasse seus lábios tentadores.
Estando perto dela era fácil perder o controle de mim mesmo. Enlacei a cintura fina prendendo-a de encontro ao meu corpo e minha outra mão se perdeu por entre seus cabelos sedosos.
Eu queria provar cada pedacinho do seu corpo perfeito, descobrir em quais lugares ela era mais sensível e provocá-la até deixá-la louca de prazer. Queria ouvir Catarina implorando para que eu parasse.
O gemido baixinho que ela soltou enquanto eu beijava e mordiscava seu pescoço, "me acordou" e beijei seus lábios mais uma vez antes de me afastar um pouco para encará-la, mas ainda mantendo-a abraçada a mim.
Apesar do desejo louco que ela me desperta, eu queria deixá-la à vontade, curtir o dia juntos. Porém, de uma coisa eu tenho certeza, hoje ela vai ser minha.
— Quer ir guardar sua bolsa? Trocar de roupa? — perguntei beijando seus lábios mais uma vez e ela sorriu assentindo.
— Só guardar minha bolsa.
Assenti e subimos a escada de mãos dadas, eu a levei para o meu quarto.
— Já está sentindo saudades do Samu? — Cat perguntou divertida entrando e eu entrei atrás dela.
— Muita, não gosto de ficar longe dos meus filhos.
— Eu imagino. — ela comentou deixando a bolsa em cima da minha cama e soltando os cabelos curtos.
— Ano que vem eu preciso resolver isso... — perdi a linha do raciocínio ao vê-la tirando o vestido e revelando o corpo escultural coberto apenas por um minúsculo biquíni preto.
A única coisa eu consegui pensar é que eu tava muito ferrado. As fotos que ela tirou no Guarujá e tantas outras que tinha de biquíni em seu Instagram não faziam jus ao que meus olhos viam naquele momento.
Catarina tinha um corpo escultural, desde os seios firmes, a cintura fina e os quadris arredondados. Observando atentamente aquelas pernas longas e sensuais, eu só conseguia pensar em qual seria a sensação de tê-las ao redor da minha cintura enquanto...
— James? — ela me chamou e "acordei" dos meus pensamentos nada inocentes.
— Sim? Desculpe eu não entendi. — respondi desviando meu olhar das suas curvas para encarar o seu belo rosto.
— Perguntei se você se sente bem para voltar a treinar amanhã.
Bem até demais, pensei em responder lançando mais um olhar para a tentação que era o seu corpo.
— Sim, me sinto bem e ansioso pra voltar a treinar. Eu vou terminar o que tava fazendo lá embaixo, fica à vontade e desce quando terminar. — falei já indo para a porta e ouvi apenas ela concordar.
Se eu ficasse naquele quarto mais um segundo que fosse, não ia resistir ao desejo insano que ela me provocava e iria agarrá-la. Cheguei à cozinha e enfiei a cabeça na pia, debaixo da torneira onde saía a água gelada, pra ver se assim eu conseguia aplacar o fogo que circulava em minhas veias.
Voltei ao preparo da tábua de frios, acrescentando mais alguns petiscos e peguei duas long necks, colocando tudo em uma bandeja para levar até o jardim dos fundos.
— Hum, isso tá bonito. — Cat comentou divertida entrando na cozinha e parando ao meu lado.
Ela ainda usava o biquíni preto, mas por cima da parte de baixo, havia colocado uma canga de praia branca. Estava descalça e óculos escuros repousavam no alto de sua cabeça.
Bonito demais, pensei olhando pra ela.
— Eu levo isso. — Cat disse pegando as duas garrafinhas de cerveja e indo em direção a porta que saía para o jardim. Peguei a bandeja e fui atrás dela.
O dia estava perfeito, céu azul, sol brilhando.
— Uau! — Catarina exclamou extasiada e sorri olhando pra ela. Eu havia ficado do mesmo jeito quando vim visitar a casa antes de alugar.
A piscina não era tão grande, mas bastante confortável. Ao invés de um deque de madeira ao seu redor, tinha apenas uma faixa de piso de mármore escuro e além dele, tudo era recoberto por grama sintética. Uma mesa de vime marrom com quatro cadeiras, coberta por um guarda-sol ficava a um canto.
Todo o jardim era enfeitado por plantas ornamentais das mais variadas espécies, criando uma ilusão como se estivéssemos em alguma floresta tropical.
— Imagino que tudo isso tenha contribuído pra você escolher essa casa pra alugar. — ela comentou colocando as garrafinhas em cima da mesa.
— Acertou. — pisquei pra ela também colocando a bandeja com os petiscos.
— Eu preciso dar um mergulho nessa piscina. — Cat disse empolgada já tirando a canga e os óculos e deixando-os em cima de uma das cadeiras.
— Fique à vontade. — falei sentando na outra cadeira e tomando um gole da minha cerveja enquanto apreciava o espetáculo.
Catarina deu um mergulho perfeito na água azul turquesa, emergindo logo a frente alguns segundos depois. Meus olhos corriam por toda aquela tentação e não pude deixar de compará-la a uma sereia.
— Você não vem? Tá uma delícia! — ela gritou acenando pra mim e acenei de volta.
— Daqui a pouco.
O líquido gelado não conseguia acalmar o calor em meu sangue e quando Cat saiu da piscina, e veio andando em minha direção, eu tive que fazer um esforço enorme para me controlar. A água escorrendo pela pele morena me fez imaginar minha língua correndo por cada centímetro do seu corpo.
Ofereci uma toalha a ela e Cat agradeceu com um sorriso enquanto se secava e me perguntei até onde o meu autocontrole iria com toda essa tentação.
— Tá muito boa a água. — ela disse ainda alegre e pegando pequenos pedaços de queijo e azeitonas levando-os a boca.
Dei risada comigo mesmo tomando mais um gole da minha cerveja. Ou ela estava atuando muito bem, querendo me deixar doido ao ponto de me fazer perder o controle, ou realmente era muito ingênua pra não perceber o quanto seus movimentos e palavras tinham um duplo sentido que mexiam com a minha cabeça.
Cat pegou o celular que estava em cima da mesa e tirou algumas selfies.
— Vai postar? — perguntei e ela me olhou sorrindo.
— Vou sim, ninguém sabe onde é.
Dei risada comigo mesmo e peguei o meu próprio celular para ver as fotos que ela estava postando.
A cada dia Cat ganhava novos seguidores. Em sua maioria eram homens e torcedores do São Paulo e eu imagino que ela também deva receber muitas solicitações de mensagens. Linda do jeito que é eu ficaria surpreso se isso não acontecesse.
As fotos foram postadas no storie e não demorou para vários comentários irem surgindo, até que um deles chamou a minha atenção, mais do que o normal.
A frase "demasiado hermosa!" foi postada acompanhada por um emoticon com olhinhos de coração. Eu reconheci a foto e fui no perfil apenas para confirmar.
Inspirei fundo umas três vezes sentindo o ciúme aflorar novamente e olhei para Cat que sorria encarando a tela do celular.
— Desde quando o Ríos te segue no Instagram? — questionei tentando manter minha voz normal e ela voltou sua atenção para mim.
— Eu vi ontem de madrugada quando cheguei em casa. — ela explicou dando de ombros como se não se importasse com aquilo e eu apenas a encarei.
Catarina sorriu de canto deixando o celular em cima da mesa e levantou vindo até mim.
— Já conversamos sobre isso Rodríguez. — sua voz soou baixa e sedutora enquanto ela sentava no meu colo. — E, se isso te deixar mais confortável, eu digo a ele que tenho sim um namorado misterioso, mas peço para manter em segredo.
Ela conseguiu me desarmar falando aquilo e senti o desejo reacender ao tê-la tão perto assim. Cat me beijou e deixei ela comandar a situação. Suas mãos entraram em meus cabelos acariciando minha nuca me deixando arrepiado.
Levei minhas mãos a sua cintura e a puxei para mim, até sentir completamente seu corpo colado ao meu.
Os beijos foram ficando cada vez mais quentes e intensos, levando meu autocontrole ao limite. Cat estar sentada no meu colo, seminua não me ajudava em nada.
— Cat... — murmurei entre os beijos e ela sorriu me dando mais um beijo antes de se afastar. — Eu não sou de ferro...
Ela sorriu de um jeito travesso mordendo o lábio inferior e senti minha pulsação acelerar.
— Eu também não colombiano.
Catarina me beijou mais uma vez e levantou do meu colo. Ela se afastou andando de costas ainda com aquele sorriso no rosto e as mãos atrás das costas. Demorou um segundo para que eu percebesse o que estava fazendo.
Em um gesto rápido, Catarina desamarrou a parte de cima do biquíni e antes de tirá-lo, ela virou de costas. Virando-se um pouco apenas para me olhar, ela cobriu os seios e jogou a peça pra mim antes de correr e pular na piscina.
Ainda surpreso pela ousadia, eu peguei a peça e levei até perto do meu rosto, aspirando com prazer o cheiro gostoso que vinha dela. Essa mulher vai me deixar louco!
Não pensei duas vezes antes de levantar e correr até a piscina também.
Pulei na água gelada e emergi nadando até ela. Cat deu risada tentando se afastar, mas segurei seu braço puxando-a de encontro a mim.
— Chega de fugir de mim. — afirmei com a voz rouca de desejo antes de tomar posse dos seus lábios.
Me aproximei da borda da piscina trazendo-a comigo sem deixar de beijá-la um segundo sequer. Catarina era como uma droga viciante, quanto mais eu a beijava e a tocava, mais eu precisava dela.
Libertei sua boca e meus lábios foram descendo pelo seu pescoço, provando cada pedacinho da sua pele macia.
— James... — ela gemeu meu nome quando minha boca se aproximava dos seus seios.
Beijei seus lábios mais uma vez e segurei em sua cintura lhe dando impulso para que sentasse na borda da piscina. Os seios redondos e cheios estavam expostos completamente pra mim e não pensei duas vezes antes de prová-los e me fartar em cada um deles. Cat arqueou o corpo se oferecendo mais ainda e suguei os bicos intumescidos ouvindo com prazer os gemidos que ela deixava escapar.
— Vamos para o meu quarto. — murmurei de encontro a sua pele e me afastei um pouco para encará-la. Em seus olhos eu via refletido o mesmo fervor do desejo que eu sentia.
Eu a desejava com uma intensidade absurda, com loucura, mas não queria que nossa primeira vez fosse aqui, a beira da piscina. Ela merecia muito mais.
Ela levantou e estendeu a mão para me ajudar a sair também. Foi até uma das cadeiras e pegou uma toalha para se secar, me estendendo a outra. Nossos olhares conectados o tempo inteiro, ambos sabíamos o que ia acontecer e tenho certeza de que ela quer tanto quanto eu.
Catarina se secou com a toalha sob o meu olhar atento e enrolou a peça ao redor do corpo, ela se inclinou um pouco e levou as mãos por baixo da toalha tirando a calcinha do biquíni. Sorrindo travessa, ela deixou a peça no chão e piscou pra mim antes de se virar e sair correndo em direção à casa.
Assim já é demais pra mim! Pendurei a toalha em meu pescoço e fui atrás dela.
Cat entrou em casa e subiu correndo os degraus, rápida como um raio, mas eu consegui alcançá-la no meio da escada e a peguei no colo. Ela gargalhou com vontade e enlaçou meu pescoço.
— Me vuelves loco gitana. — sussurrei beijando seus lábios enquanto subia o restante dos degraus com ela em meus braços.
Entrei no meu quarto e fui direto para a minha cama onde a coloquei com extrema delicadeza. Deitei parcialmente ao seu lado, apoiando o peso do meu corpo com o braço e com a outra mão fiz um carinho em seu rosto sem deixar de encará-la.
— Tem certeza? — perguntei baixinho me sentindo um pouco apreensivo com a sua resposta.
Se ela quisesse mais tempo, ela teria todo o tempo que precisasse, mas seria extremamente difícil pra mim levantar dessa cama agora e tentar esfriar o meu desejo. Por isso quando Catarina murmurou um "sim" com um lindo sorriso, eu não hesitei em beijá-la apaixonadamente.
Meu coração estava tão acelerado que parecia querer sair pela boca. Eu nunca me senti tão excitada em toda a minha vida! James estava elevando as coisas a um nível inimaginável. Sensações que eu nunca havia experimentado antes, tomavam conta de todo o meu ser.
Suas mãos passavam pelo meu corpo ainda envolto pela toalha e me vi desejando desesperadamente que ele acabasse logo com aquela tortura.
James voltou a me encarar daquele jeito intenso que fazia meu interior entrar em combustão e derreter enquanto retirava a peça de algodão que impedia nossos corpos de sentirem um ao outro. O olhar que ele lançou ao meu corpo fez com que eu me sentisse a mulher mais linda e desejável do mundo.
Ele murmurou algo em espanhol que eu não consegui compreender e voltou a me beijar deitando o corpo forte por cima do meu.
Não sei em que momento eu perdi completamente a noção das coisas, mas quando dei por mim, senti o membro firme roçando entre as minhas pernas, fazendo uma corrente elétrica passar por todas as minhas terminações nervosas.
Os lábios exigentes se apossaram dos meus seios em chupadas vigorosas e agarrei os lençóis com força enquanto soltava um gemido alto. As carícias de James, o seu toque, seus beijos, despertavam em mim um desejo insano que eu nem sabia existir.
Sua língua quente deslizava preguiçosamente pelo meu estômago enquanto a ponta dos seus dedos tocava suavemente em minha coxa, indo em direção à minha virilha. A ansiedade em que ele me tocasse no meu ponto mais sensível me consumia, assim como uma chama consome uma vela acesa.
James me beijou de novo quando seus dedos tocaram entre as minhas pernas, sua boca sufocando meus gemidos. Eu já não tinha mais controle sobre o meu próprio corpo, só desejava ardentemente que ele acalmasse aquele fogo enlouquecedor que queimava dentro de mim.
Quando eu estava prestes a gozar, ele retirou a mão e voltou a me abraçar, seus lábios mordendo meu pescoço de leve.
— James eu... — soltei um gemido meio que reclamando, mas o fato de ele me beijar novamente enquanto me penetrava de uma só investida, calou todos os meus protestos.
Nada se comparava aquilo, nenhuma outra experiência sexual que eu já tive chegava aos pés do que acontecia naquele momento. James se movia em um vai e vem gostoso aumentando ainda mais a minha excitação.
Então de repente ele parou, ficando imóvel e me olhou, um sorriso sem vergonha estampado em seus lábios. A frustração me fez encará-lo de um jeito interrogativo.
— Desde que a gente se conheceu, você sempre vem com palavras afiadas e um tanto debochadas gitana.
Fiz um esforço enorme para prestar atenção em sua voz baixa e rouca, mas com nossos corpos unidos e ele em cima de mim, eu só conseguia pulsar de desejo.
— Naquele dia quando me pegou enrolado de toalha no vestiário, você disse que não tinha nada em mim que te interessasse.
— James eu não acredito que você... — seus lábios calaram a minha boca em um beijo apaixonado enquanto ele se movia.
Quando o beijo terminou e ele ficou imóvel outra vez, eu estava quase enlouquecendo.
— Admita Catarina que você estava errada e que me deseja muito.
— Você é um...
Novamente sua língua e seu corpo quente calaram meus protestos e gemi de pura frustração quando ele parou de se mover.
Ah o típico orgulho masculino. Minha vontade naquele momento era lhe dar um soco bem dado e deixar uma marca naquele rosto perfeito, mas eu estava queimando de tesão e exausta por não conseguir mais suportar a tensão do meu corpo que precisava urgentemente da satisfação que lhe era negada. E também tenho certeza de que se não dissesse o que ele queria ouvir, ele iria me torturar ainda mais.
— Eu menti. — murmurei gemendo de raiva ao ver o sorriso em seus lábios perfeitos. — Eu desejo você James Rodríguez, sempre desejei desde a primeira vez que nos encontramos no CT. — falei olhando em seus olhos e o sorriso em seu rosto se desfez.
O brilho em seu olhar ardente fez meu estômago se contorcer e minha respiração vacilar. Ele olhou para os meus lábios mais uma vez antes de me beijar com extrema paixão.
As investidas de James me penetravam cada vez mais fundo e minhas pernas rodearam sua cintura proporcionando ainda mais prazer para nós dois.
Seu beijo sincronizava com o ritmo dos seus quadris. Enquanto seu pau entrava cada vez mais profundamente em mim, sua língua parecia querer fazer o mesmo em minha boca.
O calor que aquecia meu interior entrou em combustão ameaçando me queimar por inteira e cravei as unhas com força em suas costas quando um orgasmo intenso e enlouquecedor fez meu corpo inteiro estremecer violentamente. Pude ouvir meus gemidos altos como se estivesse a distância, ouvindo tudo de fora enquanto flutuava em algum lugar sendo segurada por fios invisíveis.
Voltei a mim ainda tremendo e ofegante, sentindo o corpo de James suado também sendo sacudido por tremores. Ele enterrou o rosto em meu pescoço e senti seu coração acelerado de encontro ao meu próprio.
Nenhum de nós dois se moveu e apesar de seu corpo estar quase todo em cima de mim, aquilo não me incomodava. Meu olhar foi atraído até as marcas em sua pele e percebi surpresa que as minhas unhas fizeram aquele estrago.
Murmurei um pedido de desculpas e ele levantou a cabeça para me encarar, apoiando-se nos cotovelos.
— Pelo quê?
— Por quase arrancar a pele das suas costas. — falei divertida e ele também riu.
— Nem senti. — murmurou antes de me beijar com carinho.
...
Despertei sentindo as carícias suaves em minhas costas e abri os olhos reconhecendo o quarto de James. Então as lembranças do que nós fizemos encheu minha mente fazendo um sorriso surgir em meu rosto.
Os dedos de James foram substituídos pela sua boca e um leve gemido escapou dos meus lábios fazendo-o sorrir de encontro as minhas costas.
Ele continuou explorando com beijos desde os meus ombros até a minha cintura, fazendo meu corpo despertar novamente para o desejo. Suas mãos seguraram as minhas de encontro ao colchão me deixando a sua mercê. E isso era algo muito excitante.
— Mi gitana... — James sussurrou enquanto mordia o lóbulo da minha orelha.
Ele me soltou e uma de suas mãos escorregou por baixo do meu corpo até chegar ao meio das minhas pernas me fazendo arfar e arquear meu corpo de encontro ao dele, seu pau já duro pressionando minha bunda.
Minha excitação já estava no nível máximo, eu queria, eu precisava desesperadamente dele. Como se lesse meus pensamentos, James virou meu corpo de frente pra ele.
— Quero beijar sua boca enquanto faço amor com você cariño.
Minha mente registrou o que ele disse, mas logo ficou nublada pelo tesão quando ele me penetrou e seus lábios tomaram posse dos meus.
Acabei cochilando novamente e acordei ouvindo o barulho do chuveiro. Estava deitada de bruços e me espreguicei virando de costas.
Encarei o teto pintado de branco sorrindo como uma boba recordando os momentos tórridos vividos com James. Ele era insaciável e me levou ao extremo do prazer com suas carícias ardentes. Nós transamos três vezes seguidas e eu sentia os efeitos em meu corpo levemente dolorido, principalmente entre as minhas pernas. Acho que eu me acostumaria fácil com isso.
O chuveiro foi desligado e sentei no colchão recostando na cabeceira. Puxei o lençol para cobrir meus seios no exato momento que James saía do banheiro, os cabelos molhados e uma toalha branca enrolada nos quadris.
Ele me encarava sem desviar enquanto andava até a cama.
— Tudo bem? — ele perguntou baixinho sentando na beira do colchão.
— Sim, por quê?
— Acho que eu peguei um pouco pesado.
Dei risada e me enrolei com o lençol antes de levantar, eu precisava de um banho nesse momento.
— Não se preocupe colombiano, eu não vou quebrar ao meio.
Antes que eu conseguisse dar dois passos, ele me puxou de encontro ao seu corpo e me virou de frente pra ele, suas mãos me segurando com firmeza. Me senti reagir de imediato a sua proximidade.
A boca de James estava a poucos centímetros da minha, me causando furor.
— É bom saber disso gitana. Se pretende tomar um banho, fique à vontade. — ele murmurou antes de beijar meus lábios e me soltar.
Não consegui responder nada de tão perturbada que eu estava e andei rapidamente até o banheiro. Fechei a porta e me encostei a ela tentando controlar minha respiração ofegante.
Eu precisava raciocinar, pensar com calma e perto dele eu com certeza não conseguiria fazer isso. Deixei o lençol no cesto de roupas sujas ao lado da porta e entrei no chuveiro, sentindo com prazer a água morna caindo em minha pele.
Eu tô muito ferrada. Acabo de me dar conta do quanto ele se tornou importante pra mim depois de a gente ter transado, ou ter feito amor como ele mesmo disse. O que eu mais temia aconteceu, acabei me apaixonando por ele.
Desde o começo James mexeu comigo, mas acho que os sentimentos se intensificaram quando eu o vi caído no gramado naquela noite. O medo de perdê-lo me fez perceber o quanto ele significava pra mim e agora depois do que nós fizemos, isso foi esfregado na minha cara.
Preciso manter a cabeça no lugar até entender o que ele sente por mim de verdade, se é apenas um desejo, uma atração passageira.
Terminei o banho e me enrolei em uma toalha limpa que ele havia deixado pra mim. Quando saí do banheiro, senti o cheiro de queijo derretido e meu estômago emitiu sinais de vida.
Peguei a necessaire que eu sempre levava em minha bolsa e usei meu perfume e hidratante de pele. Vesti a lingerie limpa que havia trazido e coloquei de novo o vestido, peguei minha bolsa saindo do quarto. Preciso pegar também meu biquíni molhado que deixei na piscina.
Desci a escada devagar e deixei a bolsa em cima do sofá antes de ir até a cozinha.
— O cheirinho tá muito bom.
James tirou a atenção do lanche que preparava e olhou pra mim.
— Tô fazendo um queijo quente pra gente.
O sorriso perfeito em sua boca fez meu coração disparar e me senti subitamente nervosa. James percebeu e veio até mim, suas mãos enlaçando minha cintura.
— Tudo bem? — ele perguntou baixinho sem deixar de me olhar.
— É a segunda vez que você me pergunta isso em um curto espaço de tempo.
Ele sorriu de canto e fez um carinho em meu rosto.
— É só pra ter certeza de que está tudo bem.
— E por que não estaria?
— Porque eu te conheço muito bem.
— Não estou arrependida se é isso que quer saber. — falei me soltando dos seus braços, querendo manter alguma distância dele para conseguir raciocinar com clareza.
Sua proximidade, seu toque, era um perigo pra minha sanidade mental.
— Não tô falando que você tá arrependida, só quero saber como você está gitana.
Seu olhar intenso, a maneira como sua voz soava terna e levemente rouca me deixavam ainda mais encantada por ele.
Para disfarçar o quanto tudo aquilo mexia comigo, fui até perto da bancada e peguei um dos sanduíches, dando uma mordida. Tava muito bom.
James continuava me olhando esperando por uma resposta e tomei um gole do suco de laranja antes de responder.
— Eu estou bem James e eu quis tanto quanto você, relaxe.
Ele sorriu de canto e desviou o olhar, indo pegar um pouco de suco também. Não imaginei que ele fosse esse tipo de homem que se preocupa tanto assim, e isso só o torna ainda mais perigoso.
Não bastasse ser o amante perfeito na cama, ele ainda se mostra preocupado e carinhoso. Como se eu já não estivesse apaixonada o suficiente. Preciso me afastar e clarear as ideias.
— Tá ficando tarde, acho que vou pra casa.
James voltou seus olhos castanhos pra mim. Ele ficou claramente surpreso, mas sorriu em seguida.
— Acho que eu estava esperando demais torcendo para que você passasse a noite aqui.
Vontade é o que não me falta, passar a noite em seus braços, dormir ao seu lado, sentir mais uma vez a intensidade do prazer que ele me proporcionou.
— Vamos devagar, ok. Combinamos de fazer assim.
— Você que manda moça.
Dei risada balançando a cabeça em negação. Apesar de concordar, ele estava visivelmente contrariado.
Fui rapidamente até a piscina e peguei meu biquíni, colocando-o dentro de um saquinho de plástico para não molhar minha bolsa. Voltamos pra sala abraçados e peguei minha bolsa antes de sair. James me levou até o meu carro. Ele me abraçou e deixou um beijo romântico em meus lábios.
O brilho em seu olhar me fazia imaginar que ele queria me dizer alguma coisa, mas ele sorriu e balançou a cabeça levemente como se estivesse espantando alguns pensamentos. Em seguida me beijou.
— Me avisa quando chegar em casa. — James pediu baixinho ainda abraçado a mim e beijando minha testa.
— Aviso sim.
As coisas vão ficar mais complicadas de agora em diante. Vai ser difícil tentar disfarçar que estamos juntos, a química que rola entre nós dois é surreal.
Enquanto dirigia a caminho de casa, uma música da Taylor Swift tocando, só conseguia recordar os momentos intensos que vivemos hoje à tarde. Eu já imaginava que ele seria muito bom nesse quesito, mas superou todas as minhas expectativas. Só não posso lhe dizer isso, pois o deixaria ainda mais convencido do que já é.
Estacionei na garagem do prédio e peguei minhas coisas saindo do carro e travando o alarme. Enquanto esperava pelo elevador, checava meu celular e fiquei surpresa com uma notificação do Instagram. Richard Ríos havia me mandado uma mensagem.
Não contive um sorriso ao me lembrar da reação de James com a aproximação de Ríos. Melhor não responder sua mensagem, ele vai entender o recado.
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Espero que tenham gostado pessoas, nos vemos no próximo 😉❤️
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