ੈ♡‧₊˚ ❛ chapter three, Get ready for war⌇🥀!;#
001 - Estamos começando a conhecer um pouco mais dos dons da Maeve, animados?
002 - Não esqueçam de comentar, isso me incentiva muito.
003 - Quais cenas estão ansiosos para ver???
Maeve King
"Se preparar para a guerra"
UMA COMITIVA SE FORMOU PARA LEVAR O novato pelo acampamento, Reyna agarrou meu pulso e me manteve perto dela, como se estivesse com medo de que tudo saísse do controle.
Pareceu demorar uma eternidade até chegarmos no prédio que Reyna e eu estávamos antes de tudo aquilo acontecer. Era uma cunha de dois andares, feita de mármore branco, com pórticos de colunas, como um banco à moda antiga. Guardas romanos estavam em frente a ele. Em cima da porta, estava um cartaz grande e roxo com letras SPQR douradas bordadas dentro de uma coroa de louros.
— Seu quartel-general? — Percy perguntou.
Reyna olhou para ele, seus olhos ainda frios e hostis.
— É chamado de principia. — Ela examinou a plebe de campistas curiosos que tinham nos seguido desde o rio. — Todos voltem às suas funções. Darei uma atualização à vocês na reunião de hoje à noite. Lembre-se, teremos jogos de guerra depois do jantar.
A multidão se dispersou relutante. Alguns comentaram sobre as chances de Percy.
— Ele está morto. — Disse um.
— Devem ter sido aqueles dois que encontraram ele. — Disse outro.
— É. — Murmurou outro. — Deixe-o se juntar à Quinta Coorte. Gregos e geeks.
Algumas crianças riram disso, mas Reyna fez uma careta para eles, que sumiram.
— Hazel. — Reyna disse. — Venha conosco. Quero seu relatório do que aconteceu nos portões.
— Eu também? — Frank disse. — Percy salvou minha vida. Temos que deixá-lo...
Reyna deu a Frank um olhar tão severo que ele deu um passo para trás. Por um momento, fiquei com pena do garoto, mas todos sempre diziam que eu era fraca quando se tratava de campistas mais novos.
— Devo te lembrar, Frank Zhang, — ela disse — que você está no próprio probatio. Você tem causado problemas o suficiente essa semana.
As orelhas de Frank ficaram vermelhas. Ele brincava com um pingente amarrado no pescoço.
— Vá ao arsenal. Vou te chamar se precisar.
— Mas...
Acenei para Frank e ele caminhou desanimado até mim, coloquei a mão em seu queixo e o fiz olhar para os meus olhos.
— Faça o que Reyna está mandando, ok? Aproveite e separe as melhores armas para nós jogarmos os jogos de guerra hoje, tenho certeza que vamos humilhar todos esses idiotas.
Os olhos de Frank se iluminaram com esperança.
— Você vai mesmo jogar hoje?
Forcei um sorriso, os jogos de guerra eram os meus favoritos, Jason e eu nunca perdemos um, mas dele que ele havia sumido, acabei ficando junto com Reyna, sendo a juíza do jogo.
— Vou, promessa.
— Ok, Maeve!
Ele correu e Reyna para Hazel e Percy, na direção do Quartel-General.
— Agora, Percy Jackson, vamos ver se podemos melhorar sua memória.
Entramos no prédio e eu fui direto para o mapa de guerra, apertando o botão embaixo da mesa e fazendo o mapa girar, dando lugar a uma mesa simples.
Reyna sentou-se no seu lugar e Hazel ficou parada onde estava, fui até a beirada da mesa e me sentei ali.
— Então... — Percy começou a dizer.
As estátuas de cachorro arreganharam os dentes e rosnaram. Eu ainda me lembrava da primeira vez que os vi, meu coração quase havia saído pela boca.
— Quietos meninos. — Reyna disse aos galgos.
Eles pararam de rosnar, mas ainda olhavam para Percy como se ele fosse o inimigo... Ou apenas um saco de ração.
— Eles não atacarão, — Reyna disse — a menos que você tente roubar alguma coisa, ou a menos que eu mande. Eles são Argentum e Aurum.
— Prata e Dourado. — Percy disse.
Reyna colocou sua adaga na mesa.
— Devemos nos conhecer. — ele decidiu. — Não lembro quando. Por favor, se puder me contar qualquer coisa...
— As coisas mais importantes primeiro. — Reyna disse. — Quero ouvir sua história. Do que você lembra? Como chegou aqui? E não minta. Meus cachorros não gostam de mentirosos.
Argentum e Aurum rosnaram para enfatizar o ponto.
Percy contou sua história – como ele havia acordado na mansão em ruínas nas florestas de Sonoma. Ele descreveu o tempo com Lupa e sua matilha, aprendendo a linguagem de gestos e expressões, aprendendo a sobreviver e a lutar. Lupa o ensinou sobre os semideuses, monstros e deuses. Ela tinha explicado que ela era uma dos espíritos guardiões da Roma Antiga.
Semideuses ainda eram responsáveis por continuar as tradições romanas nos tempos modernos – lutar com monstros, servir aos deuses, proteger mortais, e sustentar a memória do império. Ela tinha perdido semanas treinando-o, até ele estar tão forte, resistente e perverso quanto um lobo. Quando ela ficou satisfeita com suas habilidades, mandou-o para o sul, dizendo que se sobrevivesse na jornada, deveria encontrar uma nova casa e recuperar sua memória.
Nada disso nos surpreendeu, afinal, era a jornada normal de qualquer semideus... Exceto por uma coisa.
— Nenhuma memória? — Reyna perguntou. — Você não se lembra de nada ainda?
— Partes vagas e peças soltas.
Troquei um olhar com Reyna, essa parte era bizarro.
Reyna girou a adaga.
— A maior parte do que descreveu é normal para semideuses. Até certa idade, de um jeito ou de outro, encontramos o caminho para a Casa dos Lobos. Somos testados e treinados. Se Lupa achar que somos dignos, nos manda para o sul para entrar para a legião. Mas nunca tinha ouvido falar de alguém que perdeu a memória. Como encontrou o Acampamento Júpiter?
Percy contou sobre seus três últimos dias – as górgonas que não morreriam, a senhora que virou uma deusa, e finalmente quando conheceu Hazel e Frank no túnel da colina.
Hazel continuou a história dali. Ela descreveu Percy como corajoso e heróico, o que o deixou desconfortável. Tudo o que ele havia feito tinha sido carregar uma senhora hippie.
Reyna o estudou.
— Você é velho para um recruta. Tem o quê, dezesseis?
— Por aí — Percy respondeu.
— Se você perdeu tantos anos sozinho, sem treino ou ajuda, devia estar morto. Um filho de Netuno? Você deveria ter uma aura poderosa que atrairia todos os tipos de monstros.
— É. — Percy disse. — Fui avisado sobre esse cheiro.
Reyna quase sorriu para ele.
— Você deve ter ficado em algum lugar antes da Casa dos Lobos. — Ela disse.
Percy encolheu os ombros
Reyna suspirou.
— Bem, os cachorros não te comeram, então acho que está falando a verdade.
— Ótimo. — Percy disse. — Da próxima vez, posso passar pelo polígrafo?
— No entanto — Reyna disse, o ignorando — Maeve aqui é filha da deusa Psiquê, a deusa romana da alma e por isso, ela tem certos talentos.
Sorri simpática para o garoto que me encarou com desconfiança. Pulei da mesa e me aproximei dele.
— Pode me dar a sua mão?
— O que vai fazer?
— Como Reyna disse, eu tenho certos talentos, um deles é ver a alma das pessoas e conseguir algumas informações a partir disso. Não dói, você apenas precisa me dar a sua mão e se tivermos sorte, encontro algumas respostas.
Percy pareceu considerar e então suspirou, me estendeu a mão.
— Espero que encontre algo.
Peguei sua mão, que havia diversos calos e se eu tivesse que adivinhar, eles deveriam ser por anos de treinamento de esgrima.
Eu já havia visto muitas almas na minha vida e nem sempre era a minha escolha ver aquilo, mas nada se comparou a alma de Percy. Havia um azul que imediatamente me lembrou o mar, também havia tanto poder que eu não achava ser seguro para um único semideus.
Por um momento, cheguei a ficar tonta.
Não havia como negar que Percy era filho de Netuno e que era um herói experiente. Haviam cicatrizes na sua alma, eu deveria ser capaz de poder ver absolutamente tudo, mas era como se algo estivesse me impedindo. Eu estava presa em uma única sala, que continha apenas as coisas que ele havia nos contado e um rosto, uma garota loira, ele a amava tão profundamente e de forma tão verdadeira que por um segundo, fiquei com inveja.
Me afastei de Percy o encarei, ele me observava ansioso.
— Então?
— Algum deus roubou todas as suas memórias, aparentemente, você foi colocado em sono profundo por...
Eu congelei, percebendo por quanto tempo ele havia ficado preso em um sono.
Oito meses.
— Maeve?
A voz de Reyna me despertou, eu pisquei e lentamente voltei a realidade, percebendo que todos me observavam com atenção.
— Oito meses — murmurei — É como se você tivesse sido colocado nesse sono, na noite em que Jason desapareceu. Quem fez isso, sequestrou vocês de onde estavam no mesmo momento.
Percy franziu a testa.
— O que quer dizer? Quem é Jason?
Reyna se levantou.
— Maeve não descobriu nada que realmente nos ajude, o que é uma pena — Ela disse, ignorando as perguntas de Percy — Mesmo se eu aceitar que você não é um inimigo...
Não esperei para ouvir o resto da conversa e me dirigi para as escadas que davam para os quartos dos Pretores.
Minha cabeça estava girando, eu não fazia ideia de qual era o plano da rainha do Olimpo e sinceramente, estava preocupada, pois não era um bom momento. Cheguei no corredor que continha duas portas e fui para a da esquerda, que era o quarto de Jason.
O lugar havia permanecido exatamente do jeito que ele havia deixado, as únicas pessoas que tinham permissão para entrar eram Reyna e eu, nenhuma de nós duas havia mexido muito nas coisas.
A cama de Jason continuava perfeitamente arrumada, com lençóis de seda azul claro. Ao lado da sua cama, havia uma pequena mesinha que tinha uma pequena estátua de Juno e ao seu lado, Júpiter. Havia também uma foto do primeiro dia dele no acampamento e alguns pertences pessoais, como um relógio e um anel de prata. Fui até o closet e o abri, minhas mãos imediatamente foram até um dos moletons de Jason, peguei um preto e o coloquei por cima da roupa que estava usando, ele ia até a metade da minha coxa.
Infelizmente, não tinha mais o perfume de Jason.
Sentei na poltrona que havia ali encarei ao redor, haviam algumas fotos espalhadas. Na primeira vez que entrei, fiquei surpresa ao notar que eu estava em alguma daquelas fotos.
Peguei meu colocar e apertei o botão quase invisível da esfera de ouro, a bússola se abriu. Como em todas as vezes que eu havia aberto desde que Jason desapareceu, os ponteiros giram loucamente e agora entendi que não estava quebrado como imaginei, o problema, era que o poder de Juno estava interferindo naquilo.
Eu estava cansada.
Reyna surgiu e me encarou com atenção, ela não entrou no quarto, apenas ficou parada na porta.
— O que realmente aconteceu?
Era uma ótima pergunta.
— Eu acho que aquele garoto é o semideus mais poderoso que já conheci — admiti, baixinho — Também acho que estamos diante de um enorme quebra cabeça com várias peças faltando.
Ela finalmente entrou no quarto e sentou na beirada da cama de Jason.
— Me conte o que está passando na sua mente.
Passei as mãos pelo rosto, tentando organizar dentro da minha mente de uma forma que conseguisse explicar as coisas para Reyna.
— Acho... Que estamos tão preocupadas com o ataque iminente ao acampamento, que não consideramos que isso é apenas a ponta do iceberg — expliquei, devagar — Os monstros não permanecem mortos por muito tempo, também estão surgindo criaturas que não ouvimos falar desde os deuses antigos. Lembra que logo que Jason desapareceu, o Olimpo estava fechado?
Reyna concordou lentamente.
— Acredito que estou entendendo para onde essa conversa está indo.
— O sequestro de Jason foi obra de Juno, sabemos disso agora, mas por quê? Ela está claramente desesperada e deve ter agido por conta própria, porque eu tenho certeza que Percy não é um semideus comum, ele nem sequer parece romano. Quantos semideuses voltaram das missões que foram enviados nos últimos meses?
Ela estremeceu.
— Poucos.
Me levantei, andando de um lado para o outro do quarto.
— Eu odeio dizer isso, mas acho que estamos à beira de outra guerra enorme e infelizmente, não estamos preparados para isso. Se as informações que o irmão de Hazel nos trouxe forem verdade...
Reyna suspirou.
— Isso era o que eu temia.
— O que vamos fazer?
Ela levantou e se aproximou, parando na minha frente.
— Vamos reforçar as defesas do acampamento, intensificar o treinamento da legião e dar uma olhada no nosso estoque de armas. Então, vamos até os templos dos deuses e depois, vamos nos preparar para os jogos de guerra que você prometeu que participaria.
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