001 - Eu to cada vez mais animadaaaa com tudo isso!

002 - Não esqueçam de comentar, isso me incentiva muito.

Maeve King

"O caminho para a vitória"

EU ESTAVA CONFIANTE DE QUE O PLANO DE FRANK daria certo. O garoto, apesar de meio atrapalhado e ter aquela ansiedade para provar o seu valor, era realmente engenhoso.

Uma ótima qualidade para qualquer romano.

Hazel encontrou um túnel sem nenhum problema, na verdade, ela encontrou de forma fácil demais, mas eu não iria comentar nada sobre isso. Era como se os próprios túneis se fabricassem para atender às necessidades dela. Passagens que haviam sido preenchidas anos atrás, de repente não estavam mais preenchidas, mudando direções para conduzir Hazel, onde quer que ela queira ir.

A gente rastejou junto à luz da espada brilhante de Percy, Contracorrente. Acima, ouvíamos os sons da batalha — crianças berrando, Hannibal o elefante gritando de alegria, flechas de escorpião explodindo e canos de água disparando. O túnel sacudiu. Pó choveu sobre nós, me fazendo tossir.

— Há uma abertura lá na frente — Hazel anunciou. — Vamos chegar a 3 metros da parede leste.

— Como você sabe? — Percy perguntou.

— Eu não sei — ela falou. — Mas tenho certeza.

Bizarro, mas filhos dos três grandes sempre eram assim e eu aprendi a não discutir.

— Confio em você, Haz.

— Poderíamos seguir o túnel em linha reta, sob a parede? — Frank perguntou.

— Não — Hazel disse — Os engenheiros foram espertos. Eles construíram as paredes em fundações antigas que vão até alicerce. E não pergunte como eu sei. Só sei.

Frank tropeçou em alguma coisa e amaldiçoou. Percy usou espada em volta para dar mais luz. A coisa que Frank tinha tropeçado era prata reluzente.

Ele se agachou.

— Não toque nisso! — Hazel disse.

A mão de Frank parou a poucos centímetros do pedaço de metal. Parecia um pedaço gigante de Hershey's Kiss28, quase do tamanho de seu punho.

— É maciço — ele disse — prata?

— Platina — Hazel parecia assustada. — Vai sumir em um segundo. Por favor, não toque nisso. É perigoso.

Frank não discutiu e apenas levou ela a sério. Enquanto observamos, o pedaço de platina afundou no solo.

Ele olhou para Hazel.

— Como você sabia?

A luz da espada de Percy fez Hazel parecer fantasmagórica como um Lar.

— Vou explicar mais tarde — ela prometeu.

Outra explosão abalou o túnel, e nós seguimos em frente.

A gente saltou de um buraco exatamente onde Hazel havia previsto. Em frente, a parede leste do forte se aproximava. À minha esquerda, eu podia ver a linha principal da Quinta Coorte avançando na formação de tartaruga, formando escudos de concha sobre suas cabeças e lados. Estavam tentando chegar aos portões principais, mas os defensores de cima os prenderam com pedras e atingiram com flechas flamejantes de escorpião, crateras explodiram em torno de seus pés. Um canhão de água descarregou com um barulho de mandíbula arranhada e um jato líquido atingiu a trincheira no chão em frente à Coorte.

Percy assobiou

— Isso é muita pressão, cara.

A terceira e quarta Coorte não estavam nem mesmo avançando. Elas ficaram para trás e riram, assistindo seus 'aliados' apanharem. Os defensores agrupados na parede de cima dos portões, gritavam insultos para a formação de tartaruga, uma vez que cambaleava para trás e para frente. Jogos de guerra tinham se deteriorado em "abater a Quinta".

Pelo o que parecia a milionésima vez no dia, minha raiva borbulhou.

— Bando de idiotas — resmunguei.

— Vamos agitar as coisas — Frank murmurou, parecendo sentir a mesma raiva que eu.

Ele pegou em sua aljava uma flecha que parecia diferente das outras.

— O que isso faz? — Percy perguntou — Engancha?

— Isso se chama seta da Hidra — Frank disse — Você pode derrubar os canhões de água?

Um defensor apareceu na parede acima deles:

— Ei! — Ele gritou para seus amigos. — Vejam isso! Mais vítimas!

— Percy — Frank disse — Agora seria bom.

Mais crianças riram da gente. Alguns correram para a água mais próxima e viraram o canhão em direção a Frank.

Percy fechou seus olhos. Ele levantou a mão.

Na parede alguém gritou:

— Já era, perdedores!

KA-BOOM

O cano explodiu em azul, verde e branco. Os defensores gritavam com uma onda de choque aquosa achatando-os contra as muralhas. As crianças caíram das paredes, mas foram capturadas pelas gigantes águias e levadas para longe em segurança. Todo leste da parede explodiu por meio dos dutos. Um depois do outro, os canhões de água explodiram. Os disparos dos escorpiões ficaram encharcados. Os defensores se dispersaram na confusão ou foram atirados para o ar, dando às águias de resgate um exercício completo. Nos portões principais, a Quinta Coorte esqueceu sua formação. Mistificados, abaixaram o escudo e olharam para o caos.

Frank atirou sua flecha. Ela subiu, levando sua corda brilhante. Quando chegou ao topo, o ponto de metal se dividiu em dúzia de linhas que atacaram e acondicionaram em torno de qualquer coisa que poderiam encontrar - partes da parede, um escorpião quebrado, um canhão de água e um par de campistas defensores, que ganiram e se encontraram batendo contra o parapeito como âncoras. A corda principal, estendeu-se em dois intervalos, fazendo uma escada.

— Vai! — Frank disse.

Percy sorriu

— Você primeiro, Frank. Essa é sua festa.

Ele me encarou, parecendo duvidoso.

— Vai lá, garoto.

Então ele finalmente pendurou seu arco nas costas e começou a subir. Ele estava a meio caminho antes de defensores recuperarem seus sentidos o suficiente para tocar o alarme.

Dei uma olhada para onde o grupo principal da Quinta Coorte estava, ainda parecendo congelados.

— QUINTA COORTE, ATACAR!

Gwen foi a primeira a descongelar após o meu comando. Ela sorriu e repetiu a ordem.

Empurrei Hazel para subir e olhei para Percy, que me observava.

— O que foi, garoto da água?

— Você não contou para Reyna — murmurou — Sobre a garota que eu lembrava.

Era isso que estava o incomodando?

Dei de ombros.

— Se eu tivesse perdido a minha memória e a única coisa que lembrasse fosse o rosto da pessoa que amo, não iria querer que alguém tirasse isso de mim — murmurei — Ela é bonita.

Comecei a subir a corda, sabendo que o garoto estava logo atrás de mim.

— Jason, o cara desaparecido... Ela é a sua Annabeth?

Não olhei para ele.

— Não, ele não é a minha Annabeth, mas... Ele é algo. E eu vou encontrar nem que para isso, tenha que lutar contra todos os monstros que existam.

— Entendi.

Subi no muro e girei a minha adaga, cravando no pescoço de um idiota que tentou me atacar e em seguida, chutei seu peito, o derrubando da muralha.

Percy surgiu ao meu lado.

— Bom golpe.

— Obrigada. Quer ver como os romanos realmente lutam?

Ele me encarou, um sorrisinho surgindo em seu rosto.

— Eu vou te mostrar como eu luto.

Juntos, nós quatro limpamos a muralha. Pela primeira vez em meses, eu não me segurei ou tentei conter a minha raiva. Abaixo da gente, o portão foi quebrado.

Hannibal foi para o forte, flechas e pedras quicando inofensivamente pela sua armadura Kevlar. A Quinta Coorte foi atrás do elefante, e a batalha começou corpo-a-corpo. Finalmente, da borda do Campo de Marte um grito de guerra foi declarado. A Terceira e Quarta Coorte correram para se juntar à luta.

— Um pouco tarde — Hazel resmungou.

— Não podemos deixar o estandarte — Frank disse.

Girei minha adaga e sorri, observando o terror começar a se espalhar pelos rostos da primeira e segunda Coorte.

— Não — Percy concordou. — Eles são nossos.

— Temos trabalho a fazer então.

Mais nenhuma conversa foi necessária. Nos movemos como uma equipe. Como se nós quatro trabalhássemos juntos há anos.

Então, corremos para a base inimiga.