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ੈ♡‧₊˚ ❛ chapter seventeen, Fineu ⌇🥀!;#






001
- Adoro o jeito que o Fineu mete as fofocas.

002 - Meta para o próximo capítulo: sete comentários.






Maeve King

"Fineu"


O DIA ESTAVA CINZENTO E CAIA uma chuva fria quando finalmente chegamos a Portland, Hazel cutucou Percy para tentar o acordar, mas o garoto realmente parecia apagado, como se tivesse entrado em coma.

— Pensei que eu tivesse sono pesado — disse Hazel. — Bem-vindo a Portland.

Ele sentou-se e piscou em confusão, então olhou ao redor. À esquerda havia armazéns industriais e trilhos de trem, à direita, o pequeno centro comercial de uma cidade — um grupo de torres de aparência quase acolhedora entre as margens do rio e uma cadeia de colinas enevoadas cobertas de árvores.

— Como foi que chegamos aqui?

Frank lançou um olhar do tipo "Você não vai acreditar" e disse:

— A baleia assassina nos levou até o Rio Colúmbia. E então passou o arnês para um par de esturjões de quase quatro metros.

Percy parecia cada vez mais confuso.

— Enfim — continuou Frank — os esturjões nos puxaram por muito tempo. Hazel, Maeve e eu nos revezamos dormindo. Então chegamos a este rio...

— O Willamette — completou Hazel.

Ajeitei meu casaco e o capuz, que estava deslizando para fora da minha cabeça.

— Depois disso, o barco meio que assumiu o controle e nos trouxe aqui sozinho — completei, então analisei o garoto com atenção — Você dormiu bem?

Ele pareceu pensar por um momento, então começou a contar sobre o que havia sonhado, como um possível navio de guerra que podia estar a caminho para ajudar o Acampamento Júpiter, também algo sobre um ciclope amigo e um cão gigante procuravam Percy. Quando ele chegou na parte sobre o forte romano no gelo, Hazel pareceu perturbada.

— Então Alcioneu está em uma geleira — disse ela. — Isso não ajuda muito. O Alasca tem centenas delas.

Percy assentiu.

— Talvez esse tal vidente Fineu possa nos dizer qual é.

O barco atracou sozinho em um píer e Frank enxugou a chuva de seu cabelo curto.

— Então agora procuramos um cego na chuva — disse ele — Iupi!

Pegamos nossas coisas e descemos do barco, avistei uma cafeteria e dei um pequeno sorriso, fazendo sinal para Percy me seguir enquanto Hazel e Frank nos esperavam no píer.

Entramos na cafeteria e eu me dirigi até o balcão, felizmente o lugar estava praticamente vazio.

— Queremos quatro chocolates quentes, tamanho médio, também quero uma caixa dessas rosquinhas para a viagem — falei, olhando atentamente para as coisas expostas no balcão de vidro — Percy, quer alguma coisa?

— Rosquinhas azuis, por favor.

A atendente concordou e anotou nosso pedido, era uma garota que deveria ter dezesseis anos, no máximo. Ela não parecia nem um pouco feliz de estar feliz de estar trabalhando ali, então aproveitei aquilo para usar meu dom, sua mão estava em cima do balcão e eu a peguei.

Sua alma era uma confusão de cores escuras, aquela garota precisava urgentemente de terapia.

— Por conta da casa, você disse?

Ela piscou os olhos e me encarou com confusão, então sorriu de forma doce.

— Claro!

Percy me encarou surpreso enquanto ela se afastava para preparar nossos pedidos, então uma careta surgiu em seu rosto.

— Eu acho isso bizarro.

— Você fala com animais marinhos e cavalos, quer realmente me julgar?

Ele deu de ombros.

— Justo.

— Ser filha da esposa de Eros não é exatamente divertido, demorei para conseguir controlar meus poderes — murmurei, olhando ao redor — mas agora é útil, já que não temos dinheiro.

Não demorou muito para a garota voltar com nossos pedidos, agradeci e fomos para a rua, onde Hazel e Frank estavam nos esperando. Percy distribuiu as coisas e eu rapidamente peguei meu chocolate quente, tomando um longo gole que foi muito bem vindo e me ajudou a parar de tremer pelo frio.

Percy pegou uma rosquinha azul.

— Ok, precisamos encontrar o cego agora.

De forma surpreendente, não foi tão difícil quanto imaginei que seria, os gritos e o aparador de grama ajudaram.

Dessa vez fomos espertos e pagamos tudo o que tinha no barco, até as carnes e coisas estranhas que Íris havia dado. Vimos algumas bicicletas passando nas ruas e alguns sem-teto abrigados em vãos de porta, mas a maioria dos habitantes de Portland parecia recolhida nos edifícios.

Ouvimos uma voz distante quando já estávamos terminando nosso lanche, "Ha! tomem isto, suas galinhas estúpidas!", seguida pela rotação de um pequeno motor e um monte de grasnidos.

Percy nos encarou.

— Vocês acham...?

— Provavelmente — concordou Frank.

Nós quatro trocamos um olhar e corremos na direção do som.

A duas quadras dali encontramos um grande estacionamento ao ar livre com calçadas arborizadas e fileiras de furgões-lanchonetes de frente para as ruas dos quatro lados. Alguns eram simples caixas brancas de metal sobre rodas, com toldos e balcões. Outros eram pintados de azul, roxo ou com bolinhas, com grandes bandeiras na frente e quadros coloridos de cardápio e mesas como as que alguns cafés usam para ocupar a calçada. Um anunciava fusão de tacos de estilo coreano-brasileiro, o que parecia algum tipo de culinária radioativa ultrassecreta. Outro oferecia sushi no palito. Um terceiro vendia sanduíche de sorvete frito. O cheiro era incrível — dezenas de cozinhas diferentes funcionando ao mesmo tempo.

No centro do estacionamento, atrás de todos os furgões, um velho de roupão corria de um lado para outro com um aparador de grama, gritando para um bando de mulheres-aves que tentavam roubar comida de uma mesa de armar.

— Harpias — disse Hazel. — O que significa...

— O velho estranho é Fineu — murmurei, desanimada.

Atravessamos a rua correndo e nos esprememos entre o furgão coreano-brasileiro e um carrinho vendendo rolinhos primavera de burritos.

As traseiras dos furgões-lanchonetes não eram nem um pouco tão apetitosas quanto as frentes. Eram atravancadas com pilhas de baldes de plástico, latas de lixo transbordando e varais improvisados sustentando aventais e toalhas. O estacionamento em si nada mais era que um quadrado de asfalto rachado, entremeado de ervas daninhas. No meio havia uma mesa de armar com uma montanha alta de comida de todos os furgões.

O cara de roupão era velho e gordo. Estava quase careca, com cicatrizes na testa e um aro ralo de cabelos brancos. O roupão estava sujo de ketchup, e ele ficava indo aos tropeços de um lado para outro em pantufas felpudas de coelhinhos cor-de-rosa, brandindo seu aparador de grama movido a gasolina contra a meia dúzia de harpias que sobrevoava sua mesa.

Ele era obviamente cego. Seus olhos eram leitosos, e quase sempre ele errava por muito as harpias, mas ainda assim estava se saindo bem afugentando-as.

— Suas galinhas pretas e sujas! — gritou ele.

— Ele parece louco — murmurei.

Percy concordou.

As harpias pareciam mortas de fome, o rosto humano tinha olhos fundos e faces encovadas. O corpo era coberto por chumaços de penas, e as asas terminavam em mãos minúsculas e enrugadas. Vestiam sacos de aniagem. As harpias mergulhavam para a comida, parecendo mais desesperadas que zangadas.

Whirrrr! O velho brandiu o aparador de grama, que raspou na asa de uma das harpias. Ela gritou de dor e se afastou, soltando penas amarelas ao voar.

Outra harpia sobrevoava em círculos acima das outras. Parecia mais nova e menor que as demais, com penas de um vermelho vivo. Ela observava com cuidado à espera de uma oportunidade e, quando o velho ficou de costas para ela, mergulhou rapidamente na direção da mesa. Agarrou um burrito com as garras dos pés, mas, antes que pudesse escapar, o cego virou o aparador de grama e a acertou nas costas com tanta força que eu me encolhi.

A harpia gritou, soltou o burrito e se afastou voando.

— Ei, pare com isso! — gritou Percy.

As harpias entenderam aquilo da maneira errada. Elas olharam para nós e fugiram imediatamente, a maior parte saiu voando e se empoleirou nas árvores em volta do estacionamento, lançando olhares tristes para a mesa. A de penas vermelhas com as costas machucadas voou oscilante pela rua Glisan e sumiu de vista.

— Ha! — gritou o cego em triunfo e desligou o aparador de grama. Ele sorriu vagamente na direção de Percy. — Obrigado, estranhos! Agradeço muitíssimo a ajuda.

Revirei os olhos e cutuquei o garoto, que tinha uma expressão azeda no rosto.

— Ah, que seja. — Ele aproximou-se do homem, ficando de olho no aparador de grama. — Eu sou Percy Jackson. Este é...

— Semideuses! — exclamou o velho. — Sempre consigo farejar semideuses.

Hazel franziu a testa.

— Cheiramos tão mal assim?

O velho riu.

— É claro que não, minha querida. Mas você ficaria surpresa com o quanto meus outros sentidos ficaram aguçados depois que perdi a visão. Eu sou Fineu. E você... espere, não me diga...

Ele levou a mão ao rosto de Percy e enfiou um dedo em seu olho.

— Ai! — queixou-se Percy.

— Filho de Netuno! — exclamou Fineu. — Achei que tinha sentido o cheiro do oceano em você, Percy Jackson. Também sou filho de Netuno, sabe?

— Ei... sim. Certo.

Mordi o lábio inferior para não provocar Percy, mas o karma foi rápido, porque o velho se virou na minha direção e começou a cutucar o meu rosto, me fazendo resmungar um palavrão.

— Oh, que cheiro específico, faz tempo que não sinto algo assim. Filha da deusa Psiquê, hummm... Maeve King!

Dei um tapa em suas mãos, o afastando, então ele se virou para Hazel.

— E aqui... Ah, puxa, cheiro de ouro e das profundezas da terra. Hazel Levesque, filha de Plutão. E a seu lado... O filho de Marte. Mas sua história é mais longa, Frank Zhang...

— Sangue antigo — murmurou Frank. — Príncipe de Pilos, blá-blá-blá.

— Periclimeno, exatamente! Ah, ele era um cara legal. Eu adorava os argonautas!

O queixo de Frank caiu.

— E-espere. Peri quem?

Fineu sorriu.

— Não se preocupe. Conheço sua família. Aquela história sobre seu bisavô? Ele não destruiu de fato o acampamento. Ora, que grupo interessante. Vocês estão com fome?

Frank estava com cara de quem tinha acabado de ser atropelado por um caminhão, mas Fineu já havia passado para outras questões. Ele gesticulou com a mão na direção da mesa. Nas árvores próximas, as harpias gritavam desoladas.

— Olhe, estou confuso — falou Percy. — Precisamos de algumas informações. Disseram-nos que...

— ...que as harpias estavam me impedindo de comer — completou Fineu — e que, se vocês me ajudassem, eu os ajudaria.

Fiz uma careta, eu definitivamente preferia a opção dele morrendo de fome do que as harpias.

— Algo nessa linha — admitiu Percy.

Fineu riu.

— Isso é passado. Por acaso pareço estar perdendo alguma refeição?

Ele deu tapinhas na barriga, que era do tamanho de uma bola de basquete muito cheia.

— Hum... não — respondeu Percy.

Fineu agitou seu aparador de grama no ar com um gesto expansivo. Nós quatro nos abaixamos.

— As coisas mudaram, meus amigos! Quando obtive o dom da profecia, eras atrás, é verdade que Júpiter me amaldiçoou. Ele enviou as harpias para roubarem minha comida. Sabem, eu tinha a língua um tanto comprida. Revelei muitos segredos que os deuses queriam guardar. — Ele voltou-se para Hazel. — Por exemplo, você deveria estar morta. E você... — Ele voltou-se para Frank. — Sua vida depende de um graveto queimado — Então me encarou — Você está apaixonada pelo filho de Júpiter, há!

Percy franziu a testa enquanto eu o encarei incrédula.

— Do que você está falando?

— Eu o quê?

Eu não conseguia acreditar naquela merda, eu saberia se estivesse apaixonada pelo Jason!

Hazel piscava como se tivesse levado um tapa. Frank dava a impressão de que o caminhão tinha dado ré e passado por cima dele de novo.

— E você. — Fineu voltou-se para Percy. — Ora, você nem sabe quem é! Eu poderia lhe dizer, é claro, mas... ha! Que graça teria? E Brigid O'Shaughnessy matou Miles Archer em Relíquia Macabra. E Darth Vader na verdade é o pai de Luke. E o vencedor do próximo Super Bowl será...

— Já entendi — murmurou Frank.

— Eu não estou apaixonada pelo Jason — resmunguei.

Hazel agarrou a espada como se estivesse tentada a socar a cabeça do velho com o cabo.

— Então você falou demais e os deuses o amaldiçoaram. Por que eles pararam?

— Ah, eles não pararam! — O velho arqueou as sobrancelhas densas como se dissesse: Dá para acreditar? — Tive que fazer um acordo com os argonautas. Sabe, eles também queriam informações. Falei que cooperaria se eles matassem as harpias. Bem, eles afugentaram aquelas criaturas nojentas, mas Íris não os deixou matá-las. Uma afronta! Então, desta vez, quando minha patrona me trouxe de volta à vida...

— Sua patrona? — perguntou Frank.

Fineu dirigiu-lhe um sorriso perverso.

— Ora, Gaia, é claro. Quem vocês acham que abriu as Portas da Morte? Sua namorada aqui compreende. Gaia também não é sua patrona?

Hazel sacou a espada.

— Eu não sou a... eu não... Gaia não é minha patrona!

Fineu parecia divertido. Se ouvira a espada ser desembainhada, não pareceu preocupado.

— Muito bem, se quer ser nobre e ficar do lado perdedor, problema seu. Mas Gaia está acordando. Ela já reescreveu as regras da vida e da morte! Estou vivo de novo, e em troca de minha ajuda, com uma profecia aqui, outra profecia ali, meu maior desejo é atendido. A mesa virou, digamos. Agora posso comer tudo que quiser, o dia todo, e as harpias têm que ficar olhando e passar fome.

Ele acelerou o motor do aparador de grama, e as harpias gemeram nas árvores.

— Elas estão amaldiçoadas! — disse o velho. — Só podem comer de minha mesa, e não podem sair de Portland. Como as Portas da Morte estão abertas, elas não podem nem morrer. É lindo!

— Lindo? — protestou Frank. — Elas são criaturas vivas. Por que você é tão cruel com elas?

— São monstros! — respondeu Fineu. — E cruel? Aqueles demônios de cérebro emplumado me atormentaram por anos

— Mas era o dever delas — disse Percy, tentando se controlar. — Eram ordens de Júpiter.

— Ah, estou com raiva de Júpiter também — concordou Fineu. — No tempo certo, Gaia cuidará para que os deuses sejam devidamente punidos. Péssimo trabalho que eles fizeram governando o mundo. Mas, por enquanto, estou gostando de Portland. Os mortais não prestam atenção em mim. Acham que sou só um velho louco espantando pombos!

Avancei na direção dele e peguei um copo que havia na mesa, só depois percebendo que era café quente, então joguei na cara do idiota.

— Você é um merda.

— Você é horrível! — disse ela a Fineu. — Seu lugar é nos Campos da Punição!

Fineu sorriu, desdenhoso.

— Um morto falando do outro, garotinha? Devia ficar calada. Você começou isso tudo! Não fosse você, Alcioneu não estaria vivo!

Hazel cambaleou para trás.

— Hazel? — Os olhos de Frank ficaram completamente arregalados. — Do que ele está falando?

— Ha! — disse Fineu. — Você logo irá descobrir, Frank Zhang. Aí vamos ver se você ainda terá uma queda por sua namorada. Mas não é por isso que vocês estão aqui, certo? Querem encontrar Tânatos. Ele está preso no covil de Alcioneu. Eu posso lhes dizer onde é. Claro que posso. Mas vocês terão que me fazer um favor.

— Esqueça — replicou Hazel. — Você está trabalhando para o inimigo. Nós mesmos devíamos mandar você de volta ao Mundo Inferior.

— Vocês podem tentar. — Fineu sorriu. — Mas duvido que eu fique morto por muito tempo. Sabe, Gaia me mostrou o jeito mais fácil de voltar. E com Tânatos acorrentado, não tem ninguém para me manter lá embaixo! Além disso, se vocês me matarem, não vão saber meus segredos.

Por um momento, considerei deixar Hazel usar a espada, mas então lembrei que o acampamento Júpiter iria ser atacado e Reyna precisa de mim, do sucesso da missão.

Vidas estavam em jogo.

— Qual é o favor?

Fineu lambeu os lábios com uma expressão ávida.

— Tem uma harpia que é mais rápida que as outras.

— A vermelha — deduziu Percy.

— Eu sou cego! Não conheço as cores! — reclamou o velho. — Seja como for, ela é a única com quem tenho problemas. É esperta aquelazinha. Sempre fica na dela, não se junta às outras. Ela me fez isto aqui.

Ele apontou as cicatrizes na testa.

— Capturem aquela harpia — continuou. — Tragam-na para mim. Eu a quero amarrada onde possa ficar de olho nela... ah, modo de dizer. As harpias odeiam ficar amarradas. Isso lhes causa uma dor extrema. É, vou gostar disso. Talvez eu até lhe dê comida para que ela dure mais.

Nós quatro trocamos um olhar e rapidamente chegamos a um acordo: jamais ajudaríamos aquele velho assustador. Por outro lado, a gente tinha que obter a informação dele.

Precisávamos de um Plano B.

— Ah, vão lá conversar — disse Fineu com jovialidade. — Eu não ligo. Apenas se lembrem de que, sem minha ajuda, sua missão vai fracassar. E todos que vocês amam no mundo morrerão. Agora, vão embora! Tragam-me a harpia! 

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