Cap 5
Ela tentava fugir no seu primeiro beijo. Tinha de admitir ela tinha força. Eu não queria a deixar escapar, não depois de tanto tempo à espera deste momento.
Um cheiro a oceano, o meu favorito, apareceu na brisa que suava.
Não!
Separei me dela meros segundos depois de os meus pensamentos se apoderarem de mim.
Math estava a falar sobre alguma coisa. Mas não conseguia ouvir nada que ela estava a dizer. Ela parecia enfurecida por não estar a dar lhe ouvidos
-SPRING!- assustei me quando ela gritou o meu nome.
- Math!
- que isto fique dito e assim se faça! Não contes nada à tua irmã!
- ok!- eu também não lhe ia contar. Não queria uma peste em casa a dizer sem parar: TU GOSTAS DELA! Espera... Já tenho.- Math... Eu queria te contar uma coisa.
- diz
[Mys]
P
rocurei-as pela casa toda. Não encontrava a Math e muito menos a minha pulseira da sorte.
Desisti. Agarrei me à TV. Deitei me no chão. Abri o meu canal favorito carregando nos números 9 e 0. Estava a dar Flashpoint.
Uma das minhas séries favoritas.
Permaneci calada até ao intervalo. Boa. Precisava de um para fazer as minhas necessidades e ir à despensa buscar pipocas, tinha mais 6 episódios pela frente.
Assim que sai da casa de banho dirigi me à despensa, que ficava debaixo das escadas.
Estava a retirar as minhas pipocas salgadas quando a porta de entrada da casa abriu e fechou com força.
-MATH! PORQUÊ TU NÃO ME CONTAS-TE NADA? !- Olha mas que bom...o Spring e a Math estam a discutir.
- PODES FAZER O FAVOR DE NÃO GRITAR
- espera. A minha irmã?
- deve ter ido para a alcateia! Não me interessa agora- grande amiga que eu tenho!
-Math... Porquê tu não me contas te? Nós somos melhores amigos. Nós somos como irmãos- isso Math fica com ele... Não preciso dele
- eu não te quis contar porque não queria viver aquilo por palavras.
-Eu compreendo te. A Mys compreende te. À quanto tempo é que és órfã?- O QUÊ?!
- desde que entrei para a alcateia. O teu pai foi o primeiro a saber.- agora percebo porque a Math no dia que entrou estava a chorar ao pé do meu pai.- e tu como é que soubeste?
- ouvi a conversa. - tal irmão tal irmã!- Math, tu tens alguém para cuidar de ti?
-...- comecei a ouvir passos.
- Math. Ei onde é que tu vais? Math?!- a mesma porta abriu e fechou fortemente.
Sai do meu esconderijo depois de eu por às mãos na cara e tentar engolir aquilo que ouvi.
Ao entrar na cozinha, vi Spring com a mão na cabeça e uma cerveja na outra.
Ele dá pela minha presença.
-Mano, estás bem?
- tu ouvis te tudo?
- sim!-
Ele estava frustrado. Nunca o tinha visto assim. Estava preocupada com ele. E um pouco assustada. Ele nunca tinha bebido na minha frente ou em casa.
Mesmo com esse dois sentimentos. Sentei me ao lado dele e retirei lhe a bebida das mãos.
- dá-me!- ele manteve a cabeça baixa. Só movimentou a mão na direção da bebida
- primeiro, vais me explicar melhor o que se passou. Aqui! E agora!
-ok... Ok! Eu contei a Math que sabia que ela era órfã. Ela ficou furiosa... Ou triste não sei! Não sei de nada agora. Ela começou a gritar comigo pela rua toda. Assim que chegamos a porta da nossa casa eu empurrei a para dentro e o resto já sabes.- ponho a bebida na sua frente. - Obrigado.
Segui para o meu quarto. Peguei no meu telemóvel e digitei o número de telefone da Math.
Pus no meu ouvido. Ela atendeu.
-Math! Está tudo bem?
- "..."
- Math? Responde por favor! Está tudo bem?
O silêncio mantém se no outro lado da linha.
-Onde é que estás?- ela desliga-mo na cara.- obrigado pelas informações, Math!
Sento-te no assento da janela. O meu lugar favorito da casa.
Este é o meu quarto. Giro, não?
Abro uma gaveta que estava debaixo de onde estava sentada. De lá tiro o meu álbum de fotos.
Semanas passaram. Nada da Math. Estava na alcateia. Houve mais reuniões. Eu ficava todos os dias na gruta. Era obrigada a ir às reuniões. Mas de hoje consegui escapar.
-Kira! Então!
-Math- assim que ouvi o nome dela, virei a cara e avistei-a sentada ao pé do Kira.- onde é que tu estavas?
Corri até aí local. A uma boa distância abrandei o passo. Via melhor. Ela estava com uma ligadura no braço esquerdo que estava uma tanto vermelho. Uma ligadura na orelha e cabeça.
- Sim, Math! Onde é que andas te?- assim que ela ouve a minha voz, abaixa a orelhas e corre dali.- Math! Espera.
Corri atrás dela, mas não a apanhei. Eu acho que nem o Fash a apanha.
Estava cansada. Voltei para trás. Avistei o Spring a falar com o Kevin.
Corri até lá.
[Spring]
O
uvi a minha irmã a chamar-me de longe.
-Spring!- ela estava nervosa. Mais nervosa do que o normal
-Mys, como vês estou a falar com K...
-Math. - a única palavra que ficava a minha atenção naquela semana.
- viste-a? Falas te com ela? Onde é que é ela está? - fiquei preocupado. A cara da Mys começou a se encolher. Ela suspirou tristemente.
- ela está ferida.- sussurou
A fúria apoderou-se da minha mente, corpo e alma.
- desculpa, Kevin. Podemos falar depois, já discutimos esse assunto depois!
- sim, alfa!- ele retirou se.
- Mys, vamos falar na gruta.
Entramos dentro do nosso covil. A minha irmã não parava de andar às voltas.
Passei as minhas garras pelo chão e rosnei.
Mys parou de rodopiar e baixou as suas orelhas negras. Ela estava com medo de me ver assim.
- Mys?
-s-sim?
- onde é que ela está?
- e-eu via e aproximei-e dela. E depois e-ela fugiu para dentro da floresta!- andei às voltas por mim mesmo.
- quer queira onde ela esteja, eu vou encontra-la e por um ponto final nisto.- Mys ganir baixo e começou a recuar.
- mano, não p-precisas de estar zangado com ela, assim. Por favor... Acalma-te.
- eu vou procurá-la. Vens comigo ou ficas?
- não, fico aqui
- ainda bem.- disse andando até à entrada da gruta.
Mys tinha razão. Tinha de me acalmar. Mas só de pensar que a Math está ferida fico enfurecido. Quando eu souber quem pôs a minha rapariga naquele estado. As minhas garras vão ter uma conversinha muito amigável com a sua garganta.
Eu tinha um bom olfato, por isso deixei me levar pelo cheiro da brisa oceânica fresca.
Quando abri os meus olhos, vi o Rick escondido nuns arbustos. Olhei mais em redor e vi a Math.
[Rick]
Ouvi a conversa que o Alfa teve com a sua irmã antes do Kevin ter saído da conversa.
A expressão do alfa não mudará deste aí. Estava sério, preocupado e furioso.
Segui-a a Math. Ela podia ser rápida a correr mas eu consegui-a seguir. A uns bons 20 metros de distância mas conseguia seguir.
Ela chega a um parque abandonado e em mau estado.
Tinha uma cabana ao lado. Os sol estava a por e os seus rais passavam por entre as árvores. Criava uma vista incrível. O verde esmeralda das folhas das árvores com um místico de amarelo torrado da Estrela solar.
Olhei melhor. Havia um escorrega e ao lado desse havia uns baloiços, onde uma rapariga estava sentada. Ela tinha caudas e orelhas iguais à da Math. Então podemos dizer que aquela miúda era a Math.
Ela é tão bonita. Aqueles cabelos de ouro eram o que despertaram a minha atenção. O meu coração disparou naquela altura.
Ela estava com o olhar perdido por entre aquelas magníficas árvores à sua frente.
Ela estava triste.
Ouvi passos de uma pessoa. Cheirei que era o alfa. Escondi me atrás de uns arbustos que estavam ao meu lado.
[Spring]
A Math estava de costas voltadas a mim. Nunca tinha estado assim, perdida.
Ela estava com a cabeça erguida e com o olhar fixado à sua frente. Não percebia.
Aproximei-me dela, com o passo leve.
-Math? O que se passa?- ela permaneceu calada e quieta.- Onde é que a tiveste todo este tempo?
Fico surpreendido com a reação dela, ela virou-se mas permaneceu calada. Este silêncio estava a assustar-me.
Inundei-a de perguntas. Mas nada... Nem uma palavra, com o seu olhar perdido no nada.
Desato aos berros a fazer-lhe perguntas como se ela tivesse ficado surda de repente e a única forma de ela ouvir era gritando.
-CALA-TE MER+A!! - ela grita do nada.
- o que é que se passa? Por favor Math! Responde! Onde foste arranjar essas feridas?? Eu estou preocupado contigo! Não vou mentir!
[Math]
Assim que o Spring perguntou me o que se tinha passado e por que estava com estas ferida lembrei-me o que se passou à 2 dias atrás.
Entrei num bairro deserto. Olhei para os lados. Ele era muito familiar, mas não me lembrava de onde é que ele era.
Estava distraída. Só "acordei" quando esbarrei num rapaz que provavelmente tinha a idade o Spring.
Agora lembro-me de tudo. O Bairro pertencia a um gangue a quem tenho uma dívida. E o cara em que esbarrei era o líder.
Mas logo a minha mente focou-se no sentimento que tive quando os meus lábios tocaram naquele. O sentimento quando ele me disse que sabia que era órfã.
O Calvin (o lider) agarramou-me no braço. Conheço cada traço daquelas mãos grandes e fortes.
-Lembras te de mim, Math?
- não tenho tempo para as tuas mer#as!
Ele encosta-e na parede da sua casa. Agarrá-la no queixo para eu o olhar nos seus olhos azuis. Mas a minha franja tapava-me os olhos.
- lembras da dívida que me deves?- eu não respondia, ele não é ninguém para eu lhe responder.
Mas isto tinha consequências. Ele aperta-me mais o queijo
-Estás a gozar comigo? Sabes que isso não acaba bem para ti!- diz enfurecido.
Olho-o também com fúria no olhar. Acerto-lhe com o joelho na sua barriga. Ele dá uns poucos passos para trás.
Os 5 lacaios deles, rodeiam me é tentam-me dar porrada.
Devido aos meus reflexos e agilidade, consigo neutralizar maior parte dos ataques.
Um deles agarra-me por trás e impede-me de movimentar.
Os outros 4 recuam e o Calvin avança até ao meu encontro
- Agora sim, vamos nos divertir, cabra.
Ele retribuir a joelhada mas mais assentada no estômago e com mais força. O gajo que me agarrava largou-me. Pus a mão no sítio marcado e gemi de dor.
Calvin manda-me ao chão. Bati com a testa numa pedra que aparentava ter uns 5 centímetros.
A minha visão ficou turva. Consegui agarrar num cano de metal que havia no chão. Erro meu, tê-lo agarrado.
Ele começou a pontapear.
Como tinha a minha arma, usei-a na perna do líder que cai de dores.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro