Cap 13
[Spring]
Foi difícil deixar a Math assim...desapontada e preocupada. Mas para a deixar sem ninguém atrás dela, eu preciso mesmo de encontrar o Calvin e dar-lhe uma palavrinha.
Cheguei ao tal local marcado. Ele ainda não tinha aparecido. Medricas.
Começou a chuviscar um pouco e eu estava só de t-shirt.
O chão daquele bairro começou a ficar cheio de lama.
Ouvi passos e vi o Calvin. Começou.
A raiva que estava a conter desde daquela chamada, soltou-se.
- Calvin!
- Pensava que não aparecias.
- não sou um Medricas como tu, para mandares mensagens a intimidar a minha miúda.
- a tua miúda?
- a Math é minha propriedade, sim!
Os seus olhos ficaram fogosos. Ele avançou até mim. Calvin estava com os punhos fechados.
O braço, que semanas atrás levou dois tiros, parecia já curado.
- pois.... Não!
Senti o seu punho na minha cara. Ele tinha me apanhado de surpresa.
Enervei-me.
Retribui-lhe o murro, só com a minha força extra. Antes que ele pudesse fazer alguma coisa, enterrei-lhe o cotovelo nas suas costas. Ele caiu de quatro (não pensem merda).
Ele agarrou-me no tornozelo e mandou-me também para o chão.
- Vais pagá-las!
Estava em cima dele, e vingava-me do sufoco que ele me fez.
- Agora, vais parar de nós chatear?
Sinto uma grande pancada na cabeça. Fiquei tonto por alguns segundos, e tentei focar a imagem...
Vi o Calvin a levantar-se com a ajuda de dois rapazes e um outro com um cano na mão. Foi aquele que me mandou com o objeto na cabeça.
-dou uma pequena risada- nem sequer tiveste coragem para vires sozinho!
- Segurem-no.
Um dos rapazes que o segurava e o outro avançaram. Não mostrei medo. Como eles pudessem fazer alguma coisa comigo. Eu sou Alfa!
-OK, venham, vamos despachar isto.
Aquela dor de cabeça tinha passado. Obrigado Santa Regeneração!
Mandei um murro nos seus abdómen. Coitados, são tão novos, não devem nem ter 18 anos.
Eles levantar-se, doridos. Um consegue me segurar pelo pescoço, ponho as minha mãos no seu braço para aliviar um pouco a pressão.
O outro, com o seu punho, magoa-me na cara e na barriga.
Sinto um fluxo quente a sair pela minha boca.
Eles conseguiram acabar comigo, em poucos minutos. Também, eu estava exausto e preso nos braços.
Estava seguro nos braços daqueles dois rapazes. Calvin, aproximava-se com um sorriso no rosto. Ele estava fulo de raiva.
- Vamos nos divertir à grande agora.- ele chuta na minha barriga. E passa, no local, a sua mão.
A dor era enorme, e estava a matar-me por dentro. A minha regeneração não respondia.
Ele manda-me outro chute e diversos murros na minha cara, como eu fosse um saco de pancada!
Eu não conseguia me mexer. E eu não o podia soltar, não à frente deles.
- Sabes Spring, quando eu tinha a Math no meu gangue! Oh well... Foi tão bom. Fugia-mos às autoridades, roubavam os muitas coisas. Mas ela, não tinha o que era preciso, mesmo com a sua grande rapidez e força...
- A Math tem muita coisa para aprender.
- Hum...
O risco de não voltar a vê-la estava nos murros que ele me mandava a cada frase que saia da minha boca. Merda.
- Não, ela não era uma rapariga das nossas. Ela não era má o suficiente. Ela tinha sempre um lado bom que falava sempre mais alto...e isso enerva-me profundamente!
Eu resisti ao murro que ele acabara de me mandar no estômago. Tentei me soltar daquilo mas era impossível. Sempre que me tentava mexer, os outros torciam ainda mais os meus braços.
- Chegou a uma certa altura em que tive mesmo de lhe bater.- oh minha nossa senhora, quando eu sair daqui tu podes ter a certeza que vais morrer.- ela naquela altura estava na minha posse. E a qualquer altura, eu podia a mandar para o chão.
Filho da P=ta...ninguém toca na minha loba - o meu Lobo rugiu.
- Foi tão fácil dominá-la, só precisava mesmo de olhar para ela. - ele olhou-me maliciosamente , como representação.- ela já sabia o que vinha por aqui
AGORA SIM TU VAIS PAGÁ-LAS!- O meu Lobo estava cada vez mais poderoso. A raiva estava a subir na minha mente. As minha mãos fecharam-se e eu já sentia as garras a formarem-se
Ele agachou-se na minha frente, ficando na mesma altura que a minha.
- ela é realmente perfeita para satisfazer o meu companheiro
Foi o fim. O meu Lobo soltou-se agora. Já não era eu neste corpo.
Com um só movimento, deixei o Calvin no chão. Eu estava com a fúria na minha cabeça, nos meus punhos... Em todo o corpo.
- Tu violaste-a?! A Sim... Agora vais sofrer!- solto uma pequena gargalhada seguida de um pontapé.
Consegui que eles me soltassem, deixando-os inconscientes.
Transformei-me em lobo e rosnei.
Calvin já estava em pé, com uma arma apontada em mim.
- isso não me faz nada.
- Faz... São de prata.
Recuei. Ele avançou e pôs a arma na minha cabeça.
Em menos de um segundo, consegui pensar num plano e executá-lo:
Passei as minhas garras numa perna nela, deixando 4 cortes por fundos na carne dele.
E disparou...
A minha cabeça não fiquei furada, por me ter afastado.
Olhei para o Calvin, que estava encostado na parede com a arma ainda apontada para mim.
-Sai de perto de mim!- ele grita- eu disparo!
[Math]
Não aguentava estar em casa. Passou quase 1 hora e ele não tinha voltado.
Conhecendo bem o Calvin, o Spring já estava ferido.
Corri o mais possível... Para voltar para aquele bairro.
E se encontrar o Spring morto? Não, ele já teve em situações bem piores.
Mas o Calvin tem um histórico... Bem grande. Ele já matou 2 policiais...parou à prisão mas conseguiu fugir. Ele tem experiência nas lutas.
Por favor não...
Cheguei até aquele beco em que tudo começou... E que terá de acabar agora.
Spring tinha uma arma apontada para si... E Calvin estava sentado e encostado perto de uma parede.
Spring estava completamente negro, com sangue a sair-lhe pela boca e com algum nas mãos.
Olhei para o Calvin, já que, ainda não tinha notado na minha presença... Ele mandou o olhar que sempre fazia antes de disparar.
-Não!!!
Saltei para cima dos braços do Calvin, desviando a morte do Spring.
A arma caiu no chão. Peguei nela, e num movimento rápido, apontei-a para o seu dono.
- Math?! O que é que estás aqui a fazer?!
- Matar-te
- Não eras capaz!
- Não?
Disparei contra o seu peito. O sangue logo manchou o local. Ele olhou-me com os seus olhos já apagados.
Ele morreu? Ele desapareceu de vez da minha vida?
Podia ter uma vida normal com a minha melhor amiga, com uma criança e com o rapaz que eu amo? Construir uma vida, ter amor, uma vida feliz, de novo? Poder viver sem ter de medo à noite? Dormir outra vez, descansada nos braços do Spring?
Oh minha Santa, o Spring?!
A realidade voltou, e eu fui ver como estava o Spring, que naquela altura estava ajoelhado com a sua coxa a sangrar.
-Spring?!
- Math...- avancei até ao seu encontro. Tentei o levantar, mas a cada movimento que nele fazia com a perna, ele caia- Ok. ..cuidado...cuidado, vamos ter cuidado que isto dói. Espera!- ele usufruiu u a chapada a minha cara, não com muita força...pois ele não seria capaz. - Esta foi por não teres chegado mais cedo!- e novamente , ele manda-me a chapada- e está foi por ter arriscado a tua vida
Pus o seu braço à volta do meu pescoço e juntos levantamo-nos. A sua cara estava baixa e cansada. Olhei para a sua perna. Estava a perder muito sangue. Retirei o meu casaco e atei-o à volta da mesma.
- eu já te disse para teres cuidado!
-uau...para um Alfa, tu és muito fraco.
Voltamos a caminhar até chegarmos a casa.
Assim que chegamos, Mys estava pronta para sair.
Spring ainda não a tinha visto pois logo se deitou no sofá.
Dirigi-me até à miúda.
- Mys, hoje não dá para tu ires. O Spring magoou se na perna e se ele descobre-
- o quê?!
- vai lá para cima e dorme! Amanhã eu conto-te tudo!
- MATH!- Spring grita lá de baixo
Mys voltou a deitar-se. Fui à casa de banho e retirei os primeiros socorros. Aquele raspão precisava de cuidados médicos. Sim, raspão.
Fui lá para baixo. Sentei ao pé dele.
Pus um remédio no algodão- Isto vai doer.
Tapei a boca dele com uma almofada.
Passei o remédio sobre o rasgão. Ouvi um gemido de dor vindo da boca dele.
Pus algumas ligaduras na sua perna por cima do curativo.
-ainda arde!
- Não me digas... A ferida não cura de um segundo para o outro.
- Espera. Que horas são?
- 1:54. Porquê?
- Dá-me o meu telemóvel!
Fiz o que ele me pediu. Ele retirou o telemóvel da minha mão, pesadamente devido por estar com dores.
Concluiu de digitar os números e pós o telemóvel no ouvido.
- 'tou?... Oh olá querida, podes passar o telemóvel ao teu pai?... Brigada.....Sabres!... Vem a minha casa por favor e trás as tuas coisas!... Sim. OK!- ele desligou o telemóvel e acalmou se.
Ele pôs o seu braço à volta da testa envolvendo os olhos e bufou. Bufou alto e bom som.
//
Passou 5 minutos e o Sabres já estava à porta. Fui a abrir rapidamente. Sabres dirigiu-se até ao Spring nervoso.
Do seu lado, ele estava fraco e ofegante. As suas veias estavam sobre saídas e o suor molhava a sua testa.
- o que é que já tiveste a fazer, Alfa?
- Salvá-la!
Sentei-me ao seu lado, no chão e dei a mão ao Spring.
- Tu tens muita sorte, Alfa. Tens um médico excelente na tua alcateia. - ele examinou o rasgão depois de tirar o curativo- isto parece-me 6 pontos.
- 6?! Pronto... Estou morto!
Apertei a sua mão e acariciei-a com o polegar.
Spring pôs-se na posição adequada para o Sabres fazer o seu trabalho.
Ele espetou a agulha na perna dele e começou a cozer.
- porra- ele repetiu essa palavras algumas vezes.
Ele apertou a minha mão com muita força. Pude sentir os meus ossos a estalar. Larguei a sua mão.
- Estamos quase. Mais 2 pontos e já está.
Ele espetou outra vez a agulha e coseu-a por inteiro.
Spring respirou de alívio. Sabres pôs de novo um curativo.
O sangue não apareceu logo de seguida como da primeira vez.
A parte sangrenta das calças estava rasgada. A perna do Spring, também ensanguentada, estava descoberta e podia ver os seus músculos bem definidos.
Oh God...
Para tirar essa imagem na cabeça, olhei para o lado e vi uma moldura com uma foto do Spring.
Os seus grandes cabelos estavam atados na parte superior da cabeça.
Ele não estava para câmara, mas sim para outro lado.
Ele usava um grande blusão preto, parecido com um dos motars.
Queria me mandar agora para cima dele... Se não fosse aquela ferida.
-Obrigado Sabres! Não sabia o k fazia sim ti!
-Não é nada, Alfa! Bem tenho de ir, os meus filhos já estão à minha espera.
-Adeus- dissemos todos.
Spring agarrou nas muletas que Sabres deixara em casa.
-Bem Math, eu vou dormir. Estou muito cansado.
- Sim, eu também estou.
Ajudei o Spring a subir as escadas e fomos para o quarto onde Kira estava a dormir.
Ele deitou-se cuidadosamente com a perna esticada e eu deitei-me ao seu lado.
- Anda cá!- ele sussurra puxando-me mais para ao pé dele
Agora eu estava em cima do seu peito a ouvir os tranquilizantes batimentos do seu coração.
Ele beijou o topo da minha cabeça e deixou-se adormecer mais uma vez.
[Continua]
1990 palavras...
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