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Presságio - parte 3


Por Co-comandante...Lu-Luth...Lee...lena...

"Ela esta morta"

"Perdemos Supergirl".

Morta, Supergirl estava morta...

A deles, a deles, não a minha, não a minha, a minha...minha, repetia incessante do mais profundo de sua alma aterrorizada pela imagem da morte...dela.

A escurecida sala da ponte de comando, iluminada da luz do telão a exibir o horror, o terror e o panico. Filhos de Ares na mitologia grega. Os mais infernais soldados das hordas do deus da guerra. E para tanto, talvez fossem eles até melhores do que o horrendo e pavoroso terror de seis anos.

A morena hiperventilava, o peito lhe ardia. Seus olhos encaravam Supergirl, não a deles, mas a sua, ao fundo da sala. Toda a fraca iluminação apequenou-se diante da imagem de seu pesadelo pintado nas lembranças, mesmo com a contestação do mesmo diante de seus olhos.

O azul riscado do rubro da loira na tela.

Deus que horror, que terror, que pavor aquilo, todo o ar do mundo se fez em falta nos pulmões de Lena, tirando a capacidade de respirar da comandante, que por um segundo quase se foi perdida nos tempestuosos sentimentos, não fosse Anri lhe chamando.

- Lena, - Sussurrou a loira de óculos, como aquele anjo que fora capaz de vencer sua couraça de gelo. Ela.

Todos na sala sentiram um embrulho terrível no estomago, o gosto da derrota nunca é menos amargo, nunca mais aprazível ao paladar, e se para todos era amargo, para a comandante Luthor era ardido como estender a mão sobre uma vela acesa, e a morena sentia-se como ao pavio da haste de cera, derretendo, queimando, se desfazendo, findando no lento crepitar da chama em seu coração. Assistir a morte dela, a deles, e de sua Kara. Era inevitável a comparação, era inevitável por no lugar daquela, a sua. Sua tão amada, como tantas vezes temeu, como tantas vezes acordou de pesadelos, com a queda da super.

Ela mirou os olhos azuis tão horrorizados ao fundo da sala, e dali quis correr para ela, apertá-la, certificar-se de que aquela no video, não era ela, nunca seria ela, jamais seria. Os joelhos tremularam, e Anri segurou-lhe nos ombros à frente, bem como Sig à suas costas. E o circo estava prestes a pegar fogo, quando um anuncio capturou a atenção a todos:

- Comandante Waller, o Superman acaba de morrer. - Constatou Brainy diante do computador.

Morto?

O mais poderoso dos heróis?

O Maior deles?

O Simbolo?

O Ídolo?

O Homem de Aço?

Muitos artigos definidos, muitos títulos, nomes, mas o homem assim chama cada coisa.

Um deus, para os homens.

Um homem, para o pesadelo.

- Imagens da operação Dark Sun. - Pediu Waller, e rapidamente o telão tornou ao sombrio dia do sol negro. Quando Superman aceitou o plano recusado por Supergirl anos atrás. Absorver o sol para derrotar pesadelo. De maneira temporária, obvio, mas um minuto sem a luz solar, e o mundo todo sofreria, preço esse aceito pelo Homem de Aço.

O combate se deu nos céus e ruas de Metrópoles, com um Kal-El nuca antes visto, até sua respiração era capaz de rasgar concreto. Na tela as imagens após o confronto, numa cidade partida ao meio de fumaça e chamas. Krugger desceu dos céus, tranquia, plácida, suave, frente ao edifício do Planeta Diário, um dos poucos intactos. Os cabelos prateados ao vento, o traje pálido das mais altas nuvens de um céu sorridente e feliz, mas o dia do sol negro, não fora sorridente, muito menos feliz, tanto que o evento ficou conhecido como o massacre de Metrópoles. O pesadelo desceu dos céus do dia sem sol, consigo o corpo do Homem de Aço numa das mãos, e sua cabeça arrancada na outra.

Tombado fora o deus. Ao final do primeiro ano da guerra que desconheciam, quando se deram conta da ameaça ignorada por eles, todos eles.

Na tela o pouso de pesadelo, entregando o cadáver do super aos sobreviventes da batalha, e exibindo a cabeça como troféu às câmeras de televisão presentes. A imagem findou ao flamar azul dos olhos demoníacos de prata. A morte de Superman guiou o mundo para o segundo ano da guerra, talvez o ano mais sangrento de todos, quando tombara a Liga na chuva de heróis, e a guerra da tropa.

Assim foi, mas espere ai, como podia ter o Superman caído agora, se o mesmo tombara a mais de cinco anos, como relembraram as imagens.

De qual Superman falavam?

Todos os comandantes atentaram-se para Amanda, que questionou a mensagem à Brainy.

- Amanda que brincadeira é essa? - Perguntou Luthor.

- Clark morreu no primeiro ano da guerra, que merda é essa! - Berrou Supergirl na ultima mesa, erguendo a voz, mas não o corpo diante das metralhadoras de kryptonita, nas mãos dos soldados caveira do CADMUS.

- Seu primo no quarto mundo, - Respondeu Amanda. - A mensagem tem algum tempo já, um ou dois meses Supergirl. Estamos tentando estabelecer contato com o quarto mundo, para saber do andamento da guerra.

- Por isso estamos usando os servidores do forte Colossal, comandante Luthor. Somente nosso servidor tem capacidade de estabelecer uma conexão estável e instável ao mesmo tempo, para despistar pesadelo. - Explicou Arlet, ao escutar a porcentagem dos servidores em 46%.

O servidor gigantesco que deu nome ao forte de Arlet, de fato enorme, titânico, colossal. Servidores físicos do tamanho de campos de futebol. Máquinas grandes e potentes capazes de laçar foguetes, e prever o lançamento de bombas, ao mesmo tempo em que rastreava uma pulga no meio do Kansas, e calculava a melhor e mais fácil maneira de derrubar um super, mas não fazia café. O mais poderoso computador já feito, projetado e programado por dois gênios, os irmãos Luthor.

A comandante Luthor sabia que seu computador era mais do que capaz de encontrar uma fenda no espaço tempo, passar e receber informações de maneira precisa, mas despistar, de que exatamente?

Por que essa contraposição? Eles queriam bagunçar o sinal? E ao mesmo tempo não queriam bagunçar?

A morena fazia o possível para se ater as perguntas certas, do contrário, Lena já estaria nos braços de Supergirl, mas não era hora, nunca era, e jamais seria. A Luthor esfregou o peito ardido, e firmou os pés no chão, segurando-se na beira da mesa, podia Waller chegar com a canetada, mas seria a Luthor a vencer nessa disputa comercial de informações.

Precisavam deles e de seus recursos? CADMUS, precisando dos recursos da Supercorp para entrar em contato com outra dimensão, por qual razão exata? Pois a organização fundada por seu irmão, era mais que capaz de se bancar, fora os investimentos do próprio Pentágono. Tinham recursos mais que suficientes para criar um computador semelhante. Isto é, ao menos até três anos atrás, após a Velvet Moon. Aquela fora a ultima vez em que as organizações se misturaram. E dali em diante cada corporação seguiu seu caminho, seus ideais, e sua maneira de lidar com o terrível e impossível pesadelo.

***

Por Supergirl

Cinco anos atrás:

- Clark, você não pode fazer isso. Pense nas pessoas. - Disse Supergirl ao primo de costas para ela.

- Eu penso. Eu penso em todos que não salvei. - Respondeu ele sombrio, passando pela loira, parando à porta atrás dela. - Heróis salvam. Eu não salvei ela, que tipo de herói eu sou? Se não sou capaz nem de salvar minha própria esposa? Se não sou capaz de proteger meus filhos? Se eu não sou capaz de impedir que as pessoas boas morram? Se eu não sou capaz de defender os ideais que jurei guardar, a justiça e o bem. Se alguém tem de pagar o preço, que seja eu.

E ele pagou.

Bem lembrou-se Supergirl ao assistir, e relembrar o massacre de Metrópoles. Metade da cidade foi destruída nos golpes do herói enfrentando a vilã, a outra metade aniquilada no bombardeio a fim de ajudar Superman. Tudo transmitido ao vivo pela imprensa local, mundial, e blogueiros que não tivessem medo de morrer. A luta do bem contra o mal tornada num grande espetáculo. Nunca houve maior pico de acesso na internet, quanto naquele dia, quando as pessoas pela ultima vez puderam assistir ao horror e terror do conforto de uma tela.

A violência era tanta que a cidade tremia a cada soco, cada contato, como se cada toque ao pesadelo fosse a morte na porta. Assustador, sim, mas outra pergunta tornou-se ainda mais perversa quanto, pois nisso tudo, neste grande circo, quem era mais monstruoso?

O pesadelo?

Ou;

O homem?

E assim se foi o deus, tombado sem sua cabeça. Inúmeras foram as mortes no massacre, uma delas a de Clark, mas somente lembraram do Superman, ao anunciar sua morte nos jornais e mídias de todo o globo.

Poucos como Supergirl sabiam do pesadelo em que caíra Kal-El, perdido nele mesmo, na sombra do herói, corroendo o coração do Homem de Aço que cedera a um impeto bem humano, pois em dado momento do conflito, ele não mais se importava em guardar, e sim em tomar. A pior parte dos bastidores era saber disso, a parcela omitida ao público pelo bem da imagem do simbolo, que morrera cheio dos mais puros e humanos olhos horror.

Para Supergirl que sabia da solidão de ser o que era, ver seu único semelhante perder a alma assim, era aterrorizante, e sempre se perguntara, o que faria, se com ela fosse o que foi com Clark ao perder Lois. E se perdesse Lena?

Se é que, já não a tinha perdido, mas ao menos, ela estava viva.

E um pensamente sempre puxa o outro, e tão logo vieram as lembranças do massacre seguinte, quando céu e terra ficaram vermelhos.

- Missão HR. - Disse Amanda, e a sigla trouxera a tona as imagens do genocídio heroico, pouco tempo após a morte de Superman, inúmeros heróis de todo o globo se uniram a fim de manter a esperança de pé, frente a monstruosa criatura de branco a derrotar o deus de azul e capa vermelha. E assim se deu, a Hero Rain. Sobre pesadelo recairia a mais poderosa chuva já vista.

Mas é claro que se esse plano tivesse dado certo, eles todos não estariam assistindo as imagens, da queda da Liga da Justiça. A chuva de heróis ocorreu sim, tanto nos céus carmim, e na terra rubra. Pedaços de todos os heróis choveram, em todo o globo, para todos os lados, em sete dias de vermelho despencando dos céus em gritos, em morte.

Chuva de heróis, sim, algo bom? Nem de longe.

Victor morrera ao usar uma caixa materna para o confronto. Barry teve seus joelhos explodidos e fora atravancado numa cadeira de rodas. De Diana não sobrada nada além das pernas, o resto virara pó no mar. Arthur fora esmagado por Atlantis, literalmente. E Batman morrera de tanto rir.

Cada uma das mortes era mais assustadora que a outra, será que se pode imaginar um Batman morrer engasgado de tanto rir? Mas foi exatamente isso, quando o morcegão encarou os olhos prateados do demônio. O rei de Atlantis foi esmagado vivo, quando pesadelo tirou do mar a cidade perdida nos ombros, e a atirou contra seu rei. A amazona tivera sua morte em meio a tempestuosos furacões, forçada com o rosto numa das paredes de água giratória, até ter seu corpo completamente desintegrado, como a um queijo parmesão ralado. O homem mais rápido do mundo tirara a própria vida, quando tivera as pernas amputadas. E o guardião das caixas maternas, fora morto por uma, ao ser atingido do mesmo raio que disparara em pesadelo.

Pavoroso e tenebroso era pensar novamente no genocídio dos heróis. Nos sete dias sem cessar a de chover restos, do céu vermelho, do chão pintado de pedaços, tripas, e cabeças com os olhos repletos do mais terrível terror.

Como podia ser?

Os seres mais poderosos do mundo, derrotados.

Prostrados.

Vencidos os invencíveis, pelo puro impossível.

- Comandante Waller, temos conexão. Recebendo agora transmissão direta do quarto mundo. - Anunciou Brainy teclando o notebook incessantemente. Enquanto no telão se abria uma janela de códigos.

E por fim a imagem, do que nenhum deles certamente gostaria de ver:

O céu negro tempestuoso de raios e trovões vermelhos furiosos, acima de um campo deserto e roxo, abarrotado de blindados da infantaria humana, canhões de plasma disparando sem cessar num único ponto em meio a dois cogumelos de fogo e fumaça. E inúmeros heróis se lançando ao foco da explosão.

Supergirl apertou os dedos nos joelhos, encarando o Déjà vu.

- Pelo menos três Legiões lutam com ela nesse exato momento momento comandante Waller. - Avisou Brainy, com a cara nos computadores da equipe do CADMUS ao canto da sala.

- Três? - Perguntou Luthor.

- Entramos em contato com o futuro dos mundos que responderam ao chamado. E com o comportamento de Krugger, sabíamos que o quarto mundo seria o ultimo que ela iria, então, concentramos o que podíamos de aliados lá. - Explicara Amanda, era um bom plano, porém Supergirl sabia muito bem que a calma de Waller, era devido a jamais apostar em time que perdia, e algo no passado apontava para o mesmo tipo de aposta aqui.

No video o ponto de vista mudava a cada movimento de pesadelo. Pelas câmeras de civis e soldados, estáticas ou de drones móveis. Da fumaça das bombas, surgira ela, a impossível fazendo jus ao nome, carregando duas Reigns pela garganta quebrada. O branco do uniforme, pintado de vermelho, e sempre calma, no máximo com um sorriso devastador de horrendo a quem se punha contra ela.

- Liga atacando agora! - Disse Brainy, ao lançar de cinco punhos gigantes de luz verdes se chocando em Krugger.

Dois laços dourados apertaram os braços da pálida junto ao corpo, duas Dianas de outras dimensões puxavam o cordão bem apertado entre os dedos. Quando quatro visões de calor empurraram os olhos incandescentes de Krugger para dentro. Cercada por Jordan, Jonathan, e dois Supermans. E um raio de luz dourada caiu dos céus, o canhão da torre da Liga, presumivelmente disparado por Batman.

Tinha dado certo?

Todos na ponte de comando prenderam a respiração, atônitos da imagem. Eram mais heróis que antes, eram todos contra um, todos contra o mal. Tinha de dar certo...

Tinha...

Um gigantesco turbilhão de vento se ergueu, um monstruoso furacão.

- NÃO!!! - Gritou a Super batendo na mesa, ao testemunhar novamente como fora a Guerra da Tropa, o ultimo prego de caixão na frente de ataque ao pesadelo, quatro anos atrás. Onde o improvável se deu, e homens, heróis e vilões se uniram sob uma bandeira, encararam o impossível...e perderam.

Mais uma vez.

- Perdemos o sinal, comandante. - Disse Brainy, e todos na ponte observaram estáticos ao ensurdecedor chiado da tela de chuviscos.

Pois as imagens não exibiram nenhuma vitória que a muito já não tivesse sido perdida por eles, no próprio mundo.

- Como imaginei, três Legiões, duas Ligas, e todos as super equipes juntas. E ainda sim, parecem não ser o suficiente. - Amanda balançou a cabeça em negação.

E isso fez o sangue da super ferver, uma vez que sabia muito bem que Waller sempre estava dois passos a frente de todos, sem contar o que realmente pensava.

- Ainda não sabemos comandante Waller, existe uma chance, por mais que remota, não temos a conclusão do confronto. - Disse Brainy com a equipe do CADMUS.

- Você nunca aposta no cavalo que perde, nem quando caíram as cidades. - Disse Supergirl, levantando sob a mira de armas carregadas de Kryptonita pura. As algemas começaram a brilhar, e suas veias esverdear, ao mínimo sinal de agressão.

Waller apalpou a perna com a arma de choque, o que fez as tripas da super, gritar por socorro, só de lembrar da dor. Até mesmo a comandante Luthor, Anri e Sig, estavam mais que prontos para deixar o circo pegar fogo. O ódio de Waller era grande, grande como mil cidades reduzidas a pó.

As coisas estavam em ponto de ebulição.

- PAREM!

Saltou um grito por de trás de todos, e uma pequena estrela de luz dançou no ar frente a eles, ecoando a voz de Nia:

- Me escute, por favor.

A voz de sua tão querida amiga. Vinda de um pontinho de luz flutuando no meio da sala, dele vindo a imagem do deserto, e da morte mostrada mais cedo.

- Por favor, eu não sou a Sonhadora de seu mundo, realmente eu posso não ser, mas eu peço que me escutem. Eu sonhei vi a destruição, eu vi o pesadelo. E eu aprendi que não se pode tornar as costas para si mesma, então, eu sonhei com ela, e vi seu futuro, o futuro do seu mundo, um terrível futuro, mas como todas as minhas visões, elas não são certas, a destruição para vocês não é seu caminho se assim o desejarem. Então por favor, unam suas mãos como nós o fizemos, e derrotem esse pesadelo. Eu sei que podem.

O ponto de luz retornou ao pingente triangular do colar de Brainy, que se fechou ao receber pequenina esfera brilhante.

- O que foi isso? - Os olhos de Supergirl marejavam.

- Essa foi a Nia do meu mundo, minha esposa. Quando a Supergirl do meu mundo não retornou do confronto com pesadelo. Nia tomou seu lugar, e dedicou tudo o que pode para descobrir um meio de vencer o fim. - Por um milésimo de tom, Brainy acabou expondo sem contar nada, que sua Sonhadora, não mais estava entre eles, mesmo naquele mundo. - Por isso estou aqui, para dar continuidade ao legado dela. Derrotar Krugger. - Ele limpou a risca vermelha escorrendo do nariz. - Este é um dos olhos dela, sacrifica-se a visão se um, para se ter o outro. Se vai o sonhador, fica o sonho. Ela se foi para o reino dos sonhos, para que nós pudéssemos ver, e assim lutar contra o pesadelo.

O pesar esmagou o coração de Supergirl, incapaz, impotente, incompetente diante do terror, diante do pesadelo de um herói, não poder ser herói. E raiva tomava de si mesma, ao lembrar como num piscar de olhos, acordara de um soco de Krugger, e seus amigos jaziam na base dos Superfriends. Ela estava lá, ela estava de frente com pesadelo, e não fora capaz de impedir. Uma vez apontado, o destino de John Jones fora selado.

Você falhou. E o seu erro, e acreditar que pode, quando não pode, Supergirl.

Raiva queimou dentro dela, frente a Waller com aquela calma.

- Supergirl, Kara? - Chamou Lena diante dela, desativando a kryptonita nas algemas. - Por favor, desiste dessa loucura, não ataca ela. - Pediu Lena.

- Entendido, - Respondeu fria, aos olhos azuis e verdes da comandante que também gelaram, mexida ao ressoar da morte de Sonhadora, ou de talvez encarar a chama fria entre elas, de um passado de pesares.

***

Dispensaram todos, uma vez que só no dia seguinte os servidores do forte Colossal estariam frios o bastante para serem mais uma vez usados no limite. Menos mal, mais um segundo naquela sala, e uma kryptoniana entraria em combustão espontânea. Para que Lena foi falar aquelas palavras? Por que, justo aquelas, como as de pesadelo.

A super fora escoltada novamente a prisão, na ilustre companhia dos soldados caveira, armados de kryptonita. Ao se aproximarem da gaiola vermelha, perguntou-se para que raios tinham um sol vermelho guardado no armário, sendo que cansada como estava, mal era necessária tal precaução, como se ela fosse fazer alguma coisa. Ela era uma heroína, ela era do bem, não uma vilã. Celas assim são para os maus, os ruins, estes tinham celas com seus nomes gravados, pensou. Foi então que ao passar pela porta da cela, viu nela a placa com seu nome, gravado a laser.

Supergirl.

Eles tinham uma placa com seu nome?

O que?!

Como?!

Talvez fosse apenas a mania perfeccionista de Lena, sabia como ela era, a senhorita tudo perfeitinho. De maneira alguma ela deixaria uma lacuna no livro de regras, mesmo com ela, a Supergirl, mas... será que Lena já esperava que ela fosse perder o controle? Que ela fosse má? Será que depois da Velvet Moon? Não, não houve abuso naquele dia. Não houve mal naquela noite, mas naquela outra sim.

Sabia como ela era...

O coração da super errou uma batida, e ela se encolheu sentada na estreita cama. Tudo a sua volta, e ela mesma perdida no vermelho do sol que tomava suas forças. A super apertou os joelhos, deitando de lado, com a mente fagulhando tudo o que não devia.

Sabia como ela era...

Fez força para impedir a cabeça, mas espere, ela estava sem força alguma, e nem era o sol vermelho. O rosto doeu na tentativa de impedir as lagrimas. Com isto nunca teve forças, nunca, e lembrar disso era o fim de qualquer força que conhecera um dia, a seis anos. Doeu uma dolorida agulhada, cruciada na dor da traição.

Quando viu através das paredes de vidro do quarto da Luthor:

Lena na cama com outra pessoa.

***

Por Comandante Luthor

Quantas vidas mais?

A comandante deixava a água do chuveiro correr seus cabelos, descer as costas, e escaldar os incessantes questionamentos. E embora houvesse muito mais a se questionar, uma única coisa dominava boa parte de sua mente, Supergirl presa na porcaria da cela projetada por ela. Não bastasse reviver o terror de seis anos, ainda tinha de lidar com o fato de ter a esperança do mundo engaiolada, numa jaula feita por ela nesse buraco de rato?

Tenha santa paciência!

Luthor vestiu somente um roupão e foi para o quarto, a fim de trabalhar numa solução, quando uma voz pulou por de trás dela, dando um susto na morena.

- Tá de guarda baixa, comandante. - Disse a loira de óculos deixando as sombras.

- Esse é meu quarto privativo, comandante Anri.

- É e você me deu a chave dele a três anos. - Respondeu irônica, indo em sua direção.

- Eu devia pegar de volta, já que a senhorita claramente não sabe respeitar limites. - Não estava com cabeça para brincadeiras, e Anri não estaria ali por outro motivo, se não. - Tudo bem chega de brincadeiras, o que você quer?

- Direta, ui, - Brincou a loira erguendo as mãos, rendida.

- Anri eu não to com cabeça pra brincadeiras, não agora. - Rosnou.

- Você que tá de brincadeira, - O olhar sério através dos óculos. - Acha que eu sou idiota? Depois de três anos, e achou que eu não ia perceber, Lena?

- Perceber que eu tive uma noite maravilhosa em Midvale? - Riu, fazendo muita força para não explodir com a intromissão nariguda da loira. Foi quando Anri foi para cima da Luthor, caindo sobre a cama. A morena foi imobilizada, com o peso da loira sobre as coxas.

- Lena Kieran Luthor, depois de tudo o que passamos, e você ainda tem coragem de mentir para mim? Que assim que te viu descer aquela rampa de metal, percebeu? Sig não tinha nem de me falar nada, eu só precisava olhar nos seus olhos, pra saber que você fez. Mas você não vai fazer de novo, isso eu Astoras Anri Reiss, juro. Não vou permitir isso Lena, não comigo aqui, entendido? - Um mortal silencio se fez entre elas, encarando testa a testa a verdade. - Eu me importo com você, mesmo que você não. - Disse como uma confissão amorosa, bem das ruins agarrando-a pela gola do roupão, quase se abrindo.

Aqueles olhos azuis, aquele maldito olhar, como o dela.

Droga! E sabia muito bem à que a loira se referia, e não dava para ter um ataque desses outro dia, tipo daqui cem anos? Mas o que podia dizer, se não era mentira?

Anri levantou-se e foi bufando a passos fundos para a porta. Parando após a soleira, e se virando, somente para dizer:

- Eu juro Lena, não comigo aqui.

E a porta de metal se fechou, deixando Luthor sozinha. A comandante acertou as mãos com raiva na cama, e apertou o rosto em seguida. O peito ardendo, e o cordão vermelho com o anel sobre o roupão úmido dos cabelos. Um turbilhão de memórias se achegava, pronto a desestruturar a fundadora da Supercorp, e comandante do forte Martelo de Guerra. Mas não, não podia ceder as emoções, por mais horrível, e abusivo que fosse, era obra sua. Mesmo a raiva de Anri também, era obra sua, e de seu coração carente.

CHEGA! Gritou internamente, e meteu a cara no trabalho, que deveria ser feito apenas pela manhã. Era seu remédio, ocupar-se, era melhor que beber.

A Luthor sentou-se arrumando as vestes desalinhadas, e foi até a mesa de trabalho, sentando-se na cadeira de couro em rodinhas. Querendo ou não, seis anos, seis anos de terror que tinha de resolver, repetia para si. E a primeira coisa era ver a situação do laboratório, para a inserção de Waller ao quadro de comandantes. Por mais que odiasse, eram as regras. Regras que enjaularam Supergirl.

FOCO!

Que poderiam matá-la, como no video. Foi a vez do desespero escalar a garganta.

PUTA MERDA COMANDANTE LUTHOR, FOCO!!!

Se você se deixar levar, ai sim é que vai ser ela! Ai sim a perderia, mas não, isso ela não iria permitir. Ela encontraria uma jeito, daquele maldito pesadelo ser vencido.

Ligou o computador, e puxou das gavetas pastas de arquivos. Foi quando ao virar-se para a mesa dera de cara com um pequeno caderninho de anotações cor de rosa.

- Como você veio parar aqui? - Céus, estava tão bitolada, que nem viu o caderno vir junto das pastas. O guardou na gaveta, mas ele escorregou, e dele caiu uma foto. A foto encontrada com o corpo de Alex. A foto das três, ela com as irmãs Danvers, no dia que contaram a Alex oficialmente sobre...

Elas duas.

Droga, mil vezes infernos, raios e trovões.

Aquele nome veio do mais amargo gosto em seu peito doendo. A comandante perdera aquela luta, e Lena se encolheu na cadeira, abraçando os joelhos, numa das mãos apertando a foto, e na outra o anel. O rosto dolorido ao inchar de uma emoção deveras repudiada, uma que enche seus olhos té que eles vazem.

- Kara... - Chamou somente para si, dentro daquele quarto, sozinha com suas lágrimas.

🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾🐾

Da autora:

Hey, hey, hey supercorps, e então o que acharam do capitulo?

Me contem, porque daqui para frente é só ladeira a baixo, nosso Supercorp vai passar poucas e boas contando sua história, e junto a de pesadelo.

O que fazer com essa criatura de branco? CASAR!!!

kkkkkkk Gente muito obrigada a quem veio até aqui, me perdoem a demora, cada capitulo exige uma atenção especial que eu teimo bastante para deixar nos trinques. E eu amos demais minhas histórias. Então um enorme abração de lobo em vcs, e vejo todos no cap 33.

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