Perdidas nas sombras - parte 2
Por Supergirl
No mesmo quarto, e numa distancia universal entre elas, o vazio das palavras, a dor no silencio e o grito de baixo d'água se afogando.
- Você é tudo pra mim, Kara. - Veio das sombras da Luthor.
- Onde? Você nunca mais tirou a roupa comigo, depois da Anri. Nunca mais se entregou, até passou a usar essa porcaria de roupa com fibra de chumbo pra eu não te ver. - Lena bambeou se apoiando na parede. - Por favor Lena... - E nada de uma resposta, nem confissão que fosse. - EU VOU MORRER AMANHÃ, NEM ASSIM VOCÊ ME ENCARA?!
Mais uns minutos se seguiram no horrendo silencio, até que a Luthor começou com palavras sem sentido:
- Eu morri na Velvet Moon. - A morena começara a desabotoar o uniforme, ainda de costas para a loira na cama. - Você não viu o que eu vi. Quando você chegou, não dava pra saber onde era sua frente, e onde eram suas costas. Eu tive de manipular partes suas, tentando descobrir que pedaços de você era. Eu te vi quase ir duas vezes, no video da luta, e entre os meus dedos. Ali depois que te remendar de dentro pra fora, eu decidi que não ia esperar você morrer. Eu ia fazer exatamente o que era o objetivo da Supercorp, desde o inicio; - Lena tirou por fim a camisa escura, ficando só de top, virando-se e revelando a monstruosa marca alada negra sobre o próprio peito. - Garantir a sobrevivência da Supergirl.
Como o brasão de Pesadelo, um Ômega alado prateado, mas sombrio. O Ômega negro cravejado no peito de Lena. O segredo por de trás da camisa de fibra de chumbo da comandante, nunca antes revelado, guardado a três anos.
O que em nome de Rao, acontecera à três anos, que Supergirl não soube?
Horrorizada ou apavorada? Os dois, os olhos da Super custavam a acreditar no que viam, asas negras e desformes, dos ombros ao meio do peito, onde um sol sombrio se desenhava, como uma tatuagem em relevo entre os seios.
Muda, pois não sabia mais como falar, então a morena tomou a frente na fala, mas teve de se sentar na poltrona antes que desabasse.
- Você tava em coma, eu não podia ficar parada. Então fui atrás da Krugger. - Na hora a Super sentiu um caminhão de insultos dar a ré na garganta, mas não teve tempo de falar, pois Lena lançou um olhar mortal para ela, caso fosse interrompida. - Eu sei; não tem de me falar do tamanho da minha estupidez. Consegui reunir o Circulo Izalith; bruxas do caos. Usamos os totens da All Stone separados, quanto mais caos melhor. E tava dando certo, Krugger ficou presa dentro do circulo mágico do feitiço mudo, o coração de Quelaag. Quase; ela fez drill, e eu tentei ajudar fazendo um feitiço de contenção, e ai de alguma forma, ela fez as gauntleds, todas ao mesmo tempo e os totens mudaram de lado. E o feitiço saiu pela culatra, explodindo tudo. - Lena começou a abrir o cinto e tirar as calças. - Fui a única sobrevivente. Todas as costelas soltas, externo explodido, fêmur esquerdo despedaçado. Eu estive sim com a Anri, por pelo menos três meses.
- Um ano, - Disse a Super mais contrariada que jogador da mega-sena.
- Você tem razão, eu estive sim com a Anri, a gente meio que namorou. Mas não naqueles três meses, que você insiste em jogar na minha cara. Naquele tempo eu também tava presa numa cama, Kara.
- E por que não me contou, e teve ir pra tão longe, com a Anri?!
- PORQUE EU NÃO PODIA DEIXAR VOCÊ ME VER DAQUELE JEITO! Não pra eu ser mais um peso, pra você carregar com o mundo que você já carrega sozinha, eu não vou ser mais um peso como você disse quando terminou comigo. Não mais um peso.
E a loira se encolheu no próprio peito. Chamara a Luthor de peso naquela tarde, não poderia jamais carregar o peso da morte dela. O silencio, a morte das palavras, quais fossem, te derrubando ou te levantando. As vezes o no silencio se mata, se morre, mas também pode se amar. Curioso como muitas coisas são uma e outra a depender da visão. Copo meio cheio, meio vazio. Como a lua, clara e escura, depende de quem olha.
- Não vou me desculpar, não vai fazer diferença, né. Que eu tentei te esquecer em tantas, tantas. - Lena se levantou, e claudicante caminhou até a Super sentada na beira da cama. Frente a ela, caindo de joelhos entre seus pés. - E nunca deu certo esquecer meu coração, nunca.
- Seu coração? - Disse a Super. E lena tomou suas mãos e as colocou sobre as asas negras no meio do peito.
- Seu, meu coração sempre foi seu Kara. Da minha heroína. - Respondeu a Luthor.
E o que mais podia ser dito? Ou que poderia fazer diante do inevitável entre elas, podia o mundo estar acabando lá fora. E Supergirl só conseguiria pensar na morena dos olhos ímpares.
- Me perdoa, não quero ser mais um peso pra você. - Disse Lena testa a testa com a Super, que no olhar já não mais pensava em nada, que não em ficar com a mulher que amava. Elas se abraçaram. Uma de joelhos, e a outra na cama. - Eu quero tomar também.
Haveriam mais de mil motivos para dizer não, porém entendia o que queria a Luthor, por uma vez mais repetir a noite vermelha na véspera da Velvet, em sua ultima noite juntas.
Foi a vez de Lena se deitar na cama, e com cuidado e a ajuda da loira acharam uma veia boa para o soro. Supergirl acionou a válvula, e o sangue da morena subiu o tubo, se misturando ao veneno kryptoniano. E quando a dor tomou a voz de Lena, a loira reclamou seus lábios. Um beijo, e ao final dele, assistiu aos olhos impares, tornarem-se par com os seus.
Vermelhos, da cor do que sangrou de seu coração, e da cor que ardia entre elas.
Supergirl sentou-se frente a frente com Lena na cama, com os fios ainda em seus braços.
Juntas, uma ultima vez.
***
Da autora:
E agora F*DEU. Supercorps, me contem como fomos, oq vcs acham q vai ser dessas duas, ainda mais agora que veio a tona essa bomba da Lena, revelada a Velvet Moon três anos atrás, meus Deus LENAAAH SUA ANTA!!! Se bem que a Super não fica pra trás nessa. O que vai acontecer com elas?
***
Bora conferir minhas outras fics Supercorp?
Edge - o limite da razão (SUPERCORP)
BLUE MOON (ABO) - SUPERCORP
Um enorme abraço de lobo em vcs Supercorps, e até o próximo Within, auuuuuhhh!!!
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