No lado sombrio - parte 4
Por Comandante Luthor
- Alex que piada é essa? - Disse a comandante, tomando controle das atividades cognitivas do corpo da morena.
- Eu tenho cara de comediante de standup, para fazer piada disso? Elas foram detectadas à pouco sobre Madagascar. Triangulamos a posição, e... - A general tentara falar, mas foi logo cortada pela loira.
- Estão vindo para cá?! - Questionou para a irmã, e o pensamento gelou a espinha da Luthor, pois um encontro desses não tinha final feliz, não com a super ainda tão debilitada.
- Se vocês conseguirem calar a boca e me deixar terminar, eu falo aonde elas vão. A triangulação indica que o destino delas é a costa da Africa do Sul, - Terminou a ruiva.
- Como elas estão aqui? - Supergirl fez a a pergunta errada.
- Não importa, a pergunta é o que elas vão fazer aqui? - A comandante, sempre com o sangue mais frio que o de uma lagartixa, capaz de se fechar numa doma de gelo para o resto. Porém essa era a impressão por fora, pois por dentro o coração se apertava, esmagado pelas paredes opressoras de um caminhão de lixo, a cada vez que olhava para super, e a possibilidade de algo tão terrível ocorrer. - Alex tem alguma leitura das ultimas 24 horas? Elas não podem ter saído de lugar nenhum.
- Tá na mão. Houveram pelo menos cinco picos de ondulação eletromagnética, mas não conseguimos rastrear a origem. Seja como, ou quem, trouxe companhia de outros universos. - Explicou a ruiva, falando com alguém do lado dela no forte. - Isso, pegou. Jena é todo seu, estamos com o sinal do forte Mustafar. - Disse movendo-se para o lado.
Luthor olhou a tela com uma sobrancelha erguida, e um sorriso amarelo, sabendo muito bem das peripécias de uma ruiva, na poltrona do piloto em que sentava.
- Não me olha com essa cara comandante, eu to vendo a marca do batom, e a quarta poltrona ta bem ali, e eu não to falando nada, - Disse entre os dentes, alfinetando uma certa gravação das câmeras de segurança daquele jato e a...super. - Além do mais, Jena é a melhor em hackear sinais de transmissão.
- Consegui, vamos ter visão das quatro. E que história é essa de quarta poltrona, achei que só a gente tinha usado o jato. - Perguntou Jena, com apenas parte do cabelo no video. A comandante mudou de cor, e podia jurar que a super não estava muito diferente.
Quatro telas com o a barra de carregamento de abriram. E uma vez completadas, deram a visão dos olhos das quatro supers sobre as nuvens do Cabo da boa esperança. O mais lindo céu sombrio cheio de nuvens era visto. Três foram diminuindo a altitude, e a outra foi para o alto. Supergirl eram os olhos que seguiram sozinhos. Das outra uma ficou para trás, Red Daughter observou Power e Over seguirem sozinhas para dentro das nuvens.
Mas o que é que diacho elas estavam fazendo?
Como num jumpscare de filme barato, o pesadelo surgiu na visão de Power, mas rapidamente algo aconteceu entre as pomposas nuvens, e de lá saiu o demônio imobilizado, posta na horizontal, com Over prendendo-lhe o braço no mata-leão, e as pernas puxadas por Power num cabo de guerra.
Do alto a visão da Supergirl tornou ao oceano, com os punhos na frente, em queda livre em direção a barriga do demônio da luz.
- ELA VAI ESCAPAR, TÁ SEGURANDO FROUXO, APERTA, OU ELA VAI FAZER A DRILL!!! - Desesperou-se a loira, saltando da poltrona, ao lado da comandante.
E num único e violento movimento, Krugger girou o corpo, livrando-se de suas dominadoras, e atirando Power em Supergirl. A tela da jovem ficou completamente vermelha ao atravessar a outra. Over mirou os olhos do pesadelo, e disparou a visão de calor. Krugger imitou-a, antes do ar tencionar, e um tornado nascer em volta dela, mas antes que pudesse finalizar o ataque, levou um soco cheio de Red Daughter.
O bipe de chamado emergencial dos comandantes soou do lado de Alex, e ela mirou nos olhos da comandante.
- Nenhuma palavra, sobre nós. - Ordenou a morena, e a ruiva assentiu. Ninguém deveria saber do paradeiro da sua Supergirl, fora das instalações do forte.
A transmissão findou, e Luthor esparramou-se no assento, pousando o rosto numa das mãos. Isso era um pesadelo. Toda a bagunça de sua ausência no Martelo de guerra. O concelho que adoraria arrancá-la de sua posição, e desfazer a corporação, dividindo-a entre as potencias restantes. Cada um se fecharia em seu bunker e deixaria todo o resto para o apocalipse brilhante do demônio da luz. E Supergirl, seria dissecada para estudarem uma maneira estupida de passar seus poderes.
A ultima frente, essa era ela, a comandante Luthor. Lutando em todas as frentes possíveis, incluso:
- Vamos. Elas não tem experiencia com a Krugger, - Disse a loira. Essa mulher estava maluca, ou algum parafuso caiu de sua cabeça enquanto transavam? Então muitos parafusos se perderam em seis anos.
Não, não podia permitir que ela fosse, não podia assinar sua sentença de morte assim.
- Não tem como, mesmo que eu te leve, você não pode lutar. - Respondeu, com o coração se se debatendo naquele cubículo de metal, com a vontade de apertá-la contra o peito e sumir do mundo cruel, um que ela não precisasse lutar. - Você não esta em condições.
- Você não vai me ajudar então?
Para que essa pergunta? Para que? Como se fossem inimigas.
Ou esta comigo, ou contra mim, socou o coração apertado.
- Supergirl, você não pode... - Sem sua permissão, escapuliu um ganido ao final, mas manteve a dura e fria expressão externa, quando por dentro tudo tremia em um terremoto.
- Eu vou, com ou sem você. - A loira se pôs em pé, e dirigiu-se a rampa.
Como inimigas, entre a cruz, a espada, e um deslize.
***
https://youtu.be/W6X_Ewaz63w
Por Supergirl
Você já teve uma ideia estupida? Era o que a mente da super repetia a cada minuto da viagem. Sentada no lugar do copiloto, fingindo dormir. Na verdade precisava descansar, pois o corpo estava um caco, mas era impossível agarrar o arredio sono, com o coração e a respiração ameaçando saltar sem paraquedas, e sem poder voar. Sendo que, a única coisa que desejava agarrar-se, estava a menos de um metro a direita.
De soslaio assaltou o perfio da morena. A comandante mantinha os olhos firmes no distante horizonte marítimo, enquanto os aparelhos dançavam ao seu toque na maquina. O manche firme entre os dedos, numa dura postura, que certamente lhe daria dores nas costas. Tão focada, com aquela linda trança sobre o ombro. Tão distante, séria, fria...
Uma total contraposição da irradiante Lena que conhecia. Vívida, cheia de luz e força. Um enorme coração capaz de carregar o mundo nas costas, quase tanto quanto ela mesma, a super que com toda a sua força desumana, não era páreo àqueles olhos.
O silencio tripudiava entre elas, rasgando seu peito na fresca memória da praia.
- Falta muito? - Perguntou sem muito interesse na resposta, quem é que anceia de saber a hora da própria morte?
- Eu não voo muito bem, mas se continuarmos sem problemas, chegamos em umas quatro ou cinco horas. - Respondeu a morena, sem nem mesmo olhar de volta.
- Não aprendeu nada nos três meses no Mandíbula? - Alfinetou-a, o jato trepidou.
- Alex teve aulas, eu não fui lá pra aprender a voar. - Respondeu evidentemente zangada, com os olhos pregados nas nuvens.
- Imaginei. Vou me vestir. - Disse indo rápido para o fundo da cabine, puxando as gavetas dos compartimentos nas paredes, antes que perdesse a capacidade de segurar o berro preso na garganta. Mas sem conseguir guiar os próprios olhos, os quais assaltavam as costas da piloto amadora. E embora um rabinho de raiva trancasse sua mandíbula, não conseguiu deixar de desejar aquele olhar. E por alguns segundos, pegou-se esperando por ele, esperando que no final, ainda que agora fosse esse final, pudessem se olhar uma ultima vez, como sempre o fizeram anos atrás; antes do voo para a morte certa.
Entre as caixas encontrou um uniforme azul, semelhante ao seu primeiro, exceto pela calça, nunca mais voaria de minissaia, quer dizer, vestiria uma se fosse para... RAO ARRANQUE ESSE CÉREBRO MALDITO DE MIM!!! Rosnou dentro de si. E vestiu o traje antes de mais memórias a invadirem, e mais uma vez desejasse aquele olhar no seu. Forçou-se a mirar o chão, e sua capacidade de deixá-lo, porém, talvez a comandante tivesse razão, pois todos os seus músculos gritaram ao dar um leve impulso para cima, algo escalou seu nariz, igualzinho quando fugiu.
Voltou a cabeça para o teto afim de evitar o vazamento, e apoiou-se numa das paredes antes de suas pernas falharem, e ser embalada num tombo. Pousou as mãos sobre o rosto, tentando desvencilhar-se das garras do inevitável sentimento de angustia a roçar sua garganta. Quando escutou o click do cinto, e apressados passos, até um par de mãos quentes a tomarem do chão frio. Repousando sua cabeça contra o peito.
- Você não tá bem, não pode ir. - Exasperou-se a morena com ela.
- Por quê? - Questionou, afinal, qual era a diferença para o mundo uma heroína inútil viva ou morta?
- Porquê; - Aqueles olhos escureceram, cheios de uma angustia não explicada. - Você, é um artigo de suma importância para a Supercorp, não podemos te perder.
Novamente, não era a pergunta, mas fora a resposta que recebera.
- Qual a diferença se eu for, Lena? - Aquela pergunta pareceu uma bala, pois a comandante arregalou os olhos em sua direção, como se ambas fossem atravessadas pelo mesmo tiro. - Me diz, o que eu, o que nós... - Suspirou indo para ela, com o cheiro da chuva invadindo-a.
Os alarmes dispararam, todos os instrumentos gritaram piscando, e o jato inclinou para baixo. A morena correu para o lugar do piloto, puxando o manche, mas a queda repentina não cedeu. O que fez a super sobrepor as mãos da comandante, e juntas puxaram o bico da aeronave de volta ao horizonte.
- O que foi isso?! - A morena puxava alavancas e acionava botões, tentado descobrir o que diabos teria causado o surto nos aparelhos.
À frente do jato, a costa da sul americana, o sol distante pintado de monstruosas nuvens tempestuosas. Como se a noite devorasse o dia. Os alarmes não cessavam, alguma coisa estava para lá de errada. Apreensiva ela agarrou a poltrona da Luthor, colocando o cinto nela, atenta ao horizonte traiçoeiro, com cheiro que trouxe a tona uma lembrança.
NÃO, NÃO AGORA! Vociferou em sua mente.
- Lena, - Chamou, logo antes de uma lufada de ar nocautear o jato para o lado. E dali enxergar o revolto mar girando como num ralo, e do céu descer o braço de um furação. - Krugger. - Rosnou.
Supergirl correu para o fundo da aeronave, abrindo parte da rampa apenas o bastante para sair, ignorando os protestos da comandante.
A super sentia seu coração pulsar, preparando-a para a guerra. Flutuando mirou a incomum tempestade a sua frente, trovões rugindo, relâmpagos dançando com o revolto vento tomando forma em giros. Não era uma tempestade comum, tão pouco furacões comuns.
As gotas de água chocavam-se com seu peito, escorriam em seu rosto, gotejando de seus punhos. A capa embora pesada da chuva, movia-se revolta com o violento vento. Braços de tornados desciam dos céus de encontro ao mar, e num flash avistou o demônio da luz sumir atrás de uma roda de vento. Num rasante foi ao seu encontro, mas um tornado a engoliu, jogando-a do outro lado, mas sem qualquer sinal dela. O cabelo grudado no rosto, com a cabeça concentrada em tudo menos no que deveria.
Pensando, nela, e não no dever.
Fechou os olhos, deixando a descarga de adrenalina fazer o trabalho. Permitindo que assim como a noite parecia abocanhar o dia, deixou a fúria de mil tempestades encher seu coração, e bombear raios e trovões para seus músculos. Todos os combates que tivera, como um acervo para ser estudado e usado contra a inimiga.
Ali!
Avistou-a, mas assim que alcançava-a, ela não estava mais lá.
DROGA, DROGA, MIL VEZES DROGA!!!
Coração pronto para a guerra, mas seu corpo não, não conseguia voar tão rápido. E algo vermelho escalou seu nariz, misturando-se a chuva em seu rosto. A fazendo cambalear no ar.
NÃO, AGORA, AGORA TINHA DE SER FORTE, AGORA....
Limpou o sangue com as costas da mão.
Aquela maldita água em seus olhos.
E aquela noite.
LUTAR, MATAR, SÓ ISSO IMPORTAVA AGORA!
Quando dos confins daquela tempestade ouviu o familiar estampido do soco sônico. O ecô ia longe, e em contato com as pessoas, causava uma morte horrorosa. Qualquer pessoa no alcance do raio poderia sofrer de hemorragia nas vias aéreas. Mas um desespero tomou sua luta interna como uma grande baleia saltando para engolir um cardume inteiro, nada nem ninguém conseguiria apagar de sua mente o que sentiu, ao perceber o quão perto estavam do foco dos poderosos ataques, do quanto Lena estava perto. Era coisa de dois segundos para a confusão da costa africana migrar para a costa sul americana.
Num segundo seus braços se encheram daquela pequena garotinha, se apagando, por sua culpa.
E quando viu o jato ser dominado por um dos braços de tornado, seu coração despencou para o fundo da baleia faminta. E Supergirl esvoaçou para a aeronave. Seus dedos cavaram o metal na tentativa de puxá-lo da roda de vento, mas o movimento apenas arrancou uma chapa retorcida.
Desespero era pouco para o que se passava, nem aquela tempestade era maior que o caos dentro da super. Ela voou para baixo do pássaro de metal, travando as mãos, e forçando-o contra as costas, mais carmim despencou do nariz
MERDA!!!
Lena. Sua mente chamou, porém não somente, pois a imagem da morena na chuva a invadiu. A sorrateira lembrança daquela noite chuvosa...
- Supergirl! - Chamou a comandante saindo na rampa.
- Volta pra dentro agora!!! Ai dentro você tem alguma proteção! - Implorou a super, mas a visão dela na chuva, somente atiçou mais sua memória. - POR FAVOR LENA!!! EU VOU TE TIRAR DAQUI, EU VOU TE SALVAR EU PROMETO, MAS VOLTA PRA DENTRO!!!
Como se a comandante fosse tomar ordens dela. Supergirl a empurrou, e fechou a rampa pela força mesmo. Retornando a barriga do jato forçou-o com suas costas, os dedos enterrados na monstruosidade, tentando levá-lo do curso do tornado.
Conseguiria, a salvaria.
Os braços trovejaram de dor, quando mais vermelho despencou do nariz, e de repente explodiu de sua boca. A marca do pesadelo latejou, como cães mordendo sua barriga, e puxando em todas as direções. A força necessária para a manobra era muito maior, pois tinha de equilibrar a empunhadura, com o empuxo das costas, do contrario apenas o partiria, e ela precisava do casco, afim de guardar os tímpanos da comandante.
Pensar naquela garotinha desfalecendo, e seu rosto pintado de carmim, a fez gritar, e gritar mais desesperada, furiosa, não permitiria esse fim para ela, não, mas infelizmente seu cérebro foi mais rápido e a presenteou colocando-a no lugar da garotinha, se apagando em seus braços, com lagrimas vermelhas, por sua culpa.
- NÃOOOOOO!!! - Rugiu, forçando os braços mais ainda, escutando o metal ranger, e deformar pela pressão errada. Recuou as costas, e novamente pressionou mais lentamente, mesmo que isso a fizesse vomitar todo o sangue que tivesse, faria direito, a salvaria.
Suas veias saltadas pulsavam enlouquecidas com o esforço, e até a chuva revolta começara a machucar seu corpo.
A sorrateira lembrança daquela noite chuvosa assaltou-a, enquanto carmim deixava seus lábios. A chuva em seus olhos a confundiam, enquanto o esforço descomunal, esvaia com sua mente, e seus sentimentos fora de hora destruíam seu coração.
O rosto ensanguentado de Lena lampejou, trocado para seu sorriso, e o cabelo grudado no rosto molhado.
Supergirl rugia empurrando o jato para o lado oposto ao perigo. Os braços trovejavam, todos os músculos se consumiam em agonia. A tempestade emudeceu, a dor diluiu lentamente, e a visão esfumaçou. Sem poder mais distinguir a lembrança do presente. De quando choveu em National City, e elas não tinham um guarda-chuva. A sorrateira lembrança daquela noite tomou-a, quando pela primeira vez; disseram:
"TE AMO"
***
Hey Supercorps, como fomos hj?
Oq vai ser das supers nas mãos do pesadelo? E tem tantas coisas q essas duas não se acertaram, que meu Deus, muitas lembranças, muitas palavras não ditas não é mesmo? Que noite foi essa ai enh Supergirl? Volta aki e conta melhor isso ai. Ou seis anos de deslizes e erros comandante? Oq essas duas vão fazer, sendo q nem com a chuva a Supergirl consegue lidar?
Um grande obrigada a você q chegou até aki, me conte oq esta achando. Da uma olhada lá no meu twitter, tem umas artes da fic.
@Yukyytto
Um enorme abraço de lobo, e até o próximo Within XD
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