Descida ao paraíso
Supercorps, só um aviso antes de seguir o bonde. A partir daqui Within entra em sua segunda fase, ou uma season 2 se preferirem, então daqui pra frente, apertem os cintos, e o coração...peguem os coletes a prova de balas, e um guarda-chuva bem forte. E para os a prova de balas como a super, segurem firme e lá vamos nós.
***
Por Comandante Luthor
- Lena, - Disse Anri ao manche.
- Não Anri. Tem que ter alguém. Comandante Luthor para Martelo de guerra, alguém na escuta? - Insistiu a comandante do forte fantasma. - Comandante Luthor para Martelo de guerra, alguém...por favor, responda!
O jato desceu das nuvens, encontrando o nascer do sol nas altas montanhas da fronteira mongol com a Rússia. Uma monstruosa torre de fumaça negra subia do chão. Carregada e volumosa como vários algodões macios. Mas suavidade era a ultima coisa que teriam, pois a imagem mastigou os ossos da morena. Descrente de outra tragédia tão absurda, quanto a traição.
E esse sabor conhecia bem, como conhecia, e mesmo todos os anos sendo costumeiro tal sabor em todas as pessoas, jamais se adaptou a ele. Sua língua enrolou na tentativa inútil de livrar-se do gosto, mas era impossível, mesmo que engolisse um quilo de açúcar branco, pois o amargor, não estava na boca, mas no coração.
- Abre a rampa. - Disse a super.
- Vai sonhando. - Respondeu Anri circundando a fumaça. - Explodiram o teto do hangar, mas como?
- Abre essa rampa, ou eu abro. - Ameaçou a loira irritada, que recebeu o dedo do meio da piloto.
- Vocês duas, chega de criancices. Comandante Anri, acha que dá pra pousarmos?
- Eles não estão atirando. Não vão atirar então. Ou pode ser uma armadilha, mas com essa fumaça, tá mais pra fizeram uma merda muito grande ai dentro. - A comandante do forte Mandíbula manobrava no entorno das montanhas.
- Pouse o mais próximo que puder. E Supergirl, seu corpo ainda não esta bem o suficiente, e a ultima coisa que precisamos é correr atrás de você incapacitada. Volte para seu lugar, é uma ordem. - Luthor apertou os olhos na kryptoniana em passos duros, que muito a contragosto acatou a ordem, esperando impaciente.
Mas não era a única.
Anri imbicou o jato próximo ao buraco de onde se originava a fumaça. Uma descomunal estrutura blindada de aço, titânio, e rocha solida. A entrada do elevador de carga do hangar, que incrivelmente havia sido explodido, de dentro para fora, o que por si só era absurdo, uma vez que a estrutura havia sido concebida para suportar artilharia nuclear. E mesmo assim, havia sido rompida tal couraça. O campo de visão terrível, obrigando a piloto a ter outra ideia de aproximação. Ela recuou e deu meia volta em alta velocidade, quando um tranco parou o veiculo de uma vez no ar. Jogando Supergirl no chão, e puxando o cinto tanto da piloto, como da morena.
- Merda Anri, o que você tá fazendo, porra?! - Disse Luthor, com o peito latejando.
- Melhor piloto, né Crasher. - Desdenhou a super com as veias saltadas de dor, de bruços no chão.
- Ah! Que merda, esse jato que não é obediente. - Rosnou a piloto massageando o pescoço. - Ele já tá em modo de pouso.
- Claro que esta, o piloto automático deve ter detectado a proximidade com o hangar. - Disse a morena, ajudando Supergirl a ficar de pé.
- Pilo...ah! Cacete Lena, quer me foder, me beija, porra! - Esbravejou Anri, soltando o cinto e chutando o chão indo para os controles laterais. Arrancou a tampa do sistema perto do teto, e meteu as duas mãos entre os fios. Num puxão arrancou uma placa mãe, cheia de processadores com uma luz verde piscante, que morreu ao arrebentar os fios ligados ao jato.
- Anri, sem ela o jato não vai funcionar. - Ralhou a morena.
- E com ela o jato não vai voar. - Disse a ela. - Toma, - Entregou a placa para Supergirl, que perguntou o que era aquilo. E Anri respondeu. - A super segunda coisa mais inútil dentro desse jato. - Piscou para ela, voltando ao manche.
A morena segurou na cintura da super, tendo certeza, de que se não o fizesse, não teria piloto mais.
O jato foi em alta velocidade ao outro lado da montanha, parando frente ao paredão de rochas cheias de neve. Anri ativou o sistema de armas, e o manche se abriu, expandindo os controles, espaçando as duas alavancas, de modo que funcionassem simultaneamente, controlando voo e artilharia. As asas abriram as metralhadoras giratórias em cada asa, o qual dispararam uma única vez. A neve cintilou e piscou, até por fim revelar a farsa, o portão chumbo do hangar.
- Só abre do lado de dentro. - Disse a morena, mas quando fez menção de ir até a piloto, sentiu as mãos da super lhe impedir.
Desculpa, disseram aqueles olhos azuis ao soltá-la, e se afastar indo junto da piloto.
- Eu sei. Vou abrir por dentro. - Anri clicou o gatilho, e com extrema precisão atingiu os cantos mais altos do portão com misseis, e disparou as metralhadoras em seguida. E num passe de magica ouviu-se o estrondo dos contrapesos do outro lado, ainda que abafados.
O centro foi se abrindo, com o metal puxando para a direita e esquerda. Fumaça e muita abrolhou da fenda se esticando. Cautelosamente adentraram a caverna, a piloto pronta para puxar os gatilhos, pois a ausência de resposta no radio, não queria dizer que não havia perigo, apenas que podiam estar ou não esperando por elas. Passado os metros do portão, o peito da morena se debatia a cada centímetro mais de silêncio. A comandante do forte Mandíbula manobrou duas turbinas para baixo, expulsando a fumaça e revelando o torto chão metálico, estável o bastante para o pouso.
Mal o jato tocou o chão e a rampa não abriu-se, foi forçada pelo lado de dentro.
- Porra loira, acabei de consertar! - Berrou a piloto, ainda desligando os motores.
- Supergirl, - Chamou a morena, mas a super nem escutou, e correu para o hangar.
Luthor foi logo atrás, e assim que pisou naquele chão frio de cor quente ao lado de Supergirl, perdeu as palavras.
Fogo e destruição, jatos, caminhões, e vários outros veículos aéreos e terrestres abarrotando os cantos. As paredes de aço do hangar completamente retorcidas, com marcas de tiros e explosão. Avistou alguns corpos, ou os restos moídos do que um dia foram pessoas. O chão tigrado do tom frio do titânio e o quente de vidas não mais presentes.
A fumaça dominava boa parte do campo de visão, o teto era apenas um borrão em movimento de ovelhas negras, mas a calmaria do silencio era o mais aterrorizante, pois um coração que bate faz barulho, e ausência de ruídos significavam outra coisa. Um medo inominável escalou seu estomago, mas engoliu-o de volta, uma vez que não podia se dar ao luxo do desespero. Não quando fosse a comandante.
- A gente vai achar ela. Ela sempre foi a mais esperta de nós. - Disse Luthor com o tremulo coração. Ela e a super correram juntas até o pátio central, mas o chão se acabou, e nenhuma delas era capaz de voar. Elas terminaram dependuradas, com as pernas para dentro do declive. - Não me solta! - Berrou para a loira agarrada em sua cintura pendida no buraco.
- Peguei vocês! - Gritou Anri, puxando-as do abismo.
Raios de sol vieram do longinquou céu. Rasgando parte do breu flutuante, e arrancando palavras, ar, e o que mais que algum dia pudesse se engalfinhar à esperança; a guerra ao lado delas, com um abismo separando-as da imagem do fim.
Pilhas e pilhas de corpos, de vísceras quando não. O massacre não dos Rainers ou do forte Martelo de guerra, mas de todos, o massacre do fim.
As três mulheres diante do mais terrível cenário para um comandante de forte, vê-lo destruído não de estrutura, mas da morte de seus integrantes, o verdadeiro corpo e pulsante coração de qualquer corporação. A morena tremeu, mas não podia. Tinha de ser forte, a comandante daquele lugar, e aceitar de peito aberto a descomunal responsabilidade.
As três se arrastaram pelas beiradas próximas a parede, até o outro lado. Era difícil não escorregar, era difícil se quer enxergar o chão, coberto de não vida, repleto de rostos cingidos de terror. Se pisar estava difícil, por onde seguir foi ainda pior, pois não havia espaço sem marcas de pesadelo.
- Eu sei que não seria hora, mas a gente não sabe o que pode ter por aqui. E, se formos fazer uma busca por sobreviventes, a gente tem de se separar. - Disse Anri sem jeito, e esperando um berro.
- Tem razão. Vamos nos focar pelas alas. Primeiro a central. Supergirl, você vasculha os andares inferiores. Anri aqui no térreo mesmo, eu vou ver os superiores. - As duas loiras assentiram, e Anri seguiu o corredor, armada de um bastão dobrável.
Luthor e Supergir foram para as escadarias, num cheiro insuportável de carne queimada, alguns restos, e uma cascata vermelha escorrendo e gotejando dos degraus em espiral.
- Espera. - Chamou a morena, segurando a mão da outra. - Você ainda não tá legal, então, toma. - Entregou sua pistola prateada. - Ela é bem fácil, só aponta e puxa o gatilho e; não banca a heroína solitária agora, por favor. - Pediu com o final da frase enroscado na garganta, ao tentar seu melhor como fria comandante.
Supergirl soltou-lhe a mão, e aceitou calada a oferta de defesa. E o coração da morena ladrou a cada passo que a super tomou para longe de si nas escadarias.
Não era hora, não era mesmo...e quando seria? O coração se apertava, sabendo bem que nesse estado, uma simples bala comum poderia causar um estrago enorme, porém o silêncio no forte podia confortá-la da impossibilidade de algum disparo mundano contra Kara, quer dizer, Supergirl.
Luthor tomou uma metralhadora caída no lance de escadas, e mesmo que não fosse a maior fã de armas assim, levou-a consigo. Abrir a porta do primeiro andar foi impossível, algo com rigidez cadavérica atravancou a passagem. Seguiu então ao próximo andar. E um a um, a única diferença entre eles, era para que lado os corpos se amontoavam.
Vagarosamente caminhou pelos andares, sempre com a arma em punho. O sangue chegava ou passava do calcanhar. Carne e ossos dependurados do teto, ou paredes caídas com restos esmagados, e dois feixes de queimaduras por todas as partes. Não havia sinal de destruição sem as marcas do pesadelo.
Suas pernas latejavam dos degraus, mas não podia parar, e forçou-se a subir o andar do RH. A porta guinchou ao abrir, e o cano da arma adentrou o corredor, com seus olhos na mira. Estranhou enxergar o carpete azul no centro do corredor, sem corpos. Não, havia um sim. Um único corpo, um comandante, que reconhecia de longe a patente. Manson, com a boca arrebentada, o cérebro no teto vermelho, e os olhos repletos de puro horror, com a arma em mãos.
Um pedaço de cérebro pingou na bochecha da Luthor, e assim que mirou para cima. O teto desceu estufado como um balão cheio d'água, até romper-se, despencando uma avalanche de corpos eviscerados, tripas, membros rasgados, amputados e queimados, sobre o solitário comandante. A morena pulou para trás fugindo, afastando-se, até que a tempestade terminasse. Apoiou-se na parede, pois os olhos de terror, eram piores que as tripas. Os rostos conhecidos do forte, e familiares de outras instalações.
Respirou fundo, puxou todo o ar que podia, e enjoou do cheiro de carne torrada logo em seguida. O estomago queimou, e sem poder conter o horror, vomitou tudo e até o que não tinha em seu estomago. Limpou o queixo nas costas da mão, com os ombros na parede. Tinha de seguir, tinha de cumprir seu dever, e lá no fundo da comandante que era, pedia que se pesadelo por perto estivesse; fosse ela a escolhida para achá-la antes das outras.
***
Algumas horas, e nada. Reunidas no hangar nenhuma das outras duas tinha uma cara melhor. Supergirl quieta com os olhos baixos. Anri tão pálida como a Luthor, que tinha posto os bagos para fora.
- Firmes, - Disse frouxamente a morena. Enquanto esperavam a chegada das forças do forte Mandíbula, a mando de Anri. Que sem pestanejar cedeu total comando de suas unidades a comandante Luthor e Supergir. Foi ordenada uma varredura completa, em busca de sobreviventes.
A comandante Luthor despachou as unidades em cada ala, e foi para a ponte de comando, onde os agentes do Mandíbula reorganizavam tudo. Reiniciando o sistema, limpando a bagunça, carregando macas e mais macas com lençóis que não mais brancos eram, devida ao excessivo uso. Encontrou a super mirando o abismo das janelas estouradas. Quando passou pela maca com o corpo de Jena, e temeu o pior, que jazia amarrado no fundo de seu peito.
- A gente vai achar ela, e ela vai estar...
- Para, por favor. - Pediu a loira amarga na voz, sem mirá-la.
Era quase meio dia, e chegavam os jatos do forte Bestial, que assim como a comandante Anri, o comandante Sigmeyer cedeu tudo o que tivesse no auxilio a devastação absoluta.
Finalmente, a fumaça começara a dissipar, quando impediram o combustível dos jatos de cair no imenso buraco. E dali de cima na ponte de comando, Supergirl tremeu olhando o fundo do abismo.
- Supergirl? - Chamou a morena ao seu lado, percebendo a súbita mudança na respiração. - Kara, - Segurou sua mão, mas os olhos da super eram vazios. Sem nada dizer, a loira desatou suas mãos e tornou aos corredores, aparentemente seguindo sem rumo. - Kara, - Chamou, mas nenhuma resposta veio.
- Não deixa ela sozinha. - Disse Anri, tomando a prancheta dela.
A comandante Luthor seguiu atrás de Supergirl, que solitariamente arrastava os passos pesados nos degraus respingando espuma rosada na escadaria espiral. O silêncio da loira rasgava-lhe o coração a cada andar. Os agentes passando por elas, com uma vassoura, uma arma, uma maca.
Por fim chegaram aos andares mais profundos onde não havia marcas de pesadelo, nem agentes para cruzar o caminho. Aonde agora a água que inundava, despencava como cascata. Arrastaram-se pelos buracos e fendas entre os restos e escombros. Chegando a uma parte iluminada pelo escancarado teto do forte. Os raios de sol iluminaram o jardim que visitava na ala norte. E ao se por em pé após o buraco, paralisou ao ver ali sobre a verde grama, o corpo de Alex.
***
Por favor, não me matem supers, eu amo vocês. E me contem como fomos hj. A comandante Luthor, dura na queda, mesmo com as pernas e o coração bambeando. Deus do céu Lena, q fazer? Ela e a super no meio dessa carnificina, bem como quanto ela se preocupa, mesmo como a comandante, mesmo fria, e ainda sim...
E então, chegamos a virada de seasons, a segunda fase que encaminha para o final. Supercorps, eu tô que não me aguento, pq estamos para ficar de frente com o pesadelo delas.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro