Chuva Umbral - parte 2
Por Alex
Dentre os vários corpos sobre, ou sob as mesas. Tinha de ser justo aquele? Alex sentiu o peito se apertar e guinchar feito metal que se rasga tencionado ao limite, mas ali não era hora, tinham de fugir. Como bem lembraram os tiros dos soldados Rainers à porta.
Indiud virou a mesa, e pegou a primeira arma no chão, disparando contra os invasores.
- Vamos pular! - Gritou a comandante, haviam cabos arrebentados da ponte de comando, e com sorte, eles desacelerariam a queda, se eles segurassem firme.
Brincando, um mergulho de uns cem metros, até o chão de aço do hangar.
Claro que era uma ideia estupida, mas três contra vinte, era mais estupidez ainda. Os três agarraram os fios, e saltaram. Indiud balançou de um lado para o outro. Alex não aguentou o próprio peso, com o corpo judiado. Mara a agarrou por trás, e literalmente a carregou nas costas.
- Eu não vou te perder também, - Declarou a morena, soltando e se agarrando ao próximo cabo. Estava funcionando, não se espatifariam, mas os fios acabaram, e chegaram ao chão antes de uma altura segura. A ruiva fora guardada pelos fortes braços da namorada. Mas escutou algum ombro se deslocar. Caídas no hangar, num pulo elas correram, mesmo com dor, não havia tempo de descanso.
- Pera ai, e o Indiud? - Rapidamente o homem atingiu o solo, mas completamente espatifado.
- Ele já era, vamos! - Mara a puxava, mas os ferimentos estavam cobrando suas forças. - Vem, nem que eu tenha que te carregar, eu não vou perder o seu sorriso de novo Danvers! - Pois lembrava de seis meses atrás, antes do pesadelo a escolher.
Rapidamente entraram num dos jatos negros, estacionados em fileiras. A comandante ajeitou-se no banco de piloto, e a Destruidora a ajudou a tirar o colete, que só estava pesando, e foi para a rampa. Alex mesmo com um só braço, ligou os motores, e viu alguns outros sobreviventes correndo da entrada principal do hangar. Logo depois viu Mara indo até eles, disparando contra os soldados Rainers perseguindo-os.
E...
- MARAAA!!! - Gritou Alex, quando o corpo da Destruidora flutuou sem as pernas, após os disparos de outro jato. - NÃOOO!!! - Gritou em panico, quando mais uma chuva de tiros despedaçou a morena e o resto dos sobreviventes, reduzidos a tiras de carne no chão.
O jato de Alex alçou voo em meio aos tiros, ativando o sistema de combate. As armas abriram por baixo das asas, e ela disparou as metralhadoras, recuando o veiculo para o portão de saída. A batalha era travada entre os dois, o jato do forte Primordial com Aioan e do forte Ell com Alex. Disparos de todos os lados. Estilhaços de vidro voaram, quando alguns disparos pegaram de raspão a ruiva. Até aquele jumento disparar um míssil num espaço fechado. Explodindo não só a barriga do jato do forte Ell, mas também danificando e entortando tudo em volta, só não antes de Alex disparar um também, com uma mira muito melhor, acertando o filho da mãe na cara. Ambos os jatos explodiram, atirando Alex no hangar destruído.
Fogo da batalha, o sangue de seus amigos. E o fervor da Sentinela, mais uma vez batendo dentro dela.
Eu vou levar esses putos pra cova comigo. Rosnou aquela vingança, recarregou a arma com os dentes. Ao longe viu os Rainers se aproximar. Encarou a arma, e aquele smile no cabo, sorrindo para ela.
Amor... Lembrou da voz dela.
Hora de matar todos eles, eles vão queimar igual queimaram elas. A voz da vingança.
Mamãe... Lembrou da voz de Esme.
Duas consciências brigaram no interior da ruiva, mas havia virado o jogo, o qual, se permitira abandonar, em nome de uma vida. A meio ano desistira do ódio, e não seria agora no fim que daria as mãos para o bicho papão, e aquela mulher deliciosa, e traiçoeira.
Levaria sim quantos pudesse para a cova, mas não se afogando em ódio, não como antes, não morreria antes de morrer. Não entregaria os pontos para o ódio, o desespero, a dor. Não, não mais.
O vento denso, cedeu a uma estranha brisa, mirou o longínquo teto do forte, e jurou enxergar a lua. Uns burros mesmo, disparar misseis num espaço fechado, só podia dar ruim a pressão no topo. O hangar ruia à sua volta, o gosto metálico na língua, e do que escorria sobre o seco rubro em seu rosto, emoldurado de mechas pintadas do mesmo. O braço que nem mais sentia, a arma levemente escorregadia do suor em seus dedos. A visão do inferno desses tempos, se enchendo dos verdadeiros demônios nessa história de horror. Ergueu a mira, e num clique do gatilho, disparou e dois caíram ao longe. Quatro disparos, caiu mais um.
Tiros choveram do alto, da frente, e da lateral, e a ruiva foi para o chão. Pintando-se do vermelho de seus companheiros, reduzidos a carne moída. E de repente, não só seus demônios estavam mudos, mas todo o resto também.
Estavam quase chegando, logo estaria com elas, logo estariam reunidas. Soldados apontaram as armas frente a ela do outro lado do hangar, sem atreverem-se a pisar no carmim no entorno dela. Acima, e em volta, em cada um dos andares de pontes miras a apontavam. Talvez o pesadelo esquecera dela, riu-se ao ver a arma descarregada. Mas talvez até mais por pensar em como explicar a sua esposa na outra vida, sobre Mara e Jena, e a cara das duas ao conhecer sua esposa. Seria um quadro a se pensar para gargalhar de rir. Esme teria com quem brincar de casamento, que não errariam na hora do beijo, igual aquelas duas antas, da sua irmã, e sua cunhada.
Droga, não estaria aqui para tentar pegar o buque quando Lena o atirasse para trás, só para em seguida atirar na irmã. Nem poderia jogar na cara da CEO, o quanto tinha razão todo esse tempo sobre elas. Nem poderia fazer um discurso ridículo no dia do casamento das duas teimosas. Como o pensamento a divertiu, como era gostoso tal momento, até claro outra rajada de tiros a puxar de volta a dor.
Eles pararam de atirar, quando a pistola descarregada escapuliu os dedos - já tava descarregada, seus burros, vazia - e Manson surgiu no meio dos soldados com Galiard sem parte do braço.
- Vaso ruim não quebra mesmo. - Riu, com o centro do hangar entre eles. Eles ergueram as armas, e dentro da ruiva uivou um aviso, quando dançaram gotas de água a sua volta, brilhantes flocos azulados.
- FOGOOO!!! - Gritou o comandante.
E no mesmo segundo o chão explodiu com um furacão, arremessando os soldados para trás. E a roda de fúria, água e vento voou até o teto sem fim do forte, girando e se desfazendo ao final de uma única vez, ao surgimento da pálida sombra de olhos brilhantes, carregando a chuva consigo, frente a ruiva. Tomando os tiros no lugar dela, e segurando a ultima bala entre os dedos, antes de atingir o alvo.
- Hey Alex, - Disse o demônio da luz, inclinando a cabeça para o lado.
O pesadelo se apresenta.
Krugger surge para Alex, mas nesse ponto, para que?
***
HEY Supercorps, e então? Antes de pedirem minha cabeça, me permitam: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEX!!!!!! Meu Deus du céu mulher. Porra Mara, Mara....nãoooooooooo, e vaso ruim não quebra mesmo, Manson ainda pra infernizar. Senhor, e esse final, assim........OI? Me contem o que estão achando Supercorps, um enorme abraço de lobo, até o próximo Within.
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