Bad Dream - parte 2
Por Comandante Luthor
Dois fios vermelhos escorriam dos braços da poltrona negra, frente a mesa vazia da comandante Luthor.
Repor todos os membros decepados pelos olhos da Super, check.
Cuidar dos ajustes no traje da Super, com a nova fibra de vento, check.
Organizar os laudos médicos de cada agente, e revisar a pasta de Brainy, check.
Tudo em sua lista de hoje, feito. A eficiente comandante, como era, como deveria ser. Sorrir para todos ainda que morta por dentro, ajudar mesmo que sem forças, e acreditar, ainda que fosse mentira.
Os dedos se apertaram no estofado escorregando do vermelho, as mãos latejando dos cortes ao arrebentar o próprio computador, e destruir o que houvesse em seu quarto. Os olhos ardendo de fixos no nada que podia fazer, no nada que era diante de sua própria obra.
A derrota nunca é fácil, seu sabor de um amargo capaz de adocicar o boldo puro. Tal sabor se fazia em sua língua, em seu ser em seu coração falhando com ela, ou ela, com ele falhando. De tudo, de tudo fez para não destruí-lo. Guardou, fechou e trancou, murada de gelo, e então chegou ela, com seu bobo olhar por trás daqueles óculos, e amornou suas paredes, amoleceu sua fortaleza inexpugnável.
Kara Danvers.
A única capaz de lhe derrubar, não a presidente da L-Corp, não a comandante, mas ela, Lena. Talvez por isso a dor fosse tão terrível. Talvez por isso fora ela a única capaz de lhe bater tão forte, que esquecia sua razão. E esse talvez tenha sido o motivo de ter criado a comandante, para dar descanso à seu coração tão ferido, e ser capaz de com ela andar, mesmo que separadas. Garantindo assim o exito de seu objetivo:
Salvar o mundo.
Também chamado de o certo, ou o melhor. E a Luthor deu um cruel sorriso ao debater tal moralidade, o qual a próprio história condenou tantas vezes conforme a ação do tempo. Um rio que se abre e se fecha em meio a infindas curvas de vários nomes.
Uma puta duma babaquice hipócrita.
De certo se veste o errado, e o certo é dependente.
E ela mesma não podia escapar dessa verdade tão certa, ela mesma mentira tantas vezes para seus amigos, para seus agentes, para si mesma, ante ao horror.
Quantas vezes pediu que nela acreditassem? Que acreditassem na salvação nas mãos da Super, coisa que até ela se enganou, a tal ponto de crer na própria mentira. Mas o que mais poderia fazer? As pessoas precisam acreditar em algo, ou assim morre a esperança.
Nas pessoas, ou nela?
Desesperada de algo para se agarrar, quando o vazio se fez após aquela tarde alaranjada. Desejava acreditar, ainda que fosse mentira, mas que pudesse de alguma maneira ao lado dela continuar. Nem que fosse em caminhos diferentes.
Ah, fez por onde, matou, enganou e mentiu, em prol do "S", e para que?
Para ao final tomar uma rasteira, e dela tirado o que tanto lutou para manter?
- Desculpa Alex; - Lamentou-se mirando a foto das irmãs Danvers com ela no chão. Foto essa encontrada entre os dedos do cadáver da ruiva. Falhava outra vez, falhava com as Danvers, perdera uma, e estava prestes a perder a restante.
Perdida estava a comandante, sem forte, aliados ou amigos novamente. Comandante que da porta para fora comandava, e da porta do quarto para dentro...
Doce mentira a mascara, que ali podia cair. Ali não precisava ser mentir, ali podia ser honesta consigo mesma, e deixar sair a criatura que escondera, a coisa à ser sua ruína, a tola e boba Lena. O rosto ardido de sal, do mar a inundar de seu peito, e rolar por sobre suas bochechas.
Me ajuda; pediu dentro de si para lugar nenhum, uma suplica ao mais profundo de seu coração, tão apertado, transbordando a tranca da moralidade, e do certo.
Me ajuda.
Pedia em meio aos soluços rampantes na goela, para ninguém, quando mais sozinha se esta, quando nada mais resta, que não o inexistente invisível.
Então como na noite em que ele surgira da primeira vez, de lugar nenhum, o caderninho rosa sobre sua mesa. A Luthor o apanhou e abriu-o, encontrando outra esquecida foto entre as páginas. A foto dela com Kara, a foto que tantas noites encarou com o pesar de sua ausência. E talvez fosse de agora em diante, a recordação que teria dela.
O fim. O peito se apertou, enquanto os dedos pintavam a fotografia em seu sangue.
Lembrou-se da horrível imagem do quarto mundo. O inferno chamuscante cheio de cadáveres, da voz do demônio da luz e esvair seu peito. E do pesadelo, seu pesadelo de seis anos atrás, o que a despertava aos berros, e trazia a loira para si. Os fragmentos de imagem a forjar a Supercorp, que após usar o colar dos olhos de Nia, pode ver nítido o quebra-cabeças a assombrá-la a tanto. E como tal imagem a impulsionara nos últimos dias, ainda que fosse defendendo o capeta.
Fazendo o certo...e para que?
Para ver concretizado seu terrível sonho, o fim dela. Supergirl despencando dos céus, diante das ofuscantes e brilhantes asas do ômega.
Não pelas mãos do demônio da luz, mas as deles próprios, demônios humanos, a terem gosto por matar seus salvadores. O fim que lutara a todo custo para evitar.
Lagrimas pintaram as páginas, se desenhando sozinhas em letras:
"Já fez antes; fechar os olhos da comandante;"
Leu e naquele segundo, Lena sabia o que faria.
***
Puxa, trava, destrava, puxa outra vez, e saltou uma bala da pistola, o qual Lena agarrara no ar mesmo. Tinha ficado boa nisso, e nem era fã de armas. Também, teve uma puta professora de tiro, Alexandra Danvers, a melhor, que podia ensinar um papagaio a disparar com uma Sniper, e falar como o Faustão: "Oh Loko meu".
É, claro que toda perfeição tem sua exceção, como foi Anri, que puta merda, a loira armamentista, louca por armas, e que as armas rejeitavam a todo custo. Fazendo até Alex desistir de ensiná-la, uma vez que não importando o jeito, o modelo, ou mesmo a direção, os tiros sempre saiam pela culatra.
Sorriu do dia em que a ruiva, adentrara seu laboratório, com buracos no cabelo, dizendo: Desisto, as armas desistem dela, e vai ser mais seguro ela não usar uma.
Teria dito Alex, após segurar ela mesma a pistola sobre as mãos de Anri, e testemunhar o cano soltar, voar para trás e quase matá-la. Lembrava no elevador, ao dar uma ultima checada na pistola eagle, que se pensando bem.
- Trista, - Batizou a pistola, ao recordar o nome da arma da protagonista em sua fic favorita. Na verdade o pensamento levou-a seis anos atrás, com a leitura tornando a sua realidade entre os lençóis com Kara.
Sua Kara.
Sua.
Firmou os olhos no botão do andar aceso, tão séria quanto alguém que sabe exatamente quantas gramas de presunto precisava para a lasanha.
Kara adorava lasanha, principalmente de fazer com ela, fazer tanta coisa, sorriu. A porta do elevador abriu, porém não era seu andar.
- Comandante Luthor, que surpresa. - Sorriu Anri, dispensando sua equipe. - Eu tava indo pro refeitório comer umas barrinhas de proteína, é minha convidada;
- Fica pra uma próxima, - Respondeu ao fechar da porta. Somente as duas naquele cubículo de aço. Sentindo o ar diminuir na estranha presença ar da loira. O cabelo traçado e preso, sem deixar um rabinho, como o seu, pronta para ação. A melhor nisso. - Promete pra mim, que vai cuidar de tudo?
Foi quando a loira de óculo pressionou o botão de parada.
- O cenário mais manjado das fanfics pra pegação; - Comentou a piloto, sem seu usual divertimento na voz. - Ou confessar uma merda muito grande. As mãos enfaixadas, o andar de alojamento do CADMUS, o mesmo olhar de três anos atrás igual na Sibéria. Acha que eu sou trouxa?
Lena olhou de canto, músculos tensos, e arma destravada. A morena esticou o braço para pressionar o botão de movimento, e uma algema se fechou em seu pulso.
- Não vou deixar você fazer isso, se você cai, fode tudo, Lena. - Disse Anri franzindo as sobrancelhas.
- Não precisam de mim; - Respondeu sacando a arma.
- Eu preciso! - E essa resposta lampejou outra em sua mente. Maldita semelhança. - Não vou deixar você fazer essa merda.
Era uma jogo de força, e a loira ganhava, apertando seu pulso da mão dá arma para o alto. Até que disparos estourassem a luz. E em meio a escuridão trocaram golpes, antes da cabine de aço dar um tranco com os cabos estourando, e na emergência as duas socarem o botão das portas, e saltarem para fora, antes do elevador despencar no poço.
Sorte o hangar estar vazio, poderia disparar sem se importar tanto. Claro que não tinha planos de tirar a vida dessa comandante. Somente de uma outra. E as veias azuis ameaçaram, porém a regra é entre comandantes, e não entre mulheres zangadas.
As duas contornaram o abismo do pesadelo, até a plataforma trocando chutes e socos, uma vez que disparar em paredes era uma coisa, porém a loira não a abandonava, a empurrando cada vez mais para longe do seu objetivo.
- ANRI, NÃO, PARA, ME SOLTA! - Rugiu ao perceber que a piloto não a permitiria seguir com seu plano.
- Vai ter de me matar; - Respondeu a loira, com Trista bem apontada no canto se seus óculos tortos. - Não faz isso. Já não confiam mais na Supergirl, se quebrar a confiança deles, deixaram de acreditar em você. E precisamos acreditar em algo, em alguém, Lena.
Pedia aquela voz, aqueles olhos azuis como os dela. E apontava uma arma contra ela, desejava salvá-la das mãos humanas, no entanto, apontava as próprias garras nela.
Kara; chamou seu peito.
Num rápido movimento, sentiu o pescoço arder, e disparou. Os músculos amornaram, amolecendo ao repentino e acalentado sono, tudo enturvecia. Seus dedos soltaram Trista, e o teto girou, onde viu a si mesma em aço.
- Para, para; - Pedia, a voz de sono falhando, as mãos escorregando pelos braços da loira apertando uma agulha em seu pescoço.
- SOLTA ELA!!! - Rugiu aquela voz.
E ambas foram ao chão.
- Não, - Murmurou exausta, esticou a mão tentando alcançá-las. Mas a adrenalina não cumpria sua parceria com o desespero. Os olhos pesados, reclamando-a às sombras.
Não; pedia em sua mente, pois a boca adormecia, e seu corpo se dissolvia na doce escuridão de seu pior pesadelo. Engolindo-a na visão de Kara e Anri se enfrentando, ante o altar da deusa, um altar de sacrifício para...
Para...
...seu amor...
E tudo se apagou.
***
Da autora:
AAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUHHHH!!!
E como fomos hoje Supercorps? Me contem, abram um sorriso no rosto dessa loba aki.
E pessoas, logo vem mais Within, q tenho parte do próximo cap pronta já, e logo mais tem esse tão esperado 1X1, Last VS Crash.
Um imenso abração de lobo em vcs, e até o próximo Within, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro