capítulo 6
Acordei com uma gritaria danada. Janela e cortina aberta, e um frio do caralho. Sai da cama, me arrastando pro banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto. Fui até o armário, peguei uma calça de moletom e um casaco. Tava muito frio, e eu odeio o frio. Desci as escadas e vi meu pai parado.
— arabella, a casa é minha. Eu mando aqui, e se eu disse que a Francis não vai morar aqui ela não vai! Você quer seu filho dentro da casa, beleza. Ele fica, mas ela não.
— ela é minha noiva, nós vamos casar, e ela tá carregando um filho meu! — Theodore gritou, e eu cruzei os braços.
— é cadin de um é cadin de outro, por que todo mundo comeu. — Carl cantou e eu soltei uma risada.
— Carl, filho. Fica quieto, não complica. — arabella disse, e eu Desci as escadas até o final.— darling, filha. Diga pro seu pai aceitar que a Francis venha pra cá, você vai ser tia.
— me bota no meio não. Eu não quero aquela ridícula dentro de casa. Arabella você tá cega, não vê as coisas que ela inventou dos seus filhos? Theodore está mais cego ainda, não vê que é mentira, e vai perder a única mulher que ama pelas atitudes?
Perguntei, e fui pra cozinha. Me sentei, pegando a xícara e pondo o café.
— quer bolo de cenoura, chica? — Amélia, a cuidadora da casa perguntou e eu assenti. Ela cortou duas fatias e pôs no prato pra mim.
— por que vocês complicam tudo? Eu vou me casar com ela, vocês querendo ou não.
Theo disse entrando na cozinha e logo meus pais vinham atrás. Carl sentou do meu lado fazendo careta e rindo. Esse moleque é um retardado, mas eu amo todas as graças que ele faz.
— Theodore, eu te amo como filho. Mas aqui ela não fica. Você quer casar e estragar a sua vida? Ótimo, faça isso longe dos seus irmãos. Não nos arrasta pro buraco que você vai ficar.
Meu pai disse, e beijou minha cabeça. Único sensato.
— se ela não fica, eu também não. Tenho Francis como filha. Ela é um amor de pessoa, e uma boa menina. Queria tanto que darling fosse como ela.
Arabella diz, e eu me virei encarando ela.
— não compare a minha filha com aquela sugadora. Arabella, acorda pra vida. Darling pode ter todos os defeitos do mundo, pode fazer coisas ilegais, mas ela nunca, jamais, em hipótese alguma irá ser como a francis.
Meu pai disse, e eu me calei. Eu já estava me preparando pra xingar, fazer escândalo, mas isso foi melhor do que qualquer coisa que eu dissesse.
— arabella, eu quero o divórcio!
— o que? Chad, você quer acabar com anos de relacionamento, por causa disso? Amor, não precisa.
Arabella tentou intervir na situação.
— não. O que a gente tinha acabou a muito tempo e você não percebeu. Eu não gosto mais de você e não quero mais te ver. Por favor, siga a sua vida.
Caralho
Meu pai vai se divorciar da mulher que esteve com ele durante anos. Arabella ficou vermelha de raiva e estava prestes a explodir.
— ok, vocês conseguiram o que queria. E só pra você saber chad, darling não é minha filha.— nem esboçei nenhuma reação quando ela disse, carl me olhava esperando eu surtar e eu continue tomando café.
Parece que o universo realmente escuta nossas preces.
— únicos filhos meu com você é noah e aidan.
— ainda bem que eu não sou sua filha. Imagina carregar o mesmo sangue que você? Pavor, é isso que eu senti durante anos. No máximo que você fez dizendo isso, arabella, foi me tranquilizar.
— você é uma inútil. Não serve pra nada. — ela esbravejou irritada e eu sorri de lado. Eu não ligava, nenhuma palavra que ela dissesse iria me abalar ou afetar. — vem Theodore, essa família não é nossa. E se prepara chad, noah é minha filha. Aidan também.
— você só tira eles da minha casa com a polícia. Fora isso, eu tô bem de boa. E se eles quiserem ir né.
Meu pai disse cruzando os braços e se encostando na parede ao meu lado. Eu e Carl se olhamos e começamos a rir.
— aidan e noah, vamos embora. Essa casa não é nossa. — arabella disse erguendo sua postura.
— não quero ir. Quero ficar com a darling e meu pai.— a mais nova disse, e veio sentar no meu colo. Pus um pedaço de bolo na boca dela.
— aidan, filho. Vamos. — arabella disse pro mesmo. Que olhou pra mim, em seguida pro Carl. E para o meu pai, que logo assentiu com a cabeça.
— não vou.
— o quê? Você vem sim, aidan. Eles não te querem aqui. — arabella disse mostrando que havia ficado irritada novamente.
— não vou. Vai você. Eu não quero saber de você, arabella. Vai lá ficar com a sua filha dos sonhos. Minha família é o Carl, darling e noah. E o chad. Meu pai, meus irmãos. Entende?
— você é um monstro, chad. Fazendo meus filhos se virarem contra mim! — arabella disse com nojo pro meu pai.
— seu filho é o theo, belinha. Vai lá, fazer da francis sua marionete. Vamos ver até quando ela aguenta.
Falei e a mulher segurou na mão do Theodore, e saiu batendo os pés pela casa a fora. Suspirei pesado. E voltei a tomar café. Agora eu teria que ser o mais responsável possível pra ajudar a cuidar dos meus irmãos. Eu jurava que aidan iria com ela. Mas não, ele foi fiel a nós.
— entrem. — fiona disse, quando viu eu e o carl na porta.— darling, devolva o meu irmão.
Fiona disse fingindo choro e eu abracei ela.
— nem se eu quisesse, eu conseguia. Chad é capaz de matar um por causa do carl.
— cadê a sua amiga gostosa? — Phillip perguntou e eu mandei o dedo.— você tá bonita, darling. Bem gostosa.
— tira os olhos da minha irmã, Phillip. Ela não é pro seu bico.
Carl gritou aparecendo com o liam no colo. A família da mãe dele, era uma obra de arte. Ele só tem irmãos bonitos. Mas o meu favorito é o Ian. Pena que ele torce pro mesmo time que eu. Quando eu vi o ruivo descendo as escadas com a debbie, meu coração quase pulou da boca.
— mentira que vocês estão aqui.
Debbie disse e logo nos abraçou. Fiona me puxou para o sofá, e começou a contar o que tinha acontecido, nesse tempo em que o carl tinha ido morar com o pai. Sempre soube que o Steve é um babaca, mas fazer o que se foi o único que ela gostou. Ian do outro lado do sofá, me olhava. E eu sentia minhas mãos soarem como nunca. Ele sentou do meu lado, quando carl tirou ele do sofá que o mesmo estava. Carl é uma praga.
— quanto tempo, darling. — o ruivo disse e eu virei meu rosto, encarando ele. Ele tinha ficado bem bonito.
Darling para. É irmão do seu irmão, sua tarada.
— quanto tempo, ian.
Ele sorriu. E pôs a mão em cima da minha perna. Eu arregalei os olhos pro Carl, que ria da situação. Fiz sinal dizendo que iria matar ele. E ele nem ligou.
Oi vidas, boa tarde.
E essa confusão de família, eu nem gosto.
Votem e comentem.
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