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- V-veronica.
- Eu mesma, Velcronica Mello, degustadora de clitóris. - Ouvi a risada de Brunna, em seguida a mesma ficou abafada, como se estivesse tampado os lábios.
- Deus! Quanto tempo?!
- Verdade, mas quem é Vives sempre aparece...
Foi no exato momento que sai correndo até a porta.
- OLHA, JÁ VOU DIZENDO QUE NÃO TENHO CINQUENTA REAIS. - Falei, indo até a porta e parando justamente quando vi a garota. Ela sorria largamente. Um sorriso lindo, que me fez odiá-la mais.
- Amor, essa é a Veronica. - Brunna falou, puxando minha mão. - Uma amiga de infância. - A tal estendeu a mão, tendo um sorriso no rosto e devolvi o ato de forma falsa. Brunna me deu uma cotovelada, que me fez encarar com o cenho franzido. Apertei a mão de Veronica. - Não vai falar nada, Ludmilla?
- Ahmm..pru pru?
- Ah, se interna meu amor. - Brunna disse. Veronica soltou uma risada, que me fez revirar os olhos. Era só o que me faltava essa gente quenga começar a brotar agora. - Conversa direito, criatura.
- Eu e Brunna estamos namorando. Fazem quase oito meses. Né meu amor?
- Sete.
- Mas gostamos uma da outra como se fossem 8. - Falei, ressaltando parte do gostamos uma da outra.
- Sou Veronica Iglesias. - A rascunho de Fiona falou.
Aff. Quem eu quero enganar? Ela é linda.
- Sou a namorada da Brunna. - Brunna me beliscou e riu de forma falsa. - Vamos conversar, Lud. - Falou, se quer esperando resposta. Paramos na cozinha. - Você para de cu doce que sou sua namorada, não o objeto que você manda e diz com quem devo falar. Se você não parar de agir assim com a Vero, com a porra desse ciúmes bobo com a minha melhor amiga, eu corto seu pau fora e te faço chupar.
- Ai violenta!
- Brincadeira, sou evangélica. - Sorriu. - Mas é sério, para. Eu posso fazer greve de sexo..- Abracei Brunna e ela riu.
- Não fala uma coisa dessas, pelo amor de Deus. - Ela não me abraçou de volta, então a soltei. - Desculpa.
- Vai e seja gentil, então eu penso no seu caso. - Assenti. Sai da cozinha com um largo sorriso, pegando Veronica desprevenida ao que eu a abraçava e levantava do chão.
- Veronica! Você é muito bonita. Bem vinda. Conhece a casa? Quer água? suco? Café? Chá? Minha avó tem uma receita excelente de chá. Você gosta de piscina? Meu nome é Ludmilla, afinal. - A garota riu, me abraçando de volta e logo se soltando, fitando Brunna que estava ao nosso lado.
- Ela ameaçou greve de sexo, não é? - Veronica perguntou. Fitei Brunna desconfiada e ela riu.
- Como você sabe?
- Já fez muito comigo também. - Encarei Brunna chateada, e ela gargalhou. - Eu estou brincando, Lud. - De onde surgiu essa intimidade? Veronica olhou para o exterior da casa e riu. - LUCIA, ANDA CRIATURA!
- Eu estava conversando com Carmen no telefone. Credo mulher, paciência é bom as vezes. - Uma outra garota falou, brotando atrás da tal Vero. Brunna praticamente se lançou no corpo da outra garota, a fazendo rir.
- Jesus, Lucy! Quanto tempo! - Minha namorada falou. 'Lucia' sorriu e afastou o abraço.
- Deus! Não é que a nossa bolinho está mais gostosa?!
- Oi, sou Ludmilla, a namorada dela. - Falei, estendendo minha mão e olhando fundo nos olhos da outra garota, que apenas sorriu simpática. Lucy apertou minha mão e Brunna parou do meu lado, me encarando com as sobrancelhas levantadas.
- Olá! Sou Lucy. Namorada da Veronica. - Imediatamente fiquei sem jeito. Fitei Vanessa e ela permanecia cínica.
- Ah..
- Entrem. - Minha namorada disse. - E então. O que fazem por Miami?
- Voltamos porque meu tratamento acabou. Eu estou completamente curada.- Veronica quem falou dessa vez.
- Doença do pombo? - Perguntei olhando para Lucy, e recebi um tapa de Brunna. Essa sim é bi. Bipolar. As duas outras garotas soltaram uma gargalhada.
- Sua namorada é um amor, Brunna. - Lucy disse.
- Ela está com um pouco de ciúmes.
- Não, estou cuidando do que é meu.
- Se eu fosse teria etiqueta com seu nome no meu corpo. Tá achando que sou gado pra ter marcação? - As outras duas garotas gargalharam, enquanto eu fitava Brunna com o rosto incrédulo. Por Deus, o que estava acontecendo com ela?! - Esqueceu da nossa conversa, Lud? - Arregalei os olhos e neguei, me sentando na cadeira da sala de jantar, onde estávamos agora. Brunna sentou do meu lado, na cadeira da ponta, Lucy na minha frente, e Veronica do lado de Lucy.
- Não. Desculpa...
- Peça desculpas para Lucy.
- Mas...
- Ludmilla...
- Mas...
- Ludmilla. - Olhei para Lucy e abaixei minha cabeça, bufando em seguida.
- Desculpa, Lucia.
- Olhe nos olhos dela e peça. - Levantei minha cabeça e revirei meus olhos, em seguida olhei nos de Lucy.
- Desculpa. - Lucy riu alto, assim como Brunna e Veronica.
- Continuando... como foi lá? - Minha namorada perguntou à Veronica.
- No começo foi difícil... até porque não havia condições. Eu estava tão doente que alguns médicos acharam melhor esperar o caixão. Mas para a surpresa deles, fiquei em pé até o fim. Eu estava fraca, mas ainda sim sorria todos os dias, para mostrar que eu também estava bem. Felizmente durou pouco. Cerca de um ano..
- O que houve? - Perguntei. Veronica me fitou e abaixou a cabeça por alguns segundos.
- Meu coração desaprendeu a bater sozinho. - Falou simples, logo sorriu. Imediatamente me senti uma bosta por tratá-la tão mal. - Não tenha dó, pelo amor. Já passou.
- Eu não...- Veronica sorriu. Calei minha boca e fitei Brunna, que limpava uma lágrima dos olhos.
- Eu fui buscar tratamento em Nova Iorque. E com tratamento... me refiro a doador. - Assenti.
- Continua contando...- Brunna pediu. Veronica assentiu.
- Recebi o coração de uma garota chamada Charlotte. - Disse por fim, sorrindo largo.
- E descobriram que a causa do coração dela parar era eu. - Lucy brincou, fitando as unhas e cruzando os braços em seguida. - Sabem? Ela enlouquecia quando eu chegava perto, daí o negócio acelerava e parava. - Veronica riu.
- Não posso negar. - Veronica falou, tendo Lucy a passar o braço por trás do pescoço da mesma.
- E a demônia ainda se joga no chão e finge um ataque para testar o meu coração. - Veronica riu.
- É divertido fazer isso.
- Não é não.
- Continua a mesma cachorra, Veronica?! - Brunna brincou, limpando o rosto e sorrindo em seguida. Deus, vê-la chorar era horrível.
- Você nem imagina...- Lucy brincou, dizendo maliciosamente.
- Brunna, não chora por mim! Vem cá, meu bolinho. - Veronica falou, levantando da cadeira onde sentava e sentando no colo de Brunna, que a abraçou com força. Minha namorada escondeu o rosto no pescoço de Veronica e começou a soluçar. Acariciei os cabelos da minha namorada e Veronica sorriu para mim. - Você não vai me arrancar daqui?! - Sorri, negando em seguida. Brunna me fitou com os olhos vermelhinhos pelo choro e sorriu.
- Ela não vai. Acho que percebeu o quão importante você é para mim, Vero. - Minha namorada exclamou, sorrindo.
- Na verdade, eu quero jogar a Vero no chão, mas é com amor. - Falei brincando. Minha namorada revirou os olhos e eu ri, me inclinando para beijar a bochecha molhada dela.
- Me impressiona as duas juntas. Até o fato de você não lembrar que gente já estudou juntas, Ludmilla. No quinto ano.
- Eu me lembro de você! - Falei, do nada lembrando de um certo dia, onde uma garotinha tinha deixado grilos na biblioteca, em uma brincadeira estupidamente genial de fazer barulho onde era pra sugestivamente ser um lugar silencioso. Foi a melhor semana do quinto ano, pois não teve aula semana inteira para detetizarem. Os professores nunca descobriram. - Caralho! Você era a criança mais foda da escola! Todo mundo queria te oferecer suquinho de maçã no recreio! - Fitei Veronica. - Seu sobrenome é Iglesias, né? - Ela assentiu, sorrindo em seguida. - CARALHO BLUE IVY, EU LEMBRO DE TU TAMBÉM! AQUELA PEGADINHA QUE VOCÊS QUASE QUEIMARAM A ESCOLA E ENCHARCARAM TUDO POR CAUSA DOS NEGÓCIOS DE APAGAR INCÊNDIO... CARALHO! - As duas riram.
- Isso mesmo, Ludmilla Manteiga. - Lucy e Veronica riram alto. Revirei meus olhos e cruzei os braços, vendo Brunna sorrir. Só porque eu vivia prendendo a bunda no parquinho, aff.
- Eu andava com elas, Ludmilla. Você nunca tinha me reparado?
- Claro que sim. Eu sempre te achei quietinha.
- Brunna quem fazia os esquemas. Eu e Lucy colocávamos em ação. - Fitei minha namorada incrédula, a vendo sorrir largo e morder o lábio inferior. - E põe inteligência nos planos... nunca fomos pegas. Sempre souberam que era a gente, mas sua namoradinha escondia qualquer prova. - Veronica falou, sorrindo orgulhosa.
- Vocês eram as rainhas do colégio!
- Estamos de volta. E como é o último ano, decidimos nos unir novamente, para armar a maior pegadinha de todos os tempos de todas as escolas de Miami. - Fitei minha namorada e ela sorria sugestivamente com as falas de Lucy.
- Espera. Vocês voltaram só para isso? - Perguntei. Lucy e Veronica trocaram um olhar sugestivo.
- Parte sim. Estávamos com saudades de Miami. - Veronica falou.
- Só para esclarecer, eu não sabia disso. - Brunna disse.
- Okay. Vamos fazer isso? - Lucy perguntou.
- Estão sugerindo que a gente faça uma pegadinha no colégio? - Perguntei.
- Sim... para deixar algumas coisas mais divertidas. Ano que vem estamos entrando em faculdades... precisamos aproveitar esse último ano. Vimos uma oportunidade perfeita, entrando na escola da nossa antiga e novamente terceira mosqueteira.
- Eu topo. - Brunna falou.
- Meu Deus...- Exclamei. - Assim, tenho dois amigos que podem ajudar. Mas eles estão no penúltimo ano..
- Não tem problema. Chame-os. - Fitei Brunna. Lucy sorriu e continuou falando. - Temos quatro meses para armar isso.
Veronica sorriu maliciosamente e perguntou em seguida:
- Você topa, Ludmilla?
-
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