19
Eu: Cacau
Eu: Cacau
Eu: Cacau
Eu: Ficou azulzinho e você não respondeu
Eu: Você visualizou e não respondeu. Beleza, mas se um dia vc estiver pegando fogo e eu tiver uma jarra de água, eu vou tomar
Eu: Vou fazer um Tang
Eu: Daí você vai morrer
Eu: Porque não ajudou a best aqui
Cacaú: Argh, sua irritante. O que tu quer?
Eu: Me respeita vagabunda
Eu: Mas eu quero carona
Cacaú: Tenho cara de taxista agora?
Eu: Sim
Eu: Aquele que faz vídeo pornô
Eu: Só que ele tem sotaque britânico
Cacaú: Vai se ferrar, Lud.
Eu: Depois eu faço isso. Mas agora preciso de outra coisa.
Cacaú: O quê?
Eu: Uma carona, oras.
[...]
Após eu finalmente fazer Cacau mexer a raba pra me dar carona, já que minha mãe usava o carro, ela finalmente chegou. Eu já estava atrasada daquelas meia hora, mas consegui avisar Brunna e ela apenas disse que estava tudo bem e que apenas me esperava. Entrei no carro prata, tendo que usar o banco de trás, já que Cacau tinha o rosto emburrado no lado motorista, e Larissa mudava a música do carro ao seu lado.
- Hey, Garotas!
- Alguém já mandou você ir lavar casa da cachorra hoje, Ludmilla? - Cacau logo bombardeou. Gargalhei e me estiquei, deixando um beijo na bochecha de Larissa, que ria, assim como eu, e apertando o roxo coberto por um batom vermelho no pescoço de Cacau. Ela me deu um tapa e gemeu de dor.
- Ah, por isso não respondeu. - Encarei Larissa e ela prendia o riso.
- Ui, isso foi forte né? Ficou bem bonitinho, até. Parabéns. - Larissa soltou uma gargalhada ao que a mão de Cacau apenas levantou, dando um tapa na minha cara toda.
- Ai! Indelicada!
- Vai lavar a casa da cachorra.
- Eu não tenho uma casa de cachorra e nem uma cachorra! - Eu disse, cruzando meus braços e vendo Cacau acelerar com força.
- Então vai limpar seu quarto que é a mesma coisa, cadela, ridícula. - Larissa riu e começou a cantar junto com a música.
Calma.
Um momento de apreciação pra essa voz maravilhosa ao som de Say it.
...
...
...
Okay, passou.
- Mas onde devo te levar, Senhorita Oliveira? - Cacau falou, fazendo uma voz irritante.
- Floricultura. - Ela me encarou pelo retrovisor e acabei corando. - ...Depois para a casa da Brunna.
[...]
Eu fui a pé.
Acontece que eu nunca havia sido tão zoada na minha vida. E olha que eu já fui muitas vezes. Mas isso não importa muito.
Apertei a campainha e deixei os braços atrás do meu corpo, escondendo a tulipa azul que eu havia comprado separadamente. Era apenas uma, pois sabia que se comprasse mais, uma hora iriam morrer, e no momento eu só queria o conforto de Brunna, não queria ganhá- la com presentes. Eu só queria lhe abraçar e agradecer por tudo, mas meu foco principal era pedir para que ela não pensasse que estou me aproveitando disso. Era pedir para que ela continuasse ali comigo, seja lá de que jeito.
A porta foi aberta e Brunna logo sorriu, ao que seus olhos caíram sobre mim.
- Eu me atrasei quase uma hora e meia, me desculpa. - Falei, ela riu e abriu espaço para mim entrar. - Na verdade... eu não preciso entrar... eu só queria te dizer uma coisa.
- Oh, tudo bem.
- Adoro seus peitos.
- O que? - Gargalhei ao ver Brunna corar, e logo me recompôs.
- Estou brincando. - Ela revirou os olhos e sorriu. - Nem tanto... mas okay. Não vim para isso. - Tirei a tulipa de onde Brunna não via e abaixei minha cabeça, corando um pouquinho. - Ahn... Recentemente talvez, eu tenha te passado uma má impressão... eu não quero que fique achando que estou aqui para tirar algo de você ou me aproveitar disso... não, Brunna... É bem mais que isso. Gosto da sua companhia... e agora que sei lidar com algumas coisas sozinha - eu espero -, não quero que se vá por achar desnecessário estar aqui. Eu tenho carinho por você e te considero muito...- Estendi a flor e levantei minha cabeça. Caralho, eu deveria estar parecendo um pimentão. - Me desculpa por ser uma tarada atirada. - Brunna riu e pegou a flor, logo cheirou a mesma.
- Isso foi muito gentil da sua parte, Lud! - Abaixei minha cabeça e Brunna riu, perante meu rubor ao seu elogio.
- Você não vai querer entrar? - Neguei.
- Não, eu tenho que ir. Minha mãe volta do trabalho daqui a pouco e vou caminhando... ela nem sabe que saí de casa, tem louça pra lavar na pia...- Lud assentiu.
- Okay. Você pode esperar um pouco aqui? Eu vou lá dentro colocá-la na água... sério, Lud. Eu amei. - Revirei os olhos e corei outra vez, vendo Brunna rir.
Ela entrou na casa, mas não fechou porta, então fiquei ali mesmo, esperando-a voltar.
Brunna não demorou, trazendo com si algumas chaves, e um sorriso bobo brincava em meus lábios. Ela segurou minha mão, então logo me puxou, nos tirando da varanda de sua casa.
- Onde vamos? - Perguntei. Brunna me encarou por cima dos ombros, e logo entramos ao lado da casa, ainda no exterior. Caminhamos um pouco mais, e quando estávamos prestes a chegar nos fundos da casa, suas mãos me pararam, logo levaram minhas costas até a parede, com delicadeza. Meu sorriso foi tão safado, que quase decidi mudar meu nome para Wesley.
- Ahn... meus pais estão em casa...- Ela falou, enquanto jogava as costas para trás, tentando perceber se alguém nos via ali. - E meus vizinhos adoram uma fofoca... Vizinhança héterazinha é um saco. - Sorri e Brunna me encarou, subindo as mãos até meu pescoço, e apenas tocando de leve. Seus olhos pararam nos meus lábios e fiz a mesma coisa, sem querer. - É uma pena que eu odeie essa tradicionalidade social.
Puxei seu corpo pela cintura e percebi Brunna sorrir, antes de eu fazer o mesmo e beijar os seus lábios. Ela respondeu de imediato, até mesmo pedindo passagem.
Abri um pouco os meus lábios, como se fosse dar permissão a ela, foi apenas mais um truque para chupar sua língua, e receber um gemido baixo como resposta.
[...]
- Nem precisava ter se preocupado em me trazer até casa, Bru... - Falei, enquanto separava nossos lábios. Brunna sorriu ao que meu olhar vagou pela rua de casa.
Estávamos no seu carro, ainda nos beijando, por mais que já estivéssemos naquilo há algumas horas. Ela estava no meu colo, e eu no banco do carona.
- Eu quis. E também não me importo sobre isso... que horas sua mãe chega? - Olhei para sua cintura, ao que me ajeitava no banco, ainda tendo Brunna de frente para mim no meu colo. Eu havia levantado um pouquinho o tecido de sua camisa, na intenção de ficar apenas acariciando ali. Ela pareceu aprovar isso.
- Ela já deve estar em casa...- Ri baixinho ao que Brunna arregalou os olhos.
- Que horas são?!
- Deve ser oito... e meia.
- Você chegou as seis na minha casa. - Ela riu. - A gente passou esse tempo todo se pegando?!
- Hm... sim. Mas e então. Como vão as coisas com você? Como foi seu dia, mesmo que tenhamos nos pegado durante uma longa parte dele? - Ela riu.
- Foi um longo dia, estou um pouco cansada, mas nada tão ruim que você possa melhorar. - Sorri.
- Hey se está fazendo isso, puxando assunto, apenas para me ver sorrir, não precisa. Sua mãe já deve estar louca atrás de você.
- Nah, ela deve estar comemorando. - Brunna riu. - Minha mãe sempre quis meu notebook. Ela deve estar toda facera compartilhando fotos de Jesus no Facebook e dizendo que agora tem a casa toda para ela. - Brunna gargalhou. - Gosto de ficar com você. - Falei, fazendo um bico que Brunna provavelmente não suportou ficar longe, pois me deu vários selinhos, me fazendo rir no final.
- Idem. - Sorri e a puxei pela cintura, beijando seus lábios outra vez, mas dessa os encaixando nos meus. - Mas agora me diga você, como foi seu dia. - Me afastei dela e corei, a vendo gargalhar.
- Não querendo ser grossa mas já sendo, não te devo explicações. Apenas devo desculpas pelas coisas que imaginei de você... foi meio. inevitável... desculpa. - Ela gargalhou.
- O que você ficou imaginando?! - Corei e ela riu. - Foi com a foto que te mandei?
- Essa foto teve uma parcela de culpa. - Brunna cerrou os olhos e acabei gargalhando, puxando seu corpo para mim. - Eu estava lembrando da vez que quem fez isso por mim foi você. E o final daquela coisa que fizemos naquele dia, não saia da minha cabeça. - Brunna me encarou confusa.
- E... do que você...?
- Lembrei de olhar para baixo, ver seu corpo, e no final seus olhos. - Ela sorriu e acabei me perdendo, tentando continuar, mas errando por fim, e deixando algo escapar. - Os olhos mais lindos que já vi em toda minha vida. - Brunna mordeu o lábio inferior e me puxou, passando os braços ao meu redor e me abraçando com força. Devolvi o ato e deitei minha cabeça em seu peito, podendo ouvir seu coração.
- Hey, poderíamos sair qualquer dia desses, não é? - Perguntei, agindo mais por vontade do que qualquer outra coisa. Brunna acariciou minha nuca e quase dormi ali mesmo.
- Você está me chamando pra sair?! Awn! - Escondi minha cabeça na curva do seu pescoço e apertei sua blusa na minha mão, a fazendo rir com a manha. - Eu aceito, Lud. - Levantei minha cabeça e lhe roubei um longo selinho.
- Que tal na próxima sexta, então? - Brunna revirou os olhos e negou.
- Se demorar eu dou um pé na sua bunda.
- Então amanhã. - Brunna pareceu pensar.
- Hm... acho que estaria tudo lotado, já que é sábado...
- Eu faço reserva hoje ainda, então. Nem que eu suborne alguém...- Ela riu. - Mas eu tenho uma última pergunta, porque já está ficando tarde e não quero que fique andando pelas ruas a essa hora. - Brunna sorriu e assentiu. - Você gosta de patinar no gelo?
-
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro