Prólogo
Olá, minhas borboletinhas! Este é o meu novo plot de Natal, uma história emocionante e cheia de nostalgia. Espero que gostem e, por favor, deem muito amor a ela.
O Natal está quase aí, então espero que todos estejam bem e que tenham tido um excelente ano.
Boa leitura!
❄️❄️
Seus olhos se prenderam à pequena caixinha rosa, onde uma bailarina girava lentamente ao som de uma música doce. Um sorriso brotou em seus lábios. Ela odiava aquela caixinha. Odiava com todas as forças, e talvez, por isso, também odiasse o Natal.
Com um movimento brusco, fechou a tampa da caixinha, abafando a melodia natalina que parecia zombar de sua alma. Um grunhido escapou de seus lábios, carregado de irritação e memórias que doíam mais do que ela gostaria de admitir.
Ela se lembrava perfeitamente do dia em que havia recebido aquele objeto. Era uma noite desastrosa de Natal, uma das melhores e piores de sua vida. Depois que todos foram dormir, ela e Asher se esgueiraram até a cabana no fundo da casa. Lá, tiveram a primeira vez mais vergonhosa da história, com uma crise de riso insana que os impulsionou a seguir em frente, desajeitados e inexperientes. No fim daquela noite desastrosa e estranhamente mágica, ele entregou-lhe a caixinha e desejou-lhe uma boa viagem.
Se soubesse qual música estava gravada ali, ela teria arremessado aquele presente na cabeça dele. Tinham 18 anos na época. Agora, aos 29, Sapphire estava finalmente voltando para sua cidade depois de uma longa ausência, tendo conquistado o campeonato nacional de patinação.
— Mamãe, vamos nos atrasar! — disse uma voz animada. A garota pegou sua mala de rodinhas com pressa, tentando apressar a mãe.
As coisas da casa já haviam sido enviadas para Denver naquela manhã. Restava apenas elas duas deixarem o apartamento e seguirem para o aeroporto.
— Tem certeza de que não está chateada, querida? — perguntou Sapphire, arrastando sua própria mala enquanto olhava, pela última vez, para o lugar que chamara de lar por 11 anos.
— Essa é a milésima vez que me pergunta, mamãe, e eu respondi em todas que não! — a menina respondeu, rindo. Entrou no elevador com uma expressão divertida. — Além disso, as pessoas daquela escola eram muito chatas e sem graça.
Sapphire riu. Aquela era Peaches Colette, sua pequena de 10 anos. Fruto de uma única noite, mas a maior alegria de sua vida. Nem mesmo o troféu do campeonato era capaz de se comparar ao que sentia pela filha.
Enquanto caminhavam, as memórias retornaram com força. Ela podia se lembrar da conexão intensa com Asher naquela noite. O momento em que o riso bobo se transformou em algo mais profundo, quando seus olhos se encontraram e algo indescritível floresceu entre eles.
A despedida, no entanto, foi regada a lágrimas e promessas de que não se distanciariam. Mas promessas são frágeis, frágeis demais, e mesmo cumprindo aquele cronograma inicialmente, Asher começara a agir de forma estranha. Um mês depois, Sapphire descobriu o inevitável: estava grávida. Durante semanas, alimentou a esperança de contar a ele, de compartilhar a notícia que mudaria tudo.
Mas no mesmo dia em que decidiu contar, Asher disse algo que a fez desistir. As palavras dele ecoaram como facas, cortando qualquer ilusão que pudesse ter restado. Sapphire decidiu sumir, desaparecer de sua vida sem deixar rastros, levando consigo o segredo que agora pulsava dentro dela.
Seu celular vibrou no bolso do casaco. Ela o puxou, observando a tela, e um sorriso melancólico curvou seus lábios. Ainda que aquele gesto carregasse resquícios de felicidade, seu coração se partiu um pouco mais.
Ela estava feliz por ele, claro que estava. Não seria capaz de não estar, mesmo que isso a machucasse, mesmo que o passado ainda latejasse em sua memória, com toda a mágoa que ele deixara para trás.
Mas sabia o que aquilo significava. Não era uma oportunidade de revelar a verdade, não era um convite para corrigir os erros do passado. Era apenas mais um lembrete de que o silêncio era seu único refúgio.
E então, ela teria que continuar mentindo. Teria que continuar guardando seus segredos e, mais uma vez, odiando o Natal.
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