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SEIS

Eu estava correndo como louca, como se minha vida dependesse disso. E, sendo bem honestamente, provavelmente dependia mesmo. Minhas pernas estavan doendo, mas eu sabia que se parasse, que se diminuísse a velocidade a qual eu percorria aquele espaço desviando de tudo que aparecia no meu caminho, eu iria morrer. E não seriam os dragões ali a me matarem, disso eu tinha definitivamente certeza. Na verdade, se eles decidissem o fazer, pelo menos seria uma morte muito mais misericordiosa do que a que Alic havia preparado com tanto carinho para mim e agora fazia questão de tentar torná-la realidade.

A Ceifa era muito mais do que o momento especial onde você se une a um dragão (ou vira um fracassado ao tentar e falhar), também era o momento onde os cadetes tentavam assassinar aqueles que julgavam ser um peso para a Asa. Bem, eu tinha que admitir, Alic realmente estava motivado a fazer exatamente isso, pois já tinha deixado um rastro de corpos por onde tinha passado. Mas eu definitivamente não gostaria de ser mais um desses corpos em sua lista, ao inferno que eu perderia para o merdinha do meu irmão gêmeo. Meu coração galopava dentro do peito, mas eu não parei de correr. Alic era covarde; estava cercado de mais um bando de idiotas, todos eles me caçando como se eu fosse a porra de um animal.

Aproveitei a primeira oportunidade que me apareceu, me jogando no meio das plantas mais altas e me mantendo no mais profundo silêncio, tentando a todo custo me camuflar ali. Pela forma como podia escutar o grito frustrado de Alic, eu tinha conseguido fazer exatamente o que queria. Meu coração batia acelerado dentro do peito, e por mais que eu quisesse matar Alic, eu não era idiota o suficiente de pensar que conseguiria fazer isso sozinha considerando que havia pessoa demais o rodeando. Talvez, se eu conseguisse ser discreta o suficiente, eu conseguisse atirar minha adaga no ponto exposto de seu pescoço.

Mas quem eu queria enganar? Eu não era cruel como Alic e definitivamente não conseguiria matar meu irmão gêmeo. Por mais que eu o odiasse, ele continuava sendo meu irmão, e eu sabia que se algo acontecesse com ele (por mais que ele merecesse), Cam e Halden iriam sofrer. Infelizmente, eu ainda me importava com meus dois outros irmãos, principalmente com Cam, mesmo que Alic não merecesse todo esse cuidado vindo de qualquer pessoa. Eu queria fazê-lo sofrer por me dimunir e me taxar como insuficiente, mas não seria desse jeito. Seria me unindo a um dragão e provando que o único fracassado em nossa família é ele.

Me mantive ainda mais quieta quando vi Alic passar, com a espada na mão, ficando aliviada ao vê-lo se afastar. Bem, claro, meu alívio durou muito pouco quando percebi que Alic estava indo na direção de Garrick Tavis e eu sabia que isso não daria certo. Sendo bem honesta, eu não me importava que Garrick fosse um marcado, porque ele não havia tentado me matar e, diferentemente dos demais, Garrick era simpático comigo. Morrer pelas garras de Alic? Bem, eu acho que isso não ia rolar.

Meio resignada, sai do meu esconderijo enquanto tropeçava nos próprios pés, quase caindo de boca no chão. Meu coração batia acelerado enquanto eu via Alic se aproximando sorrateiramente de Garrick, preparado para matá-lo, porque era claro que Alic era um puta invejoso. Garrick não era uma ameaça a Asa; Alic era. E isso acabava aqui e agora. Estava cansada de valentões e Alic iria pagar por tudo o que tinha feito não só a mim, mas a cada pessoa que ele matou até aquele momento apenas porque queria e achava que podia.

Chega.

Segurei minha adaga com firmeza, engolindo seco enquanto tentava ignorar a adrenalina que me consumia. Alic estava focado demais em Garrick para perceber minha aproximação, mas eu sabia que um erro, um barulho errado, e ele se viraria contra mim num piscar de olhos. Mas eu não podia deixar isso acontecer. Primeiro porque eu não queria que meu irmão o matasse, Garrick seria de fato um grande tenente assim que saísse de Basgiath, e segundo porque Garrick era um ótimo lutador. O gostinho de acabar com Alic deveria ser meu.

Garrick não parecia notar o perigo iminente. Ele estava de costas, ajeitando as faixas no antebraço, completamente alheio ao fato de que meu irmão já levantava a espada, pronto para desferir o golpe fatal que acabaria com a vida de Garrick. Eu não sei exatamente o motivo de aquilo me incomodar tanto, porque o que Alic fazia que não me envolvia não deveria ser um problema meu, mas aquilo parecia tão fodidamente errado. E mesmo com minha moral quebrada, ainda existiam coisas as quais eu não podia deixar acontecerem.

Eu não pensei. Não podia pensar.

Com um movimento rápido, saí da minha posição e avancei, deslizando pelo chão no último segundo. Meus dedos encontraram uma pedra solta e, sem hesitação, eu a lancei na direção de Alic. Veja bem, eu não queria ser a pessoa a ter o sangue do meu irmão gêmeo nas mãos, mas também não podia mais vê-lo matar pessoas pelo simples prazer de o fazer. O impacto da pedra foi suficiente para fazê-lo recuar por um instante, o suficiente para que Garrick percebesse que algo estava errado. E mais que isso, para que ele percebesse que Alic estava prestes a matá-lo e eu, como uma grande idiota, havia impedido isso de acontecer.

- Que porra?! - Alic rosnou, girando a lâmina na minha direção com olhos furiosos. Meu coração deu um salto dentro do peito ao ver aquele brilho assassino nos olhos de Alic, porque eu sabia que não tinha mais para onde correr, para onde fugir. Aquilo entre ele e eu? Acabaria ali e acabaria agora. Independente de qualquer coisa, mesmo que houvessem três dragões logo atrás, um grande vermelho nos olhando atentamente, isso não importava. Nada mais importava, porque um de nós dois não iria estar vivo nos próximos minutos para contar essa história.

- Surpresa, irmãozinho. - Minha voz saiu firme, mas eu sentia o tremor em minhas mãos enquanto puxava as adagas da bainha, apertando os dedos ao redor do cabo para tentar me confortar. Eu precisava pensar em alguma estratégia, e precisava fazer isso rápido.

Alic abriu um sorriso torto. Um sorriso que sempre me irritou, pois Alic sentia como se fosse superior. Eu estava cansada disso e agora, provaria para ele que seu maior erro era ter um dia me subestimado. Eu não ia morrer nas garras dele. Se fosse para morrer hoje, que fosse com o fogo de dragão, e não nas mãos do meu maldito irmão.

- Você devia ter continuado se escondendo, maninha.

Ele avançou.

Eu já esperava por isso.

Joguei meu corpo para o lado, desviando do ataque por um fio e rolando para o lado. A lâmina passou tão perto que senti o vento cortante contra minha pele, me fazendo ficar enojada. Alic definitivamente não estava se segurando nos ataques, e eu já deveria esperar por isso, mas doía mesmo assim. Em que momento deixamos de ser irmãos que se amavam incondicionalmente e nos tornamos inimigos dentro de nossa própria casa? Em que momento Alic achou que eu um dia teria vontade de roubar o trono que era seu por direito e decidiu que iria fazer de tudo para me impedir de realizar esse delírio de sua mente? Em que momento ele colocou na cabeça que me seguir até ali fosse o que era necessário para me apagar da história da família Tauri? Bem, eu não sabia e, honestamente, já não importava mais. Porque ali, em meio aos dragões, durante a Ceifa, nós não éramos herdeiros de um trono, não éramos os filhos do rei, mas sim apenas dois cadetes lutando por suas vidas.

Aproveitei a abertura que Alic deixou quando me atacou e usei toda a força que tinha para chutar sua perna, o suficiente para fazer ele se desequilibrar por um instante. Alic cambaleou, xingando, mas se recuperou rápido demais, quase não me dando chances para me levantar antes que avançasse mais uma vez na minha direção.

Sua lâmina cortou minha direção e um grito ficou entalado na minha garganta. Quase não tive tempo de desviar quando atingiu meu pescoço, fazendo um pequeno filete de sangue escorrer.

Fiquei chocada; ele ia mesmo me matar. E esse sentimento provavelmente foi minha perdição, pois Alic aproveitou meu momento de horror para me agarrar pelos cabelos, fazendo minha trança se desfazer entre seus dedos enquanto ele puxava com força. Eu grunhi, acertando cegamente minha lâmina em seu ombro, mas Alic sequer gritou, ansioso demais para me matar enquanto deslizava a mão livre até minha garganta e a apertava.

Porra.

Alic estava com sangue nos olhos, praticamente espulmando de tanto ódio. Eu estava tão concentrada em me livrar de seus ataques que nem mesmo notei a aproximação sombria atrás de nós até ser tarde demais. E acho que Alic também não notou isso.

- Você tentou matar meu amigo. Esse foi seu maior erro. - a voz de Xaden Riorson fez um calafrio percorrer pela minha espinha, horror me atingindo antes mesmo que eu conseguisse visualizar o filho de Fen Riorson. Porra. Se Alic não ia ms matar, bem, Xaden certamente ia. É isso. Eu ia sim morrer hoje, e não seria pelo fogo de dragão, mas sim pelas mãos daquele garoto totalmente impiedoso e que vinha conquistando cada vez mais espaço ao se mostrar um filho da puta inteligente e forte pra caralho. Sim, eu era forte, mas querer me comparar com o Riorson? Não rola. Ele acabaria comigo e com Alic em dois segundos.

A dor latejante em meu couro cabeludo quase me fez gritar, mas eu sabia que se demonstrasse qualquer fraqueza, Alic se alimentaria disso. Meu sangue pingava da lâmina dele, e minha visão começava a escurecer pela falta de ar quando, de repente, tudo mudou. Houve um movimento rápido demais para que eu acompanhasse. Em um instante, os dedos de Alic estavam ao redor da minha garganta, e no outro, eu era puxada para trás enquanto um baque surdo ecoava pelo campo. Alic foi lançado contra o chão com força brutal, soltando um grunhido de dor ao ter as costas esmagadas contra a terra.

Eu pisquei, tentando recuperar o fôlego, e foi então que o vi.

Xaden Riorson pairava sobre Alic como um predador pronto para finalizar sua caça. O olhar dele era puro gelo, seus olhos faiscando com uma fúria assassina enquanto sacava sua lâmina com precisão letal. Alic tentou se mover, mas Xaden foi mais rápido, mais esperto, mais forte, pressionando o joelho contra o peito dele e mantendo a lâmina de sua espada rente à sua garganta.

- Eu devia te matar só por existir, Tauri. - A voz dele era baixa, quase um rosnado, carregada de ódio. Eu estremeci; tudo em Xaden me aterrorizava. Ele não era só filho de um traidor cujo o pai morrera devido ao meu, ele era fodidamente difícil de se livrar. E eu sabia que eu era uma pedra no caminho. - Mas tentar assassinar um dos meus? Você assinou sua sentença.

Alic tentou lutar, suas mãos indo em direção à própria lâmina para reagir, mas Xaden não deu tempo. Num movimento preciso e sem hesitação, ele enfiou a espada diretamente no peito de Alic. A lâmina perfurou carne e osso com um som molhado e brutal. Alic arregalou os olhos, um engasgo escapando de seus lábios enquanto sangue brotava de sua boca.

E eu?

Apenas fiquei ali, parada, de pé, observando enquanto meu irmão morria aos poucos. E eu não movi um dedo para tentar salvá-lo.

- N-não... - Ele tentou falar, mas o sangue encharcou sua voz.

Xaden girou a lâmina antes de puxá-la de volta sem pressa, e Alic se sacudiu uma última vez antes de seu corpo se tornar inerte. Seus olhos vidraram, fixos no nada, e o silêncio tomou conta do espaço. Eu não conseguia me mexer. Meu peito subia e descia descontroladamente, e eu percebi que minhas mãos estavam tremendo.

Alic estava morto.

Meu irmão estava morto.

E eu não conseguia sentir nada que não alívio por isso. Que tipo de pessoa esse sentimento me tornava?

Xaden se levantou, limpando a lâmina no próprio uniforme antes de se virar para mim. Seu olhar frio me avaliou por um instante antes que ele erguesse uma sobrancelha. Não recuei; se ele queria me matar, que fosse, eu não ia fugir. Eu não era covarde. Ele podia ser mais forte, mas eu não cairia sem lutar e dar a ele a porra de uma lembrança eterna.

- Algum problema? - falei com desdém, dando a Xaden e Garrick um sorriso sarcástico. Bem, era claro que tinha um problema. Eu tinha vários dele, aliás. Meu irmão tinha acabado de ser assassinado na minha frente e eu não sentia nada, e o homem que o matou me olhava como se estivesse pronto para fazer o mesmo comigo se eu desse um motivo.

Xaden bufou, cruzando os braços.

- Ele teria te matado sem pensar duas vezes. Se você sente pena, é burrice.

Eu cerrei os punhos, minha mandíbula travando.

- Eu não sinto pena.

E era verdade. Eu não sentia pena de Alic. Eu sabia que ele me mataria se tivesse tido a chance. Mas saber disso e ver seu sangue espalhado pelo chão eram duas coisas completamente diferentes. Xaden me encarou por um segundo antes de soltar um suspiro irritado e dar um passo para trás.

- Você devia me agradecer, Tauri.

Eu soltei um riso curto e seco.

- Eu devia, é? Bem, então me agradeça por ter salvo seu amigo de sofrer o mesmo destino que meu irmão. - falei com sarcasmo, apontando para Garrick. Xaden o olhou por um instante, mas Garrick apenas assentiu em confirmação, o que fez o Riorson suspirar resignado, como se agora ele não pudesse ter o que queria: mais o meu sangue nas mãos.

Ele inclinou a cabeça, os olhos avaliando cada parte de mim como se estivesse decidindo se eu valia o esforço.

- Você quer continuar viva, não quer?

Eu ri, arqueando uma sobrancelha para minha.

- Isso é uma ameaça, Riorson? Ou quer que eu implore por minha vida? Te garanto que isso não vai rolar.

Ele riu, um som baixo e perigoso.

- Isso é um lembrete.

Nossos olhares se prenderam, e eu soube, naquele momento, que algo dentro de mim havia mudado. Alic estava morto. Eu estava viva. Mas agora, mais do que nunca, o jogo tinha acabado de começar.

Abri a boca para responder, mas um rugido alto fez nós três nos virarmos. Meu coração deu um salto dentro do peito ao ver o dragão vermelho que era o segundo maior na Ceifa daquele ano se aproximando de nós. Xaden e Garrick foram espertos, dando passos para trás, mas eu me mantive estática, meus olhos fixos nos do dragão. Se fosse para morrer, que fosse pelo fogo de dragão. Não nas mãos de homens tolos.

Mas o que aconteceu a seguir foi o suficiente para chocar cada pedaço da minha alma. Pois eu podia escutar a voz daquele imenso dragão na minha cabeça, fazendo um sentimento que eu não sabia ao certo como descrever bem na minha mente.

- Você é minha, Amalthea Asha Tauri. De agora até o dia de sua morte.

Data: 01/03/25

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