Era um domingo de manhã quando Sarah checava o correio do seu apartamento, contas e mais contas, porém, um envelope chamou sua atenção.

—Um envelope?
Nada mais, nada menos, que FOTOS.
Fotos da Sarah com Jeon, ela saindo da escola, dando aula, e até indo na casa do seu namorado. Tinha tudo.—Que merda é essa?-Sarah estava incrédula enquanto olhava.

—Que foi?-Mia questionava.—O Jeon é romântico assim?

—Claro que não é ele!

—Um admirador secreto? Caralho.

—Assassino né amiga?-Millie murmurou fazendo Sarah ficar ainda mais preocupada.

—O que eu faço?

—Avisa ao Jeon.

—Vai na polícia.

—Polícia?-Millie resmungou, parecendo irritada com a palavra.

—Doeu foi?-Mia brincou com a amiga, que não gostou nadinha.

—Ei sua vaca! Sabe muito bem da minha história!

—Ah qual é! Você ficou dando em cima dele o tempo todo! Aí ele te recusou e você se doeu.

—Ele quem?-Sarah perguntou confusa com a “treta”.

—O policial.

—VOCÊ SE ENVOLVEU COM UM POLICIAL?

—Me envolver é uma palavra muito forte.

—Digo que você foi um combo, corna, iludida e talaricada!

—Vou dar na sua cara.

—Vem!

—Paro suas frangas!-Sarah exclamou fazendo um sinal de silêncio, atendendo o celular que tocava.—Oie Jeon!-A mulher atendia o celular animada, mas logo o seu semblante mudou.—O que?-O mundo de Sarah pareceu desabar, não era Jeon respondendo, e sim o hospital, avisando que o homem havia sofrido um acidente. Pequenas lágrimas se formavam no canto do olho, tendo facilidade para escorrerem.
Sarah pegou sua bolsa e saiu do apartamento correndo, não dando satisfação para as amigas.

Clark atravessava rápido as ruas apressada, os carros buzinavam, alguns motoristas xingam a mulher por estar passando na frente deles, quase sendo atropelada.
Chegando no hospital, Sarah corria até a recepção, falando:
—Tem um paciente chamado Jeon Jungkook, onde ele está?-Ela observou o local, com pessoas sangrando, doentes e até mortas.

—Ele entrou em cirurgia agora há pouco.-Sarah andou para próximo a sala de cirurgia, encontrando duas mulheres, que choravam.
Logo percebendo a presença de mais alguém, elas olharam Sarah.

—Quem é você?-Uma delas perguntou, Sarah limpou as lágrimas e estendeu a mão direita.

—Sou Sarah.

—O que tem com meu filho?

—Eu sou namorada dele.-A Clark pareceu surpresa, já que Jeon não havia mencionado a família dele em nada.

—Você?-A outra mulher riu.—Não faz o tipo dele, tipo, nunca mesmo.

—Ah, é?-Sarah debochou cruzando os braços, e quando ela iria retrucar, sentiu alguém abraça-la fortemente.

—Cadê o papai?-Hae-in apertou ainda mais o abraço, chorando.—Ele não vai morrer, vai?

—Claro que não!-Sarah tentava acalmar Hae-in, que soluçava de tanto chorar.

—Isso não é injusto? Eu já perdi minha mãe, por que tenho que perder ele também?

—Ei, você não vai.-Sarah pegou no rosto de Hae-in limpando as lágrimas da garotinha.—Seu pai é forte. Muito forte. Ele até faz academia, lembra?

—Vem com a avó.-A bruaca tentou tirar o braço de Hae-in, mas a menina não quis.

—Não tô afim.

—Prefere ela?

—Quer saber? Eu prefiro mil vezes a Sarah do que você e a titia.-Hae-in explodiu, falando ainda mais.—Por que será que só vieram procurar o papai agora? Porque ele tá rico!

—Chega sua pirralha!-A vaca da tia de Hae-in levantou o braço, indo dar um tapa na menina, porém, Sarah entrou na frente, levando um tapa no braço estralado.
O foco se perdeu quando a sala finalmente tomou a cor verde, indicando que a cirurgia havia acabado, logo depois Jungkook saia em uma maca, desacordado e entubado, indo em direção ao quarto, sendo seguido pelas mulheres.

—Licença, mas o paciente precisa descansar agora, não podem entrar todas, somente uma.-O enfermeiro que saia do quarto avisava.

—Eu entro.-A mãe de Jungkook anunciou.

—Acredito eu, que a Hae-in deveria ir, senhora.-Sarah sugeriu a velha caduca, que ainda não tinha falado seu nome.

—Não é senhora, e sim senhorita. Eu não sou casada.

—Mas tá na idade, não acha, dona Hana?-J-hope chegou perto das mulheres provocando a mãe de Jeon, que a propósito se chamava Hana.

—Quem tá na idade é sua tia! Garoto abusado!-Hana deixou eles sozinhos, puxando somente a filha.

—Como ele está?-J-hope indagava para Sarah, que abaixou a cabeça.

—Saiu da cirurgia faz uns dez minutos.-A mulher suspirou alto.—Pra ser sincera, eu nem sei como tudo isso aconteceu.

—Posso entrar pra ver o papai?

Sarah assentiu.

—Pelo o que vi nas câmeras de segurança do restaurante, Jungkook estava com um homem meio… peculiar?-J-hope parecia medir as palavras.—Quando veio um caminhão e simplesmente “atropelou” o restaurante. O motorista não foi identificado, pois quando a polícia e as pessoas chegaram, ninguém estava no caminhão. Oque mais achei estranho em tudo isso foi, ter foco somente na mesa onde Jeon estava sentado, as outras também foram atingidas, mas foi fraco, já nele não.

—Como se  fosse proposital?

—Exato. Tem ideia de quem faria isso?

—Não. Bom, ele não me contou nada sobre problemas na empresa ou algo do tipo.

—Meu amor, porque dorme a tanto tempo? Já se passaram uma semana desde tudo aquilo, acho que chega de descansar não é? Hae-in sente sua falta, e eu também. Ah, você não precisa se preocupar com ela, sua filha está na minha casa até você acordar. Posso te contar um segredo? Mas olha, tem que prometer que vai ficar de “bico calado”, entendeu? Meu sonho é morar em uma casa no lugar mais silencioso do mundo, longe de toda a bagunça que vivo aqui, mas nada de lago perto da minha casa! Eu odeio lagos!-Não sei descrever qual o sentimento de Sarah naquele momento, enquanto chorava, também soltava risos sobre o que a própria estava falando.
Fazendo um leve carinho em Jeon, a mulher levantou da poltrona que estava sendo sua cama ultimamente.

—Conte mais.-A voz de Jungkook quebrou o silêncio, tendo Sarah virando rapidamente para não ter certeza que estava ouvindo coisas.

—Jeon!

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Demorei séculos para postar! Confesso que não está sendo nada fácil produzir capítulos em 3 dias, minha vida pessoal SEMPRE atrapalha... Eu fico triste por ter demorado nove dias pra postar capítulo com somente mil palavras.

Estamos na reta final, infelizmente.... 😭🫶🏻