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West Haven - Connecticut
Inverno de 1997

Os dias seguintes foram bem parecidos, íamos sempre a pista de patinação. Meu pai ficava melhor a cada passo, minha mãe se questionava sempre do que íamos fazer sempre que saíamos, mas ela gostava que Harry passasse um tempo comigo. Pai queria que fosse uma surpresa e eu concordei. Seria legal vê-lo patinando com mamãe ao menos uma vez.

Dizem que o amor pode emendar uma alma quebrada, eu nunca fui sentimental a esse ponto, era algo que para mim simplesmente era intocável, não conseguia imaginar uma alma se desfigurando e se partindo, mas se fosse possível para onde iria a parte da alma quebrada, quer dizer o que ela faria? Tenho algumas teorias é claro, nada de muito especial, são algumas coisas que me mantém acordada durante a noite ou que me entretém durante o tédio. Nenhuma dessas teorias eram comprovadas e sempre que eu as refutava criava novas para substitui-las.

Quando voltamos para casa naquela noite, Harry resolveu contar para Louise o que fazíamos quando saíamos, em parte porque ela se preocupava, mas principalmente porque ele não precisava das aulas, ele conseguia patinar sozinho, não precisava de mim para isso.

Mamãe ficou feliz em saber mas deixou claro que não precisava guardar segredo, pois ela mesma o ensinaria se quisesse, contudo meu pai era um pouco orgulhoso então não diria que tem um ponto fraco eu sempre admirava isso nele, ele sempre era rígido sempre indestrutível ou ao menos transmitia essa sensação.

Fomos ao Phillips Lake no dia seguinte, um lago de verdade, seria a primeira vez em que meu pai sairia de uma pista, ele não tinha no que se segurar a não ser minha mãe.

- Vamos! - eu gritei e saí na frente, me sentei a beira do lago em um monte de neve e calcei meus patins brancos, amarrando lentamente cada cadarço para ter certeza de que estavam firmes.

Em seguida me levantei e caminhei em direção ao lago, eu girava, dava voltas ao redor dos meus pais que se ajudavam para se manterem estáveis pelo aparente desequilíbrio de Harry. Comecei a me aventurar um pouco mais a norte um pouco mais distante dos meus pais, achei que não teria problema se eu os mantivesse em meu campo de visão, fui andando cada vez mais a norte. Passaram-se longos minutos enquanto eu brincava sozinha, já havia ensinado bastante para meu pai, era a vez da minha mãe fazer esse papel. Parei para tomar um ar. O sol brilhava fraco, só presente ali para marcar um dia. As nuvens começavam a se reunir o tempo estava começando a se fechar, talvez nevasse naquela noite.

- Emma! - gritou minha mãe, quando olhei a linha do horizonte pude notar que havia me aventurado demais, eu podia ouvir a sua voz mas não a via.

- Emma! - dessa vez era meu pai tão preocupado o quanto. Eu ainda não o via, mas as vozes ficavam mais altas, então deduzi que estivessem perto, seria melhor que eu esperasse pois eles chegariam.

Ouvi um tilintar, um feixe de luz iluminou o gelo e eu segui a luz até ela chegar aos meus pés. Me senti solta. Ouço outro som, um deslocamento interno, uma rachadura, olho para baixo e o gelo em meus pés estava se rachando, o lago não estava congelado o suficiente para patinar não aquela área, uma rajada fria me causa um frisson. As rachaduras aumentavam de tamanho e profundidade, eu estava morrendo por dentro, não podia mexer um músculo, não conseguia gritar pois se fizesse, a mudança de pressão poderia me fazer cair. Fechei os olhos e imaginei o ringue de patinação o gelo estável, as grades de proteção, como eu queria ter ido para lá ao invés daqui. Abri os olhos e me senti desolada, sozinha, perto do fim por uma fina camada de gelo. O que eu mais desejava naquele momento era os braços do meu pai, gostaria que ele me puxasse dali e que minha mãe me abraçasse e me deixasse de castigo, como eu preferia isso a estar aqui.

- Emma! - grita minha mãe, eu finalmente conseguia vê-los, ela tentou correr em minha direção, mas meu pia surgiu ao lado dela e a impediu olhando para o chão e vendo as rachaduras em minha volta. Notei pela primeira vez em minha vida algo de diferente no rosto do meu pai, eu não acreditava no que via, não sabia ser possível, semiserrei meus olhos e, sim ele estava demonstrando fraqueza.

- Papa...! - o gelo quebrou, e eu mergulhei no Phillips Lake, a água estava mortalmente gelada, senti um formigar nos meus pés, a sensação foi crescendo tomando conta de mim.

Eu não sabia nadar, batia os braços para tentar me manter acima d'água, em minha mente eu pude voltar ao pensamento de para onde uma alma vai quando é quebrada, se fosse possível, é claro. Estar naquela situação me fez perceber que sim, uma alma pode se desfragmentar, e só precisa estar perto o suficiente da morte, a ponto de sentir seu beijo gelado, para ter essa sensação. Nada te liga ao aqui ao agora, e tudo em sua volta é pura contemplação do que poderia ser estar aqui, do que poderia ser o agora. Não conseguiria prender a respiração por mais tempo, tentei novamente batendo os braços tentando me erguer. Bati a cabeça em uma placa de gelo e me perdi em uma imensidão azul.

•...•

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