
✎ Capítulo 21
Jisung
Eu tenho a sensação que não vai caber, sinceramente mesmo, eu vou morrer virgem!
— Ele está pelado caso tenha esquecido - o lobo me lembrou.
— QUE MERDA MINHO! - que bom que o quarto é a prova de sons.
— O quê? - um dia eu mato ele por ser tão sonso.
— Você está nu! - falei o óbvio.
— Eu sei, queria te mostrar a tatuagem - está escrito na cara dele que é mentira - Mas parece que você só teve olhos para outra coisa.
— E tem como não olhar?
Eu queria que vocês pudessem ver, mas isso é para poucos no caso só eu mesmo, e a tatuagem é linda ficou perfeito no corpo dele.
— Amei a tatuagem, agora vai por uma roupa - realmente ficar virgem me parece mais interessante.
— Se parar de me chamar de Minho, eu vou.
— Vai por roupa coisa linda do meu ser - falei com ironia.
— Não gostei da ironia, vou dormir assim também - fez birra.
Lua me fala o que eu te fiz para merecer isso, eu te ofendi de alguma forma? Falei algo que não te agradou?
— É brincadeira né Lee? - negou e vem na direção da cama.
— Pode parar aí! - começo a enfileirar os travesseiros criando uma barreira - Seu lado - aponto o lado oposto da cama - Meu lado - aponto onde eu estou - Se você tentar ultrapassar eu juro que te mato!
— Mas eu quero dormir abraçado com você - faz bico, quase que eu caí nesse golpe.
— Eu não quero esse negócio enorme roçando minha bunda - aponto a coisa.
— Você quer dentro né safadinho - sorriu malicioso.
— Ele quer, coloca - quero nada não, lobo safado!
— Eu nem vou te falar nada Lee Minho - me enfio de baixo da coberta cobrindo até minha cabeça.
Senti a cama dar uma leve afundada e como sempre ele resmungando "não pode nem dormir pelado", ignoro isso e me entrego ao sono.
[...]
De madrugada sinto braços me rodeando, estava com tanto sono que voltei a dormir.
Acordo entrelaçado com Lino, amo isso.
Mas espera aí, ele dormiu pelado ontem, olho seu corpo e ainda não tem roupas neles, começo a distribuir tapas no seu peito até ele acordar assustado.
— O que foi Jisung? - ele me chamou pelo nome, não me ama mais.
— Além de me abraçar pelado não me ama mais, beleza viu Minho - por que eu estou tão emotivo? Eu não sou assim!
— Como assim não te amo mais? Enlouqueceu enquanto dormia Jisung? - é oficial ele não me ama, por que meus olhos estão cheios de água?
— Você não me ama!
Saio da cama ainda reclamando, vou até o quarto onde Felix dorme, peguei uma roupa no closet e fui para o banheiro.
Após fazer minhas necessidades e tomar banho, escovei meus dentes, vesti a roupa que escolhi, calça jeans e moletom preto sem blusa por baixo.
Coloco o capuz cobrindo boa parte dos fios laranjas, meias e chinelos nos pés estou pronto para passar o dia sofrendo com filmes românticos comendo.
Pego uma mochila coloco coisas necessárias para o Felix passar uns dias na casa do Chan, após arrumar acordo o pequeno.
Estou fazendo isso porque estou sentindo que não vai demorar muito para o cio chegar.
E ainda nem perguntei para o meu irmão, mas ele não iria recusar ficar com uma criança tão fofa.
— Lix, hora de acordar - ele abre os olhinhos e sorri para mim.
— Bom dia papai - falou sorrindo, me derreto todo.
— Bom dia pequeno - beijei a testa dele - Vai no quarto do Minho e pede para ele te dar banho, fala que eu mandei - ele se levanta - Pega essa roupa - entrego para ele - E hoje você vai para casa do Chan e do Binnie, eu e o Minho temos que resolver alguns problemas sobre sua adoção, e eu vou ficar um pouco doente essa semana.
— Tá bom, como você sabe que vai ficar doente? - perguntou inocente.
— Porque acontece a cada seis meses - o do Minho é assim, o meu vai passar a ser - É algo comum, quando você for maior você também vai ficar assim, mas não é um doente ruim é bom.
— Não quero ficar doente.
— Eu também não queria, porém, é algo que você se acostuma, agora vai lá para o seu pai te dar banho - ele sai do quarto.
Saí e vou para cozinha onde a mesa do café está posta, meu mau-humor já voltou.
Maria não estava, me sento e antes de comer ligo para o Chan.
Ligação
— Olá Ji.
— Oi chan, preciso que fique essa semana com Felix, vou entrar no cio e ele não pode ficar na casa.
— Vou ver com Changbin, espera aí - ouço os gritos dele falando com o alfa - Tudo bem, Binnie falou que é para o Minho trazer ele, porque tem algo para falar com ele.
— Tudo bem, tchau!
— Tchau!
...
Ufa ele não percebeu, Chan costuma saber quando não estou bem pelo simples "oi", mas hoje isso não aconteceu o que foi bom, não sei explicar o que está acontecendo comigo.
Minho chega com Felix, começo a comer olhando só para o meu prato.
— Papais vocês brigaram? - a voz de Felix me fez levantar a cabeça.
— Não, está tudo bem - falei a ele - Não é Minho?
— É - única coisa que ele fala, continuamos comendo.
— Minho - ele me olha - Chan disse que Felix pode ir, e seu irmão falou para você levar ele, ele tem algo para te falar.
— Tá! - nossa que seco, ele que não me ama mais e ele que quer ser seco, isso é o fim da picada!
Após terminar peguei Felix fui direto para o quarto, entrei no banheiro com ele, escovei meu dente e ele o dele.
Quando terminamos, aproveitei e já coloquei a escova na mochila.
— Se comporte direitinho lá, obedeça aos seus tios.
— Vou me comportar pai!
— Vamos pequeno - pego a mochila, voltamos para sala onde Minho esperava em pé - Toma - entreguei a mochila - Tchau meu amor - dou um beijo na testa dele.
— Tchau papai - se despediu sorrindo, e saiu de casa.
Vou até o sofá, me deito em posição fetal, mas olhando para tv.
— Não volto para o almoço - Minho falou.
— Beleza - única coisa que eu falo, ouço a porta se fechar.
Ligo a televisão e procuro um filme para eu sofrer... Quer dizer assistir, coloco "Como eu era antes de você" é agora que eu me acabo.
Vou até à cozinha pego um pouco de nutella na geladeira, volto para sala e dou o play, assisto a filmes todos com finais tristes, estou desidratado de tanto chorar.
— Jisung você não vai almoçar? - Maria pergunta parando em minha frente - Minha Lua olha a sua situação, nem consigo ver seus olhos de tão inchado que está.
— Filmes tristes causam isso Maria.
— Só filme? - perguntou desconfiada.
— Sim, só filme - falei sem dar importância.
— Vem, você precisa comer e não viver a base de nutella - me puxa para cozinha e serve um prato para mim.
Me forço a comer porque sei que se eu começar pular refeição vou parar de comer.
Quando termino Maria tira meu prato, volto para sala, coloco outro filme triste estava na parte que fala a produtora do filme e eu já estava chorando, por que coisas tão pequenas me afetam tanto?
Apesar que ontem ele me chamou de Han Jisung, isso significa que ele não me ama desde ontem, por que ele não me ama Lua?
— Tempestade em copo d'água é para os fracos, Jisung faz tempestade em uma gota.
Tento prestar atenção no filme sem dar importância para esses pensamentos e meu lobo falando que sou dramático.
Até a porta ser aberta olho para ver, Minho entra só me olha de canto e sobe as escadas.
Puxo o rastro do cheiro que ele deixou, mas não vem só o dele vem cheiro de ômega, que merda é essa?
Levanto num pulo e vou atrás dele, sigo o cheiro até o escritório entro sem bater ele estava sentado na sua mesa olhando o computador.
— O que quer Jisung - falou sem me olhar.
— Olha para mim Minho! - ele olha - Que merda de cheiro é esse?
— O meu.
— Você não é ômega desgraça, de quem é? E nem pense em falar do meu irmão, reconheceria o cheiro dele a quilômetros.
— Uma amiga - respondeu simples.
— Amiga que estava perto o suficiente para o cheiro dela grudar em você?
— Nós abraçamos - será que ele é idiota assim ou se faz? Ele não vê que está piorando as coisas.
— Que amiga?
— Uma ômega que passa o cio comigo - eu choro agora ou depois?
— Que amizade que é essa que envolve troca de saliva entre outras coisas? Bem que os brasileiros fala "amigo de cu é rola"
— Já terminou? Estou ocupado - é brincadeira?
— Nem comecei, por que disse que me ama sendo que não ama? - perguntei.
— De novo isso? De onde você tirou isso?
— Minhas paranóias me contaram, agora fala Lee!
— Para de me chamar assim Jisung! - falou autoritário, você não me intimida alfa.
— Ainda não respondeu minha pergunta.
— É lógico que eu te amo! Você tem minha marca, você é a pessoa mais importante da minha vida, eu vou sempre te amar até depois da morte! - ele se levanta e vem até mim, seca minhas lágrimas que insistiam em cair - Eu te amo meu anjo!
— Se me ama por que me chamou pelo nome em?
— Para você ver como é legal ser chamado pelo nome por seu companheiro, você vive me chamando de Minho e Lee, mesmo sabendo que eu não gosto - me senti culpado, choro mais - Não chora - choro em dobro - Esse cio acabou com você!
— Acabou nada, ele só está um pouco dramático, sensível demais, chatinho... - eu já entendi lobo.
— Como assim o cio?
— Depois que você foi marcado antes do cio chegar tem alguns sintomas, sensível demais, grosso demais, dramático demais, chora demais, tudo vem em excesso - falou acariciando meu rosto.
— Desculpa gatinho - falo olhando para baixo, ele levanta minha cabeça e me dá um selinho demorado.
(Caso não tenha ficado claro, é realmente só amiga do minho, se fosse outra coisa o lobo se sentiria traído e perderia a confiança que tem nele)
— Não foi nada anjo, prometo não dormir pelado de novo! - falou sorrindo, até que demorou para ele soltar essa.
— Mas por quê? Gostei tanto de ver a tatuagem - me fiz de sonso.
— Tatuagem né safadinho? - sorriu malicioso - Se eu fosse você iria lavar o rosto ou tomar banho.
— Por quê? - perguntei sem entender.
— Você está um pouco desarrumado, mas só um pouco, nada que dê para notar - respondeu.
— Tudo bem, vou ir - saio dali vou para o banheiro e me assusto, EU ESTAVA HORRÍVEL!
Cara inchada e vermelha, meus olhos quase fechados.
Para resolver tomo banho, coloquei o roupão, primeiro lavei meu rosto com sabonete, em seguida passei um creme de tratamento (contra manchas, acne, olheiras, melasma) e que não permite o envelhecimento da pele. Por último o hidratante.
Vou até meu closet, vesti um short curto e um moletom grande, coloquei a mesma meia calcei o chinelo.
Penteio meu cabelo, passo um hidratante labial e agora tô lindo de novo.
Vou para sala e Minho está sentado na sua típica poltrona, vou até ele me sento no seu colo, pela janela dava para ver o sol se pondo e é lindo.
— Anjo - Ele me chama, e o olho- Preciso te contar algo.
— O quê? - pergunto meio apreensivo.
— Sabe ontem no nosso jantar?
— Que você saiu soltando fumaça pelo nariz? Se for esse sim.
— É esse, eu vi alguém lá que não deveria estar aqui - falou aflito e um certo ódio.
— Quem está aqui?
— Um Alfa Lúpus Black......
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