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Capítulo 10

Jisung

— Olá irmãozinho — a autora não vai com a minha cara.

— Que maravilha! — Minho falou ao meu lado — O que fazia rondando nossa casa?

— Tentando entrar sem ser notado, mas não imaginava ter tantos seguranças — falou olhando os homens ao seu lado.

— Poderia ter vindo como pessoas normais fazem — Lee falou.

— Assim seria chato — falou revirando os olhos — Não vai falar nada irmão?

— Quer que eu fale o quê? Em breve você estará em um avião direto para o Japão, a máfia/yakuza está atrás de você — falei cruzando os braços.

— Eu sei que estão atrás de mim, por isso vim aqui, você precisa me ajudar — ele falou.

— Por que eu faria isso? — perguntei.

— Porque assim como nosso pai fez um plano de vida para você ele fez um para mim, me vendeu para o chefe da yakuza para que eu casasse com a filha dele — se explicou.

— Pelo menos ele não quis matar seu companheiro — falei abraçando Minho de lado.

— Nessa história sou eu que me ferro, porque se eu não me casar, eles me matam!

— Qual o problema em se casar? Não vai cair um pedaço — Minho falou.

— O problema é que eu gosto de ômegas machos, não de fêmea e eles querem um herdeiro eu não vou ter relação com ela nem que me pague — falou emburrado — Depende da quantidade, na verdade, mas eles não vão pagar.

— Isso é um bom motivo para não casar — falei — E o outro filho, é sempre o filho macho que dá o herdeiro.

— Ele é estéril — falou sem dar importância.

— Quantos anos têm? E foi você que comprou passagem para a China no meu cartão? — perguntei.

— Tenho 18, e sim fui eu, Japão e China são inimigos por isso iria para lá, assim eles não me achariam, mas você bloqueou o cartão — respondeu.

— Não fui eu que fez isso, em breve vai conhecer quem fez isso — falei — Vou te ajudar, mas se envolver qualquer um de nós em morte desnecessária eu te entrego de bandeja para eles, não vou por mais ninguém em risco.

Senti verdade em suas palavras, não parece ser alguém perigoso.

— Você não me pôs em risco — minho falou.

— Lógico que não — falei sendo sarcástico — Se tentar alguma gracinha eu mesmo te mato.

Não terei problemas em fazer isso.

— Soltem ele — os seguranças soltaram, ele se esticou todo — Lino, leva ele para algum quarto, tenho que fazer uma ligação.

— Já vou ficar no quarto, te espero lá — falou e subiu sendo acompanhado do meu novo irmão.

— SABE QUE HORAS SÃO LEE JISUNG? — ouço Innie gritar no celular.

— Eu sei, mas acredito que você não já que está gritando — pude ouvir os olhos dele revirando — Passa para o Hyunjin.

— Fala Jisung — ouço uma voz que presumo ser do Hyunjin.

— Meu irmão está aqui, o da máfia não o Minho — ouço o grito do Jeongin "QUÊ?" — Está no viva voz?

— Não, ele que estava com a orelha grudada no celular para ouvir, já me afastei dele — falou.

— Tudo bem, ele está sendo caçado porque foi vendido pelo meu pai para se casar com a filha do chefe e dar-lhe um herdeiro, e se não casar morre — resumi a história.

— Com um pai desse para que inimigos, fala para mim que você não vai ajudar ele.

— Sim, nós vamos — ouvi ele reclamar por uns segundos — A papelada que te falei no jantar está pronta?

— Quase, faltam uns detalhes, acredito que hoje já termino — falou.

— Tá! Quando terminar me envia por e-mail, ainda hoje dou um fim nisso.

— Como quiser chefe, tchau vou voltar para cama — falou.

Nem esperou eu responder e já desligou, que falta de respeito com o chefe.

Subi a escada, no corredor passei pelo quarto de hóspedes a porta estava aberta e meu novo irmão estava praticamente em coma, ri da posição que ele se encontrava.

Caminhei para o quarto Minho já dormia, fechei a porta e deitei na cama abraçando o corpo dele.

— Dessa vez não será sua vida pela minha, será a minha pela sua — sussurro isso e durmo.

[...]

— Ele ainda não acordou? — perguntei para Lee assim que ele entrou na cozinha, vamos tomar café.

— Acredito que já, a porta está fechada — falou e se sentou ao meu lado — Já falou com o Hyunjin sobre ele?

— Já, ele não gostou muito da ideia — falei, Maria apareceu na cozinha com meu bolo favorito — Bom dia sogra.

— Bom dia Jisung, finalmente contou para ele — saiu balançando a cabeça.

— Por que esconde sua mãe? — perguntei.

— Não tô escondendo, estou protegendo, se saberem da existência dela podem tentar matá-la — explicou, Han apareceu na cozinha.

— Bom dia irmãozinho, cunhadinho — sentou se de frente para nós.

— Sou maior que você — Minho falou.

— Sou mais velho que você — falei.

— Não ligo, vai ser inho, quem é o menino no quadro da sala?

— Nosso filhote — eu e Lee respondemos.

— E cadê ele? — perguntou.

— Estava com os avôs, vai chegar hoje depois do almoço, ou antes — respondi.

Eu e Minho terminamos juntos, fomos para sala sentamos no sofá, Lee me abraçou de lado fiquei fazendo círculos no seu peito por cima da camisa.

— Lino — o chamei, ele me olhou — Quando acabar isso do meu irmão com os japoneses, vamos viajar? Eu você e o Felix?

— Para onde quer ir? — perguntou.

— Brasil, tem praias lindas — falei.

— Tudo bem, assim que isso acabar, vamos para o Brasil — beijou o topo da minha cabeça.

— Queria um namoradinho — Han nos assusta ao falar, não vimos ele chegar.

— Quando chegou? — Lee perguntou.

— Quando Jisung falou "Lino" — respondeu — Então irmãozinho conhece algum ômega solteiro?

— Sim, mas não vou te apresentar — falei, Minho olhou surpreso por eu conhecer.

— Quem você conhece? — O mesmo perguntou.

— E, por quê não vai me apresentar? — Han indagou.

— Esqueci de te contar Kim e Erick adotaram um menino ano passado, tem 16 anos, eles queriam dar a chance de um adolescente ter um lar, já que ele seria expulso do orfanato com 19 — respondi — Não vou te apresentar porque Kim é muito ciumento, e não vai deixar você namorar o filhote dele.

— Eu mudo o coração dele, me apresenta ele — estava quase implorando.

— Se eles aparecem aqui em casa você mesmo se apresenta — falei — Alfas Lúpus Black não podem engravidar?

—  Não, nossa raça só os ômegas engravidam — respondeu.

Uma dúvida que surgiu, engravidar Lee não seria má ideia, mas sou muito passivo para isso.

Escutamos a porta ser aberta Felix entrou, quando viu Minho veio correndo abraçá-lo.

— Papai minmin — os olhinhos cheios de lágrimas, vou chorar junto.

— Meu filhote - Minho falou o apertando, Han não estava entendendo nada.

— Onde você foi papai? — Felix perguntou limpando os olhinhos.

— Para proteger você e o papai Jiji, eu tive que ir embora — explicou.

— Não podia proteger aqui mesmo? — questionou, seu avô mataria a família inteira provavelmente.

— Não, mas o papai já voltou né? — Lee falou — Eu te amo muito filhote!

— Eu também te amo muito papai — Felix respondeu e o abraçou de novo.

[...] Escritório 20:00 PM

Estou revisando a papelada da aposentadoria, agora só falta a assinatura dela.

Aparece na tela do computador o e-mail do Hyunjin imprimi os papéis e assinei. Saio do escritório com os papéis caminho até o quarto, entrei e Lee está sentado na cama.

— Sim, anjo? — falou me olhando, entrego os papéis na mão dele.

— Bem-vindo de volta ao cargo de líder da máfia...

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