Jisung on

— Chan é ele, ele que estava na visão - falei a ele.

— Que visão? - Minho me pergunta.

— Coisa minha e do Chan - digo a ele.

Após o Changbin se apresentar ao meu irmão, os dois alfas saíram da sala.
Voltei me sentar e prestar atenção no filme.

— Vai falar nada não bonita? - Chan chamou minha atenção.

— O quer que eu fale? O companheiro é seu, tu que se resolva com ele - falei, e continuo a assistir.

— Grosso - falou, saiu e foi para o quarto.

Birrento!

Acabou que no finalzinho do filme eu cochilei no sofá, sinto alguém me pegar no colo e levar para o meu quarto, após isso apago totalmente.

— Vai dormir tanto assim na China, puta que pariu - o lobo reclamava.

Acordo e sinto algo pesado em mim, olho para o lado Minho está todo enlaçado em mim, tento sair, só tentei mesmo, mas ele me apertou mais.

Estava escuro, mas a luz do abajur estava acesa, com isso aproveito para dedilhar meus dedinhos pelo abdômen dele.

— É cada vergonha que eu me submeto passar ao ser lobo desse ser, que na próxima vida isso não aconteça - o lobo resmungou bravo.

Vejo um começo de tatuagem no cós da calça moletom dele, puxo só um pouco para tentar ver, mas ela aumenta quanto mais você puxar, então deduzo que ela termina no abdômen, aonde será que ela começa? Se eu puxar só mais um pouquinho ele não vai acordar né? Puxo mais um pouco.

— O que está fazendo Jisung? - ouço a voz rouca de Minho, por conta de acabar de acordar.

Às vezes, pensamos que já passamos por todos os tipos de constrangimentos, mas vem a vida e mostra que não.

Fico quieto para ele pensar que estou dormindo.

— Sei que está acordado, seu lobo está inquieto - filho da mãe, por que não ficou quieto? - Me responda Jisung, por que estava puxando minha calça, se queria ver era só pedir.

— Só queria ver a tatuagem - falei ainda sem o olhar - E a marca?

— A tatuagem é uma serpente enrolada numa caveira e duas rosas, e a marca está aqui - ele fala se virando totalmente de barriga para cima apontando onde estava um pequeno sol - Se quiser ver a tatuagem é só falar.

— Agradeço, mas não - me levanto indo paro banheiro tranco a porta, tiro a roupa e tomo meu banho.

Saio de lá enrolado na toalha, com esperança de Minho já ter ido embora, porém, ele estava na cama deitado quando viu que eu saí começou a me encarar, parecia que eu esqueci como se anda.

Vou até meu closet ignorando sua existência, escolho a roupa e volto para o banheiro me visto e saio.

— Pretende ficar aqui até quando? - pergunto a ele voltando a me deitar.

— Não sei - ele falou simples se aconchegando em mim - Quando vai parar de fingir que nada aconteceu?

— Eu não estou fingindo nada - mentira.

— Está sim, por que está fazendo isso? - ele perguntou me olhando nos olhos.

— Foi meu primeiro beijo - falo tão baixo que nem sei se ele ouviu, mas ele é um lúpus com certeza ele ouviu, e ele já sabia pelo simples fato do meu lobo ser um grande filho da puta!

— Assim ofende - fez drama.

— Sério? Não parecia, você beija muito bem para quem nunca beijou - ele diz e naquele momento que eu troco de cor - Você fica fofo quando está com vergonha.

— Obrigado, agora muda de assunto - se continuar nisso vou me enfiar debaixo das cobertas.

— Que visão você teve que envolvia meu irmão? - ele pergunta.

— Nada de mais, eu só vi ele como companheiro do meu irmão.

— Legal, mas isso não vai rolar, meu irmão só quer curtir a vida - ele falou simples.

— Tem certeza? - perguntei a ele.

— Por quê?

— Você não está ouvindo? - ele parou um pouco prestando atenção nos sons que estavam se espalhando pela casa.

— Não acredito, mas eles nem se conhecem - ele falou.

— Olha quem fala, quem queria me lascar a dentada nos primeiros minutos - debochado.

— Justo você falando isso? Nós tornamos companheiros em menos de quarenta e oito horas, somos iguais a eles só que sem essa movimentação toda, estamos quase no mesmo nível que eles no que se refere se conhecer - falei a ele que se calou por um momento.

— Então vamos nos conhecer melhor - ele falou e ali começamos nosso processo de se conhecer um pouco mais.

Descobri várias coisas sobre ele, como quando está com ciúmes passa a língua na bochecha.

Agora ele sabe que não gosto de dormir sozinho quando está chovendo, sei que ele prefere ficar sozinho quando está com raiva, pois tem medo de assustar as pessoas que ele ama.

Eu ele não assusta.

Ele sabe que sou apaixonado por cheesecake e bolo de chocolate, e assim fomos descobrindo coisas um do outro.

— Minho qual é o meu cheiro? - pergunto a ele após ter ficado um silêncio no quarto.

— Chocolate com hortelã - respondeu - Que tal você parar de me chamar de Minho?

— Mas é seu nome, vou te chamar do quê? - pergunto a ele fingindo não ter entendido.

— Um apelido talvez, preciso achar um apelido para você - ele diz me olhando com brilho no olhar.

Nada que envolva minha altura!

— Ainda acho cedo para apelidos, quando aparecer um eu passo te chamar com ele  - falei, realmente acho cedo, e não tenho nenhum em mente - Vou descer para comer, você vem? - ele assentiu e assim fomos para cozinha.

Procuro algo na geladeira, mas não acho nada, procuro nos armários quase nada também.

— Você precisa fazer compras Minho - falei me virando para ele.

— Tudo bem, vamos fazer compras - ele fala.

— Agora?

— Sim, vamos nos arrumar, te encontro na sala - ele fala já subindo as escadas, vou logo atrás dele.

Entro no meu quarto, procuro algo, pego uma calça de couro e uma blusa de manga longa branca, e calço um tênis.

Desço encontro Minho de calça preta, moletom preto, e tênis preto.

— Vai para um enterro? - perguntei a ele.

— Por quê? - aponto a roupa dele - Eu apenas gosto de preto - saímos da casa indo para garagem, tinham seis carros lá.

— Com qual nós vamos? - cada carro lindo.

— Escolhe um - me pegou de surpresa, porém, começo a olhar todos aqueles carros, aponto para o SUV preto - Vamos com ela, entra - ele falou entrando no carro, faço o mesmo, coloco o cinto porquê é obrigado, e por medo dele dirigir igual um louco.

O caminho foi tranquilo não conversamos muito, nada que incomode.

No mercado cada um pegou um carrinho, a pedido dele apostamos corrida pelos corredores, eu venci por isso podia pegar o que quisesse.

Fui pegar o que eu queria, que era um balde de Nutella e um pote de sorvete, voltei para onde ele estava, continuamos pegando as coisas que precisavam.

— Sunggie - olho para ele, primeiro apelido, achei fofo - Por que seu pai te entregou para casa de leilão com seu irmão?

Contei em umas das conversas como fui parar na frente do carro do Seungmin.

— Segundo ele, estava devendo muito dinheiro então eu e Chan fomos um acerto de contas - falei a ele pegando ramyeon(miojo coreano).

— Entendi, e a sua mãe? - ele perguntou parando de andar.

— Não existe pessoa melhor no mundo do que ela, ela é perfeita, me educou perfeitamente, sempre me ensinando qual era o melhor caminho, e a sua mãe?

— Ela... - alguém o interrompe.

— Olá Minhozinho - uma beta de cabelos longos loiros grudou no pescoço dele dando um beijo no rosto.
Que merda é essa?

— Quanto tempo que não te vejo, o que faz por aqui? - ele se desgrudou dela.

Ficou a marca de batom no rosto.

— O que ele faz num mercado? Lavar roupa que não é - falo baixo, mas ela ouve eu resmungar.

— "Educou perfeitamente" certeza? - o lobo falou com sarcasmo.

— Oh eu não te vi, prazer Kim Nari - forçou um sorriso - Quem é você?

— Não é um prazer, e eu sou Han Jisung companheiro do Minho - falei, olhando com desdém.

Beijando alfa alheio, o fim da picada!

— Companheiro? - ela perguntou surpresa.

Apenas puxei a gola da blusa mostrando minha marca.

— Minhozinho, por que você nunca me marcou quando estávamos juntos - isso foi uma afronta né? Porque eu senti como uma afronta.

— Que burra! Não tem como marcar beta - o lobo falou.

— É Minho, por que não tentou? - apenas perguntei para ver qual seria a resposta, amo ver um alfa encurralado - Fala Lee Minho.

— Porque..............

Ignora as mãos, essa é a marca do Lino(fica abaixo do peito)

Marca do Jisung(fica exatamente onde mostra na imagem)

Tatuagem do Minho