Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

✦ 06 ✦๋࿆࣭

Ele ainda não conseguia acreditar que ela estava lá.

Simplesmente não parecia real. 

Parecia um sonho, um sonho bom demais para ser realidade. 

Mas Druig percebeu, horas depois de chegar na Vila, que aquilo não era um sonho, porque ela ainda estava alí, desacordada sim, mas ainda alí.

 Ainda com ele.

Mas junto com a esperança, veio também às perguntas, os questionamentos sobre o que poderia ter acontecido com ela.

 Como ela poderia estar viva? 

Ela havia se curado de alguma forma? 

Como isso poderia ser possível? Ele segurou o corpo sem vida dela, ele chorou e gritou por horas, implorando para tudo e todos para que ela voltasse para ele.

Mas, se ela estava viva, por que ela não procurou pela família? Gaia nunca deixaria a família sofrendo achando que ela estava morta, ela não faria algo assim. 

Mas, será que ela havia ido até os outros Eternos? E decidiu que odiava Druig o suficiente para fazê-lo continuar a pensar por todos esses mais de trezentos anos que ela estava morta? Ela teria rido ao lado de Ikaris sobre o sofrimento dele?

Não, Druig pensou. Gaia poderia o odiar com todas às suas forças, mas ela nunca deixaria ele, ou qualquer outro Eterno, sofrer por pensar que ela estava morta, e se ela não quisesse o ver, ela mandaria alguém ir até ele, o contar a verdade. Gaia não era cruel, nunca foi.

Então, o que havia acontecido de tão grande para que Gaia nunca os procurasse? O que havia a matado, ou, bem, quase a matado? 

Por que ela não voltou para a família? 

Druig pensou por um momento nas possibilidades, enquanto observava Gaia dormindo em sua cama, ainda com as mesmas roupas sujas. Ele não quis trocá-la, ele obviamente já havia a visto nua, mas eles não estavam juntos, era diferente agora, e Druig nunca se aproveitaria assim da mulher que ele amava, principalmente sem saber se ela era realmente a sua Gaia. E ele não designou nenhuma mulher para trocá-la pois ele não queria gerar nenhum desconforto para Gaia.

Bom, segundo Ajak, ela estava com Mahd Wy'ry, seria possível então que ela tivesse perdido as memórias? Isso explicaria por que ela não havia retornado, isso explicaria praticamente tudo.

Druig não quis pensar nessa possibilidade, na possibilidade dela abrir os olhos e não fazer a menor ideia de quem ele era, não fazer a menor ideia de tudo que eles haviam vivido juntos, do amor que eles haviam compartilhado, dos toques, das conversas.

Druig se sentiu doente.

Os deuses, os celestiais, ou qualquer outro ser divino, poderiam ser mesmo tão cruéis assim? 

O dando novamente esperança, o dando aquilo que ele mais queria nesse vasto universo, apenas para que ela não se lembrasse dele? Era uma piada cruel demais, e Druig não sabia se iria aguentar isso.

O Eterno decidiu não pensar nessa possibilidade, o importante era que ela estava viva, bem. Estava alí com ele, isso era tudo que importava, e mesmo que doesse imaginar que ela não se lembraria dele, Druig estava feliz por tê-la de volta, perto dele, viva, Gaia estava viva, isso era tudo que importava.

Mas ainda assim, quando ela abriu os olhos, aqueles olhos azuis que Druig tanto amava, e o encarou sem demonstrar o reconhecer, foi quase impossível para Druig impedir seu coração de sangrar.

Ela o encarou, sem saber quem ele era, e Druig teve que se controlar para continuar com o rosto impassível. 

ㅡ Onde eu estou? O que aconteceu?
ㅡ ela perguntou confusa enquanto se sentava. Ela voltou a olhar para ele, ainda sem qualquer sinal de que ela o reconhecia. ㅡ Quem é você?

Druig sentiu suas mãos tremerem, ele se sentou na cadeira de sua escrivaninha.

Quem é você?

Ela não se lembrava dele.

Ela não era mais a sua Gaia.

ㅡ Seu avião caiu na floresta. ㅡ Druig reuniu forças para dizer.

Gaia pareceu recordar de algo e ela se levantou em um pulo.

ㅡ Meus amigos, eles... eles-

ㅡ Sinto muito. ㅡ Druig murmurou negando com a cabeça. ㅡ Eles não resistiram à queda.

Gaia arregalou levemente os olhos e se sentou na cama, uma mão sob a boca em choque.

ㅡ Eu já contatei o resgate, eles já levaram os corpos. ㅡ Druig disse o mais gentil que pôde.

ㅡ Quanto...ㅡ ela respirou fundo.
ㅡ Quanto tempo eu fiquei inconsciente? 

ㅡ Algumas horas, talvez quatro ou cinco. ㅡ Druig comentou.

ㅡ Quem... quem é você?

Ela voltou a perguntar, seus olhos o analisando, e tudo que Druig queria era se esconder daqueles olhos.

Julien encarou o desconhecido.

Sua cabeça estava uma confusão e ela nunca tinha sentido uma dor tão forte em sua cabeça, era como se estivessem enfiando lâminas afiadas por todo o seu cérebro.

Não ajudava nada ela ter acordado de um pesadelo com as suas memórias, em forma de gêmea dela.

Pesadelo esse onde Julien confessou que estava com medo de si mesma, do que ela havia descoberto.

O que diabos ela havia descoberto? Julien não sabia ao certo, suas memórias estavam confusas, haviam memórias em seu subconsciente que não eram de trezentos anos atrás, as memórias pareciam mais antigas, quase desbotadas, como se Julien as estivesse vendo por trás de um vidro embaçado.

Os pensamentos dela estavam confusos também, pensando em seus amigos, seus companheiros de faculdade, as únicas pessoas que ela tinha, os pais deles deveriam estar arrasados.

Julien estava arrasada.

O pior de tudo?

Era culpa dela.

A tempestade começou do nada, Stephanie havia dito.

Julien sabia que não era normal, ela sabia que poderia fazer coisas que os outros não poderiam, ela sabia que quando ela tinha um pesadelo, coisas ruins poderiam acontecer.

Ela havia dado a ideia de irem para a Amazônia, porque ela queria ver a flor que poderia desabrochar a qualquer momento, ela era quem mais queria presenciar o desabrochar da "Gaia".

Ela convenceu seus amigos de irem.

Foi Julien que causou a tempestade.

Porque ela estava com medo, porque ela estava tendo um pesadelo.

Porque ela não queria se lembrar, então seu subconsciente a estava pressionando, a levando até seu ponto de ruptura, para que ela rachasse, para que as defesas dela caíssem e ela se lembrasse de tudo.

A verdade era que Julien não queria se lembrar.

Porque aquele dia no mar, quando ela estava se afogando e gritando por ajuda, mudou alguma coisa nela, a encheu de pavor, apreensão, medo da natureza volátil, medo do mar, medo do fogo, medo de coisas que ela parecia não temer antes.

Julien havia se afogado naquele dia.

Seu corpo foi levado pelas ondas até a costa, onde um casal de meia idade a encontrou, eles cuidaram dela, chamaram um médico e como nunca haviam tido filhos, ele a acolheram, a deram um nome porque ela não se lembrava mais do seu.

Fazia mais de trezentos anos, mas Julien ainda estava com medo de se lembrar, ainda estava com medo do que quer que ela tivesse descoberto.

Era um medo irracional, mas Julien não conseguia se livrar dele.

Não conseguia se livrar da sensação de nadar e nadar tentando chegar até a superfície e quando finalmente conseguisse alcançar o tão precioso oxigênio, uma onda enorme a arrastaria novamente para baixo, enquanto ela lentamente ia perdendo as forças, perdendo a determinação e a vontade de lutar.

Julien suspirou, saindo de seus pensamentos e ainda encarando o desconhecido, ele parecia doente, com o tipo de doença que é invisível para os olhos.

As mãos dele estavam tremendo, e ele estava tentando esconder esse fato, ele nem ao menos estava conseguindo a encarar, ele sempre cortava o contato visual, como se os olhos de Julien o queimassem.

Ele respirou fundo, pensativo.

Ela só havia perguntado o nome dele, por que essa seria uma pergunta difícil de se responder?

ㅡ Você realmente não se lembra de mim Gaia? ㅡ ele perguntou, a voz quebrada.

Julien se levantou subitamente.

A voz dele.

A voz dele.

Aquele maldito nome.

Gaia.

Ela não era Gaia.

Seu nome era Julien White.

Bióloga, professora, palestrante, moradora de uma pequena cidade próxima da capital da Austrália.

Ela era Julien, a garota que havia acordado em uma casa com um casal cuidando dela, um casal que a deu um nome, um sobrenome, um propósito, carinho, apoio.

Ela era Julien White.

Ela não era Gaia.

Seja lá quem fosse Gaia, ela havia se afogado no oceano, trezentos anos atrás.

ㅡ Meu nome é Julien White. ㅡ ela murmurou, mas para convencer a si mesma do que para convencer o estranho parado em sua frente, agora de pé.

ㅡ Não. ㅡ ele negou com a cabeça. Como se parecesse esperançoso e desesperado agora que o nome "Gaia" havia tirado alguma reação dela. ㅡ O seu nome é Gaia, e eu sei disso, porque uma humana não teria sobrevivido à queda do avião. ㅡ ele completou a olhando no fundo dos olhos, parecendo implorar por algo.

ㅡ Meu nome é Julien White, eu sou bióloga, eu sou humana. ㅡ ela disse como um mantra.

Ele a estava chamando por aquele nome.

Como ela odiava esse nome.

Odiava ainda mais ele o dizendo, porque havia algo na voz dele, havia algo nele.

Algo que doía a cabeça de Julien, algo que a fazia questionar tudo.

Algo que parecia ser o oxigênio que ela procurava tão desesperadamente enquanto estava se afogando naquele dia.

ㅡ Gaia, o que houve com você? ㅡ ele perguntou dando um passo à frente.

Julien deu um passo para trás, às mãos tremendo.

ㅡ Eu não sou essa tal Gaia, por favor, pare de dizer esse nome. ㅡ ela implorou, sua cabeça parecendo que iria explodir.

ㅡ Como eu poderia? ㅡ ele riu amargamente. ㅡ Faz mais de trezentos anos que eu penso que você se foi Gaia. Que eu penso que você está morta.

A cabeça de Gaia voltou a doer, cada vez que ele dizia aquele nome, uma nova lâmina parecia cortar o seu cérebro.

Mais de trezentos anos, o tempo batia com o dia que Julien acordou na praia.

Esse belo estranho a conhecia? A conhecia antes do seu afogamento ?

ㅡ Quem diabos é você? ㅡ ela perguntou, o estranho tentou dar um sorriso.

ㅡ Meu nome é Druig. ㅡ ele confessou.

O nome a atingiu, doendo em seu cérebro quase tanto como o nome Gaia.

Druig.

Druig.

Uma discussão.

Julien se lembrava de uma discussão.

Uma dor em seu coração.

Havia doído tanto que Julien ainda conseguia sentir a dor fantasma em seu peito.

Uma ruptura, uma separação, um coração partido.

As vozes estavam longes, como se estivessem na superfície e Julien dentro do oceano.

O que eles estavam dizendo? Quem estava discutindo?

Druig.

Era a voz de Druig.

E a outra voz, de quem era?

Era dela?

"Amor Gaia? Depois de tantos séculos você continua tão ingênua?"

" Espero que você encontre o que você tanto procura e deseja."

Às lágrimas vieram até os olhos de Julien, uma sensação de vazio a enchendo.

Alguém havia a abraçado depois disso? Consolado-a? Talvez, mas quem seria?

Ela se lembrou de uma escada, uma longa escada, lembrou de ver alguém partindo, lembrou de partir também, descendo essa mesma escada.

Quem era ela?

Quem era de verdade Julien White?

E por que aquele estranho, de nome Druig, parecia tão familiar para ela?

ㅡ Me deixe em paz. ㅡ ela murmurou, correndo na direção da porta e saindo da pequena casa em seguida.

Os pés de Julien tocaram o solo.

A natureza a saudou, como uma criança que abraçava a mãe fortemente quando ela chegava de um dia de trabalho.

Julien caiu de joelhos ao sentir a floresta vibrando, mudando, chamando por ela, a abraçando.

Um poder a envolveu.

O poder dela.

O poder que ela havia trancado a sete chaves.

Quem era Druig? E como ele havia destruído todas as defesas dela? Como ele havia conseguido atingi-la de tal forma que seus poderes vieram até ela em toda a sua força?

Ele olhou para ela, os olhos dela não mais azuis, e sim levemente arroxeados, apenas uma mínima parte de seu eu verdadeiro.

Ele sorriu, mais brilhante agora, e Julien olhou pra ele, confusa e ainda sem saber quem ele era, mas havia algo diferente nos olhos dela, algo que não estava lá minutos antes.

O sorriso de Druig se alargou ainda mais, o primeiro sorriso verdadeiro que ele dava a mais de quinhentos anos.

Era ela.

A verdadeira.

Sua linda Gaia.

I. Oiiee pessoas. Tavam de colete? Porque esse capítulo foi tiro atrás de tiro kkkkk.

II. O que vocês acharam do capítulo? Gostaram?

III. E sim gente, a Gaia ainda não lembrou de muita coisa, ela passou por um trauma e por várias outras coisas, além disso, ela tá com medo, do que significa lembrar, então relevem, vai demorar um pouquinho pra ela lembrar de tuudo kkkk.

IV. Druig e Gaia finalmente reunidos. Confesso que eu surtei um pouquinho escrevendo kkkkk.

V. Eu escrevi esse capítulo escutando a música da multimídia, e eu to chocada em como where's my love, descreve eles nesse capítulo e nos próximos também, sério, o choro é livre kkkkk.

VI. É isso, nos vemos em breve, vou tentar postar o próximo ainda essa semana, mas não prometo nada kkkk.
Byee ♡.

BY: Duda
2021.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro