秋 (Aki) - Memórias de nosso cômico passado (parte I)
Presente (03/12/2020 - outono)
Frente à vaga do estacionamento para o veículo branco do qual tanto se orgulha de possuir de ter adquirido, deixa o banco do motorista e em pouco mais de dois passos abre a porta traseira estendendo a mim sua mão direita.
Queria entender a lógica que usa ao me tratar como uma dama importante da sociedade quando não me julgo nada além de uma professora comum.
— Não precisava disso.
— É apenas um apoio e nada mais, timidez não é necessária e você sabe disso.
Seguro sua mão deixando o assento do carro para ir ao encontro do frio desta noite. No afrouxar das abotoaduras retira seu paletó escuro e sobre meus ombros deixa-o, seu perfume é bom, agora entendo o motivo de todas as alunas da universidade gostarem de estar frente a sua presença.
— Por isso não arruma uma namorada, ao verem me tratar como tal as pessoas se assustam e logo pensam em um caso.
— Deixe que se assustem, antes de ser minha paciente é minha amiga. — essa face estaria mais bonita se não fosse pelas olheiras que carrega. — Agora que percebo, não lembro de você ter usado um vestido como esse ainda mais em uma noite de comemoração.
— Não está tão ruim não é? — fito-me, esse salto escuro é um dos acessórios que mais gosto de usar quando me é permitido. — Nem você acredita que eu estou ruim.
— É a pessoa mais bonita nesta noite, não se preocupe, o vestido vermelho lhe cai perfeitamente bem... discordo apenas de sua vinda, era melhor ter ficado em casa. — delicado é seu toque em meu cabelo, tantos mimos por parte dele. — Não quero que se desgaste além do necessário afinal amanhã terá de visitar sua mãe.
— Sou eu quem deveria dizer isso, o enrascado aqui é você meu nobre amigo, não queria que você se envolvesse nisso quando deveria estar de folga para resolver seu casamento.
— Apenas ignore essa história de casamento um pouco. — o brilho se dispersa do olhar, talvez este seja o assunto que devo intrometer meu nariz pelo seu bem. — Vamos entrar?
Entendo bem o fato de estar sendo obrigado a ficar com outras pessoas quando sentimentos mais românticos não existem, fico um tanto surpresa ao testemunhar seu lado mais humano mesmo diante de tantas complicações em sua vida pessoal. Espero que ao menos por essa noite ele possa esquecer de todos os fantasmas que perseguem sua mente, peço que logo possa retornar a fazer o que tanto gosta.
O braço oferece e no toque mais intimista me volto a posição de acompanhante, cruzamos o primeiro salão de entrada e conduzidos à nossa mesa mais próxima à família do prefeito.
Esse lugar difere de todos os restaurantes que pude ir e eu me pergunto como ela espera manter este lugar considerando que poucos são aqueles que possuem interesse em um ambiente como este ou talvez eu esteja errada sobre essa análise.
A mesa sentamos e nas mãos da guia que nos recepciona deixamos o convite, tudo aqui parece tão diferente e bonito. Em nossa frente quatro taças de cristal, elas são belas, agora que sei de quem pertence esse lugar posso dizer com facilidade que tudo aqui parece refletir sua personalidade refina e repleta de uma nobre sofisticação.
— Então esse o magnífico Kataomoi, fui convidado algumas vezes por professoras, mas nunca cheguei a aceitar os convites. Arrependo-me um pouco agora que percebo sua elegância.
— Posso dizer que me sinto estranha por estar aqui, mal faz um dia desde aquela cena e aqui estou prestes a prestigia-lá... soa um pouco diferente quando penso sobre.
— O motivo de seu choro ontem foi isso?
— Eu não chorei, não sei de onde tirou essa ideia. Estava com dor de cabeça e apenas isso.
— Quando demora em seu banho é justamente por isso. Falando nela, a estrela da noite.
Pelo arco que precede o salão cruza-o através de seu lento e poderoso caminhar, os lábios semiabertos brilham ofuscando a todos que fitam sua beleza magistral. Essa é a mulher que de todos rouba a atenção, realmente não perdeu sua elegância com o amadurecer.
Sinto o percorrer de sua palma por meu braço, fito seu olhar, mas por pouco tempo afinal nesta noite a presença à quem desejo observa se encontra diante de todos os presentes.
A iluminação recai em seu vestido azul, uma tonalidade tão clara quanto à cor única de seus olhos... talvez eu realmente me impressione fácil quando o assunto é sua presença.
Única é a bolsa que carrega em mãos e na sua beleza escura noto o contraste suave com o branco que tingi suas unhas mais longas.
— Pelo visto ela possui muitos fãs, a principal certamente é você.
Murano Hoshino, quando foi que ficou tão linda? Nosso segundo encontro e eu posso facilmente admitir que estou impressionada até demais com sua presença, isso é uma droga, sinto que estou mergulhando no passado à cada momento onde nossos olhares se encontram... o bracelete dourado que percorre a articulação de seu punho, foi uma promessa que fizemos há muitos anos antes de tudo mudar em nossas vidas.
Antes daquela criança existir, antes mesmo de casamento e antes até do fatídico dia marcado em nossas vidas. O dia onde a distância foi a resposta perante o sol e a morte foi minha escolha perante a lua, seu olhar recai sobre mim, uma pena que tudo tenha mudado tanto desde aquela época.
— Ela está feliz.
— Talvez esteja, talvez eu apenas esteja alimentando uma fantasia de criança.
— Não sei Naomi, porém em seu lugar tentaria nem que fosse obter algo esperado.
— A aliança de diamante em seu dedo diz o contrário daquilo que espero, não terei um sim, tão pouco um talvez, não será a resposta final mesmo que isso crave uma ferida em seu peito.
Ele surge e logo toma-lhe o toque de sua mão, um aperto singelo, talvez ambos realmente estejam felizes e eu continue aqui esperando algo irreal. Apenas consigo imagina como o destino muda, um laço de flor foi quebrado e eu nem ao menos pude receber de volta nossa marca tão antiga quanto dez anos... pensei que esperar nesta colina nomeada de coração seria o melhor, mas julguei mal, esperar levou você para longe ao ponto de que eu nem mesmo sei mais no que acreditar quando penso em você.
— Aquele bracelete é meu, uma lembrança do passado que dividimos. — seus olhos estão mais maduros agora, Murano. — Logo após minha vitória na competição eu fui até o segundo andar do ginásio, naquele lugar entreguei pela primeira vez o bracelete.
Passado (19/10/2005 - outono)
Abro meu olho esquerdo e o resultado é aquele que esperava como disse antes de brigarmos há uma semana, nem mesmo o ar de sua graça tive o prazer de encontrar, está flecha e estes gritos de comemoração não são nada interessantes se o porquê de eu ainda estar competindo não se encontra aqui.
Pela primeira vez nesses meses eu realmente não sinto alegria em ganhar, antes eu pensava ser pela falsidade de muitos alunos, porém agora me dói saber que sua presença não irá aplaudir minha vitória.
Talvez ela esteja certa e eu sou cega, mas como posso ser uma cega quando o motivo destas lágrimas são ela? Eu não entendo Murano às vezes, sinto que sou incapaz, porém não quero ficar aqui esperando ela voltar, pois, eu sei que não será assim tão simples.
Deixo a área desta competição e pelas escadas laterais subo correndo, eu pedi um último desejo antes de seu desprezar, talvez eu esteja me colocando com o alguém muito importante, contudo eu não posso deixar passar esta que pode ser minha última oportunidade de tentar converter ela para minha visão mais diferente.
O silêncio destes corredores me assusta em simultâneo, em que encoraja meu coração tão veloz, se existe um Deus peço que permita nosso encontro não importa a dificuldade, pois eu admito precisar de algo que apenas ela pode conceber a minha existência, alegria.
No tocar desta trava abro a porta de uma vez sem deixar que o tempo avance sem nada ter sido tentado, os fios escuros e esvoaçantes, afago meu rosto limpando a água. Obrigado Deus, posso não ter o que espero desta conversa, porém preciso tentar mesmo que o final seja o trágico.
O olhar distante em sua face preocupa-me de sua maneira singular, nunca precisei estar tão pensativa em sua presença e vivenciar isto logo agora não é nada agradável para quem sempre foi clara.
Encosto a porta caminhando em sua direção que se mostra tão distante, não, julgo estar distante por essa emoção que percorre meu coração com suas diversas sensações desconhecidas e que mesmo assim são tão gostosas de sentir.
— Oi! — eu não sei como conduzir essa situação... — Isso talvez soe como audácia, mas o que houve desta vez?
— Eu já sabia. — a vejo deixar sua mesa indo de encontro a janela. — Não precisava de meu apoio.
— Apenas sua presença me importa, somos amigas não somos? — seus olhos nem ao menos pude vê-los. — Murano, desculpa por ser cabeça dura, não percebi estar te machucando.
— Ganhou sem mim então não menti, estava certa, você não precisa de alguém tão confusa como eu.
— Essa vitória é sua, desde o instante em que eu aceitei foi por você e agora estou aqui... se não fosse por você eu jamais teria aceitado permanecer neste clube.
— Desista por favor Naomi, não estou no modo mais agradável hoje... acredito que nunca estive.
— Pode olhar nos meus olhos por favor? Não é difícil, se pretende afastar minha presença de sua vida ao menos olhe em meus olhos.
— Vá embora!
— Tudo bem, eu vou, mas não precisa ir atrás de mim mais... já que não olha em meus também pode evitar minha presença.
Passo por passo em sua direção e assim corto nossa distância por entre as mesas e cadeiras que se espalham pela sala. Seguro sua camisa até tocar seu ombro, ela está mais cheirosa que o habitual... ela realmente é como uma flor... acácia sem dúvidas é o perfume que melhor combina com sua personalidade.
O laço amarelo que prende seus cabelos, toco-o e no puxar vejo seu movimento para longe... não posso deixar que faça isso Murano. Pelo braço a impeço trazendo seu corpo ao encontro do meu com um puxão.
Em lágrimas, essa é a visão que tenho de sua face no instante em que se vira. Sua íris ressoa com a claridade deste pôr que pouco mais parece um pesadelo para seus olhos.
— Murano, o que houve?
— Nada...
Eu não sei o que fazer ou como deveria agir e nem mesmo se devo fazer algo afinal ela insiste em buscar a distância enquanto desejo nossa proximidade não importando como.
Na primeira vez em que encontrei ela foi do mesmo jeito que agora, se lembro bem foi devido a sua transição e ela não sabia muito bem como reagir... agora que vejo em seus este brilho tenho certeza de que a situação é semelhante, mas com outro agravante.
— Murano, eu quero saber o que houve com você então por favor conte... quero te ajudar.
— Eu sou uma idiota, uma idiota comum como todas as outras.
— Eu sei que é, como pode mandar sua melhor amiga ir embora sem nem mesmo deixar ela ajudar?
— Eu estou emotiva, me apaixonei por uma flor que não posso ter... eu queria tanto poder ser alguém importante para essa flor, mas não passo de uma amiga fiel.
Incertezas e solidão são as emoções visíveis em seu tortuoso semblante, medo, dor e punição foram as palavras que mais vi preencherem seu coração. Tenho receio do desabar de suas emoções mais sinceras, sempre presenciei sua devoção às causas mais difíceis e agora entre lágrimas percebo que mesmo toda aquela devoção não foi o suficiente para fazer com que ela deixasse de lado tanta insegurança, é uma garota como eu no final.
Busco sua face, toco as maçãs de seu rosto interrompendo o caminho das lágrimas, ela é linda mesmo em momentos onde transparece apenas solidão e dor. Quer dizer confortar ela como fez comigo nos instantes em que precisei, quero ser o tipo de apoio que ela precisa.
Prendo as mangas de meu quimono entre os dedos, suave é meu deslizar por sua face que mesmo entre as lágrimas esboça um sorrir amigável e claro como sua essência.
Desfazendo o prender da manga à toma em sua mão e no colocar diante a face assoa seu nariz na mesma manga. Em condições normais eu teria um ataque, porém tudo bem, é seu momento e eu estarei aqui para ajudá-la, mesmo que essa situação tenha ficado bastante estranha... terei que trocar de quimono antes de subir, mas tudo bem, é só catarro, dá para lavar.
— Melhor?
Levanta seu rosto, esta completamente vermelha e essas mechas rebeldes. Prendo suas madeixas atrás de sua orelha, pronto, assim está bem melhor!
— Não precisa chorar, seja o fato de gostar e sentir-se atraída por alguém ou aqueles problemas em casa, não importa qual seja! Estou aqui para te ajudar como sua melhor amiga.
— Isso não é sobre aqueles problemas em casa, é sobre gostar, mas... — seus olhos brilhantes fitam-me. — é sobre a pessoa e não o sentimento.
— Se ela for legal está tudo bem, quem sabe não seja ela quem vai te deixar mais livre e com vontade de sair deste lugar.
Deixo sobre à face o afago de meu toque singelo, este vermelho oque percorre suas maçãs é único e tão fofo. Faz com que eu me questione sobre como Deus pode ter preferidos, sabe, ela é tão linda e sempre desperta a atenção aonde vai que por muitas vezes é frustrante estar em sua companhia perto de muitas pessoas.
Mesmo que sua postura tão invejável esteja diferente agora vejo não só a semelhança como um charme único que apenas ela poderia ter neste mundo... às vezes eu realmente pareço ser sua fã, mas se eu realmente fosse, será que estaria tudo bem? Não importa o quão bem eu entenda sobre emoções existem umas que não consigo entender e essa que percorre meu peito é uma delas. Desde o primeiro dia em que nos conhecemos eu queria ter sua atenção para sempre, não sei sobre isso, mas eu sei que apenas sua atenção basta.
— Por exemplo, — seguro sua mão, elas estão quentes. — descobri recentemente que estou gostando de uma pessoa e não sei como falar para ela. É algo comum então não pense demais sobre isso.
— É o Hanzo?
— Ele? Todos pensam a mesma coisa, mas nunca entendi o motivo.
— São amigos, é normal, apenas diga.
— Não é ele, é uma pessoa especial que sofre bastante e que por muitas vezes confunde minha cabeça... quero confortar ela em algumas horas e em outras apenas matá-la.
— Que tipo de pessoa estranha é essa. — vejo seu sorrir escapar, agora, mais brilhante.
— Cheguei a conclusão de que eu apenas deveria falar com esta pessoa, o resultado disto eu não sei, mas quero tentar... logo estaremos seguindo caminhos diferentes então pode ser nossa oportunidade.
— Vá atrás dessa pessoa, eu vou ficar bem.
— Sabe eu posso ser a chefe dessa pessoa, o desejo desta pessoa é ser professora. Quem sabe não podemos trabalhar juntas, por mais que eu ainda deseje trabalhar em um café e não precisar pensar demais.
O rubor se intensifica e pelo fugaz desviar de seu olhar percebo algo que esperava, mesmo com medo, eu realmente esperava que ela se sentia essa mesma emoção. Agora não há motivos para esconder, não sei se irá aceitar meus sentimentos, mas ao menos agora compreende meu motivo por trás de tanto carinho e apego... um sentimento que pouco a pouco cresceu dentro de mim se alimentado de nossas conversas e momentos únicos, ele cresceu como uma flor, como um lírio.
Eu queria poder dizer mil e uma palavras, queria explicar que em minha mente a pessoa que surge é você e que ninguém pode ocupar o espaço que é unicamente seu. Mas eu não consigo, seus olhos são espelho de sua alma e a fraqueza de minhas defesas tão sólidas que por muito tempo evitaram outras pessoas.
Agora que estamos aqui uma diante da outra percebo o quanto tudo parece uma história daquelas que tanto gosta, talvez uma Odisseia, e se deste através sentimento pudéssemos mudar nossa realidade. São muitas variáveis e um finito tempo, porém eu quero experimentar todas essas infindáveis opções ao seu lado.
Por mim, está distância é cortada e com a proximidade de sua face percebo a beleza que ninguém no mundo pode ver, os encantos que mais ninguém terá acesso, eu posso ser de fato uma juvenil garota prestes a entrar em seu terceiro ano, entretanto eu sei bem o que desejo pelo resto de minha existência neste mundo.
Tocar as maças de seu rosto desta forma agita meu coração, esse silêncio é ensurdecedor, o palpitar mais rápido e essa borboletas em minha barriga... observo seus olhos por um último instante e no fechar de meu olhar busco o toque de seus lábios.
Calor, é isto que sinto, tudo aqui dentro está tão quente mesmo que o sol não brilhe lá fora como deveria. Em peito a crescente ansiedade, no estômago é como se diversas borboletas voassem sem compromisso e mesmo com tantas emoções estranhas sinto que posso voar para onde quiser. Essa felicidade que aflige meu coração, nada no mundo se compara a essa emoção que apenas Murano pode passar.
Afasto-me e no abrir de meus olhos busco sua face tomada agora pelo vibrante vermelho, uma acácia completa. Sorrio diante de seu olhar atordoado, não sei se fiz isso do jeito correto, mas eu realmente gostei de fazer isso.
Levanto-me e no esticar de minha mão ajudo em seu levantar, suas pernas falham e antes que voltasse à sua inicial posição seguro seus braços sendo o apoio para manter-se de pé.
Calor percorre minha face, pensar nisso me deixa empolgada de uma forma diferente, seria isto então o verdadeiro sentimento de gostar de alguém? São muitas coisas para pensar, mas tudo bem, desde que tenha esse sorriso em minha mente posso buscar uma forma de entender essas novas emoções que surgem.
— O que foi isso? — a vejo tocar seus lábios. — Eu não esperava, pensei que fosse o Hanzo.
— Ele é legal e bem interessante, mas aqui dentro só existe espaço para uma pessoa... sei que pode parecer estranho, duas garotas, porém eu não me importo.
— Jura?
— Juro.
— Estou feliz por confessar meus sentimentos — busco seu abraço. — eu tinha medo da resposta.
— Medo?
— Não é comum esse sentimento, pessoas dizem ser errado.
— Tem razão, existem pessoas que não gostam e isso me assusta agora que paro para pensar um pouco sobre. — busco a distância tocando sua face. — Contanto que ninguém além de nós, saiba nada de ruim irá acontecer.
— Tem razão. E caso aconteça eu estarei lá para impedir nosso final.
Eu quero conseguir lembrar deste momento para o resto de minha vida, o momento onde deixei de ser uma pessoa com medo e me tornei uma lúdica e determinada pessoa. Jamais deixarei que tudo entre nós acabe Murano, não vou, essa é minha promessa não importa o que aconteça.
Presente (03/12/2020 - outono)
Somente um anúncio do prefeito que no mínimo é tedioso para me fazer lembrar deste momento oportuno de nosso passado. E pensar que o primeiro evento em sua nova filial é para alguém como ele. Eu posso dizer que pelo menos essa noite não será tão monótona para alguns, numa das mesas onde sua família toda está reunida vejo os olhares de seus irmãos em minha direção.
Mesmo seu olhar é estranho, ela deve pensar que eu sou estranha depois do que fiz ontem à tarde naquela cena totalmente exposta. O toque de Kazui desperta minha mente, e logo meu olhar volta ao seu semblante mais alegre.
— Pensei que fariam algo melhor, porém eu estava enganado, — Jun busca se levantar da mesa onde estamos. — se me permitem irei falar com o prefeito, temos que organizar certas visões e como seu pai pediu eu estou aqui para tal, nossa reunião de reencontro ficará para outro momento Naomi.
— Entendo.
— Eu também não tenho mais o que fazer aqui dentro. — Kazui se levanta. — Vou andar um pouco Naomi.
— Andar? Sei, seu celular nem ao menos descansou enquanto esteve por aqui.
— Digamos que seja uma emergência, assim que resolver isso eu volto.
Ambos deixam a mesa indo de encontro a seus afazeres que divergem de minha presença, com a partida vem até minha mesa carregando o semblante misto. E o primeiro que se apresenta nesta noite é você, pergunto-me qual será o questionário desta vez... que não seja uma verdade difícil de lidar.
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