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春 (Haru) - Meu Eu

Presente (03/04/2023 — Primavera) / Murano Umezawa



Deixo o lugar pela porta da frente, sua nova jornada vai se iniciar aqui assim como a minha se iniciou há três anos quando perdi o restaurante para meu pai, meu rumo foi apagado e foi justamente quando Naomi se tornou minha nova esperança.

Agora sinto que ele finalmente terá um lugar aonde será mais de si e menos de outro. Hanzo. Pensar que antes vivíamos como opostos e agora somos mais completos me impressiona, de certo modo não posso mais negar este fato.

Assim como essa mulher responsável por tantas mudanças trouxe uma nova versão sua, transformou você em algo melhor, algo que eu nunca consegui fazer por você enquanto ainda estávamos juntos. Parte de mim também pode dizer algo assim, graças a Naomi, no fim posso dizer que ambos foram as minhas asas reais para sair dessa prisão qual por tanto tempo vivi em completa solidão sendo tão reclusa.

Graças a ela pude deixar para trás minhas sombras como meu pai desejou em sua última frase naquele contrato, ainda que não acreditasse em minhas palavras fui até ele uma última vez quando a única coisa que nos separava era a saúde.

Ele, bem mais velho, estava deitado numa cama de hospital já incapaz de gozar da beleza da vida, e eu, por outro lado, sorria, não por sua desgraça e tão pouco para aparentar ser forte. Sorria para mostrar a ele que estava certa no fim, ainda que não acreditasse, ele percebeu pela primeira uma expressão que não fosse pesar, tristeza ou incerteza em minha face que antes era tão comum de se notar ansiedades, medos e o fantasma que depreciava minha alma.

Foi a primeira vez em que ele sorriu para mim em tanto anos, foi a primeira vez em que elogios verdadeiros pude ouvir e pela única vez em toda vida ouvi as palavras "bom trabalho" escaparem de seus lábios sem que isso fosse referente a uma ordem ou em prol de seus mandamentos tolos que não me levaram a lugar nenhum além da solidão.

Foi em um dia como esse, estava claro e as cerejeiras eclodindo lentamente como fiz ao perder meu maior medo, foi graças a Naomi que pude superar os demônios que seguiam meus pensamentos mais profundos e conflitantes. Quando recomecei sendo apenas uma cozinheira ela estava lá, quando decidi que me reergueria ela estava lá sempre me dizendo para não temer e que eu não era ruim ou inferior e quando voltei ao meu posto permaneceu ao meu lado.

Ela me ensinou a viver, e agora posso dizer que compreendo o que sempre tentou me dizer em nossa juventude, as coisas que nunca vi, entendi, e que nem mesmo sequer parei para pensar com clareza, afinal assim como muitos outros eu apenas seguia as ordens sem reclamar ou mesmo pensar visando sobre o futuro que nem mesmo havia chegado.

Realmente ela quebrou meu sistema tão comum, me fez olhar para tudo com outros olhos, entender a vida e perceber que se eu não for capaz amar a mim mesma jamais poderei sonhar em dizer que a amo de verdade.

Hoje posso dizer que estou viva por sua causa, foi sua forçar quem me ajudou a levantar do nada, sua luz que me deu esperanças e agora foram as palavras gentis que me fizeram ver como tudo é maior e mais belo quando posso confiar em seus braços. Finalmente posso ser não apenas uma mulher livre de medo como também a mãe que Suyen e agora Katsumi merecem ao seu lado para ser as asas que guiaram o futuro que desejam alcançar.

Frente a floricultura paro, no tomar de seu caminho vou adentrando-a e tomando em mãos o celular que se mostra minha única esperança para uma surpresa.

Uma flor romântica o suficiente para encantar até mesmo o mais distante dos corações, quero algo assim para chamar sua atenção hoje, ela sempre me disse que eu era a mais bela das flores, porém, quando penso nela vejo que ela, na verdade, é a mais bela entre todas as flores que já vi nesta vida. Nenhuma se compara em beleza, elegância e perfume, poucas possuem sua postura, carisma ou até mesmo sua imponência ainda que diga que não possuir tais qualidades.

E seguindo as palavras da mulher tomo o buque escolhido em minhas mãos, no fim, camélias japônicas ainda me encantam mais e de certa maneira me lembram você mais do que gostaria. Acredito que você tem sua própria maneira de me impressionar, instigar e até cobiçar minha atenção, levando minha razão com tão pouco para no fim mostra a minha visão o quão vasta é nossa relação que apenas em três anos mudou tanto e para melhor.

Para trás deixo a loja indo de encontro a visão que possuo da alta torre, quando cresci mais um pouco e o ensino médio tornar-se-á minha vivência desejava morar nas proximidades desse campus e essas vontades cresceram quando a filha dos Minamotos me conquistou com pouco.

Andar por essas ruas que dividem as áreas desse lugar, poder sentir o aperto de mão, o calor de sua mão sob a minha enquanto o sol queimasse aquecendo a nossos rostos... sonhos bobos de uma menina apaixonada que mal podia revelar os sentimentos em seu coração... e agora tudo que posso fazer é viver tão intensamente e feliz para honrar aquele anseio tão comum a ela.

Pelas escadas persigo a imagem que via, salas vazias enquanto o pôr recai sob suas mesas, e pensar que daqui a algumas horas eu pouco a verei em casa, me aproximo lentamente da sala que disse que estava e ao abrir da porta me deparo com o olhar da mulher que após minha partida tomou um lugar em seu coração, parada a fito, nas mãos cartas e mais cartas que caem pelo chão.



— Você também está aqui?

— Começarei a trabalhar aqui como professora integral. E você? O que faz aqui? Há, já imagino.

— Naomi.

— Ela disse precisar esticar suas pernas. Se quiser que eu avise ela posso mandar mensagem, mas dado o que carrega, imagino que seja uma surpresa sua vinda para cá.

— Quase isso, mas não precisa, posso achar ela e, além disso, você parece ocupada.

— Isso? — aponta para as cartas. — São o preço que eu pago por ser mais aberta, muitas alunas me enviam cartas diariamente e isso que você não viu os presentes que recebo. Honestamente, é cansativo pensar que as aulas nem começaram e já possuo tantas.

— Consigo ter uma ideia apenas em observar essas cartas, são muitas, nem mesmo pensei que alguém ainda podia se dar ao trabalho de fazê-las quando é muito mais fácil ser direto com quem se deseja.

— Sim, mas no fim eu apenas irei recusar formalmente, não gosto de misturar amor e trabalho. Naomi me ensinou muito bem isso.

— Quando diz isso dessa forma me soa triste, às vezes me sinto mal em pensar que para nossa felicidade você tenha precisado ficar sozinha.

— Está preocupada com isso? Hoje as cerejeiras desabrocharam, as ruas estão lindas e você carrega um buque de camélias... deveria me ter como ultima preocupação, mas obrigada, eu acho.

— Olhando para você entendo ela, além de bela é uma mulher boa e divertida. Qualquer um se apaixonaria por você.

— Nem todos, mas obrigada pelo elogio, agora recomendo que vá atrás dela antes que ela decida apenas ir embora. Não temo mais nada para ser feito aqui. Se duvidar, talvez tenha até mesmo ido embora.

— Obrigada pela conversa, me ajudou bastante Riho.

— Cuide bem dela, Murano.



Fecho a porta da sala, essa mulher, realmente é bem bonita... às vezes me sinto sortuda por Naomi me amar demais ao ponto de não notar tanto minha beleza. Não me considero e sei que não sou tão bela quanto ela. Penso que sou como esse vasto campo marcado pelas flores coloridas, me sinto um pouco assim, posso ser bela num primeiro momento, mas é isso.

De qualquer forma, ainda assim sou grata, me sinto um pouco como essas pessoas aqui presentes abaixo de ameixeiras, alegre por testemunhar esse encanto da natureza e, ao mesmo tempo, viva simplesmente por me tornar encantada com isso que parece tão natural.

Tantas pessoas ali, sentadas, às vezes queria poder voltar no passado e evitar tudo aquilo apenas para conseguir viver esse momento ao lado dela como tanto desejei durante meus momentos de solidão na França, ao menos agora posso estar ao seu lado.

Na sombra de uma das árvores espreita, a postura que assume, descompromissada perante aos olhares de alguns encantados em perceber a diretora de uma fundação ali parada como eles.

Olhando bem são muitos os olhares sob ela, não é para menos, a expressão de alegria, os cabelos que saltam ao flerte do vento mostrando sua exuberância e sem contar nesse sorriso descabido que brilha tanto.



— Ela é linda, mas ficar aí babando não muda muita coisa. — a voz, me viro, encontrando mais uma vez Riho. — Esqueceu isso na sala, — minhas chaves. — imaginei que não tivesse percebido quando caiu.

— Obrigada.

— Posso te dar um conselho sem que tenha pedido. Enfim, desce lá e assume esse relacionamento logo, Naomi uma vez me disse que não gosta de esconder as coisas.

— Em tese muitos sabem disso.

— Apenas desça e haja naturalmente. Você aparenta estar assutada com esse efeito chamado Naomi, não te julgo, sei como funciona e por isso digo apenas vá.



Com as mãos tomadas por caixas onde imagino que estejam as cartas segue o corredor indo de encontro a outra escadaria. Talvez ela esteja certa, nesse tempo todo tive certos medos com relação a nosso relacionamento, é, ela tem razão, não deveria ficar aqui em cima apenas e sim descer... pensar demais nisso me torna de certa forma idiota.

Pelas escadarias em minha direita vou descendo ao térreo e no cruzar dos alunos e seus pares comuns, vou sentindo meu coração bater mais rápido a cada passo dado em sua direção. Por que me sinto assim? Como se essa fosse a primeira vez em que a encontro fora de locais fechados, meu corre, assim como meus sentimentos tão flutuantes.



— Estava aqui. — minhas pernas parecem mais fracas, isso que sinto é ansiedade? Ou apenas algo que não posso mensurar. — No meio de tantos.



Digo atraindo seu olhar que da surpresa se perde em um doce sorriso tão cativante, a mulher por quem mais esperei em toda minha ida no final é a que mais me faz pensar em como poso melhorar para digna e não apenas isso como capaz de amar a ela intensamente.

Abaixo das sombras da árvore o olhar que reluz alegria, um olhar tão puro e calmo que me conforta tão com pouco. Naomi Minamoto. A mulher por quem cai, a mulher por quem anseie, a mulher por quem tanto esperei.



— Murano, — me fita com o terno olhar seguido pelo sorriso calmo e espontâneo que escapa por baixo de sua franja. — tudo bem? Não esperava ver você antes do anoitecer, particularmente me pegou desprevenida agora.

— Estou bem, quase isso, na verdade, algo me encantou, desde então não sou mais capaz de olhar sem perder meu foco ou admiração. — acabo por sorrir diante de seu sorriso. — Talvez não entenda o que quero dizer honestamente.

— Amor. Me sinto assim também toda vez em que me deparo com seus olhos vibrantes. Quase como um ímã inexplicável.



Seu toque me enlaça, rendida sou e num puxar suave me conduz ao seu abraço me tomando com tão poucos toques e diante dos olhares de todos. Como ela pode fazer algo assim diante de tantos olhos e ainda manter esse sorriso marcante que carrega com seus poucos traços uma marcação tão forte? Olhar para ela só me traz uma única certeza, a que eu a amo.



— Coragem... — sussurro ao pé de seu ouvido. — como pode fazer isso?

— O nome disso é amor, ele me inibi e me mostra que esta tudo bem em ser um pouco descarada caso seja você a pessoa que irá me provocar essas emoções flutuantes.

— Às vezes me pergunto como podemos amar tanto uma a outra.

— É algo que não precisa ser entendido, porém, ainda tenta como se pudesse compreender ele.

— Esse buque, é para você, algo que queria fazer de diferente e não pude fazer devido à constância entre trabalho e dormir.

— É lindo como você, Murano, tenho um convite para fazer. Aceita sair comigo hoje a noite?

— Para? Que eu me lembre trabalha amanhã.

— Sim, trabalho, mas tem uma surpresa que preparei e desejo mostrar a você hoje.

— Tudo bem, eu aceito sair com você

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