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夏 (Natsu) - Memórias de verão (parte III)

E aqui estou eu, uma figura perdida num passado distante qual não pode esquecer. Perseguindo pelas ruas desta cidade distante do meu eu comum aquilo que um dia possui em meus braços.
Minhas pernas são tomadas pelo peso assim como meu pulmão pelo ausentar do ar, não estou mais tão habituada a situações de fortes emoções como as vividas na escola.

Fixa, permanece, estática, portando a plenitude de algo que há muito esteve distante de mim. Diante de meus olhos, você, mal posso crer que algo assim esteja realmente ocorrendo após tantos anos de solitude quais enfrentei.
Essa em minha frente é realmente ela? Aquela por quem um dia ousei perder minha vida? Não deve ser possível, esse olhar enfraquecido, a postura sem confiança… essa é ela ou alguém a quem desconheço.


— Você estava aqui… — o receoso jeito de se portar, essa é Murano? — eu não esperava que estivesse nesta cidade, nem mesmo deveria ter mandado mensagem.


A inclinação mostra indícios de sua partida, as costas, vejo, não desejo isso. Busco seu braço o tomando entre minha mão, o nebuloso olhar encontro nesta busca tão distante daquilo que um dia imaginei como retorno.


— Murano. 

— O tempo realmente passou, não é? — o prender da mecha atrás da orelha, sem graça. — Doze anos passaram, você ficou alta.

— S-sim, passou, é surreal pensar que… é estranho acreditar que após tantos anos estamos aqui.

— Foi muito tempo mesmo, fico um tanto surpresa em vê-la bem desta forma. A beleza que empunha é única, o tempo a fez ficar melhor do que esperava, continua bonita, Naomi.

— Fala como se estivesse feia, longe disso, está linda como todas as flores que encantam essa estação quente. 

— Você realmente não mudou nada, apesar de que tais elogios ainda permanecerem, vejo que houve mudanças neles e com certeza estão melhores.

— Murano, eu sei que é tarde, mas podemos parar em algum lugar para conversar?

— Não vai te atrapalhar mais?

— Como assim?

— O perfume, imagino que tenha deixado seu marido em casa. Ele não notará sua falta?

— Não, genuinamente não, podemos ir então?

— Claro, — o acenar de sua cabeça traz o sutil sorriso. — ficarei feliz.


As ruas se tornaram uma passarela particular, e ali a visão minha e somente de sua passagem estonteante qual não mentirei, ansiava por tal.
Embora seja deslumbrante ter sua presença aqui diante destes olhos tão impressionáveis que carrego comigo, sinto certo vazio, talvez não seja a palavra certa para usar e ainda que a desconheça, penso que talvez, seja por esse sorriso ofuscado.

Um pequeno café as margens do cruzamento mais famoso desse país, impressionante que ainda esteja aberto neste horário tão incomum.
Frente aos olhos distantes me ponho sendo o ponto único pelo qual sua visão percorre, e mais uma vez percebo que mesmo tantos anos de pensamentos quais julguei com afinco serem uma espécie de preparo para este instante não passam de palavras mergulhadas em sonho do que desejei ser real.


— Apenas um café? — busco na imagem de seus olhos algo novo, incerteza é tudo que vejo. — Algo mais doce pode calhar não?

— Café está bom, não estou mais com um paladar infantil que recusa coisas fortes.

— Se soubesse poderia ter feito o convite para uma bebida, não uma cafeteria, sinto que seria de seu agrado.

— Qualquer coisa pode ser de meu agrado, não necessariamente apenas uma bebida. Estou longe de significados mais, simplistas, eu diria.

— Pouco falamos, e nesse pouco tempo posso notar que mudou bem mais do que aparência.

— Natural não? Estamos destinadas a mudar com o passar do tempo, natural que ocorra essa diferença.

— Pensei que nunca a veria de novo, reencontro, essa palavra era uma lenda para mim até que sua mensagem chegou.

— Esse número, eu peguei numa de minhas conversas com Chie. Sei que não deveria pedir sem antes falar com você, erro meu.

— Tudo bem quanto a isto, não posso chupar você, como conseguiria meu número se não fosse por Chie.

— Como tem passado? Ainda em contato com nosso grupo de amigos?

— Faz tempo que não falo com ninguém além da Chie, ela tem me contado sobre sua vida o quão chato é viver no campo.

— Engraçado não? — seus olhos me fitam com incerteza. — Pensar que após minha partida todos se afastaram, sinto-me culpada por isso.

— Não pode controlar a todos, mal podemos nos controlar. Mesmo assim admito que certas noites me pego pensando em como éramos felizes naquela época onde apenas estudar e viver com o estigma de grandiosidade de nossos pais era a grande coisa importante.

— Odeio o fato de carregar a razão, realmente mudamos, não é? — essa fragilidade que expõe difere do que um dia eu vi. — Antes eu possuía mais certeza em meu caminho e palavras, agora, tudo que posso fazer é me sentar esperando que algo diferente do comum ocorra.

— Não anda tão de bem com a vida?

— Fases, acredito, uma hora estamos no topo do mundo enfrentando tudo que pode ocorrer de errado e no outro apenas recebendo problemas atrás problemas.

— Entendo, fases são realmente complicadas de lidar.


Os dedos num tocar delicado conduzem a xícara de vidro ao toque dos lábios rosados, a respiração tímida quase que imperceptível e o que posso dizer do fechar de seus olhos. Um ritual que não mudou dentre tantas alterações de sua vida, imagino, agora, sim, posso enxergar traços daquela Murano qual conheci há anos.

Antes eu não me sentia assim, contudo, palpitação me toma num anseio incomum que lampeja por minhas memórias daquele tempo que não voltará mais para nossas vidas.
Nossas idas a biblioteca, campos tão verdes onde corríamos, parques onde estrelas eram nossas mais íntimas confidentes e até mesmo a escola em suas noites de calor onde a piscina conseguíamos usar.

Esse sentimento de nostalgia, não posso negar que estou afeiçoada a ele, mesmo que parte de minha mente julgue isto como mal. Estranho eu sempre soar assim, de novo e de novo me pego prestando homenagens para dias que não voltarão para nossas vidas, agora tão distantes daquilo que desejava viver.

A curva de seu sorriso aberto traz para meus pensamentos algo que julguei ter perdido no dia em que a morte se tornou tudo que desejava.
Naquela tarde, onde seus sentimentos foram revelados, eu havia sonhado acordada e naquele eu te encontrava após ganhar a competição com você carregando algo familiar, como uma música qual sou incapaz de esquecer.
Apesar de tardio trocamos nosso comprimento não como amigas, eu pensava em algo maior que apenas amizade para que nessa troca meus olhos encontrasse a vida em algo além do esporte que tanto amei por anos.

Ainda que nada disso tenha ocorrido, meu coração palpitou ao saber que meus sentimentos eram semelhantes e não divergentes. Mesmo que nem tudo fossem flores, mas foi conforme o sol se despedia do céu, eu pude perceber que nós duas éramos maiores que muitas das coisas que julgamos erradas para a pouca idade.

E quando presente se mescla ao passado enxergo as nuances que fizeram repensar sobre você, a sua imagem estava se dissipando pela ausência e aqui eu deixaria apenas as memórias de uma época antiga para que eu pudesse reviver cada uma delas de novo e de novo e de novo... quantas vezes meu coração necessitasse delas.
Não foi fácil para mim manter você viva, por tantos anos, desligar o hoje, e ligar o amanhã sempre foi a matéria mais difícil para alguém como eu, tão presa as suas raízes doloridas.


— Quando fecho meus olhos, é tudo cheio de você, é você que permanece aqui.


As palavras ditas quais jamais pensei ouvi-las, seus lábios não tremem e nós olhos a convicção qual não mostrava a mim desde nosso início de encontro.


— É estranho falar sobre isso após tantos anos cuja distância foi o maior diferencial.

— Não temos rodeios, — é inevitável não sorrir após tais palavras. — também sinto sua falta. Era mais feliz quando podíamos passar muito tempo juntas sem preocupação com nada.

— Tudo que fazíamos era sorrir, mesmo com as dificuldades referentes a diferença ainda éramos bem feliz com tudo que vivíamos. 

— Certo dia pensei em como poderíamos fazer diferente, eu sorri ao perceber haver um meio e trabalhei para que meu dinheiro próprio conseguisse realizar ele.

— Um sonho conjunto?

— Tem um lugar que eu gostaria de mostrar para você, aceitaria ir comigo para esse lugar?


A xícara finaliza deixando sob o fundo apenas o último resquício de que ali havia café, nessa suave curva de seus lábios vejo a beleza cintilar pela esbranquiçada abertura.



— Estamos nessa madrugada por tanto tempo que estranho seria eu recusar esse pedido seja lá onde ele deseja me levar.

— Garanto que não será longe daqui, esse lugar é onde guardei meu sonho.

— Que tipo de sonho?

— Um onde eu e você podemos viver sem mais medo de amar uma a outra.



Assim foi dito para enfim ser feito por nós, um táxi tomamos usando de sua cortesia para chegar ao ponto escolhido por mim para carregar algo chamado esperança, ao contrário do medo.
Diante de uma rua estreita para, desço e logo a ajudo em seu descer. Juntas lado a lado, pelas, seu olhar se encontra maravilhado com as luzes de um mercado pequeno prestes a fechar.
Flores tão belas espalhadas pela calçada atraem sua atenção, esse lugar foi uma escolha a dedo feita por mim num momento onde apenas sonhos me guiaram para cá.

Entre a viela conduzi seus passos até que meus passos paro tornando a única visão possível a desta loja, flores pela entrada encantam e não qualquer flor, pelo seu olhar imagino que já tenha as percebido antes mesmo de parar.


— Acácias e lírios. Que lugar é esse?

— Um café, eu o comprei do pai de uma amiga e realizei reformas nele que julguei essenciais, assim como vistorias. Foi um custo alto, mas valeu todo o dinheiro investido nele.

— E aqui guarda seu sonho?

— Sim, quero viver aqui pelo restante de minha vida sem preocupações.


A porta talhada em madeira vermelha toco levando ao fecho dia chave, ao destrancar abro o espaço permitindo que passe para dentro.
As luzes, acendo iluminando o lugar, com o bater da porta sigo para trás do balcão tomando em mãos a caixa qual guardei por anos.


— Nesse lugar tenho guardado todo o tipo de coisa que julgue importante. É onde estão minhas memórias, minha mente, tudo a qual tenho desejo de manter.

— Um lugar bonito, o tipo de ambiente no qual eu moraria pelo resto de minha vida. 

— Aqui é onde deixei cada pequena ação que recebi sua, cada detalhe, foto, escritura, ornamento, tudo está aqui.

— Naomi, isso é algo grande. Uma mudança e tanto de vida.

— Eu sei, mas nem mesmo sei se algum dia poderei estar aqui. Não depende apenas mim.

— Assim retorna a pergunta, a mesma pergunta que nos afastou.

— Não, essa difere, eu realmente quero estar ao seu lado por mais difícil que possa parecer.

— Acho que — o celular apita e ao tomá-lo em mãos sua expressão muda. —, está na hora de partir, amanhã tenho afazeres.

— Entendo, eu te levo até shibuya de volta.

— Não precisa, agora preciso pensar sozinha para não fazer uma besteira da qual venha a me arrepender no futuro.

— Sendo assim, espero então poder encontrar você de novo.

— Talvez seja mais cedo do que pensa.

— Boa noite, Murano. Até mais.

— Até, Naomi.


Suas costas foi tudo que pude ver, este partir solitário, o que se passa em seu atual mundo e o que enfrenta que lhe obriga a vestir essa capa fria qual pouco se assemelha a você?


— Murano!


Seus passos param antes que a porta pudesse ser aberta, os olhos violeta encontram a mim nessa imensidão e por eles a minha certa rústica de que desejo algo que vá ferir a outro.


— Amanhã, vamos almoçar juntas e não diga que possui compromissos.


Um sorriso cínico qual apenas você poderia reproduzir para mim, eu o vejo e como anseio por ele, assim como anseio por tomar algo que não recebo por anos e mais anos.


— Me ligue.

— Farei! Chegue bem em casa.

— Não há tristeza apos um convite como esse.

— Espero que não, desejo ver você logo.

— Até amanhã então, meu lírio.

— Até, minha acácia


Passado (20/08/2018 - verão) - (natsu/夏)


— Faz cinco dias caso deseje saber.

— Então esse é o período que não vai visitar a Riho? Pelo visto vocês não voltam mais, as brigas de sempre ou isso tem relação com sua amiga do passado?

— Juro que não era minha intenção, eu não esperava encontrar ela ou algo como isso. 

— Um conselho, eu não trocaria Riho por sua amiga de escola, mas após ouvir a história entre vocês, eu penso em como a Riho foi desgraça por entrar nisso.

— Então o que me recomenda Dean? 

— Não sei, no seu lugar? Eu tentaria buscar meu passado por ser saudosista quanto a ele, mas no presente momento eu ao menos teria tentado esquecer ele com a Riho.

— Queria que fosse simples assim.

— E não é?

— Não, mal voltamos e estamos vivendo o mesmo, ultimamente eu apenas saio com Murano, costumo ver Riho trabalhando ou dormindo… o nós em sua conta é ilógico.

— Não há muito para se fazer não é?

— Não mesmo.

— Naomi, diga o que sente para si mesma e siga o coração. Pode não ser o melhor dos guias, contudo, será melhor bússola que terá nessa tempestade.

— Quem dera fosse tão simples.

— Não pode ficar nessa para sempre, hoje e amanhã tem o festival de verão. Chame as duas e vá com aquela que aceitar ir.

— Já fiz isso. 

— E como foi?

— Preciso de detalhes?

— Sempre serão bem vindos em meu estabelecimento, mas caso não deseje falar recomendo que ponha para fora.


Tomo a caneca entre minha mão despejando em meus lábios o adocicado líquido escuro, apenas isso pode confortar a mim agora.


— Não quero ser chato, mas você não deveria beber assim ou esqueceu de seus problemas pulmonares.

— Eu sei, lembro bem deles, mas tanto faz agora.

— Entendo que não doa agora, mas deveria ser precavida. Nunca se sabe quando ele pode atacar.

— Sim, sim, mas agora esse não é meu maior problema e peço que acredite quando digo isso.

— Ela não aceitou, não é? Riho, pelo seu estado, foi descartada por ela.

— Fui… trabalho é mais importante para ela. 

— Você também pensa desta mesma forma, não são muito diferentes quanto a isso.

— O problema é que essa tem sido sua justificativa durante toda a semana, mal nos falamos nesse período e quando trocamos palavras são pesadas.

— Vivem brigando, deveria estar mais adaptada a essa realidade, não o contrário. Ainda assim, eu entendo você, certo de que isso é um saco para lidar sempre.

— Apenas espero que com o tempo essa realidade mude, mas por hora permaneço indo ao encontro de Murano.

— Agora que ela voltou talvez seja a hora de voltarem a ficar juntas, esperaram tanto, Riho pode não entender de primeiro momento.

— Será que realmente poderá esperar? Eu nunca escondi dela esse fator, uma garota do passado qual nunca consegui esquecer.

— Certas coisas nunca mudam Naomi, espero que entenda isso antes que se perca nessa indecisão.

— Tomara que esteja certo sobre isso, pois eu mesma, não sei como agir ou o que pensar sobre essa relação.



E assim como a indecisão de um tempo qual transita entre cores alegres assim como soturnas, estou eu, parada diante da imagem qual tanto busco em meus momentos de conturbação.
Agora que observo sua janela acesa, posso lembrar do que disse, daquilo ouvi e do que desejava ter ouvido de seus convidativos lábios harmoniosos.

Foi pela abertura da porta que minha visão pode recair sob a sua que difere de outras vezes, esse ofuscar, não importa o quanto pensei o final sempre retornaremos a essa realidade imutável.
Um passo para frente dei tomando o holofote criado pela placa em neon, um amarelo cintilante e ainda assim pouco agressivo aos olhos.

— Não vamos brigar de novo, eu entendi, serei mais presente após esse trabalho.

— Quantos já foram?

— Muitos, mas eu sempre volto.

— Riho, sempre é o último, todas às vezes essa é sua desculpa e em todas às vezes aceito sem questionar.

— Desta vez será verdade. Não planejo fazer mais nada por uma semana.

— Então vamos ao festival hoje. Me prove indo comigo.

— Não posso, não hoje. Eu disse que tenho muito o que fazer.

— Horas não farão falta, quantas vezes poderemos fazer isso? Observar fogos, sair de nossas comodidades, sabe Riho, sinto que falta algo para nós.

— Então vá sozinha desta vez, na próxima irei, Naomi, eu não posso parar tudo que iniciei hoje por essa noite.

— Mas quando lhe é conveniente pode parar, mas quando algo é maior e envolve a nós duas você para no tempo.

— Paremos aqui. Continuar não levará a lugar algum.

E sem que mais palavras fossem ditas ela se foi para dentro sem olhar para trás, por um instante é vazio ver essa cena. Não digo que desejo sua dependência em mim, mas doí, saber que evita a mim quando podemos evoluir dói.
Continuar em frente sem olhar para trás não é? Às vezes invejo a você Murano, alguém que pode seguir em momentos como esse, onde esse pesar de emoções tão distintas tende a conturbar minha razão, embebedando-a de melancolia.

Sem tempo ou contagem, tudo que fiz foi retornar ao apartamento naquele comprada para ser meu lar antes de tudo isso ocorrer. 
Guarda-roupa desfaço lançando sob malas meus pertences, se não irei, também não desejo mais estar vivendo essa vida.

No céu o entardecer, mas ao olhar para tal mais uma vez noto que a lua já nasce em seu horizonte mais soturno, em breve começará, e cá estou eu parada olhando para pertences quais não deveria sequer me importar em carregar.
O tocar rompe minha atenção, estridente, mas suave e pelo atender a voz comum em minha mente qual anseia por notícias de alguém distante de minha atual eu.


Oi…

— Oi, está tudo bem? Aconteceu algo, Murano?

— Bem, está tudo normal. Liguei por outro motivo.

— Qual? 

— O festival das luzes de verão? Estarei indo, não sei se deseja estar em minha presença, mas pensei que gostaria de ir.

— Aceito… quero ir com você.

— Podemos nos encontrar lá?

— Iremos, estou me aprontando para ir.

— Então farei o mesmo.

— Até breve, Murano.

— Estarei te esperando, até logo Naomi.

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