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PRÓLOGO

O universo manda um presente para o astrônomo


— ✦ ✧★✩ —


WILLIAM LEWIS nunca fora um homem que se preocupava com relacionamentos amorosos. Costumava dizer que sua única paixão era a ciência, os astros e o universo. As borboletas no estômago, os arrepios e a pupila dilatada ocorria quando ele estava apaixonado, apaixonado pelo que fazia. Vindo de uma família financeiramente bem sucedida, William sabia que era um presente poder fazer o que mais amava e viajar o mundo buscando novos fenômenos da natureza - em sua maioria, de origem astronômica. 

Próximo ao seu aniversário de trinta anos, William achou que seria uma boa ideia comemorar com um mochilão pelos países do norte da Europa. Se tivesse sorte, poderia ver a aurora boreal no fim do verão e então se programou para estar na Noruega no período mais provável de ocorrência do fenômeno. 

E ele não imaginava aquilo, mas foi o primeiro dia mais marcante da sua vida. Ele se hospedeu na cidade de Tromsø, no extremo norte da Noruega, conseguindo ficar em uma casa de madeira centenária. A cidade era fria, mas tinha um calor sentimental em tudo aquilo. Era impossível a alma de William passar frio em um local com tanta beleza cultural. 

William adorava como a neve cobria toda a cidade como uma fina camada, deixando tudo parecer uma pintura. Ele andou pela cidade de bicileta, experimentou todas as bebidas quente que pudera e fez amizade com um casal de viajantes da Dinamarca. 

— Estamos comemorando nosso aniversário de casamento. — O rapaz disse, ele não parecia ser muito mais velho que Will. — Faremos acampamento hoje para tentar ver a Aurora Boreal. 

— Ora, eu também! Estudos apontam que essa é a melhor época do ano. — Will disse enquanto eles voltavam para a pousada. 

Na recepção, ele olhou para a construção do hall de entrada e a forma como eles usavam cores quentes de maneira sutil para trazer um clima mais aconchegante. Olhando o casal à sua frente, pela primeira vez ele pensou na possibilidade de formar laços. Seria bom ter alguém para compartilhar as aventuras em algum momento da vida. 

Distraído e surpreso com os próprios pensamentos, Will não viu a mulher passando ao seu lado e acabou esbarrando nela derrubando sua própria mochila. 

Ele se abaixou rapidamente para pergar a mochila que guardava seus equipamentos como câmera, livros e um binóculos de longo alcance, além de um telescópio que ele esperava montar no parque do acampamento. 

— Eu sinto muito, perdão. — Ele disse em seu norueguês confuso e pouco habilidoso. Se levantou erguendo os olhos para a mulher e perdeu as palavras em todo e qualquer idioma.

— Eu te encontrei. — Ela disse abrindo o sorriso mais brilhante que William já havia visto. 

Ele não soube dizer se não havia entendido o que ela quis dizer ou se era porque os olhos castanhos dela pareciam um bilhão de cometas entrando em sua atmosfera. Sua pele era negra e escura, como se vestisse a noite como camuflagem, e seu sorriso era brilhante como a lua cheia.

— Desculpe. — William balbuciou como se nem fosse alfabetizado. Se naquele momento perguntassem no que ele tinha mestrado, ele teria esquecido. — O que disse?

— Nada. — Ela passou a mão pelos cabelos escuros e volumosos, cheio de cachos. — Está tudo bem, não foi nada. 

Will soltou o ar só então percebendo que o estava segurando até aquele momento. 

— Também está aqui para ver a Aurora Boreal? — Ele perguntou, não queria seguir para o quarto. E não sabia porquê estava tão intrigado. 

— Sim. — Ela disse e observou a grande mochila que William carregava. — Você veio preparado. Deixa eu adivinhar… é um pesquisador?

Ele riu balançando a cabeça. 

— Astrônomo na verdade. Mas estou de férias, vim simplesmente pela beleza do evento. — Ele sorriu. — Está acompanhada?

— Não, essa é uma viagem que resolvi fazer sozinha. Ficarei até amanhã, já que começará o inverno. — Ela explicou com os olhos grudados nos deles. — E você?

— Sozinho também. — Ele disse a fazendo sorrir, confirmando todas as possibilidades que estavam pensando e não disseram. — A gente podia se encontrar no acampamento. O que acha? Talvez vejamos a aurora juntos. 

— É uma ótima ideia, William. — Ela concordou.

Ele piscou, não lembrava de ter dito o seu nome.

Ela apontou para a etiqueta na mochila que ele carregava. 

— Está na bolsa. 

— Ah sim… — Ele riu prestes a perguntar o nome dela. Mas ela se afastou.

— Até mais tarde, astrônomo. — Ela disse saindo.

William suspirou sentindo uma emoção peculiar, como se uma estrela cadente tivesse acabado de passar realizando seu desejo. 

*** 

Ele foi até o acampamento à noite acompanhando o casal, Joshua e Ashley eram legais e ainda estavam no começo de sua viagem. Contaram a William que ainda pretendiam passar alguns dias em Paris. O acampamento era em um campo aberto próximo a um lago, montanhas e árvores preenchiam a paisagem ao fundo. O chão estava coberto por neve, o ar frio era terrível e de alguma forma fazia William se sentir mais vivo do que nunca. 

Ele montou a barraca próximo de Joshua e Ashley e pegou a câmera para ter certeza de que gravaria o momento. Montou o tripé e deixou tudo preparado, estava na expectativa de que algo pudesse ocorrer naquela noite. 

O melhor horário para ver a aurora boreal era entre as 22h e 02h da noite. E William não havia chegado muito cedo para não ficar exposto ao frio o tempo todo, por mais que estivesse com a roupa e equipamentos necessários, ele queria sentir o conforto e calor de um bom cômodo aquecido. Mas ao contrário de suas expectativas, outra coisa aqueceu seu coração e corpo naquela noite. 

Ou melhor, alguém. 

— Vejo que veio preparado, astrônomo. — Uma mulher disse se aproximando e no momento que Will se virou para a olhar, sabia que a noite lhe traria mais surpresas além de um fenômeno da natureza. 

Era a mulher que havia conhecido no saguão da pousada. Ela usava um gorro e um grande casaco branco, segurava duas xícaras que exalavam cheiro de chocolate e fumaça. 

— Tem um casal distribuindo para ajudar a nos aquecer. — Ela sorriu. Na pouca liz sua pele ficava ainda mais linda e o sorriso mais intenso. 

William aceitou a outra xícara com um sorriso e agradeceu. 

— Qual é o seu nome? — Ela perguntou. 

Ela então olhou para o céu quase como se as estrelas estivessem os observando e respondeu: 

— Μερόπη.

— Isso não é norueguês. — Ele notou. 

Ela riu fazendo uma onda de fascínio passar pelo peito de Will. 

— Não, mas pode me chamar de Mey. — Ela disse ainda sorrindo. 

E eles conversaram tão naturalmente como se tivessem se conhecido a vida toda. Mey era uma viajante e havia conhecido todo o planeta, ela brincava dizendo que teve a oportunidade de observar cada canto do universo. 

E William realmente achava que os olhos de Mey pareciam enxergar cada parte dele. Olhar para ela era como olhar para as estrelas. 

— Vai ficar na cidade por muito tempo? — William perguntou imaginando que poderia estender sua estadia por mais dois dias. 

— Só por mais três dias. É o fim do verão, preciso voltar pra casa no solstício do inverno. — Ela disse tomando um pouco do chocolate quente. 

Foi depois das 23h que o céu começou a ficar diferente. Mey sorriu tocando o braço de Will e apontando para o céu, ele ergueu os olhos e viu quando cores começaram a surgir, como se fossem ondas de ar e energia despertando e iluminando o céu noturno. 

A luz crescia sobre eles alternando sua cor entre verde, roxo e tons de azuis. William sentiu seu corpo se arrepiar por completo enquanto aquela visão maravilhosa tomava conta do céu como se abraçasse todos ali. Ao seu lado Mey sorriu e eles deram as mãos cobertas por luvas e só saíram de lá quando o sol surgiu. 


MESES DEPOIS DE SUA MEMORÁVEL VIAGEM, William estava de volta à Nova York em seu apartamento em um Edifício no centro. Ele estava lendo ouvindo as mensagens de voz deixadas em sua caixa postal, enquanto abria a caixa de pizza que havia acabado de receber e assistia um documentário sobre nebulosas e supernovas. 

Houve uma batida em sua porta e ele estranhou que o porteiro não tivesse telefonado para avisar. Talvez pudesse ser um de seus vizinhos, ele olhou no relógio, eram quase onze horas. 

William se levantou e abriu a porta. 

Não havia ninguém no corredor. Ele olhou para as portas de seus vizinhos e não havia nenhum sinal de que alguém havia passado por lá. Intrigado ele voltou pra dentro e quando estava prestes a fechar a porta, ele ouviu um som vindo bem à sua frente. 

Um som baixo e irritante. Um choro fraco. 

William olhou pra baixo já começando a ficar em estado de choque.

No seu tapete de entrada havia uma cesta e dentro dela um cobertor embrulhado. Mas por quê o cobertor estava chorando?

Ele se abaixou, esticou o braço devagar e ao pegar o cobertor descobriu o rosto do bebê que estava lá dentro. William paralisou e a criança começou a chorar mais alto. 

Ele olhou ao redor em pânico. Quem teria coragem de abandonar uma criança? Ele respirou fundo ficando extremamente revoltado, iria ligar imediatamente para a polícia e denunciar. 

Ele pegou a cesta com todo cuidado e entrou no apartamento nervoso. Fechou a porta e seguiu para o sofá colocando a cesta com o bebê sobre ele. Ele nunca havia cuidado de uma criança antes, então tentou emitir sons reconfortantes. 

— Shiiiu, shiiiiiu. — Ele disse tentando soar calmo, e tinha certeza absoluta que soava ridículo. 

O bebê passou de choro para berro e se sentiu ainda mais nervoso. William pegou o telefone e o arrastou com todos os fios para o sofá já teclando o número da polícia. Ele tirou o cobertor amarelo da criança esperando encontrar qualquer informação que pudesse ajudar a polícia. 

E ele de fato encontrou, havia uma carta. 

Ele abriu o bilhete e o conteúdo dele, naquele momento foi a coisa mais assustadora de sua vida. 

Olá, Will.

Eu sinto muito por ter de fazer isso, mas eu não tenho muito tempo. E eu também não posso explicar através de uma carta. Mas eu sei que você é um bom homem e que irá cuidar bem da nossa filha. Precisa tomar muito cuidado, ela é especial e acredite, o brilho das estrelas corre em seu sangue. E ninguém melhor do que você para compreender a beleza desse universo. 
Sei que dará o nome perfeito para ela e eu espero um dia poder vê-la de novo. Eu sinto muito, Will. E obrigada, por ter me feito acreditar no amor novamente. 

Com todo amor,

Mey. 

William deixou o telefone cair e olhou para o bebê à sua frente. Ele sentiu um terrível aperto no coração. 

Sua filha.

As palavras ecoavam pela sua mente e ele sentia que estavas prestes a perder a respiração, estava quase chorando e berrando com o bebê. E então respirou fundo. 

— Não, Will… pense racionalmente. — Ele murmurou para si. — Quais as chances de isso ser verdade?

Ele pensou, fazia quase dez meses que ele conhecido Mey em sua viagem à Noruega. Ele suspirou e olhou para o bebê, se questionando por que Mey não havia contado antes e por qual motivo ela não teria retornado suas ligações. 

Mesmo angustiado e duvidando que ele pudesse ser um bom pai, ele pegou o bebê que chorava e com cuidado tentou deixar a criança confortável em seus braços. 

— Shiiiiiu. — Ele disse mais carinhosamente dessa vez balançando-a devagar em seus braços. 

Ele olhou para o cabelo escuro e a pele macia da criança, o modo como a pequena mãozinha apertou seu polegar e naquele momento o universo de William Lewis explodiu em cores. Como o céu noturno sendo envolvido por um fenômeno natural raro e maravilhoso. 

— Olá, Aurora. — Ele disse sentindo seu corpo inteiro arrepiar. O bebê parou de chorar como se de repente estivesse atento à sua voz. — Eu sou o seu pai. 

Ele segurou Aurora a envolvendo no embalo do seu abraço, sabendo que faria de tudo para ser um bom pai. A protegeria até o fim do mundo, sem saber que naquela história sua filha era quem seria a heroína. 

— ✦
notas: eu andei reparando que não escrevo muito sobre relação paternal e maternal nas minhas fics. e é difícil encontrar, geralmente os pais não participam da vida dos personagens que vemos nas fanfics por aí. então resolvi trazer um pouco disso aqui.

Acho importante ressaltar que cometi um erro ao escolher a faceclaim biracial, sendo que o pai e a mãe dela são negros. Mas quero permanecer com a Brittany, porque já me apeguei. Peço desculpas e tomarei o maior cuidado e trabalharei de forma cosnciente o lugar de fala da personagem.

No próximo capítulo teremos toda a galera do acampamento.

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