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春 (Haru) - Cicatrizes (Parte I)

Katsumi Minamoto



Se tivesse que dizer algo sobre. Falaria de como as coisas mudaram em pouco tempo.

Com o fim das flores, os dias passaram tão rápidos que mal percebi o encerramento de cada desabrochar. Trabalhos chegaram e, com eles, novas responsabilidades surgiram.

Algumas que nem mesmo desejei.

Mas dentre elas, uma única aceitei graças ao apoio da senhorita Murano, foi uma recomendação sua que me fez entrar num estágio numa galeria de arte fundada recentemente. Há pouco mais de dois anos, se estou certa, e sem dúvidas, ela está sob o selo de um misterioso dono que nunca aparece nem mesmo em pesquisas.

Algo que honestamente me chama atenção, mesmo que eu nunca tenha tido interesse em obras de artes ou algo do tipo.

Faz alguns dias que comecei nesse estágio para ser honesta. Tudo que vi nesse tempo foram pessoas comuns, que, assim como eu, apenas querem começar logo num mundo que nem sempre é bom.

Em meu primeiro dia, ouvi dizer sobre as pessoas responsáveis pela galeria, uma mulher viva e distinta junto de um jovem soturno.

De todas as coisas que fiz, trabalhar na Divinity foi uma das coisas mais estranhas que fiz em toda minha vida. Mas agora não importa, eu seria incapaz de seguir o caminho de minha mãe sem nem mesmo tentar algo diferente de educação. De qualquer forma, não sei bem o que esperar disso, mas espero que tudo isso possa me ajudar a crescer como pessoa.

Depois de todo aquele jantar, espero encontrar coragem para entender aquilo que habita em meu coração.

Nesse momento isso é tudo que desejo.

E com o último ponto sob a folha, deixo de lado meu diário observando a paisagem do meguro. Sob as águas, algumas pétalas de cerejeira seguem o fluxo do rio, busco as peças de roupa e uma mochila indo ao encontro do banheiro. Com o término, desço as escadas, encontrando a mesa arrumada. Naomi, enquanto lê suas notícias, é servida por Murano que ao notar minha presença sorri.

"Tão cedo. Vocês duas são muito parecidas nesse quesito, quando começam algo novo, se dedicam como nenhum outro faz." Diz Murano pondo uma xícara de café para mim. "Espero que não estejam pegando muito no seu pé."

"Não estão, mas, mesmo que estivessem, estaria tudo bem, afinal, tudo que quero começar, foram vocês que me ensinaram a ser assim. E, como foi você que me indicou para esse estágio, não cogito reclamar."

"Apenas vá com calma. E se não for não precisa pensar que o mundo acabou, enquanto estivermos vivendo temos chances de tentar e tentar de novo."

As palavras de minha mãe, não importa quem diga, jamais teriam o mesmo efeito que ela teria em minha vida. Quando mais nova, admito que seria incapaz de notar isso sem o esforço que ela colocou em me apoiar. Sem isso, admito que não seria nada, nada de nada e agora acho que finalmente posso entender o que ela queria tanto me dizer naqueles dias.

Após terminar meu café, me despeço das duas, seguindo pelo metro. Nessas horas, eu até queria ter um carro e não é por falta de dinheiro. Apenas fui incapaz de passar na prova duas vezes, é complicado, mas sei que em algum momento eu conseguirei.

Usando o metro, sigo ao destino, sem aulas hoje e com o passar desses dias, acredito que logo tudo irá se acalmar. Voltarei à minha rotina comum, e talvez com o tempo eu possa apenas ser honesta com aqueles de quem gosto.

Parando para pensar, desde que o jantar ocorreu, as coisas ficaram mais calmas, tudo em resumo. Yoru diminuiu suas visitas, e mesmo Natty que costumava sair tanto para aulas extras, acabou por ficar mais parada no apartamento. Ao menos assim, sei que terei poucos problemas.

Entre todos, o que mais me preocupa é Akechi, ele foi único por muito tempo e por todo esse tempo eu o esperei sem pensar em mais ninguém. Agora que voltou, e eu nem mesmo sei por quanto tempo, sinto que as coisas eventualmente vão acabar ficando estranhas sem que possa explicar suas razões apropriadamente. O que importa agora é que as coisas se acalmaram, posso pensar em algo sem me perder, eu acho, pelo menos não terei que ficar de cabeça por algum tempo, já é alguma coisa atualmente.

Desço na estação, encontrando as ruas e logo na subida de uma delas o edifico, o qual se destaca por muito dos outros ao seu lado. Sendo honesta, na primeira vez em que vi não esperava nada assim, é maior do que pensava. Ao olhar apenas as fotos, tive uma ideia completamente errada.

Sua arquitetura soa mais como um palácio antigo, mas moderno, é como se uma alma estivesse surgindo das paredes que se assemelham a uma flor.

Como é engraçado, nunca pensei que esse ambiente um dia poderia ser um local em que gostaria de estar. Contudo, agora que cruzo suas portas diariamente, vejo o quanto uma galeria de arte pode ser diferente daquilo que julgava como sendo algo comum, é, acho que possui bem mais significado do que aquilo que eu imaginava.

Algo que sinto toda vez que entro é que o branco de seu espaço me passa uma tremenda sensação de solidão, tenho dúvidas quanto a essa ser a palavra certa para esse momento. Mas quando olho para toda essa ausência de cores, sinto algo meio frio, familiar, é claro, mas tão frio que me faz pensar no quanto parece solitário estar aqui dentro olhando para elas. E justamente no ouvir dos passos, volto minha atenção para o agudo que se acentua, e pelo eco ao encontro de algumas bolsas em sua mão, ela parece familiar ao ponto de me fazer questionar meus próprios conhecimentos.

Um sorriso é o que vejo se formar em seus lábios, as sacolas pelo chão ficam e, ao parar diante de mim, sua mão estende:

"Você deve ser a funcionária nova que tanto ouço falar, Katsumi se não me falhe a memória. Uma pena que não pude te auxiliar no dia em que entrou na galeria, mas espero que Anueng tenha feito o feito por mim."

"Isso, me chamo Katsumi Minamoto. É um prazer."

"Infelizmente, não sou eu quem irá tratar as coisas com você, será alguém que por vezes é um pouco chato e costuma ser um tanto rabugento quanto ao assunto reclamar."

"Ainda assim vai ser bom, mesmo com tudo isso, não posso dizer que desejo desistir. Mesmo sendo um desafio grande, ainda aceito, afinal, foi graças à indicação de minha mãe que consegui essa oportunidade."

"Sim, a senhorita Murano é alguém que respeito bastante por ela ser quem é e encarar seus desafios com coragem. Além disso, ela é importante para quem me é importante, então nada mais justo que seguir um conselho dela."

E quando sua voz se cala, volto-me à atenção ao som de passos que cruzam o arco branco nas montanhas acima, e dali surge sua presença vestindo o terno negro e com a expressão longe daquela que certa vez foi tão comum para meus olhos. Os cabelos escuros diferem daquele castanho que um dia conheci, sim, não é o mesmo Akechi de antes, esse em minha frente é um novo Akechi, um mais distante e menos caloroso.

"Akechi.", digo, atraindo seus olhos até mim.

"Então, você veio mesmo, será um prazer trabalhar ao seu lado. Katsumi. Peço desculpas por não poder instruí-la no seu primeiro dia e nem durante a semana passada."

"Já se conhecem? Akechi pouco fala sobre seus amigos em Tóquio, diz que, como sua namorada, não posso conhecer eles para que não me levem a descobrir sobre seu passado. Yoru diz que ele era mais doce quando menor, mas às vezes tenho dúvidas dessas afirmações."

"Yoru costuma falar muitas coisas, mas uma que ele definitivamente não te disse foi que essa em sua frente. Katsumi Minamoto, além de ser a única a me superar quando estudávamos juntos no colegial, é sua namorada." ele desce os degraus, ficando diante de minha presença. Então, essa em minha frente é sua misteriosa namorada, imagino que também seja o motivo por nunca mais ter voltado para cá. Deixei de ser uma prioridade para ele... "Katsumi é excelente quando o assunto são pesquisas, peguei uma média de seus históricos passados e pedi uma ajuda à senhorita Murano para facilitar minha vida."

"Então, você é o misterioso dono?"

"Não, estou longe de ser ele. Contudo, trabalho para ele, no caso, para ela.", aponta para a mulher com um sorriso. Por que me sinto assim? Estanha, como se minhas pernas fossem feitas de biscoitos e, ainda assim, não deveria me sentir assim, já que também segui em frente. "Hwang Xinyu, ela é a verdadeira dona. Não passo de um empregado aqui e, como deve imaginar, sou seu artista particular."

"Entendo, espero que possa fazer meu melhor para auxiliar a vocês."

"Acredite, tenho certeza de fara o melhor."

"Pode mostrar o lugar para ela, amor? Apesar de Anueng ter dito, imagino que será melhor se for feito por você."

"Posso, se me permite, era o que iria fazer desde o princípio"

"Os deixarei a sós, tenho alguns negócios para resolver e isso inclui uma conversa direta com Yoru para saber que história é essa de namorada. Apesar de sermos amigos, ele pouco me conta sobre as coisas, isso é meio triste."

E com seu sorriso distante, me guia pelo lugar, as salas de obras onde guardam os itens para as exposições. Os jardins de estátuas, um lugar que ele diz ser tão importante, são o lugar onde ele ensina as pessoas a pintarem durante os eventos.

No segundo andar, tão vazio quanto o primeiro, ficam as outras peças de exposição.

Num corredor mais escondido dos olhares, me mostrou as salas, em específico, aquela que ficarei sendo detentora da vista para os jardins de estátuas e as grandes macieiras.

Olhando daqui, ele realmente parece feliz quanto ao assunto arte. Será que fundo esse é o mundo dele que nunca pude conhecer de verdade? O mundo no qual o verdadeiro Akechi vive, se for, admito, será diferente.

A luz que ilumina o horizonte recai nele, um brilho único, esse é o lado de Akechi que eu nunca vi. Se aquele por quem fui apaixonada não era o verdadeiro, e esse em minha frente, sim, então, por que escondeu de mim?

"Você deve ter muitas dúvidas para me olhar dessa forma, nos julgo, sumi sem nem mesmo dizer algo útil."

"Imagino que ela seja o motivo desse sumiço, sei que é errado, mas não posso deixar de pensar nessa possibilidade."

"Ainda que não acredite, a verdade é que as coisas ficaram difíceis para mim. Meu mundo mudou muito em tão pouco tempo, talvez você não consiga entender agora ou talvez nunca entenda."

"Elas ficarem difíceis não significa que precisemos sair do mapa, afinal, sempre me importei com você.", me aproxime dele, tomando a xícara de suas mãos. Um sorriso, flores e talvez um encontro. Coisas tão simplistas, mas que nunca ocorreram. "É estranho, não vou mentir. São muitas coisas para assistir, muitas."

"Verdade. Deveria ter pensado nisso antes de simplesmente surgir naquele jantar, eu já sabia sobre vocês dois faz algum tempo."

Desvio meus olhos por um instante da chaleira, lá está ele, aquele olhar.

"Como vamos trabalhar juntos, já não acho que caiba mais alguma mentira entre nós dois. Se bem que o único a mentir fui eu."

"Sabia?", minha voz treme e com um olhar fraco se dirige a mim.

"Desconfiei primeiro. Logo após isso, simplesmente descobri enquanto olhava para uma foto sua no celular dele." num gesto, toma a chaleira quente de minhas mãos, e sem nem mesmo desviar os olhos, derrama a água na xícara escura. "Foi estranha a sensação. Ver meu irmão namorando a garota que escolhi, aquela que nunca consegui esquecer, desde o cheiro, o sorriso, o toque e até os lábios doces..."

"Akechi."

"Me afastei dele por um tempo, sumir, parece que isso virou uma tática minha. Aí o tempo passou, foquei na minha carreira, mas não pude deixar de notar o quanto vocês pareciam felizes nas fotos."

"Poderia ter me encontrado, teria sido honesta com você."

"Katsumi, não estou te culpando por nada que tenha ocorrido depois de minha partida para a China. Você tem o direito de seguir em frente e, eu jamais falaria nada sobre isso quando fui o primeiro a te apoiar nisso."

Esse em minha frente não é mais aquele menino que tentava sempre ao máximo. Ele se parece com outra pessoa, Akechi, o que houve com você?

"Katsumi, embora eu não tenha esse direito, quero te pedir algo ao menos, como um amigo, por favor cuide dele. Meu irmão sofreu muito quando descobriu sobre nossa mãe, depois sofreu mais ainda quando não pude fazer o que desejava e hoje vejo o quanto sua presença é importante." A xícara me entrega, mas ao tomar a sua, encaro o desviar de seus olhos. "Faça dele o homem mais feliz desse mundo, por favor, isso é tudo que eu te peço. Yoru não merece sofrer, não, agora ele finalmente encontrou alguém com quem pode partilhar um sonho. Apenas sejam felizes."

E com um sorriso o vejo se afastar, deixando sua xícara para trás. Uma amarela, eu lembro dela, foi uma memória que recebeu naqueles dias de escola e agora aqui está.

Rachada...

Akechi, suas palavras me trazem dúvida. O meu coração há muito tempo pertenceu somente a você, mas agora pede que eu o entregue a outro.

Como posso amar outro homem quando o único que amo vive ao meu lado?

Akechi...

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