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Before

— Por que você está tão agitado, meu bem? — Draco questiona, terminando de calçar os seus tênis. Pelo reflexo do espelho, ele pode ver o seu namorado batendo o pé calçado pelos all star vermelhos contra o chão freneticamente.

— Por que você não está?! — É a resposta, e então ele o encara pelo espelho. — Vamos jantar junto com seus pais e meus padrinhos! Qual a chance disso dar certo?

— Estamos namorando há dois anos, meu bem. Você já conheceu meus pais. — Ele tenta tranquilizar Harry, mas ele apenas continua ainda mais agitado.

— Devo lembrar o quão desastroso aquele encontro foi? — Draco riu.

E é verdade. Foi péssimo. Harry estava a ponto de desmaiar, a família Malfoy é extremamente rica e tem uma imagem impecável; saber que o filho era gay manchou a imagem, mas o impacto certamente foi menor do que ter um Potter como genro.

James e Lílian Potter eram inimigos de longa data da família Malfoy, tudo teve início no colegial, quando Lílian fora esnobada por Lúcio e retribuiu chamando os amigos Sirius, Pedro, James e Remus, que pregaram uma peça das boas em Lúcio, prendendo-o dentro da salinha de limpeza e fazendo o famoso cuecão. Quando ele descobriu que fora eles, procurou-os irritado, mas falhou novamente pois foi derrubado dentro do chafariz. Todos da escola riram, então a rincha começou.

Era algo bobo feito na adolescência, mas Malfoy nunca quis resolver a situação.

O jantar foi constrangedor do início ao fim, não precisava ser um gênio para ter noção de que Lúcio odiava aquele relacionamento. Soltou alfinetadas durante toda a noite, alfinetadas essas que Harry fingia não ouvir, apertando a coxa de Draco para que ele não revidasse à falta de educação de seu pai. O jantar foi tão desconfortável que nunca mais foi repetido.

— Bem, mas dessa vez será melhor. Eu acho. — O loiro deixou um beijo em seus lábios. — Se ele vier com gracinha, dessa vez, eu responderei. Ele sempre desaprovou todos os meus feitos, mas não aceito que te trate mal. E seus padrinhos sempre me acolheram muito bem, então não aceito que ele os trate mal também.

Harry sorriu. Não deveria, mas uma ponta de satisfação imatura cresceu dentro de si ao ouvir que Draco revidaria caso seu pai o tratasse mal. E então, conseguiu se acalmar, terminando de se arrumar.

Potter trajava um moletom verde musgo, jeans azuis claros e os seus all stars. Draco não conseguia controlar o impulso de abraçá-lo toda hora, pois aquele moletom era seu então ficava bem maior no corpo de Harry. Ele amava vê-lo em suas roupas.

Já Draco optou por uma camisa de moletom azul escuro, com golas brancas dobradas, e um jeans claro também. E em seus pés estavam seu all star azul, que ele usava sempre para saídas mais casuais. Deixaram o apartamento, entrando no carro, onde ficaram pelos próximos trinta minutos. Em frente a enorme mansão, Potter precisou respirar várias vezes enquanto olhava o grande e belo jardim, se controlando para não surtar, e então, finalmente entraram.

Assim que entraram, tiveram a visão do piso xadrez. Uma escada grande de cada lado, entre elas, uma mesa de vidro ocupada por um vaso com uma echeveria elegans e uma garrafa de Romanée-Conti. As portas de vidro entre as duas escadas dava caminho até o jardim pela parte de trás, em cima ficavam os milhares quartos e vários outros cômodos que Harry sequer se lembrava.

No lado direito tinha uma grande porta pivotante de madeira ipê, com detalhes de vidro. No esquerdo, a porta do mesmo estilo - porém branca - dava acesso à sala de jantar e, por último, a cozinha. Os dois passaram pela porta do lado direito, encontrando uma enorme sala de estar; lustres brilhantes pendurados, uma janela gigante coberta por cortinas brancas de seda, uma escada que dava caminho até uma sacada com vista para a piscina da casa, um sofá branco e poltronas verdes. No meio da sala, um tapete felpudo ficava sob a mesinha quadrada de madeira, que segurava alguns objetos de vidro e porcelana e um pequeno porta retrato de Draco quando mais novo.

Sentado sobre o sofá, estava ele: Lúcio Malfoy. Os grandes cabelos loiros caíam sobre seu rosto antipático de sempre, os lábios finos formando uma linha reta e os olhos ameaçadores que recaíram no casal que acabara de chegar. Usava um de seus ternos extremamente caros, e Harry se amaldiçoou por usar algo tão simples. Ao seu lado estava Narcisa, impecável como sempre. Trajando um belo vestido preto, usando o mesmo penteado que deixava a mostra os fios descoloridos e o batom vermelho escondendo qualquer reprovação em seu sorriso contido.

— Finalmente chegaram. — Lúcio murmurou, sem retirar os olhos condenadores dos dois. — Pensei que não viriam mais. Já podemos nos sentar à mesa?

— Ainda falta os padrinhos de Harry chegar, pai. — Draco respondeu, sem espaço para amor. Do contrário de Lúcio, Narcisa se levantou e deixou um beijo sobre sua testa, e sorriu educada para Harry, que retribuiu o gesto.

— Claro. Atrasados. — Harry conteve o impulso de revirar os olhos, e se sentou para esperar junto dos demais.

Poucos minutos depois, a campainha soou. O estômago de Potter revirou, mas ele soube que a noite estava apenas começando. Em seguida, ele pôde ver os seus padrinhos e sorriu genuinamente: Sirius trajava as mesmas roupas de sempre, o cabelo longo e ondulado que caía sobre os seus ombros. O braço do marido estava caído sobre os seus ombros; sorridente como sempre, ali estava Remus. Com os cabelos ainda úmidos e penteados, ele trajava roupas simples também, mas que passavam conforto.

— Desculpem-nos pelo atraso. O táxi teve um problema no meio do caminho. — Fora Lupin que justificou, ainda parado no mesmo lugar.

— Que seja. Vamos. — Senhor Malfoy liderou o caminho, e Draco pôde ver Sirius rolar os olhos. Ele sufocou uma risada.

— Muito obrigado por nos receber, Malfoy. É muita gentileza sua. — E novamente, Lupin quem falava. Sirius parecia se preparar mentalmente.

— Sim, claro. Obrigado. — Ele finalmente falou alguma coisa, olhando-o diretamente. Se os seus olhos atirassem, Malfoy já estaria duro no chão.

Lúcio murmurou algo que não pôde ser compreendido, e então, foram servidos. Começaram a comer em silêncio, e apesar do clima pesado, estava bem melhor do que fora na última vez. Até as palavras afiadas passarem a sair da boca do ancião da reunião.

— Então, o que os seus pais faziam mesmo, Potter? — Ele questionou como quem não queria nada. Harry olhou para Draco do seu lado, que exibia a mesma confusão.

— Ah, a minha mãe era professora e o meu pai médico.

— Faz muito tempo que eles morreram? — Ele não parecia querer ter sutileza. Sirius encarou Harry.

— Sim. Morreram quando eu era muito novo, com dois anos.

— Então você não os conheceu, estou correto?

— Pai... — Draco murmurou, sabendo o rumo que aquela conversa tomaria, mas Harry ainda não tinha notado nada. Por isso, assentiu vagamente.

— Você acha que eles eram boas pessoas?

— O que você está insinuando? — Sirius perguntou, o tom de voz ameaçador não batendo com a expressão calma.

— Sim, eu acho. Tenho certeza.

— Sabia que os seus pais me fizeram passar por uma humilhação no colégio? — Com ar soberbo, ele perguntou. Potter arqueou as sobrancelhas, buscando respostas no silêncio. — Eles não eram pessoas boas, Harry Potter. Sinto em informá-lo, mas os seus pais estavam longe disso. Assim como Sirius e Remus.

O seu sangue ferveu, ele cravou as unhas em suas coxas cobertas; quis gritar de raiva. Como ele ousava falar de seus pais daquela forma, bem na sua frente, como se estivessem falando sobre frutos do mar? Como se fosse uma conversa casual?

— Cale a boca, Lúcio! — Black bradou, as mãos de Remus seguraram as suas por baixo da mesa.

— É apenas a verdade. — Ele não se afetou com os olhares. Narcisa permaneceu calada diante daquilo tudo. — Não me surpreende que eles tenham tido esse final. Acredito que tenha sido merecido, depois de fazerem o que fizeram.

— Pai! — O Malfoy mais jovem finalmente se manifestou, completamente irritado.

— Sabe, Potter, os seus pais não fizeram bullying apenas comigo. Com outras pessoas também. Céus, eles eram péssimos! — Ele riu, sem humor.
— Tiveram o que mereceram.

Aquela foi a gota d'água. Harry levantou ligeiramente, derrubando a cadeira atrás de si. Bateu a mão na mesa de vidro; o impacto foi o suficiente para que a água de seu copo escapasse para fora.

— Como você tem a coragem de falar mal dos meus pais na minha frente? Você acha que eu vou ficar calado por ser você, o famigerado Lúcio Malfoy?! — O seu tom estava alto, longe de ser pacífico. Draco se levantou atrás dele, segurando-o pela cintura. — Você não passa de um velho nojento. Desprezou o seu filho durante anos, foi completamente lixo quando ele se assumiu gay e sempre desmereceu nosso relacionamento. Você não se importa se ele ama ou é amado, tudo que importa na sua vida é status. E eu não só sinto repulsa de você como também sinto pena.

E então, ele virou todo o vinho em sua taça no rosto de Lúcio, que pareceu a ponto de explodir de ódio. Draco evidenciou uma risada, Sirius e Remus expressaram sorrisos orgulhosos antes de se levantarem da cadeira, arrumando suas roupas.

— Obrigado pelo convite. — Lupin agradeceu, dando as costas e saindo da sala de jantar.

Harry ainda estava na sua frente, encarando-o com o maior ódio que já sentira na vida. As lágrimas presas em seus olhos não facilitavam a sua visão, mas ele ainda conseguia notar o quão ridículo ele parecia daquela forma.

— Você combinou com roxo. — Foi o que ele disse antes de deixar a sala também.

— Eu esperava mais de você. Não achava que nos ofereceria flores, mas ao menos educação vindo da sua parte. Eu nunca tive o seu apoio, não sentirei falta dele agora. — Draco não perdeu o seu tom de voz brando, mas evidenciou desprezo. — E você, mãe, espero que tenha mais amor próprio e pare de se submeter aos feitos desse homem.

E, orgulhoso, ele seguiu os passos da sua verdadeira família e deixou o lugar. Dizer que jamais voltaria ali era eufemismo, mas não tornaria a pisar ali tão cedo. Ainda na porta de entrada, ele viu Remus, Sirius e Harry esperando-o, todos com expressões receosas. Quando o percebeu, Potter deu um enorme sorriso, acelerando os passos até ele e quebrando a distância com um abraço apertado.

As mãos grandes de Malfoy o apertaram contra o seu peito, deitando a cabeça sobre o seu pescoço e inalando o seu cheiro. Ele se sentiu imediatamente mais calmo, como se Harry fosse tudo que ele precisava naquele momento. E de fato era; quando o tinha em seus braços, sabia que nada mais importava.

— Passa a chave. — Sirius pediu de longe, e Draco sacou a chave. Ouviu o barulho do carro sendo destravado e logo ele foi estacionado do lado dos dois. — Entrem. Vamos deixar vocês em casa e irmos de táxi.

O casal obedeceu, entrando na parte traseira. O som baixo suavizou o clima, Draco e Harry iam abraçados na parte de trás e Sirius dirigia, apoiando a mão na coxa do marido que cantarolava a música baixinho.

— Me desculpem pelo meu pai... — Malfoy murmurou, abaixando o olhar.

— Você não tem culpa do seu pai ser babaca, amor. — Harry beijou os seus lábios, quebrando ainda mais a distância quando puxou-o para se sentar em seu colo.

Draco abraçou os seus ombros, deitando a cabeça na curvatura de seu pescoço e suspirando baixinho. Harry passou os braços pela sua cintura, prendendo-o em seu colo como uma criancinha triste. Black sorriu pelo retrovisor.

— Harry tem razão, Draco. Você não é nada parecido com o seu pai, então não se preocupe. O seu sobrenome não diz nada sobre você. — Remus o tranquilizou e, mesmo de costas, Draco soube que Sirius sorria e balançada a cabeça.

Anos depois, Draco finalmente se sentiu acolhido. Anos depois, Draco finalmente encontrou a sua família.

Ali, ele podia errar, pois teria a chance de consertar. De fazer escolhas erradas, decisões precipitadas, agir por puro impulso. Estando com eles, tudo ficaria bem.

Estando com eles, Draco podia amar e ser amado.

E ele nunca queria sair dali.

🦁+🐍
© daeggucci

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