Before
— O que eu perdi enquanto você dormia? — Harry ouviu a voz doce invadir os seus ouvidos e resmungou, se esticando na cama. Se virou, encarando os profundos olhos azuis que o olhavam com tanto amor.
— Você não vai acreditar… — Potter começou, com a voz rouca pelo sono que ainda lhe preenchia. — Nós dois estávamos sentados em cima de vassouras! Era como um mundo bruxo. E então, você montou na vassoura, subiu na minha frente e falou: treinando para o balé, Potter? E aí eu subi e vi uma bolinha dourada e voadora do lado da sua cabeça, fui até ela tentando pegá-la. Você percebeu e então nós começamos a voar nas vassouras, nós dois tentando ter aquela bolinha, até que eu bati em você tão forte que você caiu de bunda no chão! Foi hilário! Você pode cair assim, por favor? — Ele pediu, se desfazendo em risadas entrecortadas. Draco apoiava sua cabeça na mão sustentada pelo cotovelo, um sorriso pequeno preenchia os seus lábios e os olhos espertos acompanhavam cada movimento vindo do Potter.
— Só se você voar numa vassoura.
Os dois riram, começando o dia da maneira certa. Eles seguiam um início de rotina todos os dias que se passavam, mas ela nunca ficava entediante. Malfoy sempre acordava primeiro, então se aconchegava na cama, deitando de lado e apoiando o rosto na mão. Encarava o marido adormecido durante longos minutos, antes de acordá-lo sempre com o mesmo bordão: o que eu perdi enquanto você dormia?
"Não podemos perder nossos momentos, então quero saber o que aconteceu com você até mesmo em seus sonhos, para me certificar de que isso não irá acontecer. Se dependesse de mim eu nem dormia, pois é um tempo desperdiçado. Tempo esse que eu podia gastar estando com você". Foi a explicação desengonçada para a pergunta diária. Harry não conseguia conter o sorriso sempre que lembrava do rosto concentrado do - na época - namorado quando dizia aquelas palavras.
Harry se desvencilhou das cobertas, se aproximando do som próximo da cama de casal e ligando-o. Sacudindo os ombros sorrateiramente, ele caminhou até Draco, que o encarava com os olhos cintilando. De costume, ele deu as mãos para o esposo e deixou o seu corpo mais alto se aconchegar no do homem da sua vida, enquanto a batida alegre invadia os seus ouvidos. Os dois corpos dançavam em uma sintonia desengonçada, passos parecidos apesar de bizarros. Ainda no clima de dança, caminharam até o banheiro onde escovaram os dentes juntos e despiram-se.
De frente ao grande espelho, se encararam durante longos quinze minutos na terapia em dupla diária. Ela consistia em analisar cada detalhe dos próprios corpos - e do corpo um do outro - durante quinze minutos ininterruptos, acostumando-se a cada curva de seus corpos e aprendendo a amá-las. Em dias, a terapia podia ser bem devastadora para ambos, mas naquele dia ela foi tranquila desde o início, até o fim.
A música ainda soava pelo quarto quando eles se sentaram na banheira cheia, Harry entre as pernas do esposo enquanto sentia as suas mãos acariciarem o coro cabeludo com o shampoo. A água morna massageava cada centímetro dos dois, e quando finalizaram o banho depois de muitas carícias trocadas, eles se sentiam renovados.
Potter viu o loiro separar as roupas sociais que podiam ser vistas como uniforme, mas abraçou-o pelas costas, deixando um beijo casto em suas costas unidas e desnudas.
— Você podia faltar o trabalho hoje, não é? — Ele murmurou, deitando a cabeça em suas costas. Ouviu o esposo suspirar.
— Alguém precisa trabalhar, amor…
— Você é o CEO, você pode falar um diazinho… deixe as responsabilidades com Blaise, ele dá conta. Nós podemos assistir filmes o dia inteiro, fazer doce, ficar agarradinho no sofá, podemos fazer amor… — Draco se viu por vencido; não era bom em resistir à manha do marido. Harry sorriu, beijando as suas costas uma última vez antes de se afastar para que ele vestisse um pijama de frio.
O relógio indicava que era sete e meia da manhã, o sol forte indicava exatamente o que o vidro pendurado na parede verde musgo, apesar do clima não estar exatamente quente; estava frio, e mesmo com as janelas fechadas e o aquecedor ligado, as pontinhas dos dedinhos ainda estavam gélidas.
— Você sempre me vence, não é? — Draco sussurrou contra os lábios de Harry quando o prensou na parede, sorrindo levemente quando percebeu que ele fechou os olhos esperando por um beijo. E então, o loiro deu o que ele merecia, selando os seus lábios.
A sua mão acariciou a bochecha macia num toque singelo, deixando os seus lábios se moverem suavemente nos do moreno, gemendo quando sentiu as suas línguas se encontrarem pela primeira vez naquele dia. A sensação não era incomum, mas era cada vez mais gostosa. Sua mão livre segurou o pescoço de Harry sem apertá-lo, sentindo as mãos do esposo acariciarem as suas madeixas molhadas.
O ar foi um problema que se tornou muito distante, porque enquanto sentia a sua língua ser chupada de maneira tão deliciosa, ele sequer se preocupou com isso. Deixou se levar até o peito apertar pela falta de ar, e então se separaram ofegantes, juntando as testas e mesclando os sorrisos.
— Vamos escolher o filme. — Draco tomou coragem para se separar, dando um tapinha na bunda de Harry quando ele desfilou em sua frente, rumo à sala.
Ele passou alguns minutos escolhendo algum filme na televisão, enquanto Malfoy preparava um café da manhã. Depois de um tempo na cozinha, ele retornou com uma bandeja com torradas, ovo frito, geleia, frutas cortadas e sem semente e dois copos de suco natural de laranja. Harry se desfez de amor sabe-se lá por qual vez naquela manhã que mal teve início, não tardando a começar a comer.
Pegou um dos cubinhos de melancia delicadamente cortados e guiou até a boca de Draco, deixando um beijinho melequento de geleia de amora em seus lábios. Ambos sorriram. Continuaram comendo enquanto "uma linda mulher" era transmitido pela televisão. Mais ou menos para a metade do filme, a mão de Harry sorrateiramente recaiu sobre a coxa do mais velho, que olhou-o de canto de olho, desconfiado.
Pareceu um gesto impensado e despretensioso, então tudo que Draco fez foi dar de ombros e tornar a olhar a televisão. Mas se enganou, pois logo estava arfando surpreso ao sentir a mão quente do esposo invadir a calça do pijama. Os seus olhos aflitos se encontraram e Malfoy puxou-o pela mão, fazendo-o se sentar em seu colo. Observou cada detalhe seu por alguns segundos que se passaram como eternidades, antes de encaixar os seus lábios.
As suas mãos ágeis correram pelas costas cobertas do moreno enquanto o beijo se tornava um toque desesperado e cada vez mais bruto. Necessitado por aquilo, Harry se apoiou nos ombros do mais velho para rebolar sobre o seu colo, voltando a beijá-lo quando sentia o seu interior se remexer em pura excitação. Draco puxou a camisa que Harry trajava, jogando-a em qualquer canto enquanto sentia o quadril de seu esposo ser investido contra o seu firmemente. Ofegou em resposta, incapaz de falar algo no momento.
A mão quente de Harry desliza da nuca até o cós da calça de pijama que é retirada de Draco. Depois, ele ajuda o esposo a se deitar no sofá em uma posição confortável depois de ter também a camisa e a cueca retirados. Harry suspira, porque caralho, Draco tem o corpo mais lindo que ele já viu.
— Caralho, você é perfeito… — O moreno sussurra, selando o abdômen que se contrai com o toque pretensioso.
E ele continua com a trilha de beijos molhados, usando as mãos para separar as coxas de Malfoy e beijá-las também. E então, depois de tanta provocação, ele finalmente deixa um beijo no pau de Draco, que ofega alto. Ele sorri, satisfeito ao ver como o loiro se rende facilmente aos seus toques.
Harry envolve toda a extensão de seu pênis, cuspindo um pouco de saliva sobre sua mão para que ela possa deslizar melhor e aproveitar mais do seu toque. A sua mão sobe e desce sobre o pau inchado, pressionando o dedo sobre a fenda que expele o pré gozo e levando aos lábios de Draco, que não hesita em envolvê-lo com a sua língua quente e macia.
Potter envolve os seus lábios mais uma vez, não deixando de masturbá-lo com a mão livre enquanto a outra deixa marcas pelas suas coxas torneadas. Ele sente o loiro gemer contra os seus lábios, impulsionando a cintura para cima, implorando por mais e mais contato.
O contato se expira quando o mais novo desce os selares até o pescoço exposto, envolvendo-o com as suas mãos enquanto desliza a língua quente pela sua orelha, puxando o seu lóbulo com os seus dentes e sentindo Draco se arrepiar embaixo de si a medida que seu hálito quente bate em sua pele fria. As unhas curtas do loiro percorrem as suas costas, implorando por mais daquele toque íntimo que se tornou pouco perto do que ele precisa. Suas mãos desesperadas alcançam a calça que Potter usa, tirando ela de seu corpo. Seu próximo impulso é segurar a cueca entre seus dedos nervosos.
Mas Harry nega. É claro que ele nega.
Ele para de masturbá-lo. Draco resmunga, tendo totalmente o contrário do que ele esperava. O dedão de Harry alcança os seus lábios inchados, deslizando-o até o seu pomo de adão, onde uma lambida é deixada. Harry rebola com ainda mais intensidade, e apesar do tecido fino atrapalhar o toque que Draco mais deseja, ele não hesita em segurar em sua cintura, lhe dando mais liberdade para provocá-lo da maneira que tanto gosta.
E poucos minutos depois, Draco finalmente pode ter a visão do corpo completamente nu de Harry. A bunda empinada, o pau inchado, tão necessitado quanto o seu, brilhando pela gota de gozo que mostra o quão excitado ele se sente. Ele observa o esposo ir até o quarto e voltar com a camisinha e lubrificante, e o seu sorriso cresce em um piscar.
— Você lembra que eu quem mando, sim? — Harry sussurrou quando se apoiou entre as duas pernas de Draco, que assentiu freneticamente. — Meu menino bonzinho.
Ansioso, Draco pegou o potinho do lubrificante, espalhando por seus dedos. Dando uma última olhadela em Harry, ele espalhou sobre sua entrada, esperando a confirmação de que ele poderia prosseguir. Ela veio por meio de um balançar de cabeça, e logo ele inseriu dois de seus dedos em seu marido, beijando-o com carinho. Ele esperou Harry ter a iniciativa de rebolar sobre os seus dedos, apertando a borda do sofá e tomando as rédeas da situação.
— Coloque a camisinha. — Harry instruiu, vendo Draco obedecê-lo rapidamente. Ele sorriu quando engatinhou até o loiro, passando uma perna por cada lado de seu corpo, segurando os seus ombros e encaixando os seus corpos.
Era como se fossem um quebra cabeça, sempre que se beijavam, davam as mãos, faziam amor ou dormiam de conchinha as peças se uniam carinhosamente. Cada parte do corpo de Harry Potter se encaixava minuciosamente com o de Draco, as suas curvas se completavam e juntos eles se formavam um só.
Harry encaixou o seu rosto no pescoço de Malfoy a medida que quicava em seu pau, gemendo contra o seu pescoço e sentindo cada vez mais tesão quando ouvia a respiração acelerada bater em seus cabelos. As unhas curtas perfuravam a sua cintura sem piedade, agarrando também a carne de sua bunda enquanto o barulho do encontro entre seus corpos se espalhava pela sala.
Draco abraçou a cintura do moreno, deixando o corpo menor cair sobre o sofá, sob o seu. Ele agarrou a sua cintura para ter mais equilíbrio quando socou com força, atingindo bem a próstata de Harry, que sufocou um grito em resposta. Ele continuou surrando o ponto fraco de Potter, que se desfez alguns longos minutos depois, sujando os peitorais desnudos. Malfoy não demorou a acompanhá-lo.
Draco envolveu o corpo em seu colo, unindo suas forças para guiá-los até o banheiro, onde passaram quase duas horas dentro da água gelada, abraçados e conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.
Quando finalizaram o banho, Draco passou uma pomada nos rastros vermelhos deixado pelo amor que fizeram horas atrás. Harry fez o mesmo, e então vestiram novas roupas de frio e se jogaram na cama. Pediram pizza para o almoço, comeram deitados enquanto assistiam uma série qualquer e Draco acabou adormecendo no fim de um dos episódios.
Potter desligou a televisão, se aconchegando mais ao esposo e envolvendo-o em uma conchinha desleixada por ser menor que ele. E então, adormeceu também, os corações calmos e mergulhados em um sono caloroso.
🦁+🐍
© daeggucci
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