🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ 18
Com uma sobrancelha arqueada, e um olhar de desdém, Rima observava Emma sumir pelos corredores da empresa as pressas.
A mulher de cabelos curtos e tingidos de vermelho não era nada burra, sabia o que a garota provavelmente estava fazendo na sala do 'marido', afinal, não era surpresa nenhuma para todos da empresa, que Alan Rickman havia agido como um homem das cavernas, e pegado Emma pelos ombros a força apenas para conversar.
— Conseguiu sua ninfeta de volta? Ou finalmente se deu conta de que seu lugar não é com ela? — falou enquanto fechava a porta atrás de si, e a passos lentos e confiantes se aproximava da mesa de Alan, se sentando em uma das cadeiras.
O grisalho estava atordoado, a conversa ainda recente perambulando sua mente. E a aflição de querer ir atrás da castanha o assolando, e a presença de Rima o incomodando.
— Você pode falar o que quiser sobre mim Rima, diga o que bem entender, mas se ousar falar de Emma mais uma vez, eu não me responsabilizo pelos meu atos.
— Você está mesmo apaixonado por aquela garota não é mesmo? — sorriu com desdém. — Por Deus Alan, ela é jovem demais pra você. — revirou os olhos.
— E você velha demais! — ele contra-argumentou com um sorriso de escárnio no rosto, Rima odiava ser chamada de velha.
— Você é um desgraçado mesmo não é? — bradou. — Não é atoa que ela te deixou.
Não bastasse Emma pedir para que não se vissem nem se falassem mais, agora tinha de aturar aquela mulher insuportável jogar em sua cara motivos que não a convinha? Jamais.
— Devo lembrá-la, que se Emma se afastou, foi porque a culpada disso foi você! Apareceu em um momento inoportuno... Ou melhor, jamais deveria ter voltado.
— Então eu sou a culpada pela sua mentira deslavada? Oh céus, que eufemismo! — fez careta. — Se eu estou aqui, é porque me interesso em retomar nosso casamento Alan. Convenhamos que foi melhor assim ela ter se afastado, evita problemas maiores.
— Retomar nosso casamento? — gargalhou sem ânimo. — Você só pode estar ficando maluca. Depois de tudo o que você fez? Me poupe Rima.
— Não diga nada como se eu fosse a única culpada! Você não tinha direito algum de me exigir algo que não estava pronta para lhe dar. — gritou já nervosa.
— Eu não sei se percebeu, mas não estou em condições alguma de começar outra discussão hoje, porém, se insiste tanto em tocar no passado, é o que vamos fazer! — seu tom pareceu muito mais sério do que costumava agir.
— Alan.... Não é necessário lembrar o passado, vamos começar nosso presente, o agora e.....
— Você quer começar um presente, um futuro sem ao menos resolver o passado? Achei que fosse mais coerente!
— Você não pode exigir coerência da minha parte, não quando me obrigou a largar minha carreira, só para ter o que tanto queria. — bradou.
— Eu nunca te obriguei a nada, nunca! Apenas pedi para que você desse um tempo para poder descansar, para poder ficar comigo e podermos resolver o futuro que havíamos criado. — falou tentando se manter mais calmo.
— Você sabia que eu não queria aquilo, quando se casou comigo sabia que nunca quis.
— Mas não era desculpa para você fazer o que fez, eu já a amava, e você acabou com tudo! Tudo porque seu orgulho de querer crescer na vida foi mais forte. Meu trabalho nunca foi fácil, mais eu estava disposto a tudo, a colocar alguém em meu lugar para cuidar das coisas, eu teria tempo, e não iria precisar de você caso não quisesse se envolver.... — os olhos agora castanhos escuros, estavam em meio a quantidade absurda de lágrimas, tocar naquele assunto o machucava, mais não iria derramar nenhuma delas, não iria dar a Rima aquele gosto.
— Eu nunca irei me arrepender do que fiz! Você sabia que aquela não era a vida que eu queria, por mais que você estivesse disposto a fazer para que fosse. — seu olhar era duro.
— Tudo bem.... Era sua vida, mas não significava que para tê-la precisaria arrancar outra. — falou mais calmo.
— Alan..... Eu ainda te amo, e é por isso que estou aqui, para podermos conversar e nos acertar. Apesar de tudo.
— Quem ama não trai, e você me traiu de duas maneiras, uma delas metendo dois chifres na minha cabeça depois daquela briga.
— Eu estava mal, muito mal, você não me dava mais atenção depois daquilo, e eu só queria me sentir bem novamente. — a voz da mulher se encontrava embargada por tentar controlar o choro.
— Estava mal? Mal por uma coisa na qual você foi a maior culpada e errada? — perguntou sorrindo sem ânimo algum. — Eu estava mal, mal porque você ao menos cogitou a idéia de conversar comigo antes de matá-la, e pior ainda quando me traiu.... Eu estava mal, você apenas queria fugir dos problemas que você mesmo criou.
Rima sabia que não iria chegar a nenhum acordo com Alan daquela maneira. Ele não estava disposto a colaborar, nem ao menos esquecer o que aconteceu com eles no passado.
Apesar de tudo, ela não iria desistir, não quando tinha a última carta na manga.
Por isso, arrancando alguns papéis da bolsa que trouxera com ela, os esticou até Alan os pegar com a mão, e bufar.
— Como pode ver, são os papéis do divórcio. — comentou antes mesmo que ele dissesse algo. — Antes que fale ou faça algo, eu peço por favor, que pense no quanto éramos felizes antes de tudo aquilo acontecer, do quanto você me amava e eu o amava.
Alan não esboçou nenhuma reação, apenas jogou o corpo na cadeira almofadada atrás de si, e colocou uma das mãos no rosto, suspirando pesadamente. Só Deus sabia o que se passava por sua mente.
Legalmente, ambos ainda estavam casados, porém, a decisão de que se permaneceria daquela forma ou não, estava nas mãos do grisalho.
— Como vê, eu não assinei nada. Não assinei porque ainda te amo, e espero que você nos dê mais uma chance. Me dê mais uma chance!
Mais uma vez o silêncio reinou, Alan estava tão confuso.
Sua mente estava cansada, seu corpo implorava por descanso. Costumava ser racional, mas no momento não era capaz de nada.
A voz de Rima não passava de um chiado em seu ouvido, sua cabeça doía, mais porque queria um fim, um basta, e ele sabia por onde começar.
Tirando uma caneta de dentro do paletó que usava, apertou fazendo com que a ponta saísse para fora.
Sem pensar, puxou os papéis para perto de si e sem ler nenhum parágrafo, apenas assinou as linhas demarcadas.
A cada página, ele fazia questão de assinar o mais rápido possível, quando terminado, se levantando e jogando em frente a ela.
— Eu não te amo mais Rima, nem sei ao certo se um dia amei. — falou duro. — Estou disposto a tentar esquecer tudo o que fez, mas peço que não me procure mais. Faça o que veio fazer na empresa, mas peço que depois vá embora.
A voz de Alan se tornou tão calma depois de dizer o que precisava.
Ainda se sentia péssimo, principalmente depois de discutir com Emma mais cedo.
A questão era quê, estava cansado, queria que Emma pudesse o entender, mais viu que seria difícil.
Porém já havia meio caminho andado, se resolvera com Rima, mesmo sua atitude não sendo bem vinda da parte da agora ex esposa, agora faltava se resolver com Emma, que poderia o ouvir, mas não seria a mesma coisa depois dele ter mentido para ela. Tinha ciência disso.
— Eu espero que não demore para assinar esses papéis. Contudo, irei me encarregar de que meu advogado receba a cópia deles. — falou, pela primeira vez no dia sentindo um leve alívio no corpo.
Deixando a ex para trás, Alan com suas poucas coisas em mãos, saiu de sua sala, dando de frente com Lilian que parecia ouvir tudo.
Céus como ele estava odiando a presença daquela mulher, portanto não podia a demitir sem ter um motivo para isso, seria injusta causa e não estava a fim de arrumar problemas.
— Já que está bisbilhotando atrás da porta para ouvir a conversa alheia, você não irá se importar de marcar uma reunião com meu advogado amanhã, vai senhorita Evans? — perguntou grosso.
— Vou fazer isso agora mesmo! — percebeu que não era o momento de mexer com o mais velho.
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Em seu apartamento, Alan depois de fechar a porta, se jogou no sofá de couro preto que havia em meio a sala.
Não se importava se aquilo iria amassar suas roupas, uma vez que era um homem enjoado para esse tipo de coisa.
A primeira coisa que fez, foi levar as mãos para o rosto, as passando de baixo para cima continuamente, como se aquilo fosse dominuir a sensação inefável que sentia em seu interior.
Em sua cabeça, a única coisa que se passava era que estava finalmente divorciado de Rima, e que agora, não haveria problemas em ficar com Emma, é claro, isso se ela o aceitasse de volta.
{....}
Depois de um banho, apenas vestido com uma calça de moletom fina, Rickman se jogou em sua cama, sumindo em meio aos lençóis cinzas.
Não eram nem três da tarde, e lá estava ele, em sua casa, deixando o trabalho para trás por apenas um dia, para poder descansar finalmente um pouco.
Havia um livro ao seu lado, em cima do criado mudo onde costumava deixar poucas coisas de importância.
Dormir não era uma opção, não estava com sono, cansado mentalmente, mas não com sono.
Não viu problema em pegar a capa dura, o abrindo ao meio, na página onde havia parado a uma semana atrás.
Era um livro interessante, havia romance, duelos e emoção, não era o tipo que Alan gostava, porém desde que Emma o fizera comprá-lo em uma livraria por insistência dela, não conseguiu parar de ler.
Antes mesmo que pudesse continuar, seu celular começou a vibrar no criado mudo, atraindo sua atenção para ele, que atendeu vendo ser Jason.
— Jason! — falou assim que ouviu a voz do outro lado da linha. — Eu sei que marcamos com ele para essa tarde, mais eu confio em você para resolver tudo okay? — falou enquanto encarava qualquer ponto aleatório em seu quarto. — Conversamos a tarde, e peça desculpas a ele por mim.
Desligando a chamada, o grisalho já não continha aquele mesmo apetite de quando começou a ler aquele livro, o restando se levantar da cama e perambular pela casa, ainda com os pensamentos a mil por Emma.
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— Um passarinho verde me contou que saiu às pressas da sala de Alan! — a voz calma de Maggie comentava com Emma, que se mantinha emburrada em em canto mexendo com alguma coisa aleatória.
— Acho que todos viram não é? Principalmente quando ele me levou daquela forma até lá. — não olhou para a senhora que a encarava.
— Querida! Eu pareço estar alheia a tudo o que está acontecendo por aqui, mas é aí que todos se enganam. — comentou indo se sentar de frente para a garota. — Sabe... Eu conheço Alan a muito tempo, o que me rendeu muito conhecimento sobre ele.
— Ah é? Então você sabia que ele era, bem... casado? — perguntou desanimada. — Acho que todos exceto a idiota aqui sabiam.
— Oh querida, sinto muito por isso realmente. E sim, eu sabia, porém também sabia que ele havia se separado a anos. Nunca achei que aquela mulher voltaria para o assombrar.
Emma parecia estar alheia, mesmo sendo uma ótima ouvinte, e escutando tudo que a velha dizia.
Sua curiosidade aumentou quando a mulher comentou sobre Rima voltar a assombrar Alan, ela é a esposa dele, porque precisaria o fazer?
— Bem, pelo que pudermos ver, ele não estava separado de verdade. — deu de ombros. — E o que quer dizer sobre Rima voltar a o assombrar?
— Não o culpe, ele assinou todos os papéis na época, na força do ódio mais assinou. Rima quem não deu o braço a torcer, fazendo os papéis serem cancelados.
— Eu só não entendo porque ele não me contou! — falou triste. — Poderíamos ter conversado, não é?
— Ele já se magoou muito quando se casou com Rima querida, talvez ele não estivesse confiante o suficiente para te contar tudo sobre o passado dele. Ou você acha que ele é teimoso e cabeça dura apenas por ser?
Emma negou com a cabeça, estava curiosa para perguntar o que aconteceu na vida de Alan, porém sabia que Maggie estava a instigando para procurar o grisalho e tentarem se acertar.
Não era desculpa para ele ter mentido, mais queria entender o passado dele com Rima, já que ultimamente percebia o distanciamento dele quando a mulher de cabelos vermelhos tentava se aproximar.
— Eu sei que está magoada, mais sei que ainda o ama. Assim como tenho certeza que ele sente ambas as coisas também.
— Eu sugeri a ele que não nos falassemos mais, nem nos víssemos. — mostrou estar arrependida. — Brigamos feio, e não acho que ele vá querer voltar atrás, como você disse, ele é cabeça dura.
— Você também não é uma santa querida! — a velha sorriu. — Use essa sua coragem e ousadia para falar com ele caso tente te evitar. Tenho certeza que ele não irá o fazer, mas caso aconteça.....
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Pov Alan......
Já era tarde, por volta das sete da noite e eu não conseguia me ver fazendo nada a não ser ficar em casa, mudando os canais da tv enquanto não achava nada de interessante para assistir.
Sabia que daqui a pouco, Jason viria para podermos conversar, e como meu amigo, não fazia idéia de como ele iria reagir a notícia que iria lhe dar.
Não que precisasse de seu consentimento para fazer o que pretendia, mas achei que seria conveniente lhe contar meus planos, uma vez que ele era encarregado da vice presidência da agência, e precisaria de sua total atenção na empresa.
Não demorou que eu fosse tirado de meus pensamentos quando a campainha tocou, logo fui atender, mais ao em vez de me deparar apenas com Isaacs, me deparei não só com ele mais com David e Gary que erguiam algumas sacolas e garrafas de vinho e cerveja, mostrando que a noite seria longa.
— Engraçado, quando disse que nos veríamos, estava me referindo a uma pessoa, e não ao clã cabeça oca de vocês. — zombei encarando Thewlis e Oldman que sorriam pelo comentário.
— Bem.... Eu não queria vir mesmo, então acho que vou levar essas cervejas de volta. — Gary deu de ombros, mais antes de poder dizer algo, ele já invadia a casa como se fosse dele.
— Veja pelo lado bom Alan, trouxemos comida. — David comentou também entrando.
{....}
— Conversamos com ele, e de acordo, ele virá a cada uma vez na semana para a agência para acertar o que deve ser feito, ou para fazer negociações. — Jason comentava enquanto sorvia da cerveja em suas mãos.
— Isso é ótimo, mais e se precisarmos de uma presença maior? Afinal, ele será um novo sócio, não vejo tantos motivos para ele vir apenas uma vez na semana. — Alan comentou.
— Ele virá, quando necessário! Ele também tem muito trabalho na empresa dele então, a não ser que tenhamos problemas urgentes.... — David falava enquanto comia um pedaço de pizza.
As horas passaram consideravelmente rápidas, os quatro homens não paravam de falar, principalmente quando o assunto se tornou o nova liga dos campeões que aconteceria em Liverpool.
Era um dos vários assuntos que David, Gary, Isaacs e Alan tinham em comum que era a paixão pela liga de Liverpool e o novo jogo deles no própria estádio.
— Falando em Liverpool, eu esperava que você me cobrisse por alguns dias Jason. — Alan comentava enquanto bebia da cerveja.
— Por que? — perguntou com a boca cheia de pizza.
— Irei viajar por alguns dias, e irei precisar que vocês olhem tudo por mim.
— Espera.... Vai viajar para onde?
— Hammersmith!
— Mais e Emma? Não vai falar com ela? Não era o que você queria? Poder se explicar, e dizer que agora está livre de Rima? — David perguntou curioso, sabia o que estava se passando com o casal.
— Ela pediu que não nos falássemos nem nos vissemos mais então..... Essa viagem irá me ajudar a relaxar e a pensar um pouco.
— Certo.... — concordaram.
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Na manhã seguinte, Alan já se encontrava embarcando no primeiro voo para sua cidade Natal. Não seria um voo longo, porém não estava nem um pouco afim de dirigir, optando pelo meio mais fácil.
Ele se via na necessidade de fugir um pouco de sua rotina, esperando também que quando voltasse, Rima já não estivesse mais na empresa, o deixando livre para poder tentar falar com Emma mais sossegadamente.
No momento, ele não queria saber de ninguém, nem de sua empresa, nem de Rima, Emma ou qualquer outra pessoa que pudesse o tirar da tranquilidade na qual estava.
Seus planos coincidiam em voltar a Hammersmith e visitar sua família, irmãos e sobrinhos, tirar um tempo pra si, para depois voltar aos problemas e tentar resolvê-los.
{....}
Um dia antes......
Pov Emma......
O dia havia passado normalmente, porém algo me incomodava.
Depois de conversar com Maggie, e ela quase me contar sobre situações de vida na qual Alan já havia passado, me perguntei se realmente o que eu sentia por ele, chegava a ser raiva.
Passei o dia, a tarde inteira remoendo tudo o que aconteceu, desde a chegada de Rima, até o presente momento, e nada!
Eu estava sim um pouco chateada, mas não na mesma intensidade de quando aquela mulher apareceu. Me sinto culpada por pedir que Alan e eu não nos falássemos mais, sei que também não fui coerente já que não o deixei se explicar.
Sei também, que eu não posso exigir que ele me diga os motivos por não gostar da presença de Rima — de acordo com Maggie, — mais também sinto que preciso de alguma explicação.
Eu sinto tanta falta dele, do seu cheiro, do abraço apertado e confortável que ele me oferecia... E principalmente das vezes que dormiamos juntos e podia ouvir a voz rouca dele em meus ouvidos, denunciando que acabara de acordar.
Só em lembrar, senti a gota quente escorrer por minha bochecha esquerda. Dói tanto, e eu só o queria de volta.
— Ah não Emma, você não vai chorar vai? Não hoje. — a voz doce de Bonnie surgiu no quarto.
— Foi só uma lembrança, é difícil evitar. — tentei ensaiar um sorriso.
— Eu sei, mais felizmente hoje nós não teremos tempo para lembrar de coisas tristes, é a noite das garotas, ou seja, vai rolar muita bebida, e música.
Confesso que não queria sair de maneira alguma, porém Bonnie quando queria ser irritante, ela o fazia com sucesso.
Não iríamos sozinhas para o pub que decidimos ir, Evanna que trabalha comigo na agência também estaria lá. Depois que Bonnie começou a namorar com Jason, e frequentar a empresa, elas se tornaram muito amigas, o que não era de se estranhar, já que Evanna era incrível.
Até mesmo Maggie foi convidada, porém negou rapidamente ao dizer que sairia para jantar com Gambon, o mesmo senhor que Alan e eu conversamos naquele evento beneficente, qual eu usei aquelas esmeraldas maravilhosas.
No começo foi difícil me habituar a música alta, e as várias pessoas circulando pelo pub, mais depois de algumas bebidas, me senti bem mais leve.
{....}
No outro dia de manhã, por mais que houvesse bebido na noite passada, era capaz de me sentir bem para ir trabalhar.
Minha cabeça doía um pouco, porém não era nada a se exagerar.
Me encontrava animada, até porque enquanto bebia ontem a noite tomei uma decisão.
Estava disposta a ir até a sala de Alan, e pedir desculpas pela forma que nossa conversa ocorreu um dia antes ao de ontem, eu não queria ter dito a ele que não queria mais o ver, não quando minhas palavras não eram verdadeiras.
Por isso, não me importava se estava ou não bem o suficiente esta manhã, só me importava ir trabalhar, e poder falar com Alan, pedir desculpas e conversarmos de forma mais calma.
Quando cheguei a empresa, peguei o elevador direto para o último andar, qual estava menos movimentado do que o normal.
— Olha só quem apareceu, veio fazer o que aqui? — a voz desgostosa de Lilian soou como deboche, e só Deus sabia o quanto eu a odiava por isso.
— Não que seja da sua conta, mais eu preciso falar com....
— Alan foi viajar, e não tem prazo para voltar. — me interrompeu, sorrindo vitoriosa.
— O quê? Pra onde ele foi? — perguntei.
— Não é da sua conta! — eu juro por tudo o que é mais sagrado, que se não estivesse mais preocupada em saber para onde Alan foi e quando iria voltar, socaria a cara de Evans ali mesmo.
Como sempre, estava de fato curiosa para saber onde Alan teria ido, mais não seria com Lilian que iria descobrir
Não havia visto David em nenhum momento hoje, nem mesmo Gary que sempre que podíamos, ficávamos fofocando sobre tudo.
Não estava muito afim de ir até a sala de Jason, pois se Alan havia viajado, certeza que todos os problemas da empresa caíram sobre ele.
Me contive para não bater em sua porta, visto que estava perto de seu escritório, porém resolvi deixar o assunto pra lá.
Assim que me virei para ir fazer o que deveria ter feito desde que cheguei na agência essa manhã, me desequilibrei com um baque, que se não fosse o corpo forte que me segurou, eu iria com tudo para o chão.
— Você está bem? — a voz doce e calma de quem fosse aquele homem me perguntou.
— Sim, obrigada. — agradeci quando voltei a minha postura normal.
Ajeitei minhas roupas que pouco se desalinharam, logo voltei a encarar o homem, que me sorria gentilmente.
— Sinto muito, eu estava distraída e.... — tentei me explicar, ganhando um aceno em negativo da parte do meio ruivo.
— Não se preocupe, duvido que há alguém mais distraído que eu. — ele tinha um sorriso tão bonito. — Onde estão meus modos! — se repreendeu. — Thomas Hiddleston, é um prazer conhecê-la. — esticou uma das mãos para me cumprimentar.
— Emma Watson, e o prazer é todo meu. — sorri o cumprimentando.
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Pov Alan......
Mal havia chegado em Hammersmith, e fui presenteado com a presença de Sheila, que me esperava na entrada do aeroporto.
Confesso ter sentido muito sua falta, ela me lembrava tanto nossa mãe, sempre mandona, mais com amor de sobra para dar a quem precisa.
De maneira alguma ela me deixou dirigir pela cidade, dizia que eu deveria estar cansado, e que deveria aproveitar a paisagem, o que não estava muito errada, já que fazia tempos que não via as mudanças que a cidade sofrera.
Não demorou para que chegássemos em sua casa, ficava em uma vila pitoresca, mais era tão agradável que fez me lembrar de quando era mais jovem.
— Não sabe o quanto David e Michael ficaram felizes em saber que você viria. A família irá se reunir no domingo para almoçarmos todos juntos. Aliás.... As crianças sentem sua falta. — sorri com o que ela dizia, ainda respirando o ar puro da cidade que um dia morei.
— Senti falta de vocês. Desculpe se não fui muito presente desde que Rima e eu terminamos. — comentei mesmo estando aqui para esquecer o assunto.
— Não vamos falar disso, te conheço bem o suficiente para saber que está aqui para fugir de algum problema por lá.
Não precisei dizer mais nada, apenas assenti, recebendo um sorriso e um beijo na bochecha de Sheila.
Não era nem três da tarde, tive tempo o suficiente para subir para meu quarto, arrumar minhas roupas e tomar um banho.
A tarde estava maravilhosa, então não vi problema algum em sair para dar uma volta. O sol brilhava, mais nem por isso significava que o clima estava realmente quente, me fazendo sair com um agasalho.
{....}
— Somos só nós dois esta noite? — perguntei para minha irmã, que colocava a mesa para o jantar.
— Infelizmente sim. Mark está viajando a trabalho e só chegará amanhã de noite, e as crianças saíram para ficar na casa de uns amigos então....
— Tudo bem então... — sorri, já me servindo.
Sheila tinha um dom culinário inigualável, cada tempero, cada prato era minuciosamente divino, o que me fazia me perguntar internamente por que ela não havia se dedicado a esse dom.
Eu sabia cozinhar bem, afinal, morar sozinho por um tempo me fez adquirir esse dom, porém não chegava aos pés do de minha irmã.
Alguns minutos depois, eu me contentava apenas com uma taça de vinho, o clima estava silêncioso, exceto é claro, por minha irmã que vez ou outra estralava a língua no céu da boca. Geralmente, ela fazia isso quando queria dizer ou perguntar algo.
— Pergunte o que tanto quer perguntar, antes que você enlouqueça. — não demorou absolutamente nada para que ela se inclinasse sobre a mesa e começasse a falar.
— Por que não trouxe sua namorada? — foi firme e certeira na pergunta.
— Porque eu não tenho uma. — respondi simples, porém dizer que não tinha alguém ao meu lado teve um gosto tão amargo quanto imaginei, rapidamente me lembrei de Emma
— Não é verdade! Você estava com alguém, e não estou falando daquela ruiva asquerosa de Lilian.
— O que? Como você....
— Eu sempre converso com Maggie por ligação. Como você está sempre ocupado e não tem tempo para nada, ela quem fica encarregada de me dar notícias suas. — franziu o cenho ao me encarar.
Conhecendo Sheila como conhecia, sabia que ela não iria sossegar enquanto não contasse a ela os motivos que me trouxeram a Hammersmith, então tomando uma lufada de ar, comecei a contar tudo o que aconteceu até agora.
— Ela tem razão por ter ficado chateada Alan, afinal, a forma que Rima apareceu... — disse desanimada. — Vocês precisam conversar como adultos, e você, porque não contou que aconteceu no seu casamento com Rima a garota? Ela poderia entender melhor não poderia?
— Porque Rima era passado, e eu já estava bem depois do que ela fez. Achei que não seria importante se não contasse.
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Os dias haviam se passado de forma lenta, lenta demais para Emma que sempre imaginava quando Alan voltaria.
Estava desesperada para falar com ele, mas nada. Até tentou ligar, mas suas ligações eram sempre em vão.
Era orgulhosa demais para perguntar para onde ele havia ido, até mesmo para Jason, que sempre vivia no flat com Bonnie e sabia de tudo.
Enquanto isso, Alan se divertia com a família, aproveitava para sair e descansar.
Faltavam poucos dias para voltar para casa, então aproveitava o máximo que podia.
Só porque estava se divertindo, não significava que sua mente estava naquilo que estava fazendo, na verdade, desde que chegara na cidade, não houve sequer um momento no qual o grisalho não tivesse pensado em Emma, e na última conversa que tiveram.
Seu peito doía apenas ao se lembrar quando ela havia dito para não se verem mais, porém se essa era a vontade dela, ele não poderia fazer nada. Contudo, essa não era sua vontade.
Enquanto isso em Londres.... Era final de tarde, todos se preparavam para ir embora, Emma já se encontrava no elevador, quando a presença de Rima se fez presente.
Só haviam as duas no ascensor, Emma não faria questão de falar com a mulher, ainda se sentia desconfortável.
— Eu irei voltar para Paris amanhã de manhã! Deve estar feliz! — comentou enquanto retocava o batom vermelho nos lábios.
— O que? Por que está me dizendo isso, e por que acha que ficaria feliz? — a cacheada perguntou de forma simples e calma.
— Algum tempo atrás, dei os papéis do divórcio a Alan. Dei a ele a chance de recomeçarmos, mas ele sequer pensou e assinou sem hesitar. Ou seja, ele é todo seu senhorita Watson. E espero mesmo que sejam felizes. — riu sem ânimo.
Emma não sabia o que dizer, eles estavam definitivamente separados, era motivo para ficar feliz não era? Então por que não estava? Talvez seja porque ela tenha acabado com a chance de Alan e Rima se acertarem......
As palavras da ex mulher de Alan martelavam na cabeça de Emma, que começava a criar vários cenários em sua mente, onde o casal poderia ter se acertado, ou algum onde Alan e ela estavam bem, e se acertavam.
{....}
— Ora vamos, é só um jantar. O que tem de mal nisso? — Thomas ria enquanto não parava de perturbar Emma, que olhava o novo modelo de vestido no espelho do camarim.
— Eu posso muito bem aceitar seu convite Tom, porém irá depender de que sentido você o faz. — sorriu o encarando.
— Você sabe em qual sentido Watson! — sorriu galanteador.
— E você sabe que eu não gosto de você assim. — olhou para as mãos, queria poder retribuir aos encantos de Thomas, mas era impossível, mesmo ele sendo maravilhosamente lindo.
— Eu sei, porém isso não me impede de te provocar. — sorriu.
Desde que chegará na empresa, Thomas havia combinado em reunião, que somente apareceria na agência uma vez por semana, porém o acordo foi por água a baixo a partir do momento em que se esbarrou em Emma.
Depois daquilo, sua presença na empresa era constante, apenas para poder ver a jovem.
De começo, eles começaram a conversar aos poucos, logo não demorou para que se dessem super bem, porém ele sabia que a garota não iria o corresponder. Sim! Ele havia se encantado por ela.
Emma havia deixado claro que não queria o magoar, sem falar que ainda amava Alan. Não viu problemas em contar ao novo amigo quem era a pessoa na qual vezes ficava absorta em sua imaginação.
Dois dias haviam passado, já era segunda feira de manhã, e Emma se via absorta no novo contrato que assinaria para um próximo desfile.
Jason havia explicado tudo a ela e as outras modelos, que estavam demasiadamente ansiosas pelo próximo evento, que prometia arrecadar alguns milhões para a caridade.
Depois de ler todo o acordo nos pedaços longos de papel, Emma caminhava até o escritório de Jason, pronta para o entregar os papéis.
Obviamente não demorou muito para que o fizesse, já que o homem se via ocupado com muitas outras coisas.
O escritório do moreno, agora ficava no mesmo andar do de Alan, então era impossível passar por alí, e não se lembrar do grisalho, que até então não havia voltado, pelo menos não que ela soubesse, até aquele momento.
Ao fechar a porta do escritório de Isaacs, para poder voltar ao seu trabalho, o elevador se abria lentamente como de costume.
A risada chamativa ganhou toda a atenção de Emma, a voz marcante e clara a deixando preparada para poder vê-lo sair do elevador.
Uma lufada de ar saiu de seu peito, Alan havia voltado de viajem! Quando?
Para falar a verdade, aquilo não importava a ela, não quando estava disposta a finalmente falar com ele.
Contudo, seu peito se apertou quando do ascensor, a figura sorridente de Alan saiu, acompanhado de uma mulher alta e loira, muito bem vestida por sinal. Esta, segurava os braços dele, e sorria.
Quando saíram do elevador, Emma não conseguiu sequer mover um pé para sair dali, olhava a cena de coração partido. Poderia ser algo simples, mas aquilo a magoou de certa forma.
Ele parecia não se importar com ninguém a sua volta, a não ser com a loura agarrada a um de seus braços, porém quando achou que não seria notada, o sorriso de Alan sumiu ao vê-la.
Seus olhos verdes se encontraram aos castanhos melados de Emma, não perdendo contato até ele sumir com a mulher para dentro de seu escritório.
Poderia ser alguma outra modelo, ou apenas alguma colega ou amiga, até mesmo alguma parente, poderia ser qualquer coisa, mas nada que Emma pensasse a tiraria o bolo que se formou em seu peito ao ver Alan sorrindo estando com outra mulher.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Espero que estejam gostando.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Capitulo feito por: 007_Aylin ✨✨
🛐Salut mes amours🌹Sei que eu não sou uma autora muito presente.👉🏻👈🏻 E realmente espero que vocês ainda estejam aí.😳🥺 Que não tenham desistido de mim.❤️✨
🐑Não vou ficar enchendo vocês, muito menos me explicar o motivo de ter demorado tanto 🌻🔥não acho que queiram saber.....😊 Enfim..... Só não desistam de mim okay? 😹
🌦️🌑Espero que tenham curtido o capítulo.🌹✨
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