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Era sábado de manhã e o clima havia mudado da água para o vinho, ainda eram por volta das cinco da manhã e Emma já se encontrava acordada.
Por consequência do frio que se alastrava afora, a garota se enrolava o máximo possível nas cobertas macias e grossas, a vontade de voltar a dormir era grande, contudo os pensamentos da noite anterior que invadiam sua mente era maior.
A primeira pessoa que viera a sua mente era David, sentia o corpo se arrepiar só em pensar no beijo que deram, e no que quase podiam ter feito no teatro. Ele era tão gentil, doce e educado que era impossível não pensar nele, porém confessava que tudo o que aconteceu, não se passara de um momento, mesmo que tivesse sido bom.
Não fazia idéia de como as coisas entre eles seriam dali para frente, mas esperava que tudo desse certo. Confessava que estava confusa, até demais, principalmente depois que Alan apareceu. Estava certa de que ele a xingaria por vê-la aos amassos com Thewlis, mais as palavras que ele usou, acabaram com ela de uma forma inimaginável. Não porque era algo preocupante, mais sim porque a pegou tão de surpresa, que a deixou sem reação.
Quando se encontrava com ele pelas manhãs no trabalho, ele era tão sério, se mostrava tão irritado e grosseiro...... Então ele apareceu, e disse aquelas coisas que a deixou sem chão, a deixou perplexa e quente.
Céus, ela havia se sentido tão quente, talvez mais do que o próprio inferno, e isso a irritava, pois em momento algum ele a tratou bem, exceto por ontem a noite, mais a maioria das vezes era mal educado e isso a irritava.
Não podia aceitar que sentiu uma fisgada em seu âmago pelo jeito que ele se aproximou e se declarou para ela, pois se aquilo não era uma declaração, Emma então não sabia o que era.
O pior é que era Alan! Podia ser qualquer um, mais justo a forma altiva e meio possessiva que ele a tratou, foi mexer com ela. Ela definitivamente já pensava que não estava bem da cabeça.
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Enquanto isso, do outro lado de Londres, um Alan completamente sonolento, andava pelo chão frio de seu apartamento.
Os cabelos meio grisalhos estavam bagunçados, a cara estava meio inchada, mais não significava que ele havia tido uma boa noite de sono.
Do alto onde morava, se sentou na beirada da grande janela de vidro, esta estava fechada, afinal o frio só parecia piorar, e olhou todo o centro de Londres, que mesmo com o tempo nublado proporcionava uma bela vista.
Era sábado, e nada melhor do que poder dormir até mais tarde, ainda mais com o clima propício que se fazia a fora, porém os sonhos o atrapalharam.
Estava com raiva, e não podia descontar em ninguém, já que não trabalhava no fatídico dia, então só o bastou ficar remoendo as cenas da noite anterior.
Emma! Aquela garota estava o deixando maluco, isso porque antes ele a odiava, mais foi só vê-la em um belo vestido que foi atraído rapidamente.
Ela era sim maravilhosa, desde a primeira vez que viu sabia disso, porém não sabia que ela mexeria tanto com ele, ao ponto de querer matar David por ousar encostar um dedo no ser que ele começava a desejar só para si.
— Maldita garota. E maldito desgraçado Thewlis. — murmurou enquanto ainda olhava a vista, notando que pequenos flocos de neve começavam a cair.
Realmente o clima em Londres era algo a ser estudado!
No domingo, as coisas estavam bem mais calmas, com diferença, que Rickman se encontrava inquieto, odiava ficar sem ter o que fazer, porém sair de casa em meio ao frio não estava em seus planos.
Porém, não iria ficar o dia inteiro em casa, apenas sentado no sofá tentando achar alguma programação boa na TV, então tacou o "foda-se" e se levantou para colocar uma roupa quente e sair.
As ruas ainda estavam livres, então pegou o carro e seguiu em direção ao centro, onde estacionou na única vaga vazia que encontrou.
Logo, não demorou muito para que começasse a andar pelas ruas, a cada passo sentindo o corpo esquentar ao poucos, o protegendo do vento forte.
Este usava um casaco grosso, e tinha um cachecol no pescoço, uma bela combinação que o deixava mais atraente do que já era.
Aproveitou que dava uma volta, e resolveu passar em alguns lugares, comprar algumas coisas, até uma cabeleira castanha clara o chamar atenção entre as prateleiras da loja em que estava.
Alan podia ser arrogante, estúpido e muito bossal quando queria, mais se tinha algo que ele gostava de fazer ele mesmo, eram compras, mais não imaginava que em uma de suas saídas iria encontrar a garota irritante que atormentava sua mente.
Andou calmamente para o setor em que ela se encontrava, e quando se aproximou mais, pôde ver que ela murmurava algo como qual sabor de iogurte escolher.
— A não ser que vá realmente escolher algum desses sabores, sugiro que dê espaço para que outras pessoas façam sua escolha. — ele falou simples, mais com a mesma entonação grave e letal na voz.
A cacheada deu um leve pulinho de susto, ficando surpresa ao constatar que era mesmo seu chefe, o dono daquela voz de barítono.
Emma nos poucos minutos que o viu, não disse nada, e ele não se importando, apenas se inclinou frente a ela, o que a deixou nervosa, achou que ele fosse fazer algo, ainda mais depois das palavras que ele disse, porém só se inclinara para poder alcançar um iogurte de pêssego na geladeira.
Quando Alan se afastou, e colocou o produto em sua cesta, ele olhou dos pés a cabeça sobre a garota, rindo minimamente da forma que estava vestida, não porque estava desleixada, mais sim porque até vestida com a roupa mais simples ela chamava atenção.
— Como vai Watson? — ele perguntou, vendo que ela não diria nada.
— Be...bem! — tentou se recompor. — O que faz por aqui? — ousou em perguntar.
— Comprando algumas coisas, achei que fosse óbvio. — revirou os olhos.
Emma bufou com o modo que sua pergunta ganhou resposta, e se repreendeu por ter passado um sábado inteiro, mais parte da madrugada, pensando no grisalho e em suas palavras.
Ela não estava muito disposta a uma conversa, então apenas pegou o que tinha de pegar, e saiu rumo ao caixa.
Depois que pagou pelas poucas coisas que havia comprado, saiu porta afora do estabelecimento rangendo os dentes pelo vento frio e forte que bateu em seu rosto.
Por mais que estivesse bem agasalhada, o clima repentino machucava sua pele, deixando parte de seu rosto, como as maçãs do rosto e nariz, avermelhados.
Querendo esquecer o pequeno encontro que teve com o chefe agora de pouco, ela resolveu caminhar, passos firmes e lentos, que deveriam ter sido rápidos se ela quisesse fugir do homem que não sabia que estava atrás dela.
— Fugindo de mim Watson? — Alan conseguiu a alcançar, estava disposto a provocar, ou pelo menos ter uma conversa com a jovem.
— Não senhor. Apenas querendo ir pra casa.
— Certo, deixe me a acompanhar então.....
Parando de supetão, Emma respirou fundo e encarou o maior a sua frente, havia esquecido o quanto ele era alto.
— O que quer? — perguntou a ele sem rodeios.
— Perdão? — a olhou curioso.
— Desde que entrei em sua agência, o senhor me trata como uma qualquer, como se tudo o que faço não valesse de nada. — falou seria. — Eu até agora nunca reclamei, já que eu preciso do emprego, mas aí, você é um grosso, prepotente que parece nunca ter recebido um pouco de educação na vida, e depois me convida para ir a um evento e pede que separem uma peça exclusiva pra que eu use, então eu te pergunto. O que você quer? Me trata mal quando quer, mais tem suas recaídas e me trata bem. Eu já não entendo mais nada. — enfim respirou um pouco depois de falar tudo o que queria.
Alan pela primeira vez não sabia o que dizer, apenas ficou estudando as reações da jovem a sua frente, ela tinha o rosto vermelho, e ele jurava que não era pelo frio que parecia cortar a pele de tão gelado e sim por raiva.
Mais uma vez, a noite de sexta veio em sua mente, e ele realmente pôde entender o que ela queria dizer com tudo aquilo, então apenas disse.
— Minhas palavras realmente mexeram com a senhorita não foi? — ele sorriu de lado.
— O quê? Não! — negou, mais em sua mente confessava que aquilo a deixava bem confusa.
— Pois bem, então não se importará de almoçar comigo, agora. — fingiu acreditar na negação da cacheada.
Emma estava relutante, não queria ter de aceitar, não sabia o que ele iria dizer, se voltaria no mesmo assunto ou não, e para piorar, suas mudanças de humor a faziam ficar confusa.
— Acho melhor não. Eu preciso voltar pra casa, está frio e..... — foi interrompida.
— Acho que já está mais do que na hora, da senhorita perceber que não tem opções comigo. — ele falou se aproximando e tomando as sacolas da mãos dela. — Vamos.
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Enquanto esperavam o pedido, Emma fazia de tudo para encontrar algum lugar fixo para olhar, que não fosse o homem a sua frente.
Ela observava tudo, cada detalhe, até mesmo as pessoas conversando em suas mesas.
Diferente dela, Alan estava levemente debruçado sobre a mesa, sua mão, servia de apoio para sua cabeça, ele tinha os dedos nos lábios, parecia analisar cada movimento da garota.
— Está inquieta! — ele falou não tirando os olhos dela.
— Não estou não. — falou, não ousando o olhar.
— Então por que não olha pra mim?
— Eu não tenho opção não é? — rebateu, agora o encarando mais sentindo o ar faltar, porque os verdes dos olhos dele, pareciam mais intensos do que todas as vezes.
Emma on.....
Que saco! Eu....eu definitivamente não sei o que estou fazendo aqui. Ainda mais com ele.
Será possível que eu tenha o karma tão ruim assim, ao ponto de encontrá-lo num mercadinho de esquina?
Se antes eu já estava confusa, e com a cabeça cheia pelo o que ele havia dito naquela noite, eu já não sabia mais qual era meu verdadeiro estado.
Eu não consegui o olhar no momento, isso porque tudo o que havia dito a ele a alguns minutos atrás teve uma reação diferente do que eu esperava, tornando tudo mais tenso do que já era.
Eu realmente o chamei de mal educado? Por Deus, ele é meu chefe, estou praticamente desafiando a morte, porém ele precisava ouvir algumas verdades, mesmo que eu estivesse me auto sabotando.
O pior? Bem..... O pior era que eu o acusei de ser bipolar, não com essas palavras, mais disse. E como se não bastasse, sempre digo para mim mesma, o quanto ele é confuso, mas esqueço que no momento eu não estou melhor.
Aquelas malditas palavras não saem da minha cabeça, por mais que eu tente esquecer, e isso só me deixa mais desordenada.
O pouco que consigo olhar para ele, não consigo não olhar para seus olhos verdes, pareciam mais intensos do que o normal, e mais uma vez me lembrei de quando ele se aproximou e disse que me queria.
Eles estavam tão verdes quanto agora.
Eu não sou burra, sei que ele não disse nada até agora sobre o que havia falado, talvez não tivesse gostado, porém se fosse essa a questão, não estaríamos almoçando juntos.
Ou então, só estivesse evitando falar sobre, porque viu que me arrependi de ter falado aquilo, mesmo sendo a pura verdade.
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Não havia motivo algum para continuarem juntos naquela tarde.
Alan e Emma realmente haviam tentado ter alguma conversa, mais nada beirava ao normal, sempre uma tensão no ar, que era vinda de Emma já que Alan sempre matinha contato visual, e mantinha a mente o mais longe de pensamentos inapropriados.
O clima não havia mudado nada, contudo, o grisalho se ofereceu para levar a garota embora, que não negou, já que batia os dentes pelo frio.
No meio do caminho, o silêncio mais uma vez os incomodava, mais não era tão ruim como antes.
O homem já sabia o caminho que deveria seguir, então fez o trajeto de forma calma e silenciosa. Watson estava satisfeita, já que não precisava responder nenhuma pergunta, muito menos dizer nada, mais tudo estava estranho demais.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Espero que estejam gostando.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Capitulo feito por: 007_Aylin✨✨
✨Hy darlings 🌹turo pom? Espero que sim.🌼 geralmente não sou muito de deixaria recadinhos no final do capítulo, 👉🏻👈🏻 porém eu queria dizer que esse capítulo foi bem água com açúcar. 😬💦 Não queria deixar vocês sem capítulo então..... ✨🌼 Bem. ... Mesmo assim, espero que tenham gostado. ✨a partir do próximo, as coisas finalmente vão começar a ficar mais interessantes. Prometo. ✨☕👑
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